Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
A dor nas costas é considerada um grave problema de saúde pública, pois atinge a maioria da
população economicamente ativa e prejudica temporária ou permanentemente as atividades
trabalhistas e diárias. A atuação dos policiais militares revela uma série de fatores que fazem
esse segmento profissional da população em risco de desenvolver dores nas costas. A
problematização deste tema busca uma reflexão sobre a atividade do policial militar tem uma
tendência natural para dores nas costas pois a jornada de trabalho, o tempo em pé, o uso de
equipamentos e a submissão ao estresse emocional inerente à profissão são constantes. O
presente estudo apresenta a seguinte questão problema: Quais os fatores que causam
problemas de lombalgia em policiais militares? Objetivo desse artigo é analisar a origem e a
conceituação de lombalgia, determinar situações que causam problemas de lombalgia em
policiais militares, realizar um protocolo de atendimento e tratamento da lombalgia, visando a
reduzir o número de afastamentos de policiais militares. A metodologia desenvolvida foi estudo
quantitativo de caráter descritivo, mediante um levantamento retrospectivo de dados.
1.INTRODUÇÃO
Problemas nas costas são responsáveis por 25 % de todos os acidentes
de trabalho e 1.400 assalariados falecem a cada ano nos Estados Unidos. No
Brasil, as doenças da coluna vertebral são a principal causa de auxílio-doença
e a terceira principal causa de aposentadoria por invalidez (FERNANDES;
CARVALHO, 2000). A dor
nas costas é considerada um grave problema de saúde pública, pois atinge a
maioria da população economicamente ativa e prejudica temporária ou
permanentemente as atividades trabalhistas. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde a lombalgia é classificada da seguinte forma: uma
1
deficiência que revele uma perda ou anomalia na estrutura da coluna lombar de
etiologia psicológica, fisiológica ou anatômica, ou uma deficiência refletindo
uma deficiência que limita ou impede o pleno desempenho das atividades
físicas (PEREIRA, 2008).
Esse tema justifica-se em mostrar que nas atividades da polícia
Militar a pessoa é confrontada com uma série de fatores que afetam sua saúde.
Existem várias áreas onde os policiais trabalham. Alguns desempenham
funções internas, como atividades administrativas. Ficam horas sentados em
pé e fazem policiamento ostensivo geral com equipamentos que, aliados às
condições de trabalho, podem levar à sobrecarga da coluna.
A atuação dos policiais militares revela uma série de
fatores que fazem esse segmento profissional da população em risco de
desenvolver dores nas costas. Apesar de existir tarefas administrativas na
polícia Militar, a maioria exerce atividades operacionais e carregam coletes
balísticos, coturnos, cinto de guarnição com diversos acessórios, armas,
munições, equipamentos de primeiros socorros, cantil para hidratação etc. Com
jornada de trabalho extensa e turnos prolongados de até 12 horas (FRAGA,
2006). A problematização deste tema busca uma
reflexão sobre a atividade do policial militar tem uma tendência natural para
lombalgias pois a jornada de trabalho, o tempo em pé, o uso de equipamentos
e a submissão ao estresse emocional inerente à profissão confirmam um
cenário bastante favorável para a ocorrência da lombalgia. Os policiais estão
nas categorias laborais mais expostas aos riscos à integridade física, o
presente estudo apresenta a seguinte questão problema: Quais os fatores que
causam problemas de lombalgia em policiais militares?
Objetivo desse artigo é analisar a
origem e a conceituação de lombalgia, determinar situações que causam
problemas de lombalgia em policiais militares, realizar um protocolo de
atendimento e tratamento da lombalgia, visando reduzir o número de
afastamentos de policiais militares. A atividade policial, que exige diversos
usos da força deve ser submetida a um acompanhamento físico e médico
preventivo, pois pessoas mais fracas necessitam de mais esforço para realizar
determinadas tarefas (por estarem mais expostas as lesões e pessoas
inflexíveis, em geral apresentam problemas, mantendo diferentes posturas,
2
tensionando os discos da coluna vertebral. A metodologia desenvolvida foi
estudo quantitativo de caráter descritivo, mediante um levantamento
retrospectivo de dados.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
3
A dor lombar está associada a atividades
profissionais, especialmente aqueles que requererem exercício excessivo ou
repetitivo. Outros riscos também inclui a exposição às vibrações do carro. É
considerada a principal causa única de doenças e afastamentos relacionados
com o trabalho, sendo a causa mais comum de incapacidade entre os
trabalhadores com menos de 45 anos, com predominância de adultos jovens e
responsável por cerca de um quarto dos casos de incapacidade e deficiência
prematura (HELFENSTEIN JUNIOR, 2010). A lombalgia é uma causa
significativa de dor e incapacidade e deve ser analisada sob uma perspectiva
biopsicossocial, onde a biologia está preocupada com a saúde física, a
psicologia está preocupada em avaliar fatores pessoais.(MACEDO, 2011).
Várias
condições desencadeiam lombalgia crônica, tais como:
4
A polícia é um prestador de serviço público que tem por finalidade fazer
valer o direito à segurança. Assim, pode-se dizer que a atuação dos policiais é
pressionada tanto pela organização de seu trabalho quanto por fenômenos
sociais como a violência e a miséria. (SILVA; VIEIRA, 2008).
O policial
militar (PM) é uma das profissões que representa um grande risco à integridade
física. No entanto, os aspectos relacionados à saúde desses especialistas e
suas necessidades têm pouca compreensão social.
5
profissional, bem como melhorar sua qualidade de vida (LIMA; BLANK;
MENEGON, 2015). Apesar da necessidade de haver equilíbrio
entre corpo e mente, os policiais militares têm uma rotina ligada ao intenso
esforço físico, em alguns casos altos níveis de estresse físico e emocional,
uma rotina de trabalho desgastante e a redução das horas livres, o que torna
essas pessoas mais propensos a ter lesões musculoesqueléticas entre outras
alterações (JUNIOR; SOUZA, 2006)
6
que a atividade e a deambulação forem possíveis, o paciente deve ser
encorajado a retomar as atividades diárias o mais rápido possível. Este
conselho leva a um retorno mais veloz ao trabalho, menos limitações funcionais
a longo prazo e uma menor taxa de recorrência.
O tratamento farmacológico da
lombalgia, uma vez descartadas causas específicas como neoplasias, fraturas,
doenças infecciosas e inflamatórias, pode ser utilizado e deve focar no controle
sintomático da dor para permitir a recuperação funcional o mais rápido possível
(PIRES; DUMAS, et al., 2008). Segundo Trevisani et al., (2002) o tratamento
não medicamentoso visa proteger a coluna de posturas e movimentos
incorretos. Este é um recurso de tratamento muito importante que reduz o
tempo e a gravidade dos sintomas. Além da nova defesa. Existem também
outras fontes de informação. Disspositivos não farmacológicos, como
dispositivos para apoiar a coluna ou limitar provisoriamente o movimento de
várias técnicas de treinamento, dispositivos que usam métodos físicos (calor,
eletricidade), tração, massagem, manipulação da coluna.
3. METODOLOGIA
7
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
17%
33%
50%
27 a 35 36 a 40 43 a 50
Gráfico 2-
Quantos anos
4% 17%
21% você tem de
profissão?
17%
42%
9
4%
96%
SIM NÃO
42%
54%
4%
10
De acordo com o gráfico 4 a maioria dos policiais com 54,0% fica tanto em pé
quanto sentado, 42,0% fica sentado e 4% fica em pé. Além
das atividades evidentes o PM está frequentemente envolvido em atividades
administrativas. Caracteriza-se pelo uso diário do computador e sentado por
longos períodos de tempo. Quando assumimos uma postura sobrecarregada, o
comprimento da fibra muscular diminui, o que favorece a largura articular,
lesão, dor e diminuição da força de contração muscular. (VANÍCOLA et al.,
2010).
13%
88%
11
condições trabalho enfrentadas no exercício de suas funções (MINAYO et al.,
2011).
8%
12%
4%
8%
62%
4%
4%
13
6. REFERÊNCIAS
CRUZ, J.C.; LIBERALI, R.; CRUZ, T.M.F.; NETTO, M.I.A. The Pilates method
in the rehabilitation ofmusculoskeletal disorders: a systemati review.
Fisioter. Mov., Curitiba, v. 29, n. 3, p. 609- 622, jul./set. 2016
FERNANDES, R.C.P.; CARVALHO, F.M. Doença do disco intervertebral em
trabalhadores da perfuração de petróleo Cad Saúde Pública.
2000;16(3):661-9.
14
FEITOSA, A. S. A., et al. (2016). Estudo prospectivo de fatores
prognósticos em lombalgia crônica tratados com fisioterapia: papel do
medo‐evitação e dor extraespinal. Revista Brasileira de Reumatologia, 56(5),
384-390.
FRAGA, C.K. Peculiaridades do trabalho policial militar. Textos Contextos
(Porto Alegre). 2006;5(2):1-19.
HELFENSTEIN JUNIOR, M. et al. Lombalgia ocupacional. Artigo de revisão.
Rev. Associação Medica Brasileira.2010. v.56, nº.5, p.583-9.
LIMA, Fabíola Polo de; BLANK, Vera Lúcia Guimarães; MENEGON, Fabricio
Augusto. Prevalência de transtorno mental e comportamental em policias
militares/SC, em licença para tratamento de saúde. Psicologia: Ciência e
Profissão, v. 35, n. 3, p. 824-840, 2015.
16
VANÍCOLA, M. C.; MASSETTO, S. T.; MENDES, E. F. Biomecânica
ocupacional - Uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências da
Saúde-USCS, vol. 2, 2010.
17