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AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA

CRENOTERAPIA COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO

1Claudinéia Sales Rosa


1Stefani de Oliveira Pagliari
1Vitor Junior Martins Tavares
2Marilia Gabriela De Paiva Farensena
INTRODUÇÃO

A crenoterapia também conhecida como termalismo, consiste em um


tratamento para diversas patologias como depressão, hipertensão, diabetes,
ansiedade, infecções, entre outros, através do uso de produtos naturais
provenientes da natureza como, por exemplo, fontes termais, podendo ser
utilizado em forma de banho, inalação ou ingestão. O tratamento varia de
acordo com a patologia a ser tratada, pois as águas termais possuem
propriedades e benefícios diferentes, variando de acordo com a necessidade.
Segundo o decreto de lei n°142/2004, de 11 de junho. A atividade termal
está, histórica e umbilicalmente, ligada ao sector da saúde e à prestação de
cuidados nesta área, o que tem vindo a refletir-se na legislação que regula o
sector há largos anos, com destaque para o ainda parcialmente vigente
Decreto n.º 15401, de 20 de abril de 1928, que, para além de disciplinar a
indústria de exploração de águas, inclui também regras sobre a criação,
organização e funcionamento dos estabelecimentos termais.

Conforme (Hellmann e Rodrigues, 2017) comentam sobre a crenoterapia


no SUS, que diz que,
O termalismo social e a crenoterapia são reconhecidos no
SUS enquanto práticas integrativas e complementares, sendo,
portanto, garantido o direito de acesso aos usuários. Todavia, tais
práticas se encontram no SUS como observatórios, certamente
devido a seu pouco uso, seja pela pouca formação de
profissionais especializados para atuarem na área ou pela
inexistência atual de modelos de financiamento próprio no SUS
para essas práticas, além de outros motivos. Embora o Brasil
possua muitas cidades com potencial balneário para o termalismo
em saúde, ainda são poucos os locais inscritos no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

O uso da crenoterapia como prática integrativa terapêutica contém vários


benefícios, conforme (Cordeiro. M, 2019) diz, A Hidrologia Médica pode ser
uma vertente útil no esquema terapêutico de diversos tipos de patologias,
reduzindo a necessidade da farmacologia excessiva e dos seus efeitos laterais
e ao mesmo tempo, proporcionar uma melhor qualidade de vida a estes
doentes. Seu uso diante da fisioterapia como prática complementar auxiliaria
no processo de recuperação sem que se use fármacos buscando uma melhora
diante de uma abordagem mais saudável e natural, através de pesquisa e
embasamentos científico demostraremos os motivos pelo qual a crenoterapia
deveria ser uma área mais explorada e de maior conhecimento de seu
benefícios para a saúde, diante das dificuldades presentes em sua prática
apresentar suas principais formas de uso e por qual motivo se encontra tão
distante da realidade.
Diante do exposto e como justificativa da problemática encontrada busca-
se apresentar as diversas vantagens no uso da crenoterápico por ser um
recurso natural, contudo também de seu difícil acesso, tratando-se de um
recurso que requer ação da natureza para que o mesmo exista, a falta de
financiamento do SUS e a falta de profissionais capacitados na área, sendo
essa a principal desvantagem diante da população menos desfavorecida,
tornando se alvo de turismo em sua principal forma ao invés de um recurso
paliativo.

FUNDAMENTAÇÃO
A crenoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza águas minerais
para tratamentos médicos. Essas águas são ricas em minerais e podem ser
aplicadas de diversas maneiras, como banhos, ingestão ou inalação. Acredita-
se que os minerais presentes nas águas termais possam ter propriedades
benéficas para a saúde, auxiliando em condições como artrite, doenças de pele
e problemas respiratórios.
Segundo Kamioka 2009,
fizeram uma revisão
sistemática acerca da eficácia
de terapias baseadas na
imersão em àgua
(hidroginástica e
balneoterapia). Utilizou
ensaios randomizados e
controlados e concluiu que há
efeitos benéficos a curto prazo
estatisticamente significativos
no alívio da dor em pacientes
com doenças no sistema
locomotor tais como artrite,
doenças reumatológicas e dor
lombar

No entanto, é essencial consultar profissionais de


saúde antes de adotar esse tipo de terapia, pois a
eficácia pode variar e nem sempre há evidências
científicas sólidas para sustentar suas alegações
terapêuticas. melhora também a resposta da
frequência cardíaca ao exercício em pacientes com
insuficiência cardíaca crónica. Resultados desta
investigação afirmam também que a estimulação
repetida com água fria permite uma resposta
adaptativa
Em Portugal segundo o decreto-lei 142/2004,
“termalismo” encontra-se definido como “o uso de
água mineral natural e outros meios
complementares para fins de prevenção,
terapêutica, reabilitação ou bem-estar benéfica e
uma perfusão periférica reforçada.
Segundo Benfield RD, 2010, registaram os
efeitos da hidroterapia em mulheres grávidas
analisando a ansiedade, a dor, a resposta
neuroendócrina e as contrações dinâmicas durante o
trabalho de parto. Concluíram que a hidroterapia
está associada a uma diluição da ansiedade, da dor
e dos níveis de oxitocina e vasopressina.
Embora utilizada em patologias dos diversos aparelhos e sistemas o
recurso à crenoterapia parece estar mais difundido nas doenças do foro
musculoesquelético. Esta terapia revelou-se eficaz em doenças como a dor
lombar crónica, a artrite reumatoide estabilizada, a psoríase e a fibromialgia.
Os resultados de ensaios clínicos randomizados e controlados, sugerem que
pacientes com osteoartrite na mão, joelho e do quadril também podem usufruir
dos efeitos benéficos destas terapias. (MEDLINE, 1966-2010 e
Cochrane Library, 2010)

A falta de evidência científica. Este argumento é amplamente utilizado na


Medicina Termal. Porque não há uma definição clara sobre os métodos
utilizados, os mecanismos envolvidos e crescente evidência nos resultados
(pelo menos em certas condições). O facto da Medicina Termal não ser
utilizada em todos os países. Uma vez que a Medicina Termal é dependente de
condições geológicas e geográficas, os aspectos regionais têm grande
influência sobre o uso de determinado tratamento.
De acordo Falangas et al., em
2009,
.... No entanto afirmam que os
dados encontrados não foram
suficientemente convincentes
para desenhar conclusões
firmes.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O uso terapêutico da água para a saúde pode ter vários nomes,


dependendo do tipo de água, da temperatura utilizada, da composição química,
do modo de uso e, em alguns casos, da categoria profissional que utiliza a
água, como balneoterapia, crenoterapia, talassoterapia, crioterapia,
hidroterapia, hidroginástica, termalismo, hidrologia médica (HELLMANN, 2014).
Segundo Hellmann e Drago (2017) o uso de águas minerais e termais
para tratamento médico é um acréscimo relativamente novo e insípido ao
direito público brasileiro à saúde. Apesar da criação da Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), o Termalismo
Social/Crenoterapia permanece em grande parte desconhecido pelas equipes
de atenção básica, mesmo em cidades com águas termais naturais.
A existência de águas termais foi relatada pelos colonialistas que
exploravam o Brasil Colônia. A primeira fonte de água termal do país foi
descoberta pelos portugueses em 1722, conforme descrito por Bartolomeu
Bueno da Silva Filho durante a exploração do ouro e prata em Goiás.
Importantes fontes hidrominerais brasileiras foram descobertas no século XV
(SILVA, 2009).
O uso das águas termais foi institucionalizado no Brasil apenas em
1818, com decreto de Dom João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves especificamente para a nascente de Caldas da Imperatriz (Santa
Catarina), onde funcionava um hospital deveria ser construído um termal aos
moldes do hospital das Caldas da Rainha (Portugal), datado de 1485, pois não
existia então legislação de termalismo no país. Em termos de prática
terapêutica, este decreto é considerado referência para o termalismo no Brasil
(QUINTELLA, 2004).
A qualificação de profissionais em termalismo, crenoterapia, hidrologia
médica é muito baixa no País. Há bem pouca inserção deste tema em grades
curriculares dos cursos de saúde, e não há cursos regulares de especialização
sobre o tema.

CONCLUSÃO

Seguindo a Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares, o termalismo da social/crenoterapia na área da saúde tem
crescido em popularidade, revelando seu potencial terapêutico para a cura,
manutenção e promoção da saúde. Além dos aspectos biofísicos que as
propriedades terapêuticas das águas minerais naturais proporcionam na
balneoterapia, o termalismo social tem potencial para revitalizar cidades termai
históricas, bem como novas, em termos de emprego e renda, proteção de
recursos naturais e cultura da saúde.
Os principais desafios do Termalismo e Crenoterapia no Brasil são:
Restaurar piscinas abandonadas; Identificar, registar e fortalecer os
estabelecimentos de saúde que utilizam termalismo e crenoterapia; Capacitar
profissionais; Ampliar pesquisas sobre termalismo e crenoterapia; Fortalecer e
integrar associações; Fortalecer as políticas públicas, especialmente aquelas
que visam proteger os recursos hídricos brasileiros.
Os principais benefícios são: Relaxamento do corpo; Hidratação do
corpo; Emagrecimento; aliviar dores na cabeça; Melhora o equilibro; Melhora a
aparência; elimina toxinas; alivia dores musculares; etc.
Portanto o tratamento pode ser realizado conforme o paciente se sentir
mais confortável, podendo optar entre a hidroginástica ou sessões de sauna e
banho nas hidromassagens, o tempo recomendado é de 30 minutos até uma
hora e seu custo é bem interessante é acessível variando entre R$300,00 até
R$500,00 dependendo do local, tempo e quantidade de sessões no mês.

REFERÊNCIAS

(Evidências Científicas da Medicina Termal – Crenoterapia Porto, Junho de


2010) PG18 A 29
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/52735/2/Tese%20concluida.pdf

diariodarepublica.pt/dr Decreto-Lei n.º 142/2004, de 11 de junho CAPÍTULO I


ARTIGO 2°
Medicina Alternativa: A Crenoterapia e o Termalismo Revista Souza Marques,
V. 1, N. 37, 2018 pág. 112

BENEFÍCIOS DA CRENOTERAPIA NOTRATAMENTO DE DOENÇAS REUMÁTICAS


Marina Mota Junho de 2019 PG 12 A 25https://repositorio-
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HELLMANN, F. Termalismo social no Sistema Único de Saúde: ampliando


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HELLMANN, F.; DRAGO, L. C. Termalismo e crenoterapia: potencialidades e


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QUINTELA, M. M. Cura termal: entre as práticas “populares” e os saberes


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Livro_Termalismo_e_Crenoterapia_Editora_Unisul_ TERMALISMO E
CRENOTERAPIA NO BRASIL E NO MUNDO (Hellmann e Rodrigues, 2017,
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https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/14871/Livro_Termalismo_e_Cr
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DOENÇAS REUMÁTICAS: repositorio-aberto.up.pt/2019. Disponível em:
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