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Resumo:
Neste artigo será apresentada uma discussão acerca das concepções e práticas
educativas relacionadas à Educação no contexto organizacional, apresentando
possíveis contribuições da perspectiva histórico-cultural da Subjetividade. O artigo
foi dividido em duas partes, sendo que a primeira se propõe a apresentar o estado
da arte do tema, apontando o percurso histórico da educação neste cenário, as
principais concepções ligadas à aprendizagem e educação e as diferentes
perspectivas que abordam o tema, apontando tanto os referenciais hegemônicos
quanto os não hegemônicos. A segunda parte se destina a apresentar os aportes da
teoria da subjetividade histórico-cultural para o campo do conhecimento e apontar
possíveis avanços desta teoria à educação no contexto das organizações e do
trabalho.
IV Congresso Brasileiro de Estudos Organizacionais - Porto Alegre, RS, Brasil, 19 a 21 de Outubro de 2016
Na era Taylorista, marcada pela divisão técnica e social do trabalho com clara definição
de fronteiras entre as ações intelectuais e operacionais, decorrente de relações de classe bem
definidas que determinavam as atribuições a serem exercidas por chefes e trabalhadores no
mundo da produção, a razão instrumental fundamentava as práticas educativas.
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estabelecendo a concepção acerca do indivíduo, de sua relação com o trabalho, com a
aprendizagem e desenvolvimento por meio da lógica do estímulo-resposta.
Ainda segundo as autoras, as divergências entre esses dois grupos teóricos, residem na
interpretação do fato, mantendo em comum, no entanto, a crença na possibilidade de uma
formulação genérica sobre o que é a aprendizagem. Dessa forma, apresentam uma abordagem
reducionista sobre o fenômeno definindo-o a partir de uma compreensão restrita (a cognição e
o estímulo-resposta), e de caráter tautológico, na medida em que tornam como explicação
para a aprendizagem o que ainda deveria ser explicado.
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educativas foi sendo ajustada, todavia, mantendo características em comum, conforme aponta
Rezende (2010):
Destacamos inicialmente duas ideias que articulam essa noção e que preconizam o
ajustamento dos indivíduos ao imperativo do capital. A primeira ideia é a de que as
competências, enquanto entendidas como atributos dos sujeitos e sua capacidade de mobilizá-
los para gerar o resultado desejado, conduzem à responsabilização pessoal do trabalhador pelo
desempenho; e a segunda ideia, relacionada à primeira, é a de que a mobilização das
competências é um processo adaptativo (OLIVEIRA SANTOS, 2014).
De acordo com Araújo (2001), o propósito e manutenção do status quo que permeia
essa noção está presente na combinação de princípios pragmáticos e racionalistas que
fundamentam a noção de competência, apesar destes serem divergentes. Segundo o autor, do
racionalismo, se aproveita as tentativas de objetivação das competências, tendo em vista o
controle e planejamento dos sistemas produtivos e de educação. Do pragmatismo, por outro
lado, há um aproveitamento da lógica utilitarista, do imediatismo, da adaptabilidade, da busca
por produzir aprendizagens úteis e aplicáveis. De outro modo, o cognitivismo, ao promover a
decomposição e objetivação das competências favoreceu também, o tratamento imediato e
utilitário destas nos processos formativos.
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Alinhadas ao viés adaptativo e prático da educação, as propostas pedagógicas sob
influência da abordagem pragmática se baseiam na organização modular e em técnicas e
atividades voltadas para a utilização/simulação de processos e “ferramentas reais de trabalho”.
Nessa perspectiva, visando o desenvolvimento da capacidade real de trabalho, “segmentam as
capacidades humanas sob a suposição de que a soma das partes (módulos) constrói um
processo de formação integrado, escamoteando, portanto, a dialeticidade que as ações isoladas
estabelecem entre si e com o contexto social” (ARAÚJO, 2001. p. 143). Com a ênfase na
finalidade prática e resolutiva no processo de ensino-aprendizagem, a compreensão reflexiva
sobre a construção do conhecimento recebe desproporcional importância, desarticulando,
apesar do discurso contrário, a prática da teoria, enfatizando a primeira em detrimento da
segunda. Diante desse, a noção de competência, por consequência:
Apesar dos problemas levantados acerca da noção competência e do uso que se faz dela,
deixar de usá-la não é condição suficiente para viabilizar uma prática educativa distinta e
comprometida com o desenvolvimento integral do homem. Na verdade, se esse conceito por
alguma razão fosse abandonado, seria muito provável que outro equivalente surgiria com
implicações e fundamentos semelhantes. (OLIVEIRA SANTOS, 2014). De fato, a análise do
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percurso histórico da educação no contexto das organizações, que culmina na atual gestão por
competências, nos permite observar o nível incremental das mudanças que foram realizadas,
tendo alterações nos procedimentos, nas nomenclaturas, nas formas de diagnóstico, de
avaliação, entre outras, mas que não chegaram ao âmbito estrutural, mantendo em comum as
mesmas bases e propósitos, com implicações e limitações semelhantes.
Diversos estudos tem sido desenvolvidos com viés crítico sobre os estudos
organizacionais hegemônicos, os quais perpassam o tema da subjetividade e do sujeito por
perspectivas distintas. De acordo com pesquisa realizada por Paes de Paula (2008), existem
nos autores críticos nacionais atuais a influência da Escola de Frankfurt e do pós-
estruturalismo, prevalecendo, no entanto as ideias originárias de Alberto Guerreiro Ramos e
Maurício Tragtenberg, precursores dos estudos organizacionais críticos no Brasil. A autora
aponta também, a referência frequente nos estudos nacionais de teóricos franceses como
Christophe Dejours, Jean-François Chanlat, Max Pagès e Eugéne Enriquez que apresentam a
perspectiva da Psicodinâmica do Trabalho fundamentada nos pressupostos psicanalíticos para
abordar a subjetividade nas organizações. Autores como Richard Sennet, Ricardo Antunes,
José Henrique de Faria, Eduardo Davel e Sylvia Constant Vergara também foram apontados
nas produções sobre o tema da subjetividade nas organizações.
Todavia, na definição de teorias críticas a autora destaca que para receberem esta
denominação devem apresentar elaborações que se contrapõem ao pensamento funcionalista,
elencando três principais características para identificar tais produções:
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a) Visão desnaturalizada sobre a organização e/ou teoria tratando-as enquanto inseridas
em um contexto sócio-histórico específico. O discurso organizacional é apresentado
como suscetível de falhas, contradições e incongruências, e são questionados e/ou
revelados os aspectos de dominação, exploração e controle;
A partir desses critérios, Davel e Vergara não são apresentados como críticos, na
medida em que demonstram um viés pragmático sobre a subjetividade, vinculado à
possibilidade de um gerenciamento mais eficaz das pessoas e voltado à melhoria da
produtividade. A autora questiona, ainda, o aspecto crítico dos autores pós-estruturalistas,
uma vez que defendem a “morte do sujeito”, ou seja, a impossibilidade de um sujeito que não
esteja subjugado às determinações sócio-históricas, libidinais ou discursivas, desta forma,
sendo contrários à ideia de emancipação.
Com relação às ideias centrais, segundo a autora, na Escola de Frankfurt, apesar das
divergências teóricas entre os autores, compartilham uma concepção de sujeito que está
associado à filosofia da consciência e da razão iluminista, tendo a possibilidade de
emancipação pelo esclarecimento, ou seja, pela razão.
Todavia, conforme aponta Paes de Paula (2008), cada corrente também carrega suas
limitações teóricas, estando de acordo com ela quando aponta que uma via para o avanço no
desenvolvimento das teorias críticas é uma elaboração que transcenda os dualismos que
separam objetividade-subjetividade, sujeito-objeto e estrutura-ação, por uma dialética que não
reduza a importância do sujeito na construção da realidade.
A ênfase dada à razão como via para a emancipação nas abordagens apresentadas
aponta uma compreensão que não alcança a complexidade envolvida na relação entre o sujeito
e o contexto social, na medida em que desconsidera a importância da dimensão emocional que
dá vida a essa relação e impulsiona o indivíduo a uma atuação crítica e reflexiva, capaz de
tensionar os espaços nos quais se impõe a determinação.
Ressalta-se, ainda, que a ênfase dada ao sistema produtivo capitalista enquanto uma
estrutura que determine e constranja a experiência do trabalhador, seja na sua atuação
profissional ou nos espaços educativos, também constitui uma visão limitada acerca da
relação entre as dimensões social-individual, a qual é apresentada por uma relação de
determinação que desconsidera o caráter complexo, paradoxal da forma como as duas
instâncias se interpenetram e viabilizam a subjetivação e singularização das experiências pelo
sujeito.
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Vale destacar que a abordagem psicanalítica do sujeito, apontada por Leite e Paiva
(2009)1 como uma das mais presentes na produção nacional sobre o tema da subjetividade nas
organizações, também se torna limitada para compreender seu caráter autônomo, na medida
em que esta abordagem compreende o individuo orientado pelas forças libidinais, pelas
estruturas psíquicas e pelo inconsciente, os quais subestimam a constituição histórica e social
do individuo e que permite gerar inteligibilidade acerca de seu caráter ativo nos diversos
espaços sociais pelos quais transita.
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Na pesquisa realizada por Leite e Paiva (2009) sobre os artigos publicados nos anais dos encontros promovidos
pela ANPAD no período de 1997 a 2008 abordando o tema da subjetividade nas organizações, foram apontados
entre os autores mais citados: Christophe Dejours, Jean-François Chanlat, Engéne Enrique e Pagès. Estes
autores discutem o tema da subjetividade pelo viés psicanalítico.
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comprometida com sua natureza histórico-cultural, sendo expressa por meio da articulação
das categorias de Subjetividade, Sentido Subjetivo, Configuração Subjetiva e Sujeito.
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individual, transcendendo a lógica linear ou de determinação de uma instância sobre a outra,
na medida em que pela produção de sentidos o sujeito particulariza sua experiência nos
diversos espaços sociais, caracterizando uma relação de simultaneidade entre o individual e o
social.
A partir do sentido subjetivo as emoções adquirem importância central na
compreensão da subjetividade. Ao se integrar aos registros simbólicos, as emoções permitem
a singularização da experiência, colocando-a para além do significado compartilhado,
constituindo uma organização psíquica qualitativamente distinta que se contextualiza na ação
do sujeito (GONZÁLEZ REY, 2005). Dessa forma, ainda segundo o autor, os sentidos
subjetivos são caracterizados por uma versatilidade infinita e implicados de forma recursiva
na multiplicidade de cenários em que a atuação do sujeito é subjetivada.
A partir desse entendimento, a categoria de sentido subjetivo constitui uma definição
que supera as concepções fragmentadas de aprendizagem predominantes nas organizações
que privilegiam a dimensão cognitiva em detrimento da emocional. O conceito de sentido
subjetivo implica uma compreensão sistêmica da aprendizagem, e não restrita ao intelecto. A
partir dessa perspectiva, González Rey (2008) explica que os sentidos subjetivos constituem
sistemas motivacionais que, diferentemente das tradicionais teorias de motivação, nos
permitem representar o vínculo afetivo do sujeito em uma atividade para além de sua relação
concreta com ela, mas enquanto produção de sentidos que resultam em uma configuração
única, integrando emoções e processos simbólicos que advém da subjetivação de aspectos da
história individual e dos diferentes momentos atuais de cada sujeito.
No processo de aprendizagem, isso significa que o sujeito vai desenvolver emoções não
apenas associadas à experiência concreta do aprender, aos seus conteúdos ou necessidades
relacionadas diretamente, mas a experiência subjetiva que a relaciona com outros momentos
de sua história de vida e de elementos do seu contexto, qualificando o processo de
aprendizagem como uma produção subjetiva da pessoa que aprende e, dessa forma, impacta
sua motivação e capacidade de criar ou personalizar o conhecimento a partir do que aprende.
Essa perspectiva aponta a compreensão do caráter gerador das emoções e da
constituição configuracional da motivação, aspectos fundamentais para compreender a
complexidade do processo de aprendizagem de forma diferenciada das concepções
dominantes nas organizações. As emoções não são entendidas como efeitos de influências
externas, mas como produções relacionadas à organização psicológica que se desenvolvem
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durante a experiência da pessoa, e, nessa linha de entendimento, a motivação define-se no
sujeito e pelo sujeito, e não na atividade (GONZÁLEZ REY, 2005).
Dessa forma, não cabe pensar em uma atividade, aprendizagem ou relação que seja
motivadora em si. A motivação do sujeito nessa relação constitui sua forma única de vivenciar
o processo educativo, sobre a qual se entrelaçam sentidos subjetivos particulares acerca da
demanda educativa, dos conteúdos abordados, da relação pedagógica, da empatia com o
docente, das perspectivas sobre aquela aprendizagem entre outros aspectos. Se pudermos
pensar em uma prática pedagógica que, de alguma forma, favoreça a motivação e a
aprendizagem, ela deve estar vinculada à novas produções de sentido que impliquem o sujeito
no espaço educativo e propiciem uma experiência subjetiva da aprendizagem. Isso não se faz
apenas pela escolha de conteúdos ou atividades pontuais, mas também pela constituição de
um espaço aberto e estimulante à sua implicação reflexiva, o que, ainda assim, não se torna
uma garantia, tendo em vista a imprevisibilidade própria de seu caráter complexo.
Por esse viés, ao trabalho pedagógico, a categoria de sentido subjetivo problematiza as
relações de ensino-aprendizagem pautadas pela postura reprodutiva do conhecimento ou pela
ênfase meramente instrumental. A articulação entre o processo de aprender às emoções e à
motivação, coloca a relação da aprendizagem para além da aquisição de um saber,
requisitando um trabalho pedagógico que favoreça a subjetivação associada a este saber.
A partir do entendimento do conceito de sentido subjetivo enquanto constituído na
simultaneidade do social e individual, a personalidade passa a se compreendida como um
momento subjetivo da própria ação da pessoa em seu espaço social, deixando de ser abordada
como uma causa dessa ação em uma concepção intrapsíquica e substancializada, conforme
explica González Rey (2003):
Dessa forma, o sistema complexo que integra os sentidos subjetivos produzidos pelo
sujeito é elaborado pela categoria de configuração subjetiva, definida por González Rey
(2003) como a forma relativamente estável de organização subjetiva da experiência. Apesar
das configurações apresentarem relativa estabilidade, no entanto, são passíveis de constantes
modificações, na medida em que dialogam com os momentos presentes do sujeito e se
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reorganizam com a emergência de novos sentidos subjetivos. A partir desse conceito,
González Rey (2003) avança na elaboração do conceito de personalidade, apresentando-a
como um sistema de configurações subjetivas que não se avalia em abstrato ou fora do
sistema de atividade com o qual o sujeito esteja comprometido. Dessa forma, as experiências
que não tem sentido para o sujeito não impactam em sua personalidade, se constituindo em
eventos formais sem influência no seu desenvolvimento pessoal.
A subjetividade é uma produção do sujeito que tem como matéria prima sua
vida social e a cultural, porém não existe nenhum tipo de relação direta entre
o caráter objetivo de uma experiência vivida e a forma em que ela influencia
o desenvolvimento psíquico da pessoa. Esse desenvolvimento psíquico está
sempre metamorfoseado por uma produção de sentidos subjetivos que se
definem na configuração subjetiva da experiência vivida. (p.34).
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elementos da cultura na qual está inserida. Dessa forma, caracteriza-se pela singularidade e se
contextualiza de forma particular a partir das experiências vividas (GONZÁLEZ REY, 2007).
Por esse viés, uma das contribuições dos conceitos de configuração subjetiva,
subjetividade individual e subjetividade social ao contexto da educação corporativa reside na
possibilidade de superar a ilusão do controle sobre o comportamento humano, na medida em
que tais conceitos ultrapassam a relação de causalidade e determinação do ambiente social
sobre o individuo, bem como a relação de correspondência linear entre os processos psíquicos
e o comportamento.
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desencadeiem novas rotas de produção de sentidos subjetivos, impulsionando seu
desenvolvimento. Dessa forma, o sujeito representa:
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2.6 A Subjetividade histórico-cultural e suas implicações para repensar a Educação
Corporativa
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b) O não saber, o desconhecido, a busca por uma construção própria e não mimetizada
em relação ao processo educativo, devem ser os pilares de uma educação
emancipatória, em que o objetivo do ensinar e aprender não seja simplesmente o de
efetivar cognitivamente um saber na pessoa ou de fomentar comportamentos
preestabelecidos, mas que seja capaz de abrir novas dimensões em seu
desenvolvimento, fazendo com que o sujeito atue de maneira autêntica em seu
processo de aprendizagem e que seja a parte viva, pulsante dos processos de
subjetivação: o sujeito se configura em sua legitimidade de ser sujeito quando reflete
criticamente sobre a sua vida, a sociedade em que está inserido e qual o seu papel
nestas relações. Dessa forma, reconhecer sua capacidade geradora por uma atuação
crítica e reflexiva significa superar a lógica adaptativa da aprendizagem presente na
abordagem pragmática que fundamenta as práticas hegemônicas.
c) Que a perspectiva da subjetividade vislumbre uma relação com o saber que se converta
em um avanço ao próprio conceito de Educação, propondo uma relação na qual a
informação adquire status de aprendido quando é personalizada e (re) construída pelo
sujeito que aprende, caracterizando, por um lado, a aprendizagem como um processo
gerador do sujeito, e por outro, o conhecimento como um modelo de inteligibilidade
em construção permanente fruto da produção humana.
Referências
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EBOLI, Marisa. Et.al. Educação Corporativa: fundamentos, evolução e implantação de
projetos. São Paulo: Atlas. 2010.
LEITE, José Eduardo. “Nós quem cara pálida?”: A Razão depois de Taylor. In: DAVEL,
Eduardo Paes Barreto; VASCONCELLOS, João Gualberto Moreira de. Recursos Humanos
e Subjetividade. Petrópolis/RJ: Vozes. 1995.
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LEITE, Leonardo Torres Teixeira, PAIVA, Kely Cesar Martins de. Subjetividade nos
Estudos Organizacionais: Uma Meta-Análise da Recente Produção Brasileira. XI
Colóquio Internacional sobre Poder Local Desenvolvimento e Gestão Social de Territórios:
Salvador, 2009.
PAES DE PAULA, Ana Paula; PALASSI, Márcia Prezotti. Subjetividade e Simbolismo nos
Estudos Organizacionais: um enfoque histórico cultural. In: CARRIERI. Alexandre de
Pádua; SARAIVA. Luiz Alex Silva. (Org.). Simbolismo Organizacional no Brasil. São
Paulo: Atlas, 2007.
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Aprendizagem Organizacional e Competências: Os novos Horizontes da Gestão. Porto
Alegre: Bookman, 2005.
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