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ETAPA 3 – Passo 1

Investimentos no Exterior

Os investimentos em sociedades coligadas ou controladas de instituições


brasileiras registram-se nos adequados títulos e subtítulos do Ativo Permanente e são
avaliadas no balancete ou balanço patrimonial pelo método de equivalência patrimonial,
deduzido do saldo de eventuais perdas devido reduções do valor recuperável dos ativos.
Em relação aos investimentos no exterior, mensalmente, apura-se a variação
cambial calculada sobre o valor contábil do investimento, com base na taxa de venda da
moeda estrangeira do país sede do investimento fornecida pelo Banco Central para
efeito de balancete ou balanço patrimonial, considerando-se o resultado como ganho ou
perda por variação de taxas, sendo que o ganho contabiliza-se a crédito de RENDAS
DE AJUSTES EM INVESTIMENTOS NO EXTERIOR em contrapartida com o
adequado título e subtítulo em que se registram os investimentos; e a perda registra-se a
débito de DESPESAS DE AJUSTES EM INVESTIMENTOS NO EXTERIOR a
crédito do adequado título e subtítulo em que se registram os investimentos. O cálculo
das participações em investimentos no exterior avaliados pelo método de equivalência
patrimonial deve ser realizado, mensalmente, com base no balanço patrimonial ou no
balancete de verificação levantado na mesma data ou até, no máximo, dois meses antes,
efetuando-se, nessa hipótese, os ajustes necessários para considerar os efeitos de fatos
extraordinários ocorridos no período.
Para efeito de apuração do resultado de equivalência patrimonial, compara-se o
valor do investimento ajustado pelas variações de taxas com o patrimônio líquido da
coligada ou controlada ou dependência no exterior, na moeda correspondente,
considerando-se a taxa corrente ou histórica, conforme o caso, convertida a taxas de
compra da moeda estrangeira fornecidas pelo Banco Central para efeito de balancetes e
balanços, registrando-se o diferencial como resultado do período, constituindo renda
operacional se corresponder a aumento do patrimônio líquido gerado por lucros ou
ganhos efetivos comprovadamente apurados na coligada ou controlada ou dependência
no exterior, debitando- se a conta que registra o investimento em contrapartida com
RENDAS DE AJUSTES EM INVESTIMENTOS NO EXTERIOR; ou despesa
operacional se corresponder a diminuição do patrimônio líquido da coligada ou
controlada ou dependência no exterior, em decorrência de prejuízos ou perdas efetivas
apurados, creditando-se a conta que registra o investimento em contrapartida com
DESPESAS DE AJUSTES EM INVESTIMENTOS NO EXTERIOR.
A totalidade dos lucros apurados na avaliação dos investimentos no exterior
deve ser destacada para formação de RESERVAS DE LUCROS A REALIZAR. Depois
de internados os lucros no País, ou capitalizados no exterior, a reserva correspondente
deve ser revertida para LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS e pode ser
incluída na base para distribuição de participações e dividendos.
Os lucros decorrentes de investimentos no exterior, quando internados no País,
registram-se como redução da conta de Investimentos, convertendo-se o seu valor em
moeda estrangeira à taxa de câmbio corrente na data do último balanço. A diferença
entre o valor apurado por ocasião do efetivo ingresso das divisas e o convertido na data
do último balancete/balanço constitui resultado operacional do período, contabilizando-
se em OUTRAS RENDAS OPERACIONAIS ou OUTRAS DESPESAS
OPERACIONAIS, conforme o caso.
Se o tributo for recuperável, deve ser reconhecido como crédito fiscal no
exterior. Nesta hipótese, debita-se a conta CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS DE
IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES, subtítulo de uso interno Dividendos - Investimentos
no Exterior, pelo valor do tributo, e a adequada conta de disponibilidades pelo ingresso
no País do valor líquido em cruzeiros dos dividendos em contrapartida com a conta de
Investimentos ou DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES EM DINHEIRO A RECEBER.
Caso o valor do tributo não seja recuperável, registra-se como despesa em OUTRAS
DESPESAS OPERACIONAIS.
Os critérios para contabilização dos investimentos no exterior e para a
apropriação dos resultados obtidos pelas coligadas e controladas e dependências no
exterior, além dos procedimentos de publicação dessas posições e resultados no Brasil,
devem estar informadas nas Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras.

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