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CURSO DE MECÂNICA
Rio de Janeiro
2011
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Apresentação
Colaboração:
Prof. Sandro Rossine;
Prof. Marcos Prado.
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Agradecimento
ÍNDICE
UNIDADE 6: Cotagem.......................................................................................... 40
UNIDADE 7: Escalas............................................................................................ 55
jEn aŸrch'' h\n oJ lovgoı, kai oJ lovgoı e\n pro;ı to;n qeo;n, kai; qeoŸı e\n oJ lovgoı.
(KATA IWHANNHN 1 - 1)
Existe uma grande diferença entre as grandes obras dos grandes pintores e os
trabalhos de desenho técnico. Não estou me referindo apenas ao valor das obras,
mas a uma outra diferença que vem fazer a distinção destes dois tipos de desenho.
Analise esta obra e escreva num papel à parte o que você vê na gravura:
Analise esta outra figura e escreva num papel à parte o que você vê.
Ponto - É a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem
altura, nem comprimento, nem largura.
No Desenho, o ponto é representado pelo cruzamento de duas linhas. Para
identificá-lo utilizamos letras maiúsculas do alfabeto latino.
Linha Reta, ou Reta - A Reta é ilimitada, isto é, não tem início nem fim e, apesar de
não poder ser mensurada, possui apenas uma dimensão: o comprimento. As retas
são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino.
Segmento de reta - Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um
pedaço limitado de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos
segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta são chamados de
extremidades. No exemplo a seguir temos o segmento da reta CD, que é
representado da seguinte maneira: .
Plano - Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o
tampo de uma mesa. Você pode imaginar o plano como sendo formado por um
conjunto de retas dispostas sucessivamente numa mesma direção. O plano é
ilimitado, não tem início nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representá-
lo limitado por linhas fechadas:
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Dizemos que uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos estão
situados no mesmo plano.
Temos por exemplo algumas figuras planas que serão de grande importância
para o desenvolvimento na nossa disciplina:
Quando uma figura tem seus pontos situados em diferentes planos temos um
sólido geométrico. Veja na figura abaixo a diferença entre uma figura plana e um
sólido geométrico:
Esfera - A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva
chamada superfície esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da
rotação de um semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja
os elementos da esfera na figura abaixo:
a) Retas Perpendiculares;
b) Retas paralelas;
c) Mediatriz;
d) Bissetriz;
e) Polígonos Regulares;
f) Linhas Tangentes; e
g) Circunferências.
Retas Paralelas - Duas retas são paralelas quando estão situadas no mesmo plano
e não se cruzam.
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Polígonos - São todas as figuras planas fechadas,Os polígonos regulares têm todos
os lados iguais e todos os ângulos iguais. O polígono regular é inscrito quando
desenhado com os vértices numa circunferência.
Linhas Tangentes - São linhas que têm um só ponto em comum e não se cruzam.
O ponto comum às duas linhas é denominado Ponto de Tangência. Os centros das
duas circunferências e o ponto de tangência estão situados numa mesma reta.
Lapiseira - São usadas para desenhar e escrever. As lapiseiras mais comuns para
escrever são a 0,7mm e 0,5mm. O grafite é classificado de acordo com o grau de
dureza em duros, médios e macios e são identificados pelas séries H e B. Quanto
mais H, mais duros e quando mais B mais moles e os médios em HB ou F.
Borracha - Material utilizado para apagar traços. Deve ser mole de grão n° 1 para
apagar os traços do grafite. Para os traços a lápis duros ou feitos a tinta, a borracha
deverá ser dura e áspera. Em ambos os casos, o tipo prismático é o mais
aconselhável por ser de fácil aplicação em seus vértices e nas pequenas áreas do
desenho.
A0 = (1189 X 841)*
A1 = (841 X 594)*
A2 = (594 X 420)*
A3 = (420 X 297)*
A4 = (294 X 210)*
*(Em mm)
Linha de Contorno Visível - É uma linha contínua e larga e serve para traçar os
contornos e as arestas visíveis do objeto.
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Linha de Eixo, Centro e Simetria - Construída com uma linha estreita de traço e
ponto, é utilizada para definir o Eixo, Centro ou a Simetria de uma peça ou objeto.
Linha de Cota - É a linha que se utiliza para determinar-se as medidas das peças
representadas. Deve ser traçada paralelamente à linha de contorno do objeto e
distante aproximadamente 9mm deste. É terminada por limitadores que poderão ser
uma seta, um ponto ou um traço oblíquo.
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Linha de Corte - Serve para mostrar por onde se imagina um corte feito na seção
da peça. É uma linha estreita composta por traço e ponto, sendo mais larga nas
extremidades e nas mudanças de direção. As setas indicam a direção do corte e as
letras maiúsculas repetidas a localização.
Linha de Ruptura ou Encurtamento - Serve para indicar que uma peça não está
desenhada totalmente. É uma linha contínua e estreita, podendo ser construída a
mão livre ou ziguezague.
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Linha de Chamada ou Referência - É uma linha reta que faz um ângulo de 60°
com a horizontal. Deve ser terminada sem símbolos, se conduzir a uma linha de
cota; com um ponto, se terminada dentro do objeto representado; com uma seta, se
conduzir ou contornar a aresta do objeto representado.
Linha de Contorno Auxiliar - Serve para indicar a posição limite de peças móveis e
cantos antes da conformação. É construída com linha estreita de um traço e dois
pontos.
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As linhas não paralelas aos eixo isométricos são chamadas linhas não
isométricas. A reta v, na figura abaixo, é um exemplo de linha não isométrica:
Onde:
c = Comprimento (120mm)
l = Largura (40mm)
h = Altura (60mm)
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2° PASSO - Com a ponta seca do compasso apoiada num dos vértices de maior
ângulo (2), devemos traçar um arco que irá de uma interseção à outra dos
segmentos de reta opostos ao vértice.
Gaspard Monge
(Beaune, 10 de maio de 1746 - Paris, 28 de julho de 1818)
No desenho técnico identificamos cada vista pela posição que ela ocupa no
conjunto. Não há necessidade, portanto, de indicar por escrito seus nomes. As
linhas projetantes auxiliares também não são representadas. Observe novamente o
modelo e suas vistas ortográficas:
Onde:
1. Vista Frontal ou Elevação: Mostra a projeção frontal do objeto;
2. Vista Superior ou planta: Mostra a projeção vista de cima e fica posicionada
abaixo da vista frontal;
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3. Vista Lateral Esquerda ou Perfil: Mostra a projeção vista pelo lado esquerdo
e fica posicionada à direita da vista frontal;
4. Vista Lateral Direita: Mostra a projeção vista pelo lado direito e fica
posicionada do lado esquerdo da vista frontal;
5. Vista Inferior: Mostra a projeção sendo vista de baixo e fica posicionada
acima da vista frontal; e
6. Vista Posterior: Mostra a Projeção sendo vista de trás e fica posicionada
totalmente à direita da vista frontal.
Contudo, as demais vistas poderão ser usadas desde que sua utilização se faça
necessária à compreensão do desenho.
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Onde:
1. Vista Frontal ou Elevação: Mostra a projeção frontal do objeto;
2. Vista Superior, ou Planta: Mostra a projeção vista de cima e fica posicionada
acima da vista frontal;
3. Vista Lateral Direita: Mostra a projeção vista pelo lado direito e fica
posicionada à direita da vista frontal;
4. Vista Lateral Esquerda ou Perfil: Mostra a projeção vista pelo lado esquerdo
e fica posicionada à esquerda da vista frontal;
5. Vista Inferior: Mostra a projeção sendo vista de baixo e fica posicionada
abaixo da vista frontal; e
6. Vista Posterior: Mostra a projeção sendo vista de trás e fica posicionada
totalmente à esquerda da vista frontal.
Vistas Principais
No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas vistas
preferenciais, são o conjunto formado pelas vistas Frontal, Superior e Lateral
Direita. A figura acima mostra as vistas principais e a figura abaixo as vistas
preferenciais.
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Unidade 6 - Cotagem
Segundo a NBR 10126 da ABNT, cotagem é uma representação gráfica no
desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor
numérico numa unidade de medida.
As cotas devem fornecer uma perfeita ideia de todas as dimensões, não
deixando dúvidas que justifiquem futuros cálculos.
Ex.:
Observe a figura:
Medida da profundidade
Do rebaixo: 9
A vista onde estas duas cotas são melhor representadas é a vista frontal.
Podemos reparar que a largura do rebaixo coincide com a largura da peça. Por isso
não há necessidade de repetir esta cota para completar a ideia do tamanho do
rebaixo.
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Note que o furo não é centralizado. Neste caso, além das cotas que indicam o
tamanho do furo, necessitamos também das cotas de localização. A vista onde o
furo aparece com maior clareza é a vista frontal. Esta será, portanto, a vista
escolhida para cotagem do elemento.
Vejamos como fica o desenho técnico do modelo com furo passante, com as
cotas básicas e as cotas de tamanho e de localização do elemento:
As linhas de eixo, de centro, arestas e contornos não podem ser usadas como
linhas de cota, permitindo-se entretanto, que sirvam como linhas de extensão. A
linha de dentro quando usada como linha de extensão, deve continuar como linha de
centro até a linha de contorno do objeto.
Ex.:
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As cotas maiores deverão ser colocadas por fora das menores, evitando o
cruzamento de linhas; porém, se isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas
no ponto de cruzamento.
Ex.:
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deve ser utilizado num
mesmo desenho:
1° método:
2° método:
Cotagem Aditiva - Este tipo de cotagem pode ser usado quando houver limitação
de espaço e desde que não cause dificuldades na interpretação do desenho.
Para evitar o contato com cantos vivos, nos objetos que serão manuseados, é
usual quebrar os cantos com pequenas inclinações denominadas chanfros. A
cotagem de chanfros segue os princípios utilizados na cotagem de elementos
angulares.
Da mesma forma, os cantos vivos dos furos também são quebrados com
pequenas superfícies inclinadas. As arestas dos furos são chamadas "escareadas".
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que aparece em corte (igualmente como é utilizado para indicar raios) e a ponta da
linha de cota que não tem seta deve se estender ligeiramente além do eixo de
simetria.
a) Desejável;
b) Aceitável;
c) Evitar;
d) Incorreta.
Unidade 7 - Escalas
Existem objetos e peças que não podem ser representados em seu tamanho
real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel, enquanto outros
são tão pequenos que, se os reproduzíssemos em seu tamanho real, seria
impossível analisar seus detalhes. Por esta razão existe a necessidade de ampliar
ou reduzir-se o tamanho do objeto, empregando assim a escala.
Escala é a relação entre as dimensões lineares em que um desenho foi
efetuado e as dimensões reais da peça. Nos desenhos em escala as medidas
lineares do objeto podem ser mantidas, reproduzidas ou aumentas, devendo esta
operação ser realizada PROPORCIONALMENTE.
A indicação da escala no desenho pode ser feita abreviando-se a palavra
ESCALA e utilizando-se a sigla ESC (tanto no corpo do desenho quanto na
legenda), seguida de dois numerais separados por dois pontos ( : ).
O numeral à esquerda dos dois pontos representa as medidas do
DESENHO e o numeral à direita dos dois pontos representa as medidas reais do
OBJETO. Desta forma, a escala pode ser apresentar-se de três formas distintas:
1. Escala Natural ;
2. Escala de Ampliação ; e
3. Escala de Redução.
Existindo em uma folha desenhos com diferentes escalas, estes deverão vir
com a escala utilizada indicada abaixo de cada desenho, sendo a escala indicada na
legenda aquela que possuir a predominância.
Chama-se DETALHE alguma parte de um desenho que, pela sua reduzida
dimensão, não ficaria perfeitamente compreensível ou quando for impraticável
colocar as suas cotas. Neste caso, este detalhe do desenho deverá ser
representado à parte, em escala de ampliação.
Nota: Todas estas escalas podem ser ampliadas ou reduzidas à razão de 10.
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2. Para projeções em que os raios projetantes incidem a 45°, a face sofrerá uma
redução de 1/2.
1 - Pino 4 - Bucha
2 - Suporte 5 - Polia
3 - Eixo 6 - Base
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2 - Nas vistas em corte não se deve colocar linhas de contorno invisível. As arestas
invisíveis que estão situadas além do plano de corte só devem ser representadas se
forem necessárias à compreensão da peça.
3 - A disposição das vistas em corte deve seguir a mesma disposição das vistas
principais. Seguem a mesma disposição das seis vistas mostradas na Unidade 5.
É aquele que atinge a peça em toda a sua extensão, onde o plano de corte
atravessa completamente a peça. O corte total é chamado de Corte Reto, quando o
plano secante é constituído de uma única superfície.
9.3.2 - Meio-Corte
Em peças simétricas é conveniente fazer com que o plano de corte vá
somente até a metade da peça. Deste modo, a vista em corte representará
simultaneamente a forma externa e interna da peça.
A figura a seguir mostra a linha de corte indo até o meio da peça, e
desviando-se perpendicularmente para fora da peça. O eixo de simetria separa o
lado cortado do não cortado. A vista em corte mostra, em relação ao eixo de simetria
e à linha de corte, na parte inferior, a forma interna da peça e na parte superior a
forma externa.
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Assim como no corte total, no meio corte, tanto na parte cortada como na
parte não cortada, também não se deve representar as arestas invisíveis. Ou seja,
em ambos os lados, as linhas tracejadas somente devem ser desenhadas se forem
imprescindíveis para a compreensão do desenho.
Considerando que nas regras para desenhar vistas em corte, a de número 4
permite que não se coloque a linha de corte quando a posição da mesma é óbvia;
nas vistas desenhadas com meio corte, devido às peças serem simétricas, na
maioria dos casos a posição da linha de corte será óbvia. Assim sendo, a grande
maioria dos desenhos em meio corte não apresentará a linha de corte.
Quando não há representação da linha de corte, as normas determinam que:
1. Quando a linha de simetria for vertical, a metade cortada deverá ser
representada à direita;
2. Quando a linha de simetria for horizontal, a metade cortada deverá estar na
parte inferior, como mostram as figuras a seguir:
(b)
Nos Cortes Parciais ou Rupturas como também são chamados, apenas uma
parte da peça é cortada visando mostrar algum detalhe interno. Quando os detalhes
estão concentrados numa determinada parte da peça não haverá necessidade de
utilizar um corte completo e, assim sendo, para facilitar a execução do desenho
deve-se utilizar o corte parcial.
Nos cortes parciais o plano secante atinge a peça somente até onde se
deseja detalhar e o limite do corte é definido por uma linha de ruptura. Nos cortes
parciais são representadas todas as arestas invisíveis, ou seja, se colocam todas as
linhas de contorno invisível.
Exemplos:
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9.4 - Seções
Seção é um corte que representa somente a intersecção do plano secante
com a peça. Em outras palavras, a seção representa a forma de um determinado
ponto da peça. Para facilitar o entendimento da diferença entre corte e seção a
figura a seguir mostra a aplicação, em uma mesma peça, de corte - AA na parte
superior da figura e da seção - AA na parte inferior:
Observe que na vista em corte é representado tudo que está se vendo a partir
do plano de corte AA, enquanto na seção é representada somente a parte atingida
pelo pano de corte AA ( parte hachurada).
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Eixos
Pinos e contrapinos
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Rebites
Chavetas
Manípulos
9.6 - Encurtamento
Imaginemos o encurtamento:
1° Passo:
Tomemos o desenho de uma peça:
2° Passo:
Retira-se parte da peça:
3° Passo:
Aproximam-se suas extremidades:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
Exemplo 4:
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9.7 - Hachuras
A finalidade das hachuras é indicar as partes maciças de uma peça,
evidenciando as áreas de corte e, secundariamente, o tipo de material em que foi
confeccionada a peça.
As hachuras são constituídas de linhas finas, equidistantes e traçadas a 45°
em relação aos contornos ou aos eixos de simetria da peça, conforme a figura:
10.1 - Afastamentos
Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais
ou para menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu
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10.2 - Tolerância
Tolerância é o valor da variação permitida entre a dimensão máxima e a
dimensão mínima de uma mesma peça. Para obtê-la devemos calcular a diferença
entre uma e outra. Observe:
10.3 - Ajustes
Denominamos ajuste à condição ideal para a fixação ou funcionamento entre
peças executadas dentro de um limite. Os ajustes são determinados de acordo com
a posição do campo de tolerância.
Para compreendermos a ideia do que são ajustes, deveremos antes saber o
que são eixos e furos de peças. De uma forma genérica, chamamos de eixo
qualquer peça, ou parte de uma peça, que funcione alojada em outra. De maneira
geral, a superfície externa de um eixo trabalha acoplada, isto é, unida à superfície
interna de um furo. Veja na imagem a seguir um eixo e uma bucha. Observe que a
bucha está representada em corte, afim de mostrar o seu interior que é um furo.
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De uma forma geral, eixos e furos têm a mesma dimensão nominal. O que
varia é o campo de tolerância dessas peças.
Ficou bem entendido o que foi explicado? Então responda o que se pede:
Se você observar agora o desenho do furo, notará que sua tolerância vem
indicada por H7. O numeral 7 mostra que a qualidade de trabalho é a mesma do
eixo analisado anteriormente. A letra H identifica o campo de tolerância.
Os 28 campos de tolerância para furos são representados por letras
maiúsculas:
Para obtermos essas três classes de ajustes, uma vez que as tolerâncias dos
furos são constantes, devemos variar as tolerâncias dos eixos, de acordo com a
função de cada um. Veja quais são os sistemas furo-base recomendados pela
ABNT:
Imagine que ele representa parte da mesma máquina com vários furos, onde
são acoplados vários eixos, com funções diferentes. Os diferentes ajustes podem
ser obtidos se as tolerâncias dos eixos mantiverem-se constantes e os furos forem
fabricados com tolerâncias variáveis.
Dessa forma, o eixo A' encaixa-se no furo A com folga; o eixo B' encaixa-se
no furo B com leve aderência; o eixo C' encaixa-se no furo C com interferência. Veja
a seguir alguns exemplos de eixos-base recomendados pela ABNT:
Entre os dois sistemas, o furo-base é o que tem maior aceitação. Uma vez
fixada a tolerância do furo, fica mais fácil obter o ajuste recomendado variando
apenas as tolerâncias dos eixos.
partes iguais, cada uma vale 1 mícron. Sua representação é dada pela letra grega μ
(mi) seguida da letra m. Um mícron vale um milésimo de milímetro (μm = 0,001mm).
um furo, parte-se sempre da dimensão mínima para chegar a uma dimensão efetiva,
dentro dos limites de tolerância especificados.
Lembre-se que, nesta tabela, as medidas estão expressas em mícrons; então,
uma vez que 1μm = 0,001mm, então 25 μm = 0,025mm. Portanto, a dimensão
máxima do furo é 40mm + 0,025mm = 40,025mm, e a dimensão mínima é 40mm,
porque o afastamento inferior é sempre 0 no sistema furo-base.
Agora só falta identificar os valores dos afastamentos para o eixo g6. Observe
novamente a 9ª linha da tabela anterior, na direção do eixo g6. Nesse ponto são
indicados os afastamentos do eixo: -9-25. O superior -9μm, e o inferior -25μm.
Acompanhe o cálculo da dimensão máxima do eixo:
Até 1984 a NBR 6402 indicava o acabamento superficial por meio de uma
simbologia que transmitia apenas informações qualitativas. Esta simbologia, que
hoje encontra-se ultrapassada, não deve ser utilizada em desenhos mecânicos.
Entretanto, é importante que você a conheça, pois pode vir a encontrá-la em
desenhos mais antigos.
Veja a seguir esta simbologia e seu significado:
Quando for necessário indicar esse valor, ele deve ser representado à
esquerda do símbolo, de acordo com o sistema de medidas utilizado para cotagem.
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Veja o exemplo:
Onde:
a – valor da rugosidade Ra, em µm, ou classe de rugosidade N 1 a N12;
b – método de fabricação, tratamento ou revestimento da superfície;
c – comprimento da amostra para avaliação da rugosidade, em mm;
d – direção predominante das estrias;
e – sobremetal para usinagem (em µm)
a) Classe de rugosidade:
b) Processo de fabricação:
c) Comprimento da amostra:
d) Direção das estrias:
e) Sobremetal para usinagem:
Observe que o símbolo é indicado uma vez para cada superfície. Nas peças
de revolução o símbolo é indicado uma única vez, sobre a geratriz da superfície
considerada. Observe:
11.10 - Tratamento
Além do acabamento superficial, muitas peças devem receber tratamento.
Tratamento é o processo que permite modificar certas propriedades da peça, tais
como: dureza, maleabilidade, resistência à oxidação, etc. Existem diversos
processos de tratamento. Alguns modificam apenas as superfícies das peças, como
por exemplo: cromação, pintura e niquelagem. Outros modificam certas
propriedades da peça, como por exemplo: a cementação, o recozimento, a têmpera
e o revenimento.
O processo de tratamento pode vir indicado nos desenhos técnicos de duas
maneiras: Em uma delas, a indicação é feita sobre a linha horizontal do símbolo de
A peça acima, uma talhadeira, vai receber dois tipos de tratamento: a têmpera
e o revenimento. A linha traço e ponto larga que vemos na vista superior, indica a
parte da peça que deverá receber os tratamentos indicados.
Exercícios
114
115
116
Cada uma das peças que compõem o conjunto é identificada por um numeral.
O algarismo do número deve ser escrito em tamanho facilmente visível e são ligados
a cada peça por linhas de chamada.
Uma vez que as peças são desenhadas da mesma maneira como devem ser
montadas no conjunto, fica fácil entender como elas interagem entre si e observar o
funcionamento de cada uma delas.
Normalmente, o desenho em conjunto é representado em Projeção
Ortográfica e não aparece cotado. No entanto, quando é utilizado para montagem,
as cotas básicas podem ser indicadas.
Com o uso da perspectiva dá-se a ideia de como o conjunto será montado.
Outra maneira de representar o conjunto é através do desenho em Perspectiva
Isométrica Explodida, onde as peças são desenhadas separadas mas permanece
clara a relação que elas mantêm entre si.
1. Rótulo;
2. Lista de Peças.
Ex.:
12.1.1 - Rótulo
especial .
Exercícios
Referências Bibliográficas