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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

FRANCINETE MONTEIRO DE SOUZA


VIVIAN MEIRELES DE OLIVEIRA

OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO NA SINTOMATOLOGIA


DA LOMBALGIA NO PERÍODO GESTACIONAL.

ANANINDEUA-PA
2022
1. EPIDEMIOLOGIA DA LOMBALGIA

A Organização Mundial da Saúde – OMS, estima que 80% da


população brasileira já obteve sintomas de lombalgia. A dor na região
lombar é a segunda enfermidade de maior causa da ida dos pacientes aos
consultórios médicos (OSM, 2021). Para Lima (2017) e Silva (2020),
menos de 60% dos indivíduos que possuem dor lombar procuram o
tratamento necessário para amenizar os efeitos. A lombalgia acomete
diferentes âmbitos na vida cotidiana, influindo nas questões físicas, sociais
e mentais. Podendo ocasionar estresse, ansiedade, perda de
condicionamento físico, dentre outros. Estima-se que cerca de 50% das
gestantes se queixam de dor lombar.
Entende-se que a gestante durante o processo de gravidez sofre com
alterações físicas, essas modificações influem no aumento significativo de
peso, fator esse que impacta diretamente tendões, ligamentos e
articulações, podendo afetar inclusive a coluna através da disposição de
dores na região lombar. No mundo, são quase 540 milhões de pessoas
afetadas pela lombalgia. De acordo com pesquisas desenvolvidas pela
“Carga Global de Doenças”, a dor lombras é a motivação principal de
incapacidade em grande parte dos países que possuem alta renda. A
atividade física, a exemplo da prática de exercícios resistidos, é um
possível tratamento frente a essa problemática em gestantes (FARACI et
al., 2018; CARVALHO, 2017).

2. FISIOPATOLOGIA DA LOMBALGIA
Existem diversos fatores de riscos ocasionados pela lombalgia, e
quanto trata-se de grávidas que portam tal enfermidade os riscos acabam
se potencializando. De acordo com Malta (2017) e Contiere (2018), entre
os sintomas da lombalgia que oferecem mais riscos temos: a fraqueza dos
músculos abdominais e espinhais, o ganho de peso, a obesidade, a altura
e a má postura concomitantemente a questões ocupacionais, tais quais, os
de deslocar objetos pesados, os de permanecerem sentado por um longo
período e o sedentarismo.
Para Da Silva Brito (2022), os músculos agonistas e antagonistas
precisam estar em harmonia. Uma vez que haja um desequilíbrio muscular
entre eles a consequência pode ser o desalinhamento postural. Este
mesmo autor, ainda informa que a disparidade da força e flexibilidade entre
os grupos musculares atuantes numa mesma articulação atua diretamente
nas dores lombares. Estruturalmente falando, é sabido que a musculatura
do tronco e da cintura pélvica desempenham papel de proteger as
estruturas da coluna vertebral. O comprometimento desta estrutura se dá
pela hipotonia dos músculos que são responsáveis pela estabilidade.
Segundo Dalsochio et al., (2021), posições viciosas e postura inadequadas
afetam diretamente as questões associadas a coluna. Em gestantes esses
problemas devem ser evitados a fim de evitar possíveis desconfortos
durante a gestação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Maria Emília Coelho Costa et al. Lombalgia na gestação. Revista


Brasileira de Anestesiologia, v. 67, p. 266-270, 2017.
CONTIERI, Magie Regina Ventura. Prevalência e fatores relacionados à
lombalgia no período gestacional: revisão sistemática. 2018.
DA SILVA BRITO, Arthur Gomes et al. Lombalgia gestacional: características
clínicas e sua interferência no cotidiano. Research, Society and
Development, v. 11, n. 6, p. e7211628664-e7211628664, 2022.
DALSOCHIO, Daniela; LIMA, Morgana Marafigo de Oliveira de. A prevalência
de lombalgia em gestantes e sua influência na qualidade de vida. 2021.
FARACI, Lucas Lopes; DE OLIVEIRA, Eustáquio Luiz Paiva. Lombalgia e suas
possíveis causas: revisão de literatura. ANAIS SIMPAC, v. 8, n. 1, 2018.
LIMA, Ana Carolina do Nascimento et al. Prevalência de lombalgia e a
interferência na qualidade de vida de gestantes. Revista Dor, v. 18, p. 119-
123, 2017.
MALTA, Deborah Carvalho et al. Fatores associados à dor crônica na coluna
em adultos no Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 51, 2017.
SILVA, Alexandre Resende et al. LOMBALGIA NO PERÍODO GESTACIONAL:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Simpósio de Neurociência Clínica e
Experimental, v. 1, n. 1, 2020.

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