Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Documentário After truth- Realizado por Andrew Rossi, que analisa de forma exaustiva e
documentada casos graves de fake news nos EUA e de um modo geral, da
desinformação como uma arma que tem os media como principal alvo e em particular
nas redes sociais. Muito do que é apresentado tem relevância fora das suas fronteiras.
Um dos aspetos mais interessantes é o facto de dar voz a algumas das personagens que
tê assumido publicamente a autoria do que chamam “factos alternativos e não fake
news”.
Objetivo é descredibilizar o jornalismo, enquanto pilar do sistema representativo
democrático, tornar impossível aos cidadãos distinguir a verdade da mentira e por via
disso instalar a duvida sobre a própria credibilidade das instituições democráticas.
Arte e imagens
QUEM? Diz o que? Através de que meio A QUEM? Com que efeito?
Entropia- Desorganiza o sistema, mas nem sempre é algo mau, a entropia é vista como
imprevisível, tem muita informação.
Estes dois não são nem positivos nem negativos, são apenas conceitos, não há juizos de valor.
O canal e os ruídos que nele se encontram (contexto e circunstâncias) vai levar a que o receptor
consiga receber a mensagem com mais informação.
A maneira como se percebe uma mensagem depende do contexto em que nos encontramos,
cada pessoa pode a receber de formas diferentes.
A vitória dos ingleses pelos canais oficiais (mensagens transmitidas por homens a cavalo e de
barco) demorou 3 dias para chegar a Paris e 5 dias para chegar a Londres. Mas, graças ao
sistema privado de transmissão (semáforo), os Rothschilds conseguiram ter a notícia com dois
dias de antecedência.
- 1º dia os Rotschild`s venderam títulos de ingleses que tinham em carteira ; A reação foi
quase imediata, os valores dos ingleses caíram e o dos franceses cresceram.
Ter informação antes é poder, a informação não tem só um valor simbólico mas também
monetário
- A partir de certas informações que vou tendo sobre o desenho, vou juntando a informação e
crio algo…
Persistência retiniana
- o olho humano não tem pausa; o que vimos passa-se em X coisa por segundo.
Nós precisamos de uma parte dos objetos para os reconhecer, o cérebro preenche o vazio.
Outro tipo redundância
Como estamos habituados a ler da esquerda para direita e de cima para baixo vamos
reconhecer metade de uma palavra se essa metade for a parte de cima e não a de baixo pois se
fosse a parte de baixo era vista como uma redundância (para não nos enganar); Mais facilmente
os árabes porque leem de baixo para cima e da direita para esquerda.
Precisamos só de uma parte dos objetos para os reconhecer, o cérebro preenche os vazios. Mas
precisamos das partes significativas e cada um “escolhe” para si. Mas sem redundância
precisamos de mais tempo para “chegar lá”.
- Ficamos com uma imagem global, vaga quando não focamos a informação talvez em detalhes.
- Estamos a vê-la mentalmente mas não conseguimos “contar” as colunas, precisamos de um
modelo à frente dos olhos (imagem da casa da republica portuguesa)
- A “imagem mental” dos objetos é “genérica” não representa um em particular.
- Mesmo se parece evidente que os homens são mais pequenos que os objetos e que dentro de
uma escala “normal” deveremos considerá-los como anões, um certo constrangimento faz-nos
decidir que é o mobiliário que está fora das normas. Consideramos que a única escala válida é o
nosso próprio corpo; não podemos pôr isso em questão.
- Tenho que usar técnicas como a percepção para cativar um público alvo, por exemplo. Se for
criança o poster tem de estar colocado ao olhar da criança e não a minha, isto condiciona.
- Perspetiva é uma convenção. “Da Vinci” usou a perspetiva para o seu quadro de mona lisa ser
maior quando é super pequeno (inventadas no renascentismo).
O poder do emissor
- quantidade de informação necessárias- só com informações suplementares é que vejo o
pedido.
OU
- Os ruídos da imagem (informação a mais na imagem pode confundir). O emissor pode fazer de
propósito para baralhar o recetor.
- Como reconhecer a informação útil e pertinente? Segundo os objetos, posso acentuá-la ou
diluí-la.
Escher utiliza truques para nos convencer que a imagem produzida é correta.
Nas imagens temos as pinturas, as fotografias e a publicidade. Para estas terem efeito num
público, a cor e o posicionamento da mesma é necessária.
• Condicionalismos próprios
• Problemas complexos
• Conflitos de direito
Ética deve assentar sobre o RESPEITO: Por quem aparece, por quem se mostra, por
quem vê/lê.
Que medidas tomar?
1. Forte consenso ético sobre o que é e não é aceitável nos media. Mas consensos
demoram tempo a construir….
2. Assegurar o cumprimento das leis que já existem
3. Área prioritária: a educação critica do público
Mas o mundo singra sem os media. Os jornalistas apanhados neste circulo (damos o que
o público quer) adoptaram (pouco conscientemente) duas estratégias:
1. A assumpção da subjetividade. A imprensa como imenso diário íntimo. O noveau
jornalisme de 80 e 90.
2. O uso de personagens. Representantes de dada situação: o anónimo, o vizinho-
que-não-ouviu-nada, o desempregado, o jovem dos subúrbios.
O jornalista raramente descobre. No melhor dos casos encontra, e no pior, encontra o
que pretende.
A isto chama-se IDEOLOGIA- «é quando as respostas precedem as questões».
A existência passa pela aceitação do tornar-se virtual.
A construção deste pseudomundo… é uma mistificação.
Os jornalistas cedem à impaciência, ao ritmo demasiado rápido ou a mil e uma
excelentes razões para não tolerar as exigências do mundo.
Há 10 anos «adulterar» uma reportagem correspondia a manipular o seu conteúdo.
Hoje, não se faz batota para fazer crer, mas para levar a ver.
Já não se trata de jogar com o fundo das coisas mas com a FORMA. E nesse jogo quase
não há limites.
• Representação/realidade
• Fingimento/autenticidade
• Artificial/natural
O Ecossistema da informação contemporâneo
As redes sociais: consumo de noticias
- são cada vez mais uma plataforma a ter em conta na divulgação de conteúdos
noticiosos.
- formas de participação na cobertura noticiosa
- a pratica mais comum é a partilha de noticias- 77,2%; comentam noticias- 50,1%;
partilham por email-33%; gostam ou recomendam-29,1%; leitores de noticias online-
74,9%
Desafios a ultrapassar pelos media tradicionais (e regulados) e pelos comunicadores
- destruição dos modelos de negocio tradicionais
- desregulação do papel dos media e do jornalismo
- produção e difusão de informações falsas ou manipuladas
- reprodução de informação não confirmada
Fake news não são uma novidade!
- Ex: estrada de sintra- publicado no diário de noticias sob a forma de cartas anonimas,
relatando uma historia de crime e mistério. é um romance policial escrito por Eça de
Queirós e Ramalho Ortigão, publicado em 1870. A história passa-se na cidade de Sintra,
em Portugal, e relata uma história de crime e mistério.
Fake news- descreve erros sem intenções manipuladoras, opinião ou pura propaganda
donald trump, para definir os meios de comunicação social que noticiam informação
factual e real de que ele não gosta.
Os americanos adoraram as nossas historias e ganhamos dinheiro com elas. O que
interessa se são verdade ou não?
Qual o objetivo? Se todos aceitarem a mentira que o partido impõe, se todos os registos
contarem a mesma historia, então a mentira passa para a historia e torna se verdade.
Projeto monitorização de propaganda e desinformação nas redes sociais
- monitoriza as atividades de propaganda e desinformação nas redes com objetivos de
mobilização, polarização e destabilização politica em Portugal
- procura identificar/ analisar movimentos de origem partidária ou não, de propaganda
e desinformação com objetivos de influenciar a participação dos cidadãos nos atos
eleitorais.
- utiliza metodologias e ferramentas de analise de redes para identificar, de forma
transversal e longitudinal.
O que faz com as fake news parecam verdadeiras?
- usados nomes de pessoas e instituições importantes e conhecidas para dar maior
credibilidade; são dadas soluções simples para problemas graves e complexos; muitas
vezes têm um tom conspiratório, apresentado razoes para que alguém não queira que a
informação se saiba; os artigos e informações não têm datas; têm um pedido de partilha
5 coisas chaves para desconstruir uma mensagem ou noticia: autoria, formato,
audiência, conteúdo e objetivo
FAKE NEWS- NÃO EXISTEM- CHAMAM SE MENTIRAS!
Noticia- todo o facto verdadeiro, atual e de interesse geral, bem como a respetiva
representação (escrita, áudio, multimédia).
A palavra fake news é enganadora, tendo sido inicialmente utilizada para denegrir o
trabalho dos meios de comunicação social. Uma noticia, por definição não é falsa.
Desinformação- informação falsa ou enganadora que é criada, apresentada e divulgada
para obter vantagens económicas ou para enganar o publico que é suscetivel de causar
um prejuízo publico.
Ética, moral e deontologia
Existe, outra tradição que vê a ética como um conceito de cariz particular, como o
conjunto de regras de conduta partilhadas numa determinada sociedade, que permitem
distinguir o correto do incorreto e a moral como o conjunto de princípios universais
normativos baseados na distinção entre bem e mal.
Deontologia: “Déon” - “dever” e ”logos” - discurso, tratado.
A deontologia jornalística
Os elementos do Jornalismo»: o que os profissionais do jornalismo devem saber e o
publico deve exigir»
Dialéctica-> tese-> antítese-> síntese
São eles. Os 9 principios:
- O primeiro compromisso do jornalismo é com a verdade
- O jornalista deve ser leal, acima de tudo, aos cidadãos.
- A sua essência assenta numa disciplina de verificação. ~
- Os jornalistas devem manter a independência relativamente às pessoas e
acontecimentos que cobrem.
- O jornalismo deve funcionar como um controlo independente do poder.
- Deve afirmar-se como Forum para a crítica e compromisso públicos.
- Deve tornar interessante o que é significativo.
- Deve garantir notícias abrangentes e equilibradas.
- Os profissionais que o exercem devem ser livres de seguir a sua própria consciência
Novo Código Deontológico – o jornalista deve….
1.Relatar os factos com rigor e exatidão. Deve haver um maior número de fontes
possíveis.
2. Combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o
plágio como graves faltas profissionais.
- Estatuto dos jornalistas (são considerados jornalistas aqueles que, como ocupação
principal, permanente e remunerada. Exercem com capacidade editorial funções de
pesquisa, recolha, seleção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de
texto, imagem ou som, destinados a divulgação, com fins informativo, pela imprensa,
por agência noticiosa, pela rádio, pela tv ou por outro meio electrónico de difusão.
Não constitui actividade jornalística o exercício de funções referidas anteriormente
quando desempenhadas ao serviço de publicações que visem promover actividades,
produtos, serviços…
Independentemente do exercício efetivo da profissão, tenham desempenhado a
actividade jornalística em regime de ocupação principal, permanente e remunerada
durante 10 anos seguidos ou 15 interpolados, desde que solicitem e mantenham
actualizado o respectivo título profissional.
Tabloide- designa um formato de jornal que surgiu em meados do século XX, as notícias
são tratadas num formato mais curto e o número de ilustrações costuma ser maior do
que o dos diários de formato tradicional.