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O seu pêlo é de uma cor pardo acinzentada terrosa, mais escura na cabeça do que no dorso,
à excepção do ventre e da parte externa das coxas que são brancos. As orelhas, medindo
entre 6,5 a 7,5 cm, são acinzentadas na metade posterior e os pêlos do bordo anterior são
esbranquiçados. À volta dos olhos apresentam um círculo claro mal definido. Os bigodes
são castanhos e pouco compridos. A cauda é cinzento acastanhado na parte de cima e
branca por baixo, formando um pequeno tufo (com 4 a 6 cm). As patas posteriores são
alongadas (podem ter 8 a 9 cm) de cor pardas acinzentadas claras, apresentando uma risca
branca larga. As unhas são grandes e afiadas, constituindo uma ferramenta imprescindível
para a escavação de tocas e para ajudar à rápida fuga.
Esta espécie não apresenta dimorfismo sexual, pelo que somente se faz a distinção pela
observação directa dos órgãos sexuais, embora as fêmeas tendam a ser mais compridas e
pesadas.
É bastante sociável vivendo em colónias. Constrói tocas comunitárias constituídas por
numerosas e extensas galerias ligadas entre si com várias entradas e saídas. A distribuição
das tocas está relacionada com o tipo de solo, de relevo, da água, da presença de árvores, da
disponibilidade de alimento. Preferem locais com arbustos mais altos e zonas adjacentes às
árvores. Existem tocas específicas para os partos (normalmente situadas perto das tocas das
colónias, que são construídas cerca de dois dias antes do parto. A preparação destas tocas é
da responsabilidade da fêmea. No fundo destas tocas ela dispõe ervas, folhas secas e pelos
que arranca do seu próprio ventre. As crias permanecem aí durante 19 a 21 dias, passando
então para as tocas de habitação das colónias. Passado seis meses após o parto, os juvenis
tornam-se adultos.
Normalmente não se afastam muito dos trilhos definidos e a vigilância é realizada por
todos. Não vê bem em frente (visão lateral é melhor), mas a audição é excelente (apoiada
pelas longas orelhas) bem como o olfacto (por isso os movimentos constantes do nariz). É
vulgar ver os coelhos em alerta, erguidos sobre as patas traseiras, com as anteriores
pendentes, e ao mais pequeno sinal de perigo, batem com as patas traseiras no solo
produzindo um som de alarme (os restantes membros da colónia fogem para os abrigos
mais próximos).
Locais secos para construção das tocas e construção de tocas artificiais caso
necessário;
Os repovoamentos devem ser bem-feitos (na altura correcta, utilizando parques bem
construídos), respeitando o período de quarentena e tendo em atenção a
proveniência dos indivíduos (efectivos vacinados e preferencialmente de zonas o
mais próximo possível do local onde estes serão largados).
A recuperação das populações bravias deste pequeno herbívoro é fundamental não só para
o sector cinegético e para a economia das populações rurais, mas também para a
conservação dos recursos naturais do nosso país.
Fonte: CONFAGRI