A crenoterapia também conhecida como termalismo, consiste em um tratamento para
diversas patologias como depressão, hipertensão, diabetes, ansiedade, infecções, entre outros, através do uso de produtos naturais provenientes da natureza como, por exemplo, fontes termais. O tratamento varia de acordo com a patologia a ser tratada, pois as águas termais possuem propriedades e benefícios diferentes, ariando de acordo com a necessidade. Um tratamento antigo cuja origem não se tem evidenciada, segundo M. Cordeiro Marina, as primeiras referências que se conhecem ao uso da água com fins curativos remontam ao século 4000 a. C. na Índia. Na Grécia antiga os gregos analisavam nascentes minero-medicinais de que tinham conhecimento, indicando as suas propriedades, assim como a época do ano mais propícia para o tratamento e sua duração. No século V a. C. Hipócrates, o pai da Medicina, aconselhava o tratamento pela água para várias patologias, dando particular importância à água do mar, surgindo assim a Talassoterapia. No Brasil, a Crenoterapia foi introduzida junto com a colonização portuguesa, que trouxe ao País seus hábitos de usar águas minerais para tratamento de saúde. Durante algumas décadas fez parte das grades acadêmicas de conceituadas escolas médicas de universidades federais como a UFRJ e UFMG, mas, após o término da Segunda Guerra Mundial, esta área de estudo sofreu considerável redução de produção científica e divulgação. A partir da década de 90, a Medicina Termal passou a dedicar-se a abordagens coletivas, tanto de prevenção quanto de promoção e recuperação da saúde, inserindo neste contexto o conceito de Turismo Saúde e de Termalismo Social, cujo alvo principal é a busca e a manutenção da saúde. (Revista Souza Marques, V. 1, N. 37, pág112, 2018)
Segundo o decreto de lei n°142/2004, de
11 de junho. A atividade termal está, histórica e umbilicalmente, ligada ao sector da saúde e à prestação de cuidados nesta área, o que tem vindo a refletir-se na legislação que regula o sector há largos anos, com destaque para o ainda parcialmente vigente Decreto n.º 15401, de 20 de abril de 1928, que, para além de disciplinar a indústria de exploração de águas, inclui também regras sobre a criação, organização e funcionamento dos estabelecimentos termais. A adição de águas minerais naturais contribui ainda mais vantagens para além das já mencionadas. Estas águas termais têm propriedades constitutivas e de ação que as tornam um meio terapêutico importante, exercendo uma ação curativa através do seu efeito térmico, mecânico e físico-químico. Durante o tratamento crenoterápico há absorção das substâncias químicas dissolvidas ou ionizadas na água, as quais têm uma ação benéfica sobre o organismo. (M. Cordeiro Marina, 2019). Há diversas vantagens no uso da crenoterápico principalmente por se tratar de um tratamento natural, contudo também consiste em um tratamento de difícil acesso para uma grande parte do público-alvo, sendo essa a principal desvantagem do mesmo diante da população menos desfavorecida, tornando do se de alto custo e difícil alcance, sendo mais acessível como forma de turismo e não como medicina alternativa. M Cordeiro Marina BENEFÍCIOS DA CRENOTERAPIA NOTRATAMENTO DE DOENÇAS REUMÁTICAS: repositorio-aberto.up.pt/2019. Disponível em: <URL>https://repositorio-aberto.up.pt/ Marina BENEFÍCIOS DA CRENOTERAPIA NOTRATAMENTO DE DOENÇAS REUMÁTICAS acesso em :09/10/2023
diariodarepublica.pt/dr Decreto-Lei n.º 142/2004, de 11 de junho CAPÍTULO I
ARTIGO 2° Medicina Alternativa: A Crenoterapia e o Termalismo Revista Souza Marques, V. 1, N. 37, 2018 pág. 112
O desmatamento da Floresta Amazônica e a Lei dos Crimes Ambientais brasileira: aspectos do desmatamento e da ineficiência na execução das penas estabelecidas na Lei n.º 9.605/98