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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CAMPUS NITERÓI

GABRIEL DE JESUS MOTA


CARLOS EDUARDO BRITO
DAVI MONTEIRO DA SILVA MOREIRA
THAYS DOS SANTOS FRANÇA

LOMBALGIA OCUPACIONAL E IMPACTOS NO COTIDIANO

ORIENTADOR
Profº Fábio Athaíde Cunha

NITERÓI/RJ
2023
1. Identificação das partes envolvidas e parceiros:
Alunos do curso de fisioterapia, na disciplina extensionista de Cinesioterapia, com a
supervisão do professor Fábio Athaíde Cunha, Unidade Niterói.

2. Demandas e/ou situação-problema identificado:


Há um questionamento sobre a associação entre a ocupação dos indivíduos
pesquisados e sintomas álgicos de lombalgia no cotidiano e seus impactos funcionais.

3. Demanda sociocomunitária e motivação acadêmica:


Boa parcela da população sofre com lombalgia e seus sintomas devido à diversas
disfunções, sendo que, em muitas situações, a dor lombar é ocasionada pela ocupação
do indivíduo, podendo levar à incapacidade funcional no cotidiano.
O presente estudo visa identificar indivíduos que sofrem com lombalgia, crônica e
aguda, associar seus sintomas à sua ocupação e por fim, instruí-los com uma cartilha
sobre exercícios básicos que influenciam na diminuição dos sintomas álgicos da
lombalgia. Com isso, é possível diminuir o quadro de dor dos indivíduos, levando
certa funcionalidade a eles dentro de suas ocupações.

4. Objetivos/resultados/efeitos a serem alcançados:


O objetivo do presente estudo é analisar os quadros e buscar associar a lombalgia à
ocupação dos indivíduos pesquisados. Esperamos instruí-los sobre possíveis
exercícios a serem executados, em pouco tempo e espaço, com intuito de diminuir a
dor lombar devido ao trabalho.

5. Referencial teórico:
A lombalgia é uma das queixas de dor mais comuns na atualidade, tendo várias razões para a
ocorrência. Além disso, essa disfunção gera uma incapacidade enorme, sendo mais evidente
em indivíduos sedentários.
Cerca de 50% a 90% dos indivíduos adultos se queixam de lombalgia em algum momento de
suas vidas.
Trata-se de um problema de saúde, econômico e social, pois os níveis de absenteísmo
aumentam devido à incapacidade ou diminuição de produtividade do trabalhador.

A lombalgia é dividida em duas, sendo elas a de fase aguda e a crônica. Muitos indivíduos,
quando apresentam um quadro álgico de lombalgia aguda, conseguem se recuperar rápido
dela, levando aproximadamente de 4 a 7 dias. Porém, parte das pessoas acometidas pela
lombalgia evoluem para uma cronicidade dos sintomas. Estudos atuais mostram que de 40%
a 44% dos indivíduos apresentaram uma cronificação da lombalgia, que pode levar semanas
de tratamento até a recuperação da capacidade funcional.

Diversos fatores influenciam na lombalgia, sendo os mais comuns, a postura, principalmente


sentado, onde há uma tendência de retificação da coluna, e a ocupação, onde abrange desde a
sua ocupação profissional até a atividade que está fazendo no momento, seja ela levantar um
peso, deslocar objetos pesados e outras atividades.
Há também fatores individuais, como obesidade, fraqueza de músculos de sustentação do
corpo, altura, entre outros.

Anatomia Funcional da Coluna

Quando se fala da coluna é importante trazermos certos pontos sobre sua anatomia e
funcionalidade. A coluna é o principal dissipador das forças de compressão (no caso a
gravidade) que acometem nosso corpo, devido às suas curvaturas fisiológicas, em que, o
número de curvaturas da coluna, elevado ao quadrado, mais 1 é igual a quantidade de força
que pode ser dissipada pela coluna vertebral.
A coluna lombar é composta pelos corpos vertebrais e seus respectivos discos intervertebrais
fibrosos. No entorno desse conjunto temos tecido conjuntivo sustentando essa estrutura e
limitando seu movimento, sendo eles o ligamento longitudinal anterior e posterior,
ligamentos amarelos, ligamentos interespinhais e intertransversais e o ligamento supra
espinhoso.
Vale ressaltar que a maior incidência de dor e incapacidade estão entre as quarta, quinta
lombares (L4 e L5) e a primeira sacral (S1), pois é o local da coluna onde sofre maior
sobrecarga, principalmente por ser onde há maior amplitude de movimento (ADM)
látero-lateral e de flexo-extensão.

Etiologia da Lombalgia

Sendo a lombalgia uma das causas de maior afastamento das tarefas do cotidiano e de
queixas de dor, é válido investigar e entender a origem da dor. No entanto, a lombalgia possui
a característica de ser multifatorial, ou seja, diversas anomalias, disfunções e outras
alterações de caráter ósteomioarticulares podem vir a gerar um quadro de lombalgia no
indivíduo.
O mais comum é a lombalgia de etiologia mecânica, sendo essa causada por um esforço
físico, geralmente causada por alterações na cadeia posterior dos indivíduos, sendo
ligamentos, músculos ou tendões. Anomalias da transição lombossacral, estenose do canal
raquidiano, espinha bífida, espondilolistese, protusão e hérnia discal são outros quadros que
levam à dor lombar, sendo a última (hérnia discal) também muito comum na atualidade.

6. Referências Bibliográfica:
- Imamura, S.T., Kaziyama, H.H.S., Imamura, M. Lombalgia. Rev. Med. (São Paulo),
80(ed. esp. pt.2):375-90, 2001.
- Ângelo, R. C., Barros, S.S., Uchôa, É., P. Lombalgia Ocupacional e Postura Sentada.
Rev Dor. São Paulo, jul-set;12(3):226-30, 2011.
- Serafini, A.J., Alexandre, B.D. Low back pain: biopsychosocial aspects of chronic
and acute pain. https://doi.org/10.1590/1982-0275202239e200209

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