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Responsabilidade- frequência

Documentário After truth- Realizado por Andrew Rossi, que analisa de forma exaustiva e
documentada casos graves de fake news nos EUA e de um modo geral, da
desinformação como uma arma que tem os media como principal alvo e em particular
nas redes sociais. Muito do que é apresentado tem relevância fora das suas fronteiras.
Um dos aspetos mais interessantes é o facto de dar voz a algumas das personagens que
tê assumido publicamente a autoria do que chamam “factos alternativos e não fake
news”.
Objetivo é descredibilizar o jornalismo, enquanto pilar do sistema representativo
democrático, tornar impossível aos cidadãos distinguir a verdade da mentira e por via
disso instalar a duvida sobre a própria credibilidade das instituições democráticas.

Arte e imagens

• Lassweell propõe analisar: Esquema de comunicação de Lasswell

Emissor —--------→ Mensagem —---------→ Medium —------→ Receptor —--—→ Impacto

QUEM? Diz o que? Através de que meio A QUEM? Com que efeito?

- A fala processa-se através do meio (ar)

• Shannon- Esquema de comunicação


* No canal há ruídos (carros, rodas, avião…)
Fonte de informação —---–→ Emissor —-----→ *Canal* —------→ Receptor —---→ Destino
Mensagem SINAL SINAL Mensagem

Redundância e entropia (no ato comunicativo são ambas necessárias)


Redundância -Repetitivo (no ato comunicativo, tem pouca informação porém não é
necessariamente negativa; Quando estamos ao telemóvel não vemos a boca da pessoa a mexer,
logo temos uma redução de informação, podemos soletrar algumas palavras para que o
receptor entenda .

Entropia- Desorganiza o sistema, mas nem sempre é algo mau, a entropia é vista como
imprevisível, tem muita informação.
Estes dois não são nem positivos nem negativos, são apenas conceitos, não há juizos de valor.

A teoria da informação mede a quantidade de informação que está a circular.


Umberto Eco
Aqui entra o ruído

Emissor —----------------→ CANAL —-—-----------------------------→ Destinatário


Mensagem codificada Mensagem fonte de informação
O emissor tem códigos; sub-códigos; ideologia

O canal e os ruídos que nele se encontram (contexto e circunstâncias) vai levar a que o receptor
consiga receber a mensagem com mais informação.

O receptor obtém a mensagem interpretada com códigos, sub-códigos e ideologias.

A maneira como se percebe uma mensagem depende do contexto em que nos encontramos,
cada pessoa pode a receber de formas diferentes.

A comunicação- A importância da informação:

A historia dos Rotschild`S- A vitória na batalha de Waterloo

A vitória dos ingleses pelos canais oficiais (mensagens transmitidas por homens a cavalo e de
barco) demorou 3 dias para chegar a Paris e 5 dias para chegar a Londres. Mas, graças ao
sistema privado de transmissão (semáforo), os Rothschilds conseguiram ter a notícia com dois
dias de antecedência.

Qual vai ser a atitude deles e a reação dos meios financeiros?

- 1º dia os Rotschild`s venderam títulos de ingleses que tinham em carteira ; A reação foi
quase imediata, os valores dos ingleses caíram e o dos franceses cresceram.

Ter informação antes é poder, a informação não tem só um valor simbólico mas também
monetário

- No 2º dia, os rothschilds compraram valores ingleses a baixos preços e venderam os


franceses em alta
- ASSIM, fizeram lucro duplo sobre as duas transações e anularam muitos dos
concorrentes.

Graças a um sistema privado de transmissão (semáforo), os Rotschild`s conseguiram ter a noticia


com 2 dias de antecedência!!

Natureza da imagem (representação 2D da realidade 3D)

A diferença da realidade 2D para a 3D é o volume.

- A partir de certas informações que vou tendo sobre o desenho, vou juntando a informação e
crio algo…

Imagem com duas possibilidades: ver uma jovem e uma velha.

Teoria da forma (gentaltismo)- As imagens põem em evidência a teoria. Imagens condicionadas


pela nossa vivência que irá influenciar o que vemos. Tenta-se demonstrar que a percepção é
fortemente condicionada pelos valores e experiencias de cada um. Impercetivelmente
tendemos a colocar etiquetas naquilo que percepcionamos.

Persistência retiniana

- o olho humano não tem pausa; o que vimos passa-se em X coisa por segundo.
Nós precisamos de uma parte dos objetos para os reconhecer, o cérebro preenche o vazio.
Outro tipo redundância

Como estamos habituados a ler da esquerda para direita e de cima para baixo vamos
reconhecer metade de uma palavra se essa metade for a parte de cima e não a de baixo pois se
fosse a parte de baixo era vista como uma redundância (para não nos enganar); Mais facilmente
os árabes porque leem de baixo para cima e da direita para esquerda.

Precisamos só de uma parte dos objetos para os reconhecer, o cérebro preenche os vazios. Mas
precisamos das partes significativas e cada um “escolhe” para si. Mas sem redundância
precisamos de mais tempo para “chegar lá”.

Evocação de uma imagem

- Ficamos com uma imagem global, vaga quando não focamos a informação talvez em detalhes.
- Estamos a vê-la mentalmente mas não conseguimos “contar” as colunas, precisamos de um
modelo à frente dos olhos (imagem da casa da republica portuguesa)
- A “imagem mental” dos objetos é “genérica” não representa um em particular.
- Mesmo se parece evidente que os homens são mais pequenos que os objetos e que dentro de
uma escala “normal” deveremos considerá-los como anões, um certo constrangimento faz-nos
decidir que é o mobiliário que está fora das normas. Consideramos que a única escala válida é o
nosso próprio corpo; não podemos pôr isso em questão.
- Tenho que usar técnicas como a percepção para cativar um público alvo, por exemplo. Se for
criança o poster tem de estar colocado ao olhar da criança e não a minha, isto condiciona.
- Perspetiva é uma convenção. “Da Vinci” usou a perspetiva para o seu quadro de mona lisa ser
maior quando é super pequeno (inventadas no renascentismo).

O poder do emissor
- quantidade de informação necessárias- só com informações suplementares é que vejo o
pedido.
OU

- Os ruídos da imagem (informação a mais na imagem pode confundir). O emissor pode fazer de
propósito para baralhar o recetor.
- Como reconhecer a informação útil e pertinente? Segundo os objetos, posso acentuá-la ou
diluí-la.

Escher utiliza truques para nos convencer que a imagem produzida é correta.

Nas imagens temos as pinturas, as fotografias e a publicidade. Para estas terem efeito num
público, a cor e o posicionamento da mesma é necessária.

Cor: cor e combinatórias nas pinturas; nas fotografias, as sínteses e as misturas; e na


publicidade, a expressão das cores e complementares. Ou ainda, o espaço de troca e agenda.

Mercado da informação- Como se desenvolveu?


- Da informação bem-de estado à informação bem de mercado
A revolução industrial foi muito importante, pois provocou a concentração urbana.
• Meios de com social instituíram-se graças à combinação de lógicas tecnológicas,
políticas, económicas e sociais.

Revolução industrial-> concentração urbana e progressos nas tecnologias de


comunicação-> informação popular substitui a informação de elite.

• acesso semi-gratuito. Massificação do consumo. Aparecimento do estilo


jornalístico: clareza, concisão, e simplificidade. Conceito de leitor medio.
• Mito liberal da livre concorrência: contra poder versus poder mediático
• Ganhar dinheiro com a informação ou submeter a informação ao poder do
dinheiro.
• A noticia-mercadoria e o uso estratégico da notícia.
Diretor
subdiretor
Subdiretor subdiretor
Chefe redação- cd. Nacional- R+R+R
Sociedade
Cultura
Desporto
economia
A regra da industrialização consiste num funcionamento de vendas e de publicidades,
pois as vendas são importantes pois dizem ao enunciante que existe muitas pessoas a
comprar o produto.
A massificação do consumo deu se em muitas partes do mundo.

Break- even ->Quando recuperamos o custo que gastamos.

Os media são um negócio. Mas não são um negócio como os outros


-Entre os jornalistas e o mercado interpõe-se o écran da deontologia ou «ética
profissional».
- O “campo jornalístico” segundo Pierre Bourdieu: «De um lado, o apelo do mercado, a
concorrência, a produção, a velocidade; do outro, a deontologia, as regras de estilo, o
reconhecimento pelos pares».

Na última década assistimos ao reforço dos critérios de mercado, enfraquecendo as


mediações da deontologia e dos critérios de legitimação dos pares.
Caso Watergate- Escândalo politico, invasão aos escritórios do Partido Democrata
americano em Washington, no conjunto de edifícios Watergate. Aconteceu em 17 de
junho de 1972 e, após dois anos de investigação, culminou com a renúncia do
presidente Richard Nixon. A invasão rolou durante a campanha eleitoral e, mesmo com
evidências ligando o episódio ao comitê de Nixon, o presidente foi reeleito com larga
margem de votos. O escândalo Watergate começou quando um grupo de cinco homens
foram presos, tentando invadir o escritório que sediava o Partido Democrata em
Washington, capital dos Estados Unidos. O escritório democrata ficava em um hotel que
se chama Watergate.

Ética e mercado da comunicação

• Sobre-informação + sub-informação +pseudo-informação

Nevoeiro informacional – foi trazido por Edgar Morin

• Há limites éticos para toda a ação humana


O ser humano nasce, como aquilo que kant diz, uma vontade santa.
A felicidade não permeia sempre o bem e por isso é que a ética é indispensável.

• O mercado (vantagem de ser anonimo porque distribui matéria eficiente) e o


estado de direito
Adam Smith- filósofo; pai da economia moderna; tem um conceito conhecido “a mão
invisível”

• A importância da formação da consciência individual


Concorrência e ética não são concorrentes, são complementares. Isto é as normais e as
leis são importantes para reduzir as oportunidades da infleção. No entanto é importante
a consciência individual de cada uj.
Nada há de essencialmente diferente e especifico nos media quanto ao relacionamento
da ética e do mercado

• Condicionalismos próprios
• Problemas complexos
• Conflitos de direito

Ética deve assentar sobre o RESPEITO: Por quem aparece, por quem se mostra, por
quem vê/lê.
Que medidas tomar?
1. Forte consenso ético sobre o que é e não é aceitável nos media. Mas consensos
demoram tempo a construir….
2. Assegurar o cumprimento das leis que já existem
3. Área prioritária: a educação critica do público

«O problema não é tanto combater a má televisão como combater o mau público»


Porque sempre que as pessoas quiserem ver so isso, vai haver sempre porque é isso que
dá audiências como o vale tudo.
Essencial está na formação da consciência crítica dos telespectadores que somos, afinal,
todos nós. Discutir TV. Diferente de engolir
O caso particular da política
A conceção clássica democrática sobre o papel dos meios de comunicação social
✓ Intermediação entre os agentes políticos e o publico/s
✓ instrumento de liberdade dos cidadãos, consagrada constitucionalmente, mas tb
como contrapoder ao poder politico.

Os media têm um paper duplo:


Veicular as ideias e opções dos poderes políticos e, em sentido inverso, dar expressão
aos direitos individuais de pensamento e critica dos cidadãos.
Esta concepção clássica do poder politico e dos media já não corresponde à realidade.
Transferência gradual de poder em benefício da comunicação social
A comunicação social não é apenas um contrapoder, é um poder que condiciona
fortemente os poderes dos órgãos políticos do estado e influencia decisivamente a
evolução social e cultural, contribuindo para a formulação dos valores, crenças e
opiniões, em maior grau do que instituições como a família, a escola ou a igreja.
- Democracia de opinião» versus democracia representativa?
Conflitualidade entre media e politica.
-Informação- espetaculo vs politica-espetaculo
-Implica uma nova geração de políticos em que um dos atributos fundamentais é a
capacidade de comunicar.
Esta situação veio minar muito a credibilidade da classe politica.
➔ Riscos para o sistema democrático?
«o estado de direito é o resultado de uma longa experiência em que poderes e
contrapoderes se foram criando e inserindo nas constituições.
Mas o estado de direito não tem ainda uma resposta para o poder da comunicação
social»
➔ Relação entre os media e a justiça e Relação entre os media e o cidadão
Os media de hoje
Durante muito tempo acreditou se que uma coisas era verdadeira “porque veio escrita
nos jornais”.
As noticias divulgadas pela imprensa tornaram-se, aos olhos dos que a lêem, muito
provavelmente falas ou, em qualquer dos casos, suspeitas. Quando vemos os
telejornais, a primeira questão que nos surge é: “De que é que estarão eles a tentar
convencer-nos, desta vez”?
Os media mudaram e o papel também!
No período do pós-guerra revelar foi a glória e o dever quase sagrado da Imprensa.
Este empenhamento baseava-se, e continua a basear-se, na convicção de que uma
denúncia pública leva forçosamente a uma mudança das coisas.
A transparência acima de tudo é um valor positivo, é melhor que a opacidade
Impôs-se hoje como norma central da sociedade
A figura do bem passa pelo «poder mostrar-se»…
A imprensa assume o papel de padino desta norma. Assim, contribui para quotidiana
construção e reconstrução do mundo.
O trabalho do jornalista: frequentemente já não consiste em dar conta da realidade mas
em transpô-la para o mundo da representação.
Os media já não como uma peça do sistema, mas como um universo em si, autónomo,
com os seus códigos, linguagem, imagem e verdades.
O mundo da comunicação tornou-se demasiado complexo para implicar uma única
categoria socioprofissional.
Atualmente todos nós participamos no mundo da comunicação
A «actualidade» como espaço comum
Por que noticiam isto e não aquilo? A maioria dos leitores/espectadores/ouvintes está
segura de que estas escolhas não são inocentes
O cliché da Redação como nos «film noir»… telefonemas e pressões, politicas e
económicos, censura e auto-censura.
Sejamos mais modestos na análise. Os jornalistas não recebem assim tantos
telefonemas de pressão.
Os Media fazem e têm de fazer escolhas. Teorias do «Gate Keeper» e do «Agenda
Setting»- organização da noticia, forma da comunicação.
Gattekinp- como funciona o mecanismo de seleção e filtragem dos acontecimentos em
noticias, de acordo com criterios de interesse pessoal e publico, se algo esta em alta
devo periorizar as coisas que vao entrar (exemplo se o assunto for polemico). É aqueles
que dizem o que deve entrar primeiro.
Porém, agem mais em função das suas próprias regras do que como joguete de
manobras mais ou menos obscuras.
A diversidade inter-media (estilos, posicionamentos, tons) encobre o «entendimento de
fundo»: Impensável ignorar o assunto.
As personagens planetárias, nacionais, de quem se sabem os mais ínfimos pormenores
e não só através da «Imprensa cor-de-rosa».
- Cristiano Ronaldo; Billie Eilish; Vladimir Putin

Mas o mundo singra sem os media. Os jornalistas apanhados neste circulo (damos o que
o público quer) adoptaram (pouco conscientemente) duas estratégias:
1. A assumpção da subjetividade. A imprensa como imenso diário íntimo. O noveau
jornalisme de 80 e 90.
2. O uso de personagens. Representantes de dada situação: o anónimo, o vizinho-
que-não-ouviu-nada, o desempregado, o jovem dos subúrbios.
O jornalista raramente descobre. No melhor dos casos encontra, e no pior, encontra o
que pretende.
A isto chama-se IDEOLOGIA- «é quando as respostas precedem as questões».
A existência passa pela aceitação do tornar-se virtual.
A construção deste pseudomundo… é uma mistificação.
Os jornalistas cedem à impaciência, ao ritmo demasiado rápido ou a mil e uma
excelentes razões para não tolerar as exigências do mundo.
Há 10 anos «adulterar» uma reportagem correspondia a manipular o seu conteúdo.
Hoje, não se faz batota para fazer crer, mas para levar a ver.
Já não se trata de jogar com o fundo das coisas mas com a FORMA. E nesse jogo quase
não há limites.

A emergência da MEDIAGENIA- capacidade de tentar ficar bem no genérito/ à frente


dos media
Fazer o gosto às camaras… Como na televisão… o que vai cortar?
Sem esta aceitação por uma parte da população em assumir o papel que os media lhe
atribuem o mundo dos media não poderia sobreviver.
A pretexto de dar a palavra à «sociedade civil», os media transformaram cada cidadão
num potencial porta-voz. E assim gira o mundo em círculo fechado: as imagens
difundidas pelos media tornaram-se a referência (em vez da referente realidade).
Visiveis versus invisíveis
- Passar na Televisão como um ritual de passagem
- O mundo real é o da representação. Cannes: cinema continua cinema, a tv é o
mundo…
Como se fora desta dimensão de espetáculo, nada mais possa existir com o peso de um
facto
Catastrofes: a dor mede-se pelo nº de camaras presentes? «A dor da gente não sai no
jornal».
Mediatizados
2 guerra mundial:- Será que perderam tempo a falar de onde estavam, o que iriam fazer
e o que sentiam ou falaram do que poderiam fazer para se salvar e agir?
A morte da princesa Diana: uma revolução na cultura popular
Multidões de enlutados nas ruas de Londres, depondo as suas flores como baterias de
canhões apontadas ao Palácio de Buckingham, uma historia dirigida pelo povo»
Exibindo a sua dor, cumpriam o seu papel no espetáculo global: estimulavam,
produziam e promoviam o espetáculo sobre eles «viverem o momento»… um improviso
à escala mundial: todos eram finalmente celebridades. Aquelas massas de celebridades
virtuais eram, de facto, revolucionários virtuais: reivindicavam um novo significado na
cultura popular. Um «timbre»…
Mas não são apenas as exibições de dor:
- os atletas; o público; Gestos, assobios, polegares para cima, «v» s de vitória
Comportamentos que são uma representação, espécie de concurso, arte popular…
afinal, muito consciente.
Uma ALQUIMIA que actua hoje em todas as vertentes da nossa experiência.
Um novo conceito: a pessoa mediatizada
Nas modalidades dessa alquimia nas nossas vidas, compostas de uma amálgama inédita
do real e do representado. Modeladas por uma cultura de representação que constitui
um modo de ser, um tipo de pessoa.
POR QUE SURGIU O GÉNERO POPULAR DE NARRATIVA «ONDE ESTAVA EU QUANDO SE
DEU O ACONTECIMENTO?
Todos passámos a participar, a ser testemunhas oculares dos acontecimentos, no
passado e no presente.
Vimos quase como Deus vê. Estivémos em toda a parte, em todo o tempo.
Narcisismo social dos nossos tempos (A Era do vazio). O ego adulado é um ego
mediatizado.
Irresistivel: tudo se nos dirige permanentemente.
Mediatização
Conceito: lidar com a realidade por intermédio de outra coisa. Marshall McLuhan
Mas também: artes, artefactos, instrumentos que representam e comunicam e os seus
efeitos no modo como sentimos e participamos no mundo.
Aldeia global- fundamento dos estudos sobre teoria da comunicação, com isto, é daí
que vem a palavra mediatizado
A Adulação implícita na representação pode ser irresistível mas requer a manipulação
da sintaxe.
O emaranhado da sintaxe torna-se tão complexo que se numa:
Mancha semântica
As nossas cabeças estão a abarrotar de entidades mediatizadas. O que existe ainda por
mediatizar? O nascimento? O casamento? A morte?- As pessoas que choravam por Di
estavam verdadeiramente tristes E estavam a representar.
Pós- modernidade mediática: a Mancha
Noções centrais:
- adulação da representação- tudo é concebido para nos atingir. A dinâmica da cultura
popular contemporânea é a batalha pela nossa atenção.
- Opcionalidade- num mundo mediatizado, o oposto ao real não é falso ou o imaginário,
mas sim o opcional.
- Virtualização- o momento « posso experimentar o que quiser» é assombrado pelo
momento « que diferença faz», porque o momento de encolher os ombros é essencial à
nossa mobilidade entre opções. Os novos media. Ambientes opcionais, seres opcionais.
A questão deixou de ser a oposição entre

• Representação/realidade
• Fingimento/autenticidade
• Artificial/natural
O Ecossistema da informação contemporâneo
As redes sociais: consumo de noticias
- são cada vez mais uma plataforma a ter em conta na divulgação de conteúdos
noticiosos.
- formas de participação na cobertura noticiosa
- a pratica mais comum é a partilha de noticias- 77,2%; comentam noticias- 50,1%;
partilham por email-33%; gostam ou recomendam-29,1%; leitores de noticias online-
74,9%
Desafios a ultrapassar pelos media tradicionais (e regulados) e pelos comunicadores
- destruição dos modelos de negocio tradicionais
- desregulação do papel dos media e do jornalismo
- produção e difusão de informações falsas ou manipuladas
- reprodução de informação não confirmada
Fake news não são uma novidade!
- Ex: estrada de sintra- publicado no diário de noticias sob a forma de cartas anonimas,
relatando uma historia de crime e mistério. é um romance policial escrito por Eça de
Queirós e Ramalho Ortigão, publicado em 1870. A história passa-se na cidade de Sintra,
em Portugal, e relata uma história de crime e mistério.
Fake news- descreve erros sem intenções manipuladoras, opinião ou pura propaganda
donald trump, para definir os meios de comunicação social que noticiam informação
factual e real de que ele não gosta.
Os americanos adoraram as nossas historias e ganhamos dinheiro com elas. O que
interessa se são verdade ou não?
Qual o objetivo? Se todos aceitarem a mentira que o partido impõe, se todos os registos
contarem a mesma historia, então a mentira passa para a historia e torna se verdade.
Projeto monitorização de propaganda e desinformação nas redes sociais
- monitoriza as atividades de propaganda e desinformação nas redes com objetivos de
mobilização, polarização e destabilização politica em Portugal
- procura identificar/ analisar movimentos de origem partidária ou não, de propaganda
e desinformação com objetivos de influenciar a participação dos cidadãos nos atos
eleitorais.
- utiliza metodologias e ferramentas de analise de redes para identificar, de forma
transversal e longitudinal.
O que faz com as fake news parecam verdadeiras?
- usados nomes de pessoas e instituições importantes e conhecidas para dar maior
credibilidade; são dadas soluções simples para problemas graves e complexos; muitas
vezes têm um tom conspiratório, apresentado razoes para que alguém não queira que a
informação se saiba; os artigos e informações não têm datas; têm um pedido de partilha
5 coisas chaves para desconstruir uma mensagem ou noticia: autoria, formato,
audiência, conteúdo e objetivo
FAKE NEWS- NÃO EXISTEM- CHAMAM SE MENTIRAS!
Noticia- todo o facto verdadeiro, atual e de interesse geral, bem como a respetiva
representação (escrita, áudio, multimédia).
A palavra fake news é enganadora, tendo sido inicialmente utilizada para denegrir o
trabalho dos meios de comunicação social. Uma noticia, por definição não é falsa.
Desinformação- informação falsa ou enganadora que é criada, apresentada e divulgada
para obter vantagens económicas ou para enganar o publico que é suscetivel de causar
um prejuízo publico.
Ética, moral e deontologia

• As 3 peneiras de Sócrates- verdade, bondade e necessidade


• Paul Ricoeur, é um autor de base para estudar a ética e a moral.
Acepção Clássica
Ética: ethos- carater, costume, modo de ser. É uma área da filosofia que é dedicada às
ações e comportamentos humanos, com foco na filosofia moral. O principal objeto de
estudo da ética são os princípios que orientam as ações humanas, o que é certo ou
errado e a capacidade de avaliar cada atitude que tomamos ao longo da vida.
É O QUE É TIDO POR BOM

• A legalidade é uma coisa e a moralidade é outra.


Moral: Trata se de um conjunto de valores, normas e noções sobre o que é certo ou
errado, proibido e permitido, dentro de uma determinada sociedade.
«é os valores e os princípios mais elevados e mais gerais relativamente à orientação das
ações humanas»
É AQUILO QUE SE IMPÕE COMO OBRIGATORIO.
«segundo este mesmo modelo, a distinção entre moral e ética pode ser igualmente
entendida como uma expressão da diferença entre os preceitos gerais e os preceitos
próprios de um determinado campo de atividade»

Existe, outra tradição que vê a ética como um conceito de cariz particular, como o
conjunto de regras de conduta partilhadas numa determinada sociedade, que permitem
distinguir o correto do incorreto e a moral como o conjunto de princípios universais
normativos baseados na distinção entre bem e mal.
Deontologia: “Déon” - “dever” e ”logos” - discurso, tratado.

Conjunto de preconceitos que dizem respeito ao que é específico de uma determinada


profissão, são códigos que dizem respeito a regras de direito e moral que devem ser
seguidas. Distingue-se pelo facto de ser ligada a uma profissão .(ética profissional)
Responsabilidade social: um compromisso ético de atuar em benefício de outrem,
decorrente do reconhecimento da interdependência dos seres humanos entre si e com
a biosfera e da necessidade de contribuir para o bem comum, tendo em conta as
circunstâncias específicas de atuação.
Permite identificar 3 aspetos à delimitação do conceito de responsabilidade social: a
exigência de uma matriz axiológica ( AXIO- VALOR; LOGIA- ESTUDO) que enquadre a
reflexão e a prática, uma prática que permita operacionalizar essa matriz axiológica e
um método que possa facilitar a interação entre estes dois elementos.
Matriz axiológica- disponibiliza num conjunto de valores que poderão orientar a prática,
nomeadamente o personalismo (ser humano visto como um fenómeno único e
irrepetível, com uma dignidade intrínseca à sua condição), e que se traduz em direitos e
deveres, de forma a ir além da mera caridade ou generosidade e encaminhando-se para
a noção de justiça social e de solidariedade.

A deontologia jornalística
Os elementos do Jornalismo»: o que os profissionais do jornalismo devem saber e o
publico deve exigir»
Dialéctica-> tese-> antítese-> síntese
São eles. Os 9 principios:
- O primeiro compromisso do jornalismo é com a verdade
- O jornalista deve ser leal, acima de tudo, aos cidadãos.
- A sua essência assenta numa disciplina de verificação. ~
- Os jornalistas devem manter a independência relativamente às pessoas e
acontecimentos que cobrem.
- O jornalismo deve funcionar como um controlo independente do poder.
- Deve afirmar-se como Forum para a crítica e compromisso públicos.
- Deve tornar interessante o que é significativo.
- Deve garantir notícias abrangentes e equilibradas.
- Os profissionais que o exercem devem ser livres de seguir a sua própria consciência
Novo Código Deontológico – o jornalista deve….

1.Relatar os factos com rigor e exatidão. Deve haver um maior número de fontes
possíveis.
2. Combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o
plágio como graves faltas profissionais.

3.Lutar contra as restrições no acesso às fontes e à liberdade de expressão e o direito


de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.

4.Utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de


abusar da boa-fé de quem quer que seja. Identificar-se como jornalista no processo de
trabalho.

5.Assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e atos profissionais.

6.Recusar as práticas jornalísticas que violentem a sua consciência

7. Identificação das fontes. Não deve revelar as suas fontes confidenciais de


informação.

8.Salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos. Não deve identificar, direta ou


indiretamente, as vítimas e menores. Deve proibir-se de humilhar as pessoas ou
perturbar a sua dor.”

9.Rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da ascendência, cor,


etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
instrução, situação económica, condição social, idade, sexo, género ou orientação
sexual.

10.Deve respeitar a privacidade dos cidadãos exceto quando estiver em causa o


interesse público.

11.Deve recusar qualquer atividade que comprometa o seu estatuto de independência


e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição
profissional para noticiar assuntos em que tenha interesse

Os códigos deontológicos são conjuntos de regras e normas de comportamento que


deverão ser seguidas por pessoas profissionais que pertencem a um determinado setor
ou área de atividade. Delimitam o comportamento e as obrigações de um profissional
na sua relação com o seu empregador ou cliente.

Quem regula o jornalismo?


- Código deontológico dos jornalistas (as 11 regras)

- Estatuto dos jornalistas (são considerados jornalistas aqueles que, como ocupação
principal, permanente e remunerada. Exercem com capacidade editorial funções de
pesquisa, recolha, seleção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de
texto, imagem ou som, destinados a divulgação, com fins informativo, pela imprensa,
por agência noticiosa, pela rádio, pela tv ou por outro meio electrónico de difusão.
Não constitui actividade jornalística o exercício de funções referidas anteriormente
quando desempenhadas ao serviço de publicações que visem promover actividades,
produtos, serviços…
Independentemente do exercício efetivo da profissão, tenham desempenhado a
actividade jornalística em regime de ocupação principal, permanente e remunerada
durante 10 anos seguidos ou 15 interpolados, desde que solicitem e mantenham
actualizado o respectivo título profissional.

- Comissão da carteira profissional dos jornalistas (organismo independente de direito


público ao qual incumbe assegurar o funcionamento do sistema de acreditação
profissional dos jornalistas).
A sua natureza jurídica, composição e funcionamento encontram-se regulados no
Estatuto do Jornalista e no Regime de Organização e Funcionamento da CCPJ e da
Acreditação Profissional do Jornalista.

- Entidade reguladora para a comunicação social (é uma entidade autónoma da


República Portuguesa, que visa supervisionar e regular os órgãos de comunicação social
como a rádio, televisão, imprensa, entre outros).

- Conselho deontológico do sindicato dos jornalistas (é um órgão autónomo do


Sindicato dos Jornalistas que zela pelo cumprimento das normas de deontologia
profissional, podendo, independentemente de queixa e por sua própria iniciativa,
quando o considerar justificado, emitir pareceres, recomendações e comunicados,
efectuar estudos e relatórios.

Jornalista ≠ influencer ≠ blogger


Fontes : Humanos e Documentais
O que é o jornalismo?
Tem como objetivo informar a população de assuntos do interesse público, ajudando a
sociedade a tomar decisões conscientes e acertadas. Assim, investiga se as notícias de
que teve acesso são ou não fidedignas.
Este também tem um forte impacto na opinião pública, influenciando as ações e os
comportamentos da sociedade.
A objetividade e a imparcialidade são critérios indispensáveis no jornalismo para que
não haja espaço para confusões e ambiguidades.
Assim, alguns dos princípios do jornalismo são a verdade, lealdade, independência,
tornar interessante o que é significativo, entre outras.

Tabloide- designa um formato de jornal que surgiu em meados do século XX, as notícias
são tratadas num formato mais curto e o número de ilustrações costuma ser maior do
que o dos diários de formato tradicional.

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