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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Curso de Artes Visuais

Discente: Pedro Pereira


Docente: Raoni Gondim EBA 154 - Metodologia do Projeto

Assunto (Tema): Arte como Formatividade Ficha nº: 02

Referência Bibliográfica Completa:


- PAREYSON, LUIGI. Os Problemas da Estética. Editora Martins Fontes, p.31-33, 1984.
Texto da Ficha:

- “Muito oportunamente, portanto, a primeira concepção chama a atenção sobre o fazer,


isto é, sobre o fato de que o aspecto essencial da arte é o produtivo, realizado, executivo.
Mas também aqui é preciso não esquecer que todas as atividades humanas têm um lado
executivo e realizado.” p.31

- “Também no pensamento e na ação não é possivel “operar sem “fazer” isto é, sem
cumprir, executar, produzir, realizar: cumprir movimentos de pensamento e atos práticos,
executar raciocinios e ações, produzir obras especulativas e morais, realizar valores
teóricos e éticos.” p.32

- “Mas a arte é produção e realização em um sentido intensivo, eminente, absoluto, a tal


ponto que, com frequência, foi, na verdade, chamada criação, enquanto é não só produção
de organismos que, como os da natureza são autônomos, independentes e vivem por conta
própria, mas também alcança ser produção de objetos radicalmente novos, verdadeiro e
próprio incremento da realidade, inovação ontológica.” p.32

- “O fato é que a arte não é somente executar, produzir, realizar e o simples “fazer” não
basta para definir sua essência.” p.32

- “A arte também é invenção. Ela não é uma execução de qualquer coisa da ideada,
realização de um projeto, produção segundo regras predispostas. Ela é um tal fazer que
enquanto faz inventa o por fazer e o modo de fazer.” p.32

- “Se eu soubesse como será a grande obra dramática de amanhã, fá-la-ia.” p.32

- “Os conceitos de forma e formatividade parecem, portanto, os mais adequados para


qualificar, respectivamente, a arte e a atividade artística.” p.32

- “Sobre o caráter formativo da atividade artística, Goethe, atento teorizado das relações
entre arte e natureza, escreveu páginas memorávei e atualíssimas; sobre analogia entre
obras de arte e organismos da natureza, Schelling chamou a atenção; Focillon falou da
vida das formas e grande parte da estética francesa contemporânea insistiu sobre a
contemporâneidade da invenção e da execução; a psicologia da forma convidou a meditar
sobre conceitos de totalidade e estrutura; Whitehead renovou a problemática do conceito
de organização e organicidade; Dewey insistiu sobre conceitos de “acabamento” e “êxito”;
na Itália, Augusto Guzzo mostrou como na atividade humana se nucleiam formas que, pelo
seu exemplar sucesso dão lugar a estilos; quem escreve estas páginas procurou teorizar
uma estética da “formatividade”, que concebe as obras de arte como organismos vivendo
a vida própria e dotados de legalidade interna, e que propõe uma concepção dinâmica da
beleza artística.” p.32-33

Tipo de fichamento: Fichamento de Citações

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