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Tipos de Leishmanias:
* chagasi – Agente causador da forma visceral, presente em todo território nacional.
*brasiliensis – Agente causador da forma mucocutânea (espúndia, desfigurante. Restrita à região
Amazônica.
*amazonensis –Agente causador da forma Tegumentar americana, úlcera de Bauru, ferida brava. Restrita
à região Amazônica.
*guyanensis - Agente causador da forma Tegumentar americana, úlcera de Bauru, ferida brava. Restrita à
região Amazônica.
OBS: Nos últimos 20 anos tem apresentado aumento no número de casos, sendo encontrado em todos os
estados brasileiros.
Densidade populacional: É passível de grande interferência pela variação das estações do ano. Em áreas
tropicais, a densidade populacional de flebotomíneos aumenta durante ou após períodos chuvosos, pois
é a alta umidade resultante das primeiras chuvas que proporciona a eclosão das pupas. A umidade é o
fato determinante à manutenção destes insetos nos abrigos, dentre os quais tem-se: trocos de árvores,
tocas de tatu, folhas caídas no solo, grutas, fendas nas rochas, anexos de animais domésticos e até
paredes externas e internas de domicílios, que possuem as condições adequadas. Por outro lado registra-
se uma redução populacional durante longos períodos secos.
Acasalamemnto: Admite-se que ocorra na natureza durante o período noturno, ainda foi relacionado a
este o comportamento, o ato de vibrar as asas e a presença de glândulas abdominais, que possivelmente
são capazes de promover a atração entre os insetos.
Prevenção:
* A melhor arma contra esses insetos é manter sempre limpas as áreas próximas às residências e os
abrigos de animais domésticos;
*Realizar podas periódicas nas árvores para que não se criem os ambientes sombreados;
*Não acumular lixo orgânico, objetivando evitar a presença de mamíferos comensais próximos às
residências, como marsupiais e roedores, que são prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos;
* Conservar Jardins sempre aparados e limpos;
* Usar repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor( crepúsculo e a noite) em
ambientes onde habitualmente possa ser encontrados;
*Educação em saúde em todos os serviços que desenvolvem as ações de vigilância e controle das
leishmanias com envolvimento efetivos das equipes muiltiprofissionais com ações integradas e
articuladas com as comunidades;
*Colocar telas de proteção nas portas e janelas;
* Usar roupas longas (calças, camisas),quando for higienizar os anexos dos animais ou outras atividades
em locais propícios à proliferação dos vetores;
* usar mosquiteiros ao redor das camas;
*Acondicionamento adequado dos resíduos sólidos, manter lixeiras bem tampadas;
*Higienização permanente dos anexos dos animais com água, sabão e água sanitária (chiqueiros,
galinheiros, canis, estábulos, gatis, etc);
* Eliminação de cães positivos através da eutanásia;
* Controle químico de ação residual e controle vetorial;
*Manejo ambiental.
CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREA POSITIVA PARA AS LVH/LVC
*Notificação de casos humanos ou caninos positivos autóctones, um único caso positivo já considerada
área positiva;
*Colocação de armadilhas (iscas luminosas) para confirmação da presença do vetor na localidade;
Ciclos de Borrifação: São realizados em 04 ciclos, que compreende 02 anos com intervalos de um ciclo
para o outro com inquérito canino. 1º ciclo de janeiro a maio , 2º ciclo julho a dezembro ou de 03 a 4
meses após o 1º ciclo, sempre com intervalo para o inquérito canino. Período necessário para cobrir a
área delimitada a ser borrifada no menor espaço de tempo. Os imóveis estarão totalmente protegido
após o fechamento do 4º ciclo.
Após fechamento dos quatros ciclos (2 anos) a área será monitorada com colocação de armadilhas( Iscas
luminosas) e inquérito canino( teste rápido e coleta de material para sorologia( sangue).
Demandas espontâneas: Na zona rural bloqueio( borrifação) imediato com raio de 1.000 metros e
inquérito canino.
Demandas programadas: Na zona rural a borrifação será de 100%,
Critérios da borrifação:
*Em áreas com surto de LVH / LVC, uma vez avaliada e delimitada a área para o controle químico, deverá
ser realizado imediatamente um ciclo de tratamento com inseticida de ação residual. A programação de
novo ciclo de aplicação do inseticida deverá ser de acordo com a curva de sazonalidade (periodicidade) do
vetor. Se conhecida, a aplicação do inseticida deverá ser realizada no período do ano em que se verifica o
aumento da densidade vetorial. Caso contrário, o primeiro ciclo de tratamento deverá ser realizado ao
final do período chuvoso e 3 a 4 meses após o primeiro ciclo.
Aplicação do inseticida:
*Preparo do domicílio leva + ou – 40 minutos, (desarrumação), afastar os móveis cerca de 10 cm das
paredes;
* Cobrir todos os alimentos com cobertor grosso ou lona;
* Se tiver alimentos cozinhando, desligar o fogo, cobriu ou guarda-los em local fechado, tipo armário;
* O inseticida deverá ser aplicada (técnica tipo pintura de parede), nas paredes internas e externas dos
domicílios, incluindo o teto, quando a altura for de até 3 metros;
* Nos abrigos de animais ou anexos, quando os mesmos forem feitos com superfícies de proteção
(parede) e possuam coberturas superiores (teto);
* Retornar ao local tratado (domicílio ou anexo dos animais) após 40 minutos da aplicação, tempo de
acomodação das partículas do inseticida;
Produto utilizado: Alfa cipermetrina (piretróide), PM (pó molhável), com 20% do ingrediente ativo;
Tempo de duração residual: 90 dias em domicílios (parede), em madeiras com efeitos mais demorados.
Obs: A maior culpa de termos a proliferação destes insetos no meio urbano são os homens, que
modificam a vegetação, e motiva a causa e o aumento da população das espécies. O cão doméstico é
considerado o reservatório epidemiologicamente mais importante para a leishmaniose visceral
americana, mas o Ministério da Saúde do Brasil não adota a vacinação canina como medida de controle
da leishmaniose visceral humana.
*Notificação de casos humanos ou caninos positivos autóctones, um único caso positivo já é considerado
área positiva;
*Colocação de armadilhas (iscas luminosas) para confirmação da presença do vetor na localidade;
*Borrifação com raio espacial e casa a casa, para controle vetorial em tempo hábil;
* Educação em saúde para sensibilizar e instigar a população quanto à importância da participação nas
ações propostas de profilaxia e controle dos vetores e agravos;
*Censo canino (inquérito canino), identificação da quantidade de cães positivos nas áreas com
confirmação laboratorial (LACEM);
* Recolhimento e Eliminação (eutanásia) dos reservatórios acidentais positivos (cães);
Leishmaniose Viceral Americana: É uma doença conhecida como Calazar, esplenomegalia tropical e febre
dundun. É infecciosa, parasitária, mas não contagiosa. Acomete vísceras, como fígado e o baço, podendo
ocasionar aumento de volume abdominal. É uma doença grave e de fácil transmissão tanto para os cães
quanto para os homens, mais os animais parasitados nem sempre são os cães, no campo podem ser
ratos, cavalos, vacas, e são os principais vetores para inseminação nos humanos. Leishmaniose é uma
zoonose (doenças dos animais que pode se transmitir ao homem).
Diagnóstico humano: Casos humanos a confirmação é com Teste rápido disponível nas UPA’s e
Policlinicas, IGg( indica infecção de muito tempo), IGm( indica infecção recente). Igm positivo necessita
de confirmação laboratorial. Diagnóstico diferencial: Cirrose hepática, esquistossomose (varizes de
esôfago), Tuberculose,
OBS: Febre até sete dias podemos pensar em dengue. Febre persistente com mais(+) de sete dias e que
não reage a medicação é indicativo de leishmaniose.
Tratamento Humano: Para todas as formas de leishmanioses no Brasil, o tratamento de primeira linha é
feito com medicamentos específico a base de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de
primeira escolha é o antimoniato de N- metil glucamina ( Glucantime), diluído em soro glicosado, período
de tratamento mínimo de 20 dias ininterruptos e máximo de 40 dias. Em segunda escolha são
Anfotericina B lipossomal durante 7 dias e Anfotericina B, durante 14 a 20 dias. Medicação injetável em
hospital (ambulatório),paciente fica em observação cerca de 20 a 30 minutos com monitoramento dos
batimentos cardíacos. Paciente após tratamento poderá se reinfectar novamente, doença não da
imunidade.
OBS: O município disponibiliza deslocamento para os pacientes em tratamento?????
Tratamento disponibilizado na rede, UPA’s E POLICLINICAS. Até o final do tratamento teremos redução
do baço em 40%. Se o tratamento for interrompido um dia, será acrescido mais 7 dias no tratamento, ou
seja de 20 dias para 27 dias. Se a febre persistir mesmo com o tratamento, será um indicativo de que o
paciente está com outra enfermidade.????
OBS: A reativação da leishmaniose visceral é a regra nos casos de infecções concomitante por HIV ou
outros imunocomprometimentos.
OBS: Os parasitas tem tropismo (orienta ou ajuda no crescimento dos organismo), pelas nossas células de
defesa, macrófagos fagositando (ingerir ou inglobar partículas das células) e se apropriando das nossas
células
Notificação Humana: anotar a área, endereço, nome do cliente, data de nascimento, contato telefônico,
início do primeiro sintoma, verificar febre persistente maior (>) que 7 dias e encaminhar para unidade de
saúde. Entregar notificação para a enfermeira da USF ou Viep.
Vacinas: Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para o combate da
enfermidade se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico
precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.
Notificação Canina : anotar área, endereço, nome do dono do cão, nome do cão, sinalizar sintomas
aparentes e enviar para o CCZ.
Obs: cão errante/vadio: não tem controle (notificação), por precisar da autorização do dono, tem
imunidade baixa, os sintomas aparecem mais rápido e a qualquer momento vai se refugiar e morrer ou
moradores o matarão a pauladas.
Cão doméstico: Por ser bem cuidado manifestação sintomáticas mais tardias.
Diagnóstico Canino:
*Teste rápido – DPP, altamente específico fornece resultado em meia hora;
*Isolamento de leishmaniose chagasi / infantum, na medula óssea, gânglio linfático, fígado, baço ou pele
é o padrão ouro para o diagnóstico parasitológico de certeza;
* Teste ELISA ou IFI.
OBS: O diagnóstico é confirmado com os testes rápido DPP positivo e ELISA positivo.
TRATAMENTO:
A medicação utilizada é o MILTEFORAN, principal tratamento da doença utilizado com eficácia na Europa
(Portugal e Espanha), e o único aprovado para uso veterinário no Brasil só na rede privada, por ser de alto
custo e não conferir cura total (100%), os cães tratados melhoram temporariamente, mas continuam com
os parasitas na pele mesmo sem apresentar os sintomas, porque são os reservatórios naturais destes
parasitas. A posição do governo Brasileiro é de eliminar todos os animais que estiverem infectados e com
sintomas avançados da doença. O tratamento é realizado em 28 dias ininterruptos, via oral, associado
com Allopurinol. A medicação promove a melhora clínica (sinais e sintomas); redução da carga
parasitária; recuperação imunológica; redução e bloqueio da transmissão da doença, mas o animal
sempre precisará de acompanhamento veterinário.
Vacinas Caninas: Há vacinas contra a leishmaniose visceral canina licenciadas no Brasil e na Europa. ///
tem vacinação em feira????
*Atual – Bairros periféricos da cidade e chácaras no centro da cidade ( 1º caso de leishmaniose bairro
Gabriela)
*LEISHMANIOSE CUTÂNEA
*LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA
Desafio:
*Diagnóstico tardio;
*Alta letalidade da LVC / LVH;
*Controle dos vetores;
*Manejo ambiental;
*Participação ativa das comunidades na profilaxia;
*Desconhecimento claro dos fatores de risco;
*Falta de qualificação profissional;
* Falta de recursos necessários para implementação das ações.
OBS: CCZ tem o programa de castração de animais. As pessoas interessadas devem cadastrar seus
animais no programa, até 05 animais, o CCZ ligará para avisar o dia e horário do procedimento.
Deslocamento do animal fica por conta do proprietário.
Antiparasitas
Presença da deltametrina em sua composição, conferindo até 4 meses de proteção contra o agente
transmissor da leishmaniose. Lembrando que apenas cães acima de 3 meses podem usar a coleira.15 de
ago. de 2022
Para uma máxima eficácia limpar a coleira com um guardanapo de papel ou pano úmido pelo menos
uma vez ao mês. A coleira Scalibor® necessita de 2 a 3 semanas para atingir a sua eficácia máxima.
A coleira Scalibor® garante alta proteção contra as picadas dos flebótomos transmissores da
Leishmaniose.
Existe também uma idade ideal para começar a colocar as coleiras no seu mais novo amigo. O
recomendado é que os filhotes passem a usá-las a partir de seis semanas de vida. As fêmeas, tanto
cachorros como gatos, em período de aleitamento, também precisam ter cuidado.18 de mai. de 2022
Após algumas horas, a coleira já começa a fazer efeito. Para que ela continue agindo, o animal deve
ficar pelo menos 30 dias com a coleira para que o pico de eficácia seja atingido. Caso o animal
apresente alguma reação alérgica, leve-o imediatamente ao Médico Veterinário.