Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
mundo
Em comemoração aos 30 anos do Código de Defesa do Consumidor
GABRIEL STIGLITZ
GUILHERME MAGALHÃES MARTINS
81 )
THOMSON REUTERS
REVISTADOS
STJOO l l l 064
TRIBUNAIS~
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
BIBLIOTECA M. OSCAR SARAIVA
Editorial: Al ine Marchesi da Silva, Diego Garcia Mendonça, Karolina de Albuquerque Araújo e Quenia Becker
Especialistas Editoriais. Gabriele Lais Sant'Anna dos Santos e Maria Angélica Leite
Analistas: Gabriel George Martins, Jonatan Souza, Maria Cristina Lopes Araujo e Rodrigo Araujo
Gerente de Operações e Produção Gráfica
MAURICIO ALVES MONTE
Analistas de Produção Gráfica: Aline Ferrarezi Regis e Jéssica Maria Ferreira Bueno
Estagiária de Produção Gráfica: Ana Paula Evangelista
20-46427 CDU-34:381.6(811
PREFÁCIO . 5
I
OS FUNDAMENTOS DO DIREITO DO CONSUMIDOR
II
O DIREITO DO CONSUMIDOR NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
1
ANTONIO HERMAN BENJAMIN
Introdução
Para homenagear a querida mestre e amiga, Profª. Drª. Ada Pelegrini Grinover,
que coordenou os trabalhos de elaboração do Código de Defesa do Consumidor, passo
a tecer algumas notas e rever a teoria da qualidade, que a Lei 8.078, de 1990 trouxe
para o Brasil. Utilizarei como base dois capítulos que escrevi no Manual de Direito
do Consumidor que divido com os amigos Claudia Lima Marques e Leonardo Bessa.2
A um é preciso afirmar que a teoria da qualidade do CDC é uma resposta à
estreiteza do conceito de vício redibitório dos Códigos Civis. Como já escrevi,3 o
1. Doutor em Direito pela UFRGS, Mestre pela Univ. de Illinois, Ministro do Superior
Tribunal de Justiça (Brasília).
2. BENJAMIN, A. H. V, in BENJAMIN, A. H. V; MARQUES, C. L.; BESSA, L. R. Manual de
Direito do Consumidor, 8 ed. São Paulo: RI, 2017, p. 165-217.
3. Veja também BENJAMIN, Antonio Herman V in GRINOVER, Ada Pellegrini et alii.
Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto. 12. ed.
São Paulo: GEN Forense, 2018.
12 1 O DIREITO DO CONSUMIDOR NO MUNDO EM TRA NSFORMAÇÃO
dias atuais e digitais. E como atualmente, na magistratura, tenho visto casos inte-
ressantes que exemplificam esta teoria, gostaria de, em uma segunda parte, analisar
os responsáveis pelo dever de indenizar e pela garantia, destacando alguns casos ao
final. Utilizarei como ideia guia deste revisitar a teoria da qualidade a decisão sobre
o software incluindo no produto, que atualiza a definição de qualidade do produto
em nossos dias digitais, ou como afirmei: "a qualidade do produto é redefinida, pois
ele só tem a qualidade esperada se o software nele instalado funcionar e de forma
coadunada com o hardware ou produto em si. Há responsabilidade solidária nessa
nova cadeia de fornecimento de serviço do art. i 4 que inclui o produtor [ ... ] ".6
Como afirmei anteriormente,7 os produtos e serviços colocados no mercado
devem cumprir, além de sua função econômica específica , um objetivo de segu-
rança. O desvio daquela caracteriza o vício de quantidade ou de qualidade por
inadequação, enquanto o deste, o vício de qualidade por insegurança. Aqui o CDC
inova e demonstra a unidade de fundamento da responsabilidade, pois na sociedade
de consumo não faz sentido, de fato, a velha dicotomia.
6. Veja REsp 1.721.669/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T , j. 17.04.2018, D]e 23.05 .2018.
7. BENJAMIN, Antonio Herman V VI-Fato do produto e do serviço, in BENJAMIN, A. H.
V; MARQUES, C. L.; BESSA, L. R. Manual de Direito do Consumidor, 8 ed. São Paulo:
RT, 2017, p. 181.
8. Veja os ensinamentos do grande jurista argentino Gabriel A. SnGu1z: "A relação entre os
direitos pessoais do consumidor e a atitude agressiva do empresário encontra sua mais
delicada manifestação quando o interesse afetado resulta ser a saúde ou segurança do
lesado" (STIGLITZ, Gabriel A. Protección jurídica dei consumidor. Buenos Aires: Depalma,
1990, p . 23).
9. No mesmo sentido manifesta-se Carlos Ferreira de ALMEIDA, brilhante professor da Fa-
culdade de Direito de Lisboa, ao apontar que "as mais antigas medidas de proteção dos
consumidores são aquelas que, ainda antes da vulgarização desta ideia como tal, são
impostas por razões de saúde pública" (ALMEIDA, Carlos Ferreira de. Os direitos dos
consumidores. Coimbra: Almedina, 1982, p . 49) .
14 1 O DIREITO DO CONSUMIDOR NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
10. Assim ensina a melhor doutrina:" O desprezo pelos interesses econômicos dos consumi-
dores constitui a parte mais visível da sua desprotecção. Os prejuízos materiais efectivos
ou potenciais dos consumidores interferem em todos os momentos de contacto entre
fornecedor e adquirente ou utente de bens ou serviços" (ALMEIDA, Carlos Ferreira de.
Os direitos dos consumidores. Coimbra: Almedina, 1982, p. 71).
11. Veja BENJAMIN , Antônio Herman de V., Consumer protection in less-developed coun-
tries: the Latin American experience. ln: RAMSAY, lain (ed.). Consumer law in the global
economy. Aldershot: Ashgate, 1996, p. 50.
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 15
Em primeiro lugar, salta aos olhos a feição de ordem pública dos direitos de-
correntes das teorias da qualidade e da quantidade, tanto em países estrangeiros,
como no Código de Defesa do Consumidor (arts. 1. 0 , 24, 25, caput , e 51, I).
Ademais, não mais se exige que o vício seja oculto. Sua cobertura se estende
até mesmo aos vícios aparentes (art. 26, caput). Isso porque é um dos fundamentos
da teoria a evolução do princípio do dever de informar-se, a cargo do consumidor,
para a máxima do dever de informar, como encargo inafastável do fornecedor. Ou
seja, o dever de informar-se transforma-se no dever de informar, não cabendo a
garantia, contudo, quando o consumidor conhece cabalmente a desconformidade
("vendas de saldos de produtos com pequenas imperfeições", por exemplo).
Finalmente, é dispensável a gravidade do vício. Afinal, não é esta que cria a
insatisfação do consumidor. É a própria existência do vício, pequeno ou grande,
que macula a expectativa legítima do consumidor.
15. Note-se que terminologia v ício de qualidade por insegurança e vício de qualidade por ina-
dequação raramente aparece no Código. No art. 23, por sugestão minha, mencionam-se,
expressamente, os vícios de qualidade por inadequação. Em um dos artigos da tutela
administrativa, a Comissão, mais uma vez aceitando ponderação minha, adotou , inte-
gralmente, tal nomenclatura (art. 58).
16. A teoria dos vícios de qualidade por insegurança tem obj etivos diferenciados da teoria
dos vícios de qualidade por inadequação: "Aquela visa proteger a integridade pessoal
do consumidor e dos seus bens; esta o interesse (da equivalência entre a prestação e a
contraprestação) subjacente ao cumprimento perfeito" (SlLVA, João Calvão da. Respon-
sabilidade civil do produtor. Tese de doutorado, Coimbra, 1990, p. 635).
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 119
18. O Superior Tribunal de Justiça possui jurisprudência no sentido de que o art. 12, § 3. º e
o art. 14, § 3.º, do CDC, estabelecem hipóteses de inversão ope Iegis do ônus da prova.
O precedente de maior relevãncia foi relatado pelo Min. Paulo de Tarso Sanseverino: "A
inversão do ônus da prova pode decorrer da lei ('ope legis') , como na responsabilidade
pelo fato do produto ou do serviço (arts . 12 e 14 do CDC) , ou por determinação judicial
('ope judieis') , como no caso dos autos , versando acerca da responsabilidade por vício no
produto (art. 18 do CDC. Inteligência das regras dos arts . 12, § 3. 0 , 11, e 14, § 3.º, I, e 6.º ,
Vlll, do CDC' (REsp 802 .832/MG , j . 13 .04.2011 , rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino) .
19 . Texto a seguir é baseado no texto de BENJAMIN, An to nio Herman V VI-Fato do produto
e do serviço, in BENJAMIN, A. H. V; MARQUES, C. L. ; BESSA, L. R. Manual de Direito
do Consumidor, 8 ed. São Paulo: RT, 2017 , p. 188 e seg.
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 21
21. Para mais detalhes veja MARQUES, Clau dia Lima; BENJAMIN, Antonio Herman V. ;
MIRAGEM, Bruno. Comentári os ao Código de Defesa do Cons umidor. 6. Ed. São Paulo :
Ed. RT, 2019 , p. 510 e seg.
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 25
22. A primeira citação foi no caso do REsp 114.4 73/RJ, Rel. Ministro Sálvio de Figueiredo
Teixeira, Quarta Turma,julgado em 24/03/1997, DJ 05/05/1997, p. 17060. Veja também
REsp 181.580/SP, Rel. Ministro Castro Filho, Terceira Turma, julgado em 09/12/2003,
DJ 22/03/2004, p. 292.
26 1 O DIREITO DO CONSUMIDOR NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
6 - Não cabe multa nos embargos declaratórios opostos com intuito de pre-
questionamento . Súmula 98/STJ.
23. O caso vem assim emendado: "RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPRO-
VANTE DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS. EMISSÃO EM PAPEL TERMOSSENSÍVEL.
BAIXA DURABILIDADE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DEFICIENTE. OBRIGAÇÃO DE
EMISSÃO GRATUITA DE SEGUNDA VIA DO COMPROVANTE. 1. O Código de Defesa
do Consumidor, para além da responsabilidade decorrente dos acidentes de consumo
(arts. 12 a 17), cuja preocupação primordial é a segurança física e patrimonial do con-
sumidor, regulamentou também a responsabilidade pelo vício do produto ou do serviço
(arts. 18 a 25), em que a atenção se voltou à análise da efetiva adequação à finalidade
a que se destina. Previu, assim, que o fornecedor responderá pelos vícios de qualidade
que tornem os serviços impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor ou, ainda,
pelos decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou da mensagem
publicitária (art. 20). 2. A noção de vício passou a ser objetivada, tendo a norma trazido
parãmetros a serem observados, independentemente do que fora disposto no contrato,
além de ter estabelecido um novo dever jurídico ao fornecedor: o dever de qualidade e
funcionalidade, a ser analisado de acordo com as circunstãncias do caso concreto , de-
vendo-se ter em conta ainda a efetiva adequação à finalidade a que se destina e às expec-
tativas legítimas do consumidor com aquele serviço, bem como se se trata de obrigação
de meio ou de resultado. 3. A instituição financeira, ao emitir comprovantes de suas
operações por meio de papel termossensível, acabou atraindo para si a responsabilidade
pelo vício de qualidade do produto . Isso porque, por sua própria escolha, em troca do
aumento dos lucros - já que a impressão no papel térmico é mais rápida e bem mais em
conta - , passou a ofertar o serviço de forma inadequada, emitindo comprovantes cuja
durabilidade não atendem as exigências e as necessidades do consumidor, vulnerando
o princípio da confiança. 4. É da natureza específica do tipo de serviço prestado emitir
documentos de longa vida útil , a permitir que os co nsumidores possam, quando lhes for
exigido , comprovar as operações realizadas. Em verdade, a "fragilidade" dos documentos
emitidos em papel termossensível acaba por ampliar o desequilíbrio na relação de con-
sumo, em vista da dificuldade que o consumido r terá em comprovar o seu direito pelo
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 29
Por fim , mencione-se que o CDC permite a inversão do ônus da prova sobre
a qualidade-adequação. Assim ocorreu em caso que pretendia discutir a qualidade
dos serviços de telefonia fornecidos a uma cidade: " ... ninguém duvida que, no
mercado brasileiro de consumo de telefonia, os consumidores, em particular as
pessoas físicas, encarnam, como regra, a posição de sujeito 'hipossuficiente', na exata
acepção do art. 6º, VII, do Código de Defesa do Consumidor. São dezenas de milhões
de pobres, trabalhadores urbanos e rurais, pessoas humildes, que dependem abso-
lutamente de serviços de telefonia, sobretudo de celular pós-pago. Por outro lado,
não são poucos os casos em que, indo além das 'regras ordinárias de experiência',
a 'verossimilhança' ( CDC, art. 6°, VIII) das alegações do consumidor mostra-se tão
manifesta , de conhecimento público , que atrai status jurídico de fatos notórios,
os quais 'não dependem de prova' (art. 374, I, do Código de Processo Civil). Tal
notoriedade transmuda a inversão do ônus da prova de ope judieis para ope legis,
decorrência da própria lógica do nosso sistema processual (princípio notaria non
egent probatione) ." (REsp 1790814/PA, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma, julgado em 21/03/2019, DJe 19/06/2019).
E, conclua-se que a teoria da qualidade do CDC é, como todo o Código ex
vi art. 1º, regra especial para as relações de consumo, sobrepõe-se às regras gerais
do Código Civil e o diálogo das fontes entre o CDC e CC 25 só pode ser a favor do
consumidor e não contra, em se tratando de relações de consumo, como ensina a
ementa: "No Código de Defesa do Consumidor, a regra geral é a da responsabili-
dade civil objetiva e solidária. Não se sustenta, pois, a tese da recorrente, rechaçada
pelo Tribunal a quo , de que o art. 265 do Código Civil, em casos de incidência das
teorias da aparência e da confiança, afastaria a solidariedade do art. 18 do Código
de Defesa do Consumidor. É exatamente por conta da teoria da aparência e da
teoria da confiança que os fabricantes de marcas globalizadas, por meio de seus
representantes no Brasil, 'respondem solidariamente pelos vícios de qualidade
ou quantidade' (art. 18) que se apresentem nos bens de consumo ofertados. Não
custa lembrar que, no microssistema do CDC, existe inafastável obrigação de as-
sis tência técnica, associada não só ao vendedor direto, como também ao fabricante
e ao titular da marca global, em nome próprio ou por meio de seu representante
legal no país. " (REsp 1 709539/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda
Turma,julgado em 05/06/2018, DJe 05/12/2018) . E por sua própria natureza não é
25. Veja BENJAMIN , Anton io Herman V.; MARQUES, Claudia Lima . A teoria do diálogo
das fontes e seu impacto no direito do consumidor no Brasil Antônio Herman Benjamin
e Claudia Lima Marques. ln: GRUNDMANN , Stefan; BALDUS, Christian; UMA MAR-
QUES, Claudia; MENDES, Laura S. ; GSELL, Beate;JAEGERJr.; DIAS, Rui P.; MOURA
VICENTE, Dário . Direito Privado e Desenvolvimento Econômico: Estudos da DLJV e da Rede
Alemanha-Brasil de Pesquisas em Direito do Consumer sobre o Direito Privado no século
XXI . Porto Alegre: Ed. Orquestra , 2017. p. 164-179.
32 1 O DIREITO DO CONSUMIDOR NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
disponível e deve ser aplicada ex-officio: "O controle administrativo (ejudicial) das
desconformidades de consumo precisa ser, antes de tudo, preventivo e in abstracto,
com foco no risco de dano, e não do dano em si. A autoridade administrativa não
só pode como deve atuar de ofício. Logo, inócuo, por conseguinte, perquirir a
presença de reclamação de consumidor ou de alegação de prejuízo concreto como
pressuposto indispensável para o desempenho do poder de polícia de consumo."
(REsp 1794971/SP, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em
10/03/2020, DJe 24/06/2020).
Muito mais haveria que refletir, mas espero ter contribuído a esta importante
obra comemorativa dos 30 anos do CDC.
Referências bibliográficas
ALMEIDA,Carlos Ferreira de. Os direitos dos consumidores. Coimbra: Almedina,1982.
AMARAL, Luiz. O Código do Consumidor. Revista de Informação Legislativa, v. 27,p. 157,abr.-
-jun. 1990.
AUSTRALIAN LAWREFORM COMMISSION. Product liability: proposed legislation. Discussion
Paper n. 37,p. 14,Sydney,abr. 1989.
BENJAMIN,Antônio Herman de V,Consumer protection in less-developed countries: the Latin
American experience. ln: RAMSAY,lain (ed.). Consumer law in the global economy. Alder
shot: Ashgate,1996.
BENJAMIN,Antonio Herman V;MARQUES, Claudia Lima. A teoria do diálogo das fontes e seu
impacto no direito do consumidor no Brasil Antônio Herman Benjamin e Claudia Lima
Marques. ln: GRUNDMANN, Stefan; BALDUS, Christian; LIMA MARQUES, Claudia;
MENDES,Laura S.;GSELL, Beate;JAEGER Jr.; DIAS, Rui P.;MOURA VICENTE,Dário.
Direito Privado e Desenvolvimento Econômico: Estudos da DLJV e da Rede Alemanha-Brasil
de Pesquisas em Direito do Consumer sobre o Direito Privado no século XXI. Porto Alegre: Ed.
Orquestra, 2017. p. 164-179.
�---; BESSA,Leonardo Roscoe. Manual de Direito do Consumidor, 8 ed. São Paulo:
RT, 2017.
BlHL, Luc. La !oi du 21 juillet 1983 sur la sécurité des consommateurs. ln: GHESTIN,Jacques
(coord.). Sécurité des consommateurs et responsabilité du fait des produits défectueu.x. Paris:
LGDJ,1987.
BOURGOIGNIE,Thierry. Eléments pour une théorie du droit de la consommation. Bruxelles: Story
-Scientia, 1988.
BULGARELLI,Waldirio. A tutela do consumidor na jurisprudência brasileira e de lege ferenda.
Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e Financeiro, 1983.
CALAIS-AULO Y,Jean. Droit de la consommation. Paris: Dalloz,1985.
CARNEVALE,Ugo. La responsabilitá de! produtore-Problemi generali. La responsabilità dell'im
presa per i danni all'ambiente e ai consumatori. Milano: Giuffrê, 1978.
COMPARATO,Fábio Konder. A proteção do consumidor. Revista de Direito Mercantil, Industrial,
Econômico e Financeiro, 1974.
DlAS,José de Aguiar. Da responsabilidade civil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense,1960. v. 2.
NOTAS SOBRE A TEORIA DA QUALIDADE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 1 33
FROTA, Mário. Palestra. Federação do Comércio de São Paulo, Cadernos de Problemas Brasileiros,
n. 282, p. 27, nov. -dez . 1990 (encarte especial) .
GHESTIN ,Jacques. La directive communautaire et son introduction en droit français. ln: _ _
(coord.). Sécurité des consommateurs et responsabilité dufait des produits défectueu.x. Paris:
LGDJ, 1987.
GRAY, Whitmore. Products liability. General Reports to the 10th International Congress of Com-
parative Law, Budapest, Akademiai Kiado, 1981. HIPPEL, Eike Von. Verbraucherschutz .
Tübingen : Mohr, 1986. p. 49.
HENDERSON,James A. PEARSON, Richard N. The torts process . 2. ed. Boston: Little, Brown &
Co., 1981.
LEÃES, Luiz Gastão Paes de Barros. A responsabilidade do fabricante pelo fato do produto. São
Paulo : Saraiva, 1987.
l.'.HEUREUX, Nicole. Droit de la consommation. Montreal: Wilson & Laíleur ltée, 1986.
LOPES ,José Reinaldo de Lima. A responsabilidade civil do fabricante porfato do produto. Dissertação
de mestrado , Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, 1985.
MARQUES, Claudia Lima; BENJAMIN, Antonio Herman V; MIRAGEM, Bruno. Comentários ao
Código de Defesa do Consumidor. 6. Ed. São Paulo: Ed. RT, 2019.
NOEL, Dix W; PHILUPS,Jerry J. Products liability in a nutshell. 2. ed. St. Paul: West Publishing
Co., 1981.
ONTÁRIO LAW REFORM COMISSION . Report on products liability . Toronto : Ministry of the
Attorney General, 1979.
SlLVA,João Calvão da. Responsabilidade civil do produtor. Tese de doutorado, Coimbra, 1990.
STIGUTZ, Gabriel A. Protección jurídica dei consumidor. Buenos Aires: Depalma, 1990.
VETRI, Dominick. Profili della responsabilità dei produttore negli Sta ti Uniti. Dano da prodotti e
responsabilità dell'impresa (a cura di Guida Alpa e Maria Bessone) . Milano : Giuffre, 1980.