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1. INTRODUÇÃO

A gravidez é um momento de importante reestruturação na vida da mulher


e nos papéis que ela exerce. Representa um período de intensas modificações
físicas e psicológicas, transformando a vida social, familiar e profissional
(BRANDÃO; GASPARETTO; PIVETTA, 2008).
Durante a gestação há uma sequência de mudanças. O útero está em
constante crescimento, formando um abdômen cada vez mais globoso. Há o
deslocamento do centro de gravidade para frente devido ao crescimento uterino,
aumento da base de sustentação para melhorar a estabilidade e o equilíbrio, além
da liberação de hormônios, como estrógeno e relaxina, que ocasionam um
crescente afrouxamento dos ligamentos. Todas essas modificações causam
lordose lombar exagerada com anteversão pélvica, ocasionando sobrecarga dos
músculos lombares e posteriores da coxa, podendo gerar um processo doloroso
(NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006).
Dentre as queixas mais frequentes e comuns na gestação está a lombalgia,
que pode ser conceituada como um sintoma que afeta a área entre a parte mais
baixa do dorso e a prega glútea, a região lombar, podendo ou não irradiar-se para
os membros inferiores. É geralmente caracterizada como desconforto axial ou
para-sagital na região lombar e de caráter músculo-esquelético. Isto pode ser
devido a uma combinação de fatores mecânicos, hormonais, circulatórios, e
psicossocial. Suas características clínicas seriam: dor de caráter constante, pouca
dificuldade durante a marcha e em postura estática, redução da amplitude de
movimento da coluna lombar, dor a palpação da musculatura paravertebral e teste
para provocação da dor pélvica posterior negativo (PITANGUI; FERREIRA, 2008;
SABINO; GRAUER, 2008).
Estes sintomas, com intensidade e duração variáveis, geralmente
aumentam com o decorrer da gravidez, ocasionando diversas interferências nas
atividades de vida diária da gestante, tais como carregar objetos, limpar a casa,
sentar e caminhar, além de também poder acarretar absenteísmo, distúrbios de
sono, incapacidade motora e depressão, impedindo a gestante de levar sua vida
normalmente (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; PENNICK; YOUNG, 2008;
SABINO; GRAUER, 2008;).
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Portanto, há necessidade de um trabalho de prevenção que auxilia na


diminuição da probabilidade de mulheres com esse desconforto. Hábitos
saudáveis na vida diária, antes e durante a gestação, causam grande bem-estar,
e contribuem para diminuir a possibilidade de lombalgia na gravidez, desta forma,
o ideal seria manter bons hábitos alimentares e posturais, adequar o ambiente de
trabalho com orientação ergonômica, dormir pelo menos 8 horas por dia em
posição e colchão confortável, não ingerir bebidas alcoólicas nem fumar, e
principalmente, praticar exercícios regularmente, garantindo desta forma uma vida
mais saudável e sem dor (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; DOMINGUES;
BARROS, 2007).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), em seu
documento que procede a análise da Estratégia Global para Alimentação,
Atividade Física e Saúde (EG/OMS), há recomendação de que os indivíduos
adotem níveis adequados de atividade física durante toda a vida. Diferentes tipos
e quantidades de atividade física são necessários para obter diferentes resultados
na saúde.
Além de atuar na prevenção e no controle de diversas doenças, a prática
da atividade física melhora a qualidade de vida, inclusive para grupos especiais,
dentro dos quais se incluem as gestantes. Até pouco tempo, as recomendações
limitavam a prática de atividade física para este grupo ou até mesmo as contra-
indiciavam para não arriscar suas vidas nem a de seus bebês. As mulheres eram
orientadas a reduzir suas atividades e até mesmo interromper seu trabalho,
especialmente no final da gestação. A questão é que este declínio na prática de
atividade física pode ser um fator de risco a longo prazo para obesidade,
diabetes, doenças cardiovasculares, entre outros (DOMINGUES; BARROS, 2007;
PEREIRA et al., 2007; SCHLÜSSEL et al., 2008; TAVARES et al., 2009ª;
2009b).
Entretanto, esta concepção de inatividade mudou. Hoje já existe consenso
sobre a importância da atividade física durante a gestação e especialistas relatam
efeitos positivos para a prática da atividade física regular (DOMINGUES;
BARROS, 2007; SCHLÜSSEL et al., 2008; TAVARES et al., 2009a).
Na gestação, a atividade física é recomendada na total ausência de
qualquer anormalidade, mediante avaliação médica especializada. As contra
indicações absolutas são o sangramento uterino de qualquer causa, a
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placentação baixa, o trabalho de parto prematuro, o retardo de crescimento


intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de
membranas e a incompetência istmocervical. Durante uma gestação normal,
quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando a prescrição à
gestação (LEITÃO et al., 2000).
Tendo em vista esta prevenção da lombalgia durante a gravidez, fazem-se
necessárias medidas profiláticas prévias à gestação. Além da prática de
condicionamento físico regular, exercícios de percepção corpórea para que a
mulher aprenda a conhecer seu próprio corpo e suas limitações, técnicas de
relaxamento e orientação postural em atividades diárias são importantes.
Também é indispensável a conscientização dos profissionais da área da saúde
em relação às mulheres em fase reprodutiva que apresentem dor lombar, já que
estas terão maiores chances de desenvolvê-la durante a gestação, fato este que
torna imprescindível o tratamento adequado deste sintoma. Durante a gestação,
as medidas preventivas devem ser realizadas o mais precocemente possível, com
orientações ergonômicas, posturais, exercícios de fortalecimento muscular e
alongamento (PITANGUI; FERREIRA, 2008).
Sendo assim, uma técnica que vem ganhando espaço e repercussão, e
que trabalha todos os pontos acima citados é o Pilates. Técnica de baixo impacto,
cujo trabalho envolve corpo e mente, com grande enfoque na musculatura do
tronco, que permite proteger as estruturas da coluna vertebral e articulações
sacroilíacas. Pode ser vista como uma técnica completa, pois há associado
trabalho respiratório, de consciência corporal, de flexibilidade e força, de
concentração e precisão na realização dos exercícios.
O objetivo deste trabalho é de realizar uma revisão na literatura científica
para verificar como a atividade física através do método Pilates pode ajudar a
diminuir os efeitos decorrentes das modificações fisiológicas que ocorrem durante
a gestação, principalmente no quadro de lombalgia tão relatado pelas gestantes.
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2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura científica, dos aspectos da atividade


física por meio do método Pilates na gestação. A pesquisa foi realizada por meio
de artigos publicados período de 2005-2009, com os idiomas em português,
espanhol e inglês. Tendo as bases de dados para a revisão bibliográfica:
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Regional de Medicina
(BIREME), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). As palavras-chaves, sendo algumas descritas de acordo com os
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), foram: Pilates, lombalgia (low back
pain, dolor de la región lumbar), gestantes (pregnant women, mujeres
embarazadas), gestação/gravidez (pregnancy, embarazo), fisioterapia
(physiotherapy, physical therapy, terapia física), exercícios na gestação
(pregnancy’s exercises, ejercicios durante el embarazo), atividade física na
gestação (physical activity in pregnancy, physical exercise in pregnancy).
Todo material obtido foi submetido à leitura cuidadosa e a análise
apresentada de forma descritiva.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Alterações Biomecânicas na Gestação

As principais alterações biomecânicas que ocorrem durante a gestação


são: crescente crescimento uterino, deslocamento anterior do centro da
gravidade, aumento da base de sustentação, afrouxamento dos ligamentos,
aumento das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, sobrecarga da
musculatura dos músculos lombares e posterior da coxa, fraqueza dos músculos
abdominais e glúteos, abertura e elevação de costelas e aumento da pressão na
musculatura perineal, resultando em má postura e aumentando a força de
cisalhamento na região lombar (BALOGH, 2005; NOVAES; SHIMO; LOPES,
2006).
A necessidade de adaptar a postura na gravidez para compensar a
mudança de seu centro de gravidade é feita de maneira individual e dependerá de
muitos fatores, por exemplo, força muscular, extensão da articulação, fadiga e
modelos de posição. Apesar de ser individual para cada mulher, a maioria tem as
curvas lombares e torácicas aumentadas (NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006).
Frente a estas modificações fisiológicas da gestação, praticamente todas
as mulheres grávidas experimentam algum desconforto musculoesquelético neste
período. Na literatura há relatos estimando que cerca de 25% delas apresentem
ao menos sintomas temporários (BORG-STEIN; DUGAN; GRUBER, 2005).
A lombalgia durante a gravidez é geralmente atribuída às modificações
biomecânicas do período gestacional, claramente evidenciada pelo ganho
ponderal e deslocamento anterior do centro de gravidade, aumentando a
sobrecarga na região lombar. Além disso, a musculatura abdominal sofre um
estiramento para tentar acomodar a expansão uterina, com isso, perde a
capacidade de exercer corretamente sua função de estabilizar a lombar,
causando maior estresse na região (SABINO: GRAUNER, 2008).
Essas dores aumentam principalmente se a mulher apresentava esta
queixa antes de engravidar. Caso ela tenha apresentado a lombalgia durante a
primeira gestação, nas próximas gestações haverá maior chance de desenvolver
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o mesmo quadro álgico. Esse sintoma pode perdurar no período puerperal e


continuar interferindo com sua rotina diária e, consequentemente, em sua
qualidade de vida (MARTINS; PINTO e SILVA, 2005; SABINO; GRAUER, 2008;
PITANGUI; FERREIRA, 2008).
Na tentativa de diminuir este desconforto, a literatura descreve que a
prática de alguma atividade física atenua a dor lombar durante a gestação. Foi
comprovado que o estilo de vida sedentário aumenta o risco de lombalgia quando
comparado com pacientes que engajaram em um estilo de vida mais ativo, hoje a
prática da atividade física durante o período gestacional vem sendo foco de
debates na comunidade científica (SABINO; GRAUER, 2008; TAVARES et al.,
2009b).
Novaes, Shimo e Lopes (2006) evidenciaram a grande importância da
aquisição de novos hábitos posturais, a realização de exercícios terapêuticos e
técnicas de relaxamento para proporcionar melhor preservação da musculatura.
A atividade física pode ser definida como um movimento corporal qualquer,
produzido pelo sistema esquelético e que resulte em gasto energético maior que
os níveis de repouso. Conceitualmente, diferencia-se do exercício físico cuja
característica é tida como uma atividade física planejada, estruturada e realizada
de forma sistemática com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão e o
desempenho físico. O exercício físico é uma categoria da atividade física
(TAVARES et al., 2009ª; 2009b; OMS, 2005). Sendo assim, embora todo
exercício físico seja uma atividade física, nem toda atividade física é um exercício.
A definição de atividade física engloba uma série de aspectos incluindo
todas as atividades voluntárias, como o tempo de descanso, atividades
domésticas, ocupacionais, entre outras. Quando se encoraja a gestante a praticar
uma atividade física, é necessário que se mencione a frequência, intensidade e
duração (SCHLÜSSEL et al., 2008).
Lima e Oliveira (2005) recomendam que as gestantes tenham
precauções durante a realização das atividades e que algumas sejam evitadas,
como por exemplo, o mergulho e outras que envolvam riscos de quedas e
desequilíbrios.
Domingues e Barros (2007) relatam não existir evidências de danos nem
para mãe nem para a criança nos casos de mães sedentárias que queiram iniciar
uma atividade durante a gestação. Porém, a atividade deve ser prescrita
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considerando as particularidades da gestante e seu nível de prática, as mulheres


que não apresentam contraindicações devem ser incentivadas a realizar
atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento.
Sabe-se que as gestantes envolvidas em um programa de exercícios que
envolvem flexibilidade e resistência muscular, particularmente força abdominal,
revelam diminuição nas alterações posturais e na severidade da dor no grupo que
praticava exercícios. O fato é que durante a gestação, a musculatura abdominal
sofre estiramento para acomodar a expansão uterina e perde a habilidade de
desempenhar a função de manutenção da postura, o que gera sobrecarga da
região lombar. Assim, o trabalho focado no reforço da musculatura abdominal faz
com que haja menos estresse sobre a região lombar. No entanto, pacientes que
tem alguma ocupação muito ativa ou que exigidos por uma intensa demanda
física, também tem alto risco de desenvolver dor durante a gestação, sugerindo
que atividades extremas não são provavelmente ideais (SABINO; GRAUER,
2008).

3.2 Os benefícios do Pilates no período gestacional

Cada vez mais, a população vem buscando diferentes formas para


melhorar a qualidade de vida. Cada indivíduo apresenta suas preferências e
procura atividades que trabalhem o corpo de uma forma global e interessante.
Nota-se um grande aumento no número de técnicas disponíveis para esses
objetivos e entre elas está a moderna e discutida técnica Pilates (SACCO et al.,
2005).
Joseph Hubertus Pilates (1880 – 1967) nasceu em
Mönchengladbach, que fica próximo a Düsseldorf, na Alemanha. Quando criança,
era doente, sofria de raquitismo, febre reumática e asma, já na sua adolescência
ele visava superar as suas limitações físicas e autodidaticamente começou a
estudar anatomia, fisiologia humana e fundamentos de medicina oriental,
estudando diferentes formas de movimento durante toda a sua vida. O Pilates é
um método de condicionamento físico e mental que desenvolve força, flexibilidade
e resistência. Através de uma multiplicidade de exercícios executados em
aparelhos diferenciados, o método prioriza o fortalecimento da musculatura
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abdominal e alongamento da parte posterior do corpo proporcionando um bom


equilíbrio, alinhamento e postura corporal. O pilates alivia a maior parte das dores
nas costas, corrigindo a coordenação, e a postura e também melhora a
flexibilidade muscular e a mobilidade das articulações (GALLAGHER;
KRYZANOWSKA, 2000).
Pilates é uma forma de exercício que se trabalha o conjunto mente-
corpo tendo como foco o controle do movimento, postura e respiração. Durante a
última década, a popularidade dos exercícios cresceu, e o Pilates agora é usado
no campo da reabilitação e fitness. O objetivo é aumentar a força e endurance
muscular, bem como a flexibilidade e melhorar a postura e equilíbrio,
preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas da coluna. O trabalho
mental no Pilates é evidenciado na respiração, que deve ser do tipo torácica
lateral, e na concentração durante a execução dos exercícios (BALOGH, 2005;
BERTOLLA et al., 2007; SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA;
MANNRICH, 2009).
Visando o movimento consciente sem fadiga e dor, o método é baseado
em seis princípios: concentração, respiração, “centramento” (power house),
controle, precisão e fluidez de movimento (SACCO et al., 2005; BERTOLLA et al.,
2007).
A técnica que enfoca o power house, o centro, inclui o abdominal, o glúteo
e a musculatura paraespinhal em particular, responsáveis pela estabilização
estática e dinâmica do corpo. São realizados exercícios de baixo impacto
contracional, onde o power house é trabalhado constantemente em todos os
exercícios da técnica, realizados com poucas repetições (JAGO et al., 2006;
SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA; MANNRICH, 2009).
Os músculos abdominais são muito importantes, pois em coordenação com
os músculos dorsais, eles são o suporte contra a ação da gravidade e
manutenção para uma postura alinhada (SACCO et al., 2005).
O método Pilates apresenta muitas vantagens sendo apontado na literatura
como uma técnica capaz de estimular a circulação, melhorar o condicionamento
físico, a flexibilidade, a amplitude muscular e o alinhamento postural. Pode
também melhorar os níveis de consciência corporal e a coordenação motora. Tais
benefícios ajudariam a prevenir lesões e proporcionar alívio de dores crônicas
(SACCO et al., 2005).
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Como outras técnicas, este método apresenta muitas variações de


exercícios, o que proporciona um trabalho mais individualizado, respeitando os
limites de cada pessoa. Assim, maior que as contra-indicações estão os cuidados
que devem ser tomados. Respeitando sempre os princípios do método Pilates, o
paciente é capaz de realizar os exercícios a ele desenhados, com suas
respectivas modificações, em seu próprio ritmo e com progressão proporcional ao
desempenho apresentado (SILVA; MANNRICH, 2009).
As indicações são muitas e variadas, podendo ser aplicada em populações
que vão desde indivíduos que buscam alguma atividade física, ou por aqueles
que apresentam alguma condição especial onde a reabilitação é necessária, na
qual se pode incluir as gestantes (SACCO et al., 2005; SILVA; MANNRICH,
2009).
Exercícios realizados durante a gestação oferecem muitos benefícios
físicos e emocionais, e por causa do caráter leve e suave dos exercícios do
Pilates, é que cada vez mais mulheres estão procurando esta técnica durante e
após a gravidez. Particularmente, muitos dos exercícios podem ser realizados em
decúbito lateral ou até mesmo sentado, sendo seguros durante o segundo e
terceiro trimestre de gestação quando a posição supina é contra-indiciada
(BALOGH, 2005).
No método, a prática física é aliada ao relaxamento mental, onde as
gestantes tomam maior consciência corporal e se sentem mais preparadas e
confiantes em si mesmas. Elas reorganizam o seu centro de força, como o
abdômen, quadril e lombar, através de uma prática variada com poucas
repetições, concentração, precisão de movimentos e fluidez (SACCO et al., 2005;
BERTOLLA et al., 2007; SOROSKY; STILP; AKUTHOTA, 2008; SILVA;
MANNRICH, 2009).
Nota-se melhora na postura e nas compensações típicas do período
gravídico, com diminuição das dores lombares. Além disso, há o alongamento e
relaxamento muscular, fortalecimento dos músculos do períneo preparando para
o parto e pós-parto, estimulação da circulação e melhora da respiração, bem
como um aumento da sensação de bem-estar levando à melhora da autoestima.
Para a prática segura, as orientações às gestantes devem ser voltadas para o
alinhamento corporal e descarga de peso, a fim de evitar sobrecarga em algumas
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articulações, principalmente na região lombar, o que gera inflamação e dor


(BALOGH, 2005).
Correlacionando a tão reportada lombalgia durante o período gestacional
ao método Pilates, percebe-se que este vem ganhando espaço no tratamento
desse quadro álgico, tão mencionado a cada dia devido sua crescente incidência,
cuja influência vai desde as atividades profissionais até as de lazer (SILVA;
MANNRICH, 2009).
Rydeard, Leger e Smith (2006) comprovaram que o método Pilates foi
eficaz para reduzir a lombalgia em indivíduos que participaram de quatro
semanas de treinamento e foram seguidos três, seis e doze meses após seu
término.
Como tentativa de se trabalhar os músculos envolvidos nos movimentos de
forma mais consciente, as mulheres grávidas procuram o método Pilates devido à
leveza dos movimentos, e através dele obtêm relaxamento e aumento na abertura
da caixa torácica, devido à respiração. Além disso, por trabalhar a musculatura
abdominal e do assoalho pélvico, há prevenção da diástase abdominal e da
incontinência urinária. Chama a atenção para que as mães sejam encorajadas e
incentivadas a incorporar os exercícios em suas atividades funcionais (BALOGH,
2005).
Dentre os exercícios do método, o Hundred é indicado para a diminuição
de dores lombares e a melhora da mecânica respiratória. Os músculos
abdominais são fundamentais para que haja uma ação funcional do músculo
diafragma. Eles revestem as paredes laterais, anterior e posterior do abdômen, e
também servem de apoio para o músculo diafragma. Assim, os músculos
abdominais evitam que as vísceras se desloquem para frente e para baixo,
formando um apoio para o centro frênico e permitindo que o diafragma eleve as
costelas inferiores na inspiração. Além disso, na expiração ativa, são
responsáveis pelo rebaixamento da caixa torácica e, com a contenção das
vísceras, pelo relaxamento forçado do diafragma (SACCO et al., 2005).
Não há muito que possa ser feito frente às inevitáveis mudanças da
gravidez, pois elas são fisiológicas e hormonais. Entretanto, ao se reforçar o
centro da força, o power house, estabilizando a musculatura da coluna e pelve, e
melhorando o controle respiratório, pode-se esperar uma melhora postural e uma
diminuição da lombalgia já que os músculos abdominais nas gestantes estão
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sujeitos a uma sobrecarga de forças em todas as direções e que um fraco


trabalho da musculatura abdominal reduz a estabilidade da coluna lombar e área
pélvica (BALOGH, 2005; SABINO; GRAUER, 2008).
E o foco do método Pilates é exatamente nesse engajamento do centro, na
musculatura abdominal, paraespinhal e glútea, associado ao controle da
respiração. Na evolução do trabalho, a gestante mais consciente com seu corpo e
com os princípios do método, pode desafiar ainda mais seu centro de gravidade.
Uma melhor consciência corporal se traduz no aumento do grau de dificuldade
dos exercícios, associando a estes, movimentos com braços, pernas e
acessórios, como bolas e rolos (BALOGH, 2005).
Em fato, a prática de uma atividade física de grau leve e moderado durante
uma gestação sem complicações provê vários benefícios. Os objetivos desta para
as gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de
sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição da tensão no parto,
e uma recuperação no pós-parto imediato mais rápida (LEITÃO et al., 2000;
TAVARES et al., 2009b).
Adicionalmente, há melhora na redistribuição circulatória, o aumento da
concentração sanguínea do útero e placenta para as extremidades. Este processo
ajuda a reduzir e prevenir a dor lombar, reduzir o estresse cardiovascular, diminuir
a retenção hídrica, aumentar a capacidade de oxigenação, diminuir a pressão
sanguínea, reduzir o risco de diabetes gestacional, auxiliar no retorno venoso
prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores. Além disso,
também inclui benefícios sobre o quadro emocional, ao passo que a atividade
física ajuda a mulher a se sentir mais autoconfiante e satisfeita com sua
aparência, aumentando sua autoestima, e reduzindo assim o risco de depressão
pós-parto (LEITÃO et al., 2000; SCHLÜSSEL et al., 2008).
Garshasbi e Zadeh (2005) mostram claramente a melhora da dor na região
lombar e mesmo a prevenção desta, antes e durante a gestação, na manutenção
de uma atividade física regular. Evidenciaram que um programa de exercícios
executado três vezes por semana durante a segunda metade da gravidez
colabora na redução da intensidade das dores lombares, aumentando também a
flexibilidade da coluna.
Na revisão de Pennick e Young (2008) o objetivo foi avaliar os efeitos das
intervenções para a prevenção e tratamento da dor lombar e pélvica durante a
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gestação. Viu-se que as mulheres que participaram de programas de exercícios,


que incluíam a fisioterapia, ou a ginástica aquática ou a acupuntura, informaram
maior alívio de dor lombar, quando comparadas com as mulheres que não
participaram de nenhum programa específico.
Martins e Pinto e Silva (2005) mostraram que exercícios de alongamento
através do método Stretching global ativo (SGA), orientados por fisioterapeutas,
foram efetivos para a diminuição da dor lombar e pélvica posterior e que o grupo
que somente seguiu as orientações médicas não apresentou efetiva melhora do
quadro álgico. Verificou-se que um terço dos obstetras não recomendaram
nenhuma orientação para o alívio das algias lombar e/ou pélvica posterior.
Conduta esta que precisa ser repensada entre os profissionais da área, já que a
prevalência destes sintomas no período gestacional é alta e pode durar até seis
anos após o parto.
Desta forma é possível notar que inúmeros são os benefícios, e que as
gestantes devem sim praticar uma atividade física regular de intensidade
moderada, melhorando não só o quadro álgico da lombalgia como também
proporcionando mais disposição na execução de suas atividades diárias
(NOVAES; SHIMO; LOPES, 2006; DOMINGUES; BARROS, 2007).

3.3 NASF

Visando apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de


serviços e ampliar a abrangência das ações da Atenção Básica bem como sua
resolutividade, além dos processos de territorialização e regionalização, o
Ministério da Saúde criou com a Portaria GM nº 154 de 24 de Janeiro de 2008, o
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), que deve ser constituído por
equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para
atuarem em conjunto com os profissionais das Equipes Saúde da Família (ESF),
compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das
ESF no qual o NASF está cadastrado. O NASF está dividido em nove áreas
estratégicas sendo elas: atividade física/práticas corporais; práticas integrativas e
complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental; serviço
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social; saúde da criança/ do adolescente e do jovem; saúde da mulher e


assistência farmacêutica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
As equipes criarão espaços de discussões para gestão do cuidado,
como, por exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos constituindo processo de
aprendizado coletivo. Desta maneira, o NASF não se constitui porta de entrada do
sistema para os usuários, mas apoio às equipes de saúde da família e tem como
eixos a responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do
cuidado, que se pretende, pela saúde da família (CONASEMS, 2008).
De acordo com o Ministério da Saúde (2011), são consideradas
prioridades do NASF:
atendimento compartilhado para uma intervenção interdisciplinar, com
troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência
para ambos os profissionais envolvidos. Com ênfase em estudo e discussão de
casos e situações, realização de projeto terapêutico, orientações, bem como
atendimento conjunto; (criando espaços de reuniões, atendimento, apoio por
telefone, e-mail);
intervenções específicas do NASF com usuários e famílias
encaminhados pela equipe de SF, com discussões e negociação a priori entre os
profissionais responsáveis pelo caso, de forma que o atendimento individualizado
pelo NASF se dê apenas em situações extremamente necessária; e,
ações comuns nos territórios de sua responsabilidade, desenvolvidas
de forma articulada com as equipes de SF e outros setores. Como por exemplo o
desenvolvimento do projeto de saúde no território, planejamentos, apoio aos
grupos, trabalhos educativos, de inclusão social, enfrentamento da violência,
ações junto aos equipamentos públicos (escolas, creches, igrejas, pastorais, entre
outros).
Dentro de tal perspectiva, implantar NASF implica, portanto, na necessidade de
estabelecer espaços rotineiros de reunião de planejamentos, o que incluiria
discussão de casos, estabelecimentos de contratos, definição de objetivos,
critérios de prioridade, critérios de encaminhamento ou compartilhamento de
casos, critérios de avaliação, resolução de conflitos, entre outros. Tudo isso não
acontece automaticamente, tornando-se assim necessário que os profissionais
assumam sua responsabilidade na co-gestão e os gestores coordenem estes
processos, em constante construção.
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3.4 O Fisioterapeuta no NASF

O fisioterapeuta vem adquirindo crescente importância nos serviços de


Atenção Básica à Saúde. A inserção desse profissional no serviço torna-se viável
com a criação do NASF, entretanto, com a Portaria GM nº 154 de 24 de Janeiro
de 2008 deixa a critério do gestor a inclusão ou não desse especialista. É
necessário um estudo do perfil de cada município, é preciso a organização das
práticas profissionais em todas as ações de sua responsabilidade para
assistência às ESF.
O profissional fisioterapeuta habilitado a atuar na promoção e proteção
da saúde, prevenindo e reabilitando em níveis individual e coletivo, é de suma
importância. Associado ao PSF, suas práticas se traduzem em um novo modelo
de atenção que abrange e privilegia toda a comunidade, ganhando resolutividade
e efetividade, valorizando a profissão por todos que são assistidos e os assistem.
Tornando os profissionais agentes ativos transformadores do processo saúde-
doença da população, o que implica em uma melhoria da qualidade de vida de
todos. Afinal, são profissionais que buscam a integralidade para além do corpo
físico.
Com a inclusão do fisioterapeuta no NASF, ele adquire um potencial para
construir grupos de gestantes e, em parceria com outros profissionais da área da
saúde, contribuir para um pré natal, parto e pós parto de qualidade, respeitando a
integralidade da mulher em um período de tantas transformações.
O pilates pode ser feito tanto em uma sala mais ampla dentro da UBS, quanto
em um salão da associação de moradores ou da igreja do bairro, de uma a duas
vezes na semana, tanto no período da manhã ou tarde, o que for mais viável em
cada UBS. O fisioterapeuta vai necessitar de colchonetes e bolas suíças, para um
melhor atendimento, com mais atenção e cuidados com as gestantes os grupos não
devem ser numerosos, com o máximo de oito a dez gestantes por grupos.
São vários os benefícios que o método pilates traz para as gestantes, ele
trabalha o aumento da força, flexibilidade, resistência, alongamento, alinhamento,
postura corporal e respiração. Com isso diminui as dores na região lombar, melhora
a circulação, diminui a pressão sanguínea e o risco de diabetes gestacional, auxilia
no retorno venoso, prevenindo o aparecimento de varizes, fortalece os músculos do
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períneo e abdômen preparando para o parto e pós parto, previne a diástase


abdominal e melhora a autoestima da mulher, reduzindo o risco de depressão pós
parto.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A preparação de atividade na gestação deve ser planejada de maneira


especial para cada gestante, respeitando a individualidade e sem levar à exaustão.
Deve ser o considerado o nível de atividade física que a gestante possuía antes da
gravidez, o tempo de gestação, o tipo de exercício e a sua intensidade.
Tendo monitoramento constante durante toda a prática e acompanhamento
por profissionais especializados e habilitados. As melhorias relatadas pela literatura
sobre a prática de uma atividade física regular, com intensidade moderada são
inúmeras. Incluem redução nos níveis de ansiedade e estresse, diminuição dos
transtornos ocasionados pelas alterações gravídicas, principalmente a lombalgia,
proporcionando assim maior disposição para as atividades do dia a dia da gestante.
O método Pilates vem crescendo dentre a população das gestantes, e pode
ser uma forma de terapia muito agradável e eficaz. Com seus seis principais
princípios, a técnica visa o alcance do movimento eficiente, retorno para movimentos
funcionais e melhora da performance, que durante a gestação promove uma vida
mais saudável, tanto para a mãe quanto para o bebê.
O método Pilates pode ser útil também nas mudanças psicológicas e sociais
enfrentadas pela gestante. Ela vivencia intensos e confusos sentimentos em relação
ao tornar-se mãe. Frente a isto, pode ser realizado um trabalho em grupo onde o
apoio do coletivo terá papel fundamental. A mulher, sentindo o apoio do grupo,
poderá se sentir mais confortável e segura no processo da sua gestação.
Assim, a prática de exercícios por meio do método Pilates possibilita a
mulher manter-se saudável durante a gestação, preparando-a tanto física como
emocionalmente para o parto e pós-parto, podendo assim ajudar a evitar aumento
dos custos com os serviços públicos de saúde.
O profissional fisioterapeuta habilitado a atuar na promoção e proteção da
saúde, prevenindo e reabilitando em níveis individual e coletivo, é de suma
importância. Associado ao PSF, suas práticas se traduzem em um novo modelo de
atenção que abrange e privilegia toda a comunidade, ganhando resolutividade e
efetividade, valorizando a profissão por todos que são assistidos e os assistem.
26

É importante salientar que para o desenvolvimento deste estudo, verificou-se


a escassez de material relacionados com a inserção do fisioterapeuta no NASF,
ressaltando a necessidade de novos estudos sobre o tema, a relevância de um
projeto de educação permanente em saúde para todos os profissionais,
potencializando o trabalho em equipe e o cuidado ao usuário.
27

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