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CAMPUS NITERÓI
ORIENTADOR
Profº Fábio Athaíde Cunha
NITERÓI/RJ
2023
1. Identificação das partes envolvidas e parceiros:
Alunos do curso de fisioterapia, na disciplina extensionista de Cinesioterapia, com a
supervisão do professor Fábio Athaíde Cunha, Unidade Niterói.
5. Referencial teórico:
A lombalgia é uma das queixas de dor mais comuns na atualidade, tendo várias razões para a
ocorrência. Além disso, essa disfunção gera uma incapacidade enorme, sendo mais evidente
em indivíduos sedentários.
Cerca de 50% a 90% dos indivíduos adultos se queixam de lombalgia em algum momento de
suas vidas.
Trata-se de um problema de saúde, econômico e social, pois os níveis de absenteísmo
aumentam devido à incapacidade ou diminuição de produtividade do trabalhador.
A lombalgia é dividida em duas, sendo elas a de fase aguda e a crônica. Muitos indivíduos,
quando apresentam um quadro álgico de lombalgia aguda, conseguem se recuperar rápido
dela, levando aproximadamente de 4 a 7 dias. Porém, parte das pessoas acometidas pela
lombalgia evoluem para uma cronicidade dos sintomas. Estudos atuais mostram que de 40%
a 44% dos indivíduos apresentaram uma cronificação da lombalgia, que pode levar semanas
de tratamento até a recuperação da capacidade funcional.
Quando se fala da coluna é importante trazermos certos pontos sobre sua anatomia e
funcionalidade. A coluna é o principal dissipador das forças de compressão (no caso a
gravidade) que acometem nosso corpo, devido às suas curvaturas fisiológicas, em que, o
número de curvaturas da coluna, elevado ao quadrado, mais 1 é igual a quantidade de força
que pode ser dissipada pela coluna vertebral.
A coluna lombar é composta pelos corpos vertebrais e seus respectivos discos intervertebrais
fibrosos. No entorno desse conjunto temos tecido conjuntivo sustentando essa estrutura e
limitando seu movimento, sendo eles o ligamento longitudinal anterior e posterior,
ligamentos amarelos, ligamentos interespinhais e intertransversais e o ligamento supra
espinhoso.
Vale ressaltar que a maior incidência de dor e incapacidade estão entre as quarta, quinta
lombares (L4 e L5) e a primeira sacral (S1), pois é o local da coluna onde sofre maior
sobrecarga, principalmente por ser onde há maior amplitude de movimento (ADM)
látero-lateral e de flexo-extensão.
Etiologia da Lombalgia
Sendo a lombalgia uma das causas de maior afastamento das tarefas do cotidiano e de
queixas de dor, é válido investigar e entender a origem da dor. No entanto, a lombalgia possui
a característica de ser multifatorial, ou seja, diversas anomalias, disfunções e outras
alterações de caráter ósteomioarticulares podem vir a gerar um quadro de lombalgia no
indivíduo.
O mais comum é a lombalgia de etiologia mecânica, sendo essa causada por um esforço
físico, geralmente causada por alterações na cadeia posterior dos indivíduos, sendo
ligamentos, músculos ou tendões. Anomalias da transição lombossacral, estenose do canal
raquidiano, espinha bífida, espondilolistese, protusão e hérnia discal são outros quadros que
levam à dor lombar, sendo a última (hérnia discal) também muito comum na atualidade.
6. Referências Bibliográfica:
- Imamura, S.T., Kaziyama, H.H.S., Imamura, M. Lombalgia. Rev. Med. (São Paulo),
80(ed. esp. pt.2):375-90, 2001.
- Ângelo, R. C., Barros, S.S., Uchôa, É., P. Lombalgia Ocupacional e Postura Sentada.
Rev Dor. São Paulo, jul-set;12(3):226-30, 2011.
- Serafini, A.J., Alexandre, B.D. Low back pain: biopsychosocial aspects of chronic
and acute pain. https://doi.org/10.1590/1982-0275202239e200209