Você está na página 1de 10

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E TURISMO DE

OLINDA
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ALYSSON BATISTA DA SILVA

EFEITOS DO ALONGAMENTO PARA REABILITAÇÃO DE LESÕES


EM ACADEMIAS:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA

OLINDA
2023
1

ALYSSON BATISTA DA SILVA

EFEITOS DO ALONGAMENTO PARA REABILITAÇÃO DE LESÕES


EM ACADEMIAS:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Educação Física da Faculdade de Comunicação,
Tecnologia e Turismo, como requisito parcial
para a obtenção do grau de Bacharel em
Graduação em Educação Física.

OLINDA
2023
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
3

1.1. O problema de pesquisa

A prática de exercício físico regular tem mostrado inúmeros benefícios a população


em geral, mas é necessário que haja um preparo e adequação do nível de atividade para
cada indivíduo, a fim de evitar eventos lesivos. De fato, atividades realizadas de maneira
extenuante, inadvertida ou inapropriada podem gerar sobrecargas, e, não respeitando a
evolução natural, cronológica, biológica e fisiológica do organismo, podem culminar com
o desenvolvimento de lesões. (PIVOTO et al., 2021).

O alongamento, exercício terapêutico utilizado para alongar um tecido encurtado, pode


ser definido como uma forma de aumentar a flexibilidade músculo tendinosa, do tecido
conjuntivo muscular visando também à realização de amplitude de movimento articular com o
mínimo de restrição possível. A Mobilidade (flexibilidade) é o maior movimento possível das
articulações envolvidas e para isso, é preciso uma boa mobilidade e elasticidade dos tecidos
que circulam na articulação (músculo, tecidos e pele). (BANDARO e col, 2007). De acordo
com (ALMEIDA et al., 2009), existem basicamente três métodos de alongamento para
desenvolver a flexibilidade: o alongamento passivo, o ativo e a facilitação neuromuscular
proprioceptiva (FNP). Apesar de o método FNP ser o mais eficaz, o alongamento estático é o
mais utilizado, pois é o método mais seguro, simples e com menor risco de lesão (2). No
método estático, o membro é mantido em posição estacionária em seu maior comprimento
possível por um período de 15 a 60 segundos (1). De acordo com Bandy (3) o procedimento
deve ser realizado de forma lenta e gradual para evitar a resposta neurológica do reflexo do
estiramento e estimular a atividade dos órgãos tendinosos de Golgi. De acordo com Alencar
(2010) os benefícios do alongamento como permitindo o aumento da amplitude de
movimento e evitando lesões através de mudanças viscoelásticas que diminui a ponte cruzada
de actina e miosina.

De acordo com (ALMEIDA et al., 2009), os exercícios de alongamento muscular estão


entre os mais comumente utilizados na reabilitação e na prática esportiva. São técnicas
utilizadas para aumentar a extensibilidade musculotendínea e do tecido conjuntivo muscular e
periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade. As lesões musculares estão entre as
queixas mais comuns no atendimento ortopédico, ocorrendo tanto em atletas como em não
atletas. (BARROSO E THIELE, 2011). A maioria das lesões ocorre por alongamento
excessivo ou trauma direto no ventre muscular. Aquecimento e alongamento ativo e passivo
4

antes dos treinos têm sido postulados como estratégias de prevenção de lesões; no entanto, há
pouca evidência sobre o quanto estas atitudes realmente diminuem a incidência das lesões
musculares. (BARROSO E THIELE, 2011).

As lesões musculares são classificadas em contratura, distensão ou ruptura de fibras


(parcial ou total). Algumas causas como fadiga muscular, íons cálcio, compostos reativos de
oxigênio e alimentação são apontadas como causa de lesões nas fibras musculares. (CLEBIS;
NATALI, 2001). Vários sistemas de classificação têm sido propostos para as lesões
musculares. Estas podem ser classificadas de acordo com o tempo, o tipo, a gravidade e o
local da lesão. (BARROSO E THIELE, 2011). Quanto ao tempo, podem ser classificadas em
aguda (menos de três semanas de evolução) ou crônica. Quanto ao tipo, elas podem ser
classificadas em lesões causadas por fatores extrínsecos ou intrínsecos. Fatores extrínsecos
agrupam as lesões que ocorrem por meio de um fator externo; as contusões são o melhor
exemplo. Fatores intrínsecos agrupam as disfunções musculares, os estiramentos e as rupturas
(BARROSO E THIELE, 2011).
As contusões musculares são causadas através do trauma de um objeto sobre o grupo
muscular. Deve-se levar em consideração a biomecânica do trauma para avaliar as possíveis
lesões. Por ser um trauma, tanto a pele quanto as camadas mais profundas até a musculatura
poderão sofrer graus variados de lesões. (BARROSO E THIELE, 2011). A atividade física
praticada regularmente possui diversos benefícios, porém sua prática nas academias envolve
riscos à saúde, destacando-se lesões na coluna vertebral, ombro e joelho, portanto, conhecer
os traumas mais comuns torna-se fundamental para traçar estratégias de prevenção. (Costa e
col, 2015). Os dados obtidos no presente estudo mostraram que 51% dos alunos já sofreu
algum tipo de lesão, sendo que 66% atribuem ao exercício esse tipo de trauma. As regiões
mais lesionadas foram joelho (30%), mão/punho (25%), ombro (25%), quadril (10%) e coluna
vertebral (10%). Além disso, outro dado interessante foi que 89,6% dos alunos relatou que
sempre segue algum programa de treinamento elaborado e proposto pelo instrutor da
academia. (Costa e col, 2015). Sendo assim, o objetivo deste estudo é analisar os efeitos do
alongamento para a reabilitação de lesões e relacionar com a prática em academias.

2. REVISÃO DA LITERATURA
Para discutir os temas abordados no presente projeto de Trabalho de Conclusão de
Curso 1, optou-se por dividir o referencial teórico em dois tópicos. O primeiro tópico
apresenta aspectos teóricos sobre o alongamento e reabilitação de lesões. O segundo buscará
5

apresentar os possíveis efeitos do alongamento na reabilitação de lesões e relacionar ao uso


em academias.

2.1 Alongamento, reabilitação e lesões.

A OMS define saúde como “um estado de bem-estar físico completo, mentalmente e
socialmente, não sendo apenas a ausência de afeções e enfermidades”. A atividade física
quando praticada regularmente possui múltiplos benefícios, porém sua prática nas academias
oferece alguns riscos à saúde, destacando-se lesões na coluna vertebral, ombro e joelho,
portanto, conhecer os traumas mais comuns torna-se fundamental para traçar estratégias de
prevenção.
Para a OMS, saúde está relacionado não somente a aspectos físicos, mas a tudo que
envolve o bem-estar do ser humano por completo, entretanto, as pessoas procuram realizar
atividades físicas com objetivos de melhorar a sua saúde, e uma das opções é a academia,
porém, existem alguns percalços no meio do objetivo que geram lesões.
Segundo (ALMEIDA et al., 2009), os exercícios de alongamentos são empregados
frequentemente na prática de reabilitação de lesões e na prática esportiva, para aumentar a
extensão dos músculos e tendões, além de melhorar a mobilidade articular.
Tanto atletas como não atletas estão sujeitos a lesões musculares pois são estão entre
as queixas mais comuns no atendimento ortopédico. (BARROSO E THIELE, 2011).
Aquecimento e alongamento ativo e passivo antes dos treinos têm sido postulados como
estratégias de prevenção de lesões; no entanto, há pouca evidência sobre o quanto estas
atitudes realmente diminuem a incidência das lesões musculares. (BARROSO E THIELE,
2011).

1. Analisar os efeitos do alongamento na reabilitação de lesões, relacionando ao


emprego em academias.

3. MÉTODOS
6

3.1 Identificação das fontes de pesquisa

As bases de dados a serem consultadas serão a PubMed, Scielo, DeSC, Google


Acadêmico onde serão realizadas as buscas dos estudos a partir dos seguintes termos
associados, Stretching, Injury, muscle injuries, Rehabilitation. Em seguida, todos os termos
serão combinados para busca dos estudos que tenham sido realizados com seres humanos e
sem restrição de ano de publicação (Figura1).

3.2 Identificação e seleção dos estudos

A leitura dos títulos será realizada a fim de verificar a adequação ao propósito dessa
revisão, caso a decisão não possa ser tomada a partir da leitura dos títulos, será recorrido ao
resumo e permanecendo a dúvida, a leitura do estudo será realizada na íntegra.

3.3 Critérios de inclusão e exclusão

Serão incluídos nessa revisão os artigos que tenham: (i) verificaram o efeito do
alongamento e sua importância; (ii) identificaram os efeitos do na reabilitação de lesões; (iii)
identificaram estudos para qualquer grupo ou idade de pessoas. Nos estudos que atenderem
aos critérios de inclusão, serão analisados os seguintes itens: (a) ano de publicação; (b)
grupos; (c) número de sujeitos em cada grupo; (d) tipo de alongamento; (e) critérios de
inclusão ao estudo; (f) pontuação do estudo; (g) idade; (h) prevalência de lesões presentes; (i)
duração da intervenção; (j) frequência semanal; (k) volume por sessão.

Figura 2. Organograma das fases de seleção dos artigos.


7

Fonte: de Sousa and Ribeiro (2009)

3.4 Avaliação da qualidade

Após adequação dos estudos aos critérios supracitados, passarão por uma análise de
qualidade por meio da escala Testex (Smart, Waldron et al. 2015), específica para estudos de
ensaios clínicos em exercícios físicos. ESTOU NA DÚVIDA DE COMO FAZER...

3.5 Extração e síntese dos dados

Todos os estudos encontrados serão selecionados e tabulados com auxílio do Excel e a


extração dos dados dos estudos serão tabulados na planilha do Excel, onde caso haja
divergência entre os dados extraídos, uma terceira revisão decidirá a problemática em
questão. A priori, os principais dados a serem extraídos serão: Tipos de alongamentos
principais usados na reabilitação de lesões, lesões e suas causas, reabilitação de lesões em
academias e seus instrumentos utilizados e resultados encontrados quando comparados com
outros grupos de intervenção. A partir dos dados obtidos serão feitas as análises necessárias
para se observar os protocolos de treinamentos com melhores ganhos obtidos.

4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Abaixo está o cronograma das atividades relacionadas à execução do Pré-projeto e


Trabalho de Conclusão de Curso (Quadro 1).
8

Quadro 1. Cronograma de execução

Atividades 2023 2024

ago set out nov dez fev mar abr mai jun

Pesquisa e Referências X X X X X
bibliográficas

Reunião com Orientador X X X

Elaboração do Projeto X X

Submissão ao comitê de X? X?
ética*

Coleta de dados X X

Processamento de dados X X

Elaboração do artigo X X X

Entrega do artigo X

5. ORÇAMENTO

No quadro apresentado abaixo está o detalhamento dos valores dos materiais que
serão utilizados na pesquisa (Quadro 2).

Quadro 2. Planejamento do orçamento do Trabalho de Conclusão de Curso


Item Quantidade Preço

Resma de papel A4 1 R$ 25,00

Cartucho de tinta EPSON 504-544 preto 4 R$ 340,00

Total R$ 365,00

6. REFERÊNCIAS
9

ALMEIDA, Paulo et al. ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na


performance e na prevenção de lesões. Fisioter Mov, [S. l.], p. 335-343, 3 out. 2009.

BARROSO, Guilherme; THIELE, Edilson. LESÃO MUSCULAR NOS ATLETAS. Rev


Bras Ortop., [S. l.], p. 354-358, 28 jun. 2011.

CLEBIS , Naianne; NATALI, Maria. Lesões musculares provocadas por exercÌcios


excêntricos. Rev. Bras. CiÍn. e Mov., [S. l.], p. 47-53, 1 out. 2001.

PIVOTO, Eliandra et al. Efeitos de um protocolo de exercícios preventivos sobre fatores de


risco para lesões em militares. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, [S. l.], p. 631-
636, 20 jan. 2021.

Você também pode gostar