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INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

CONTABILIDADE ANALÍTICA

ANO LECTIVO 2006/2007

1º SEMESTRE – 2º SEMESTRE

EQUIPA DOCENTE

1º Semestre
- António Campos Pires Caiado (responsável)
- António Carlos de Oliveira Samagaio
- Fernando Pinto Marques

2º Semestre
- António Campos Pires Caiado (responsável)
- Anastácio Isidro Pimentel dos Santos
- António Carlos de Oliveira Samagaio
- Francisco Nobre Pires dos Santos
- Joaquim Rodrigues Carvalho Lopes

OBJECTIVOS

- Complementar a informação contabilística dos alunos entretanto obtida na


disciplina de Contabilidade Geral 1.

- Definir e questionar os critérios e os métodos de apuramento dos custos de


produção.

- Sensibilizar os alunos para as necessidades de informação interna para o


apoio da gestão nas organizações.

- Elaborar e controlar os custos padrões.

LINHAS PROGRAMÁTICAS

- Posicionamento da Contabilidade Analítica ou Interna como auxiliar da


gestão das organizações.

- Caracterização da empresa industrial como modelo óptimo para a


implantação da Contabilidade Analítica ou Interna

- Apuramento dos custos da produção e análise de diversos sistemas de


custeio.

- Elaboração e controlo dos custos padrões.

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PROGRAMA

CAP I - A CONTABILIDADE ANALÍTICA OU INTERNA COMO


INSTRUMENTO DE GESTÃO

1. A contabilidade Geral e a informação interna.


2. Objectivos e características da Contabilidade Analítica
3. O custo industrial, comercial e complexivo. Custos dos produtos e custos do
período.
4. Classificação dos custos para controlo.
5. Exercícios de aplicação.

CAP II - APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO

1. Análise das principais componentes do custo de produção. Os custos não


industriais.
2. Métodos de apuramento dos custos de produção: directo, indirecto e misto.
3. Imputação dos gastos gerais de fabrico. Escolha da base de imputação.
4. Produção conjunta e defeituosa.
5. Produção em curso de fabrico.
6. Articulação entre a Contabilidade Financeira e Analítica. Um modelo de classe 9
- Contabilidade Analítica ou Interna.
7. Exercícios de aplicação.

CAP III - CENTROS DE CUSTOS

1. Divisão funcional dos custos.


2. O método das secções homogéneas.
3. Centros de custos com prestações recíprocas.
4. Apuramento dos custos de produção.
5. Exercícios de aplicação.

CAP IV - SISTEMAS DE APURAMENTO DE CUSTOS

1. Custeio total e custeio variável.


2. Custeio real e custeio básico.
3. Custeio racional.
4. Custeio padrão ou standard.
5. Custeio baseado nas actividades ( ABC ).
6. Exercícios de aplicação.

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CAP. V – O CBA – CUSTEIO BASEADO NAS ACTIVIDADES

1. O ciclo de vida dos produtos.


2. A gestão por actividades.
3. Análise das actividades principais e de apoio.
4. O custo das actividades e dos produtos.
5. Vantagens e críticas do CBA.
6. Exercícios e casos de aplicação.

CAP VI - O CUSTEIO VARIÁVEL E A TOMADA DE DECISÕES

1. Alternativas de custeio e resultados.


2. O modelo custos-volume-resultados. Ponto crítico das vendas.
3. A margem de contribuição e o “mix” produtos/mercado.
4. Utilizações e limitações da informação proporcionada pela análise custos –
volume - resultados.
5. Exercícios de aplicação.

CAP VII – OS CUSTOS PADRÕES

1. O conceito de custo padrão.


2. Os principais padrões.
3. O controlo dos custos padrões. Desvios.
4. O tratamento contabilístico dos desvios.
5. Exercícios de aplicação.

Bibliografia

9 Caiado, António C. Pires (2003), Contabilidade de Gestão, 3ª edição, Áreas Editora,


Lisboa.
9 CIMA (1993), Management Accounting Handbook, Butterworth – Heinemann ltd,
Oxford.
9 Hansen, Don R. e Mowen, Maryanne M. (1999), Cost Management – Accounting and
Control, South – Western Publishing, 4.ª edição, Cincinnati.
9 Helmkamp, John G. (1990), Managerial Accounting, 2ª edição, Jonh Willey &. Sons Inc,
New York.
9 Horngren, Charles T., Foster, George e Datar, Srikant M. (2005), Cost Accounting – A
Managerial Emphasis, 12.ª edição, Prentice – Hall.
9 Lucey, T. (2003), Management Accounting, 5ª edição, Delmar.
9 Kaplan, Robert S. e Atkinson, Anthony A. (1998), Advanced Management Accounting,
3.ª edição, Prentice – Hall.
9 Mallo, Carlos (1991), Contabilidad de Costos y de Gestion, edição Pirámide.
9 Pereira, Carlos Caiano e Franco, Vítor (2001), Contabilidade Analítica, 6.ª edição, Rei
dos Livros.

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Avaliação de conhecimentos

Época Normal

– Prova escrita individual sem consulta (70%);

– Participação nas aulas, trabalho de grupo e respectiva discussão com o


docente (30%).

Notas importantes:

– Na prova escrita individual é exigida a nota mínima de 7 valores.

– Avaliação referente às componentes de avaliação ao longo do


semestre é considerada para a classificação final da época normal
apenas nos casos em que beneficie o aluno.

– Para que seja considerada as componentes de avaliação ao longo do


semestre é necessário que a taxa de assiduidade seja superior a 70%.

– Os grupos de trabalho (3 a 5 elementos) deverão ser constituídos por


elementos da mesma turma (eg. – se um aluno assistir a aulas numa
turma em que não está inscrito deverá fazer o trabalho de grupo com
elementos da turma a cujas aulas assiste).

Época de Recurso

– Prova escrita individual sem consulta com classificação mínima de 8


valores.
– Classificação global das componentes de avaliação ao longo do
semestre, com os pesos definidos para a época normal, desde que a
classificação beneficie o aluno.

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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

Exercício nº 1

A Fábrica Industrial do Norte fabrica e comercializa o produto ALFA e possui


um estabelecimento de retalho no Conde Barão, em Lisboa, onde vende ainda diversos
artigos que importa do estrangeiro.

Foi-lhe solicitado que elaborasse a Demonstração de Resultados por funções em


31 de Dezembro do ano N, tendo-lhe a Contabilidade fornecido as seguintes
informações referentes àquele exercício:
(valores em euros)
1. Compras

- Mercadorias 182.200
- Matérias primas 920.000
- Matérias Subsidiárias 23.050
- Materiais diversos 5.420
- Carrinha para a fábrica 4.800

Em 01/01/N Em 31/12/N
2. Existências

- Mercadorias 34.600 38.300


- Produtos Acabados 102.000* 500 tons
- Produtos em curso de fabrico 6.200 7.800
- Matérias primas 66.900 82.900
- Matérias subsidiárias 2.440 3.490
- Materiais diversos 1.360 2.080

3. Fornecimentos Externos Fábrica Serv. Comerciais Serv. Administ.

- Electricidade 14.500 5.200 2.300


- Combustíveis 16.100 6.500 2.400
- Água 1.500 300 400
- Ferramentas 1.080 - -
- Livros e doc. Técnica 60 - 300
- Material de escritório 140 200 600
- Artigos para oferta - 1.880 300
- Rendas e alugueres 15.000 3.600 2.840
- Despesas de representação 1.800 7.200 2.800
- Comunicações 4.200 4.500 3.700
- Seguros 6.500 4.000 3.300
- “Royalties” 2.780 - -
- Transporte de mercadorias - 11.600 -
- Transportes de pessoal 4.500 3.000 3.820
- Deslocações e estadas 4.800 7.500 3.820
- Comissões - 35.000 -
- Honorários - - 7.800
- Contencioso e notariado - - 3.300
- Conservação 10.800 3.500 2.000
- Publicidade - 15.500 500
- Limpeza 10.000 4.200 3.000
- Trabalhos especializados 3.200 3.400 8.100

* 300 toneladas.

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4. Impostos indirectos 1.500 2.000 1.700

5. Custos com o pessoal

- Órgãos sociais - - 24.000


- Remunerações do pessoal
- Salários 340.000 - -
- Ordenados 48.000 66.000 34.000
- Taxa social única ( 23,75% )
- Seg. de acid. trabalho (2,75%)
- Outros encargos ** 3.500 5.400 2.600

6. Amortizações

- Imobilizado em 01/01/N 42.300 18.500 24.600

7. Provisões

Foi necessário reforçar a provisão para clientes de cobrança duvidosa no montante de 15.500
euros e reduzir a provisão para depreciação de existências em 6.800.

8. Custos financeiros

- Diferenças de câmbio desfavoráveis 7.800


- Juros a pagar ao Banco do Comércio 135.400
- Serviços bancários 13.600

9. Vendas

- Mercadorias 236.700
- Produto A ( 4.200 ton ) 2.016.000

10. Proveitos Suplementares 4.450

11. Proveitos financeiros

- Juros de saldos D.O. 10.800


- Diferenças de câmbio favoráveis 4.600

12. Proveitos e ganhos extraordinários

- Mais valia na venda de uma máquina 450

13. Custos extraordinários

- Sinistro com o transporte de produtos ( parte


não coberta pelo seguro). 100

14. Critério de valorização de stocks

- Custo médio

PEDE-SE

- Determine o custo industrial da produção terminada e dos produtos vendidos.

- Elabore a Demonstração de Resultados por funções e por natureza de acordo com o


modelo do P.O C.
** Referente a ordenados.

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EXERCÍCIO Nº 2

A fabrica de móveis MOVITEL Lda. produz uma gama de móveis padronizados mas também
aceita encomendas com especificações dos clientes.

Em relação às ORDENS DE PRODUÇÂO sobre as quais desenvolveu a actividade económica


de Janeiro de N , recolheram-se da Contabilidade os seguintes elementos:

- Elementos sobre os custos do mês

Mão de obra directa 32.000 euros


Mão de obra indirecta 6.400 “
Materiais Diversos 800 “
Amortizações 9.500 “
Outros gastos gerais de fabrico 9.150 “
Custos administrativos 26.050 “
Custos financeiros 5.000 “

- Em 01/01/N a O.P. 566/00 ( 120 secretárias MOD T ) e a O.P. 567/00 ( 60


cozinhas MOD X) tinham uma imputação de custos de, respectivamente, 16.300
euros e 4.800 euros.

- Foram concluídas as OP. 566/00, 567/00, 1/01 ( 100 maples MOD Z) e 2/01
( 400 cadeiras MOD Y). Ficou em curso para o mês seguinte a OP: 3/01
( construção de uma sala para formação profissional ).

- O custo das matérias primas consumidas no mês foi repartido da seguinte


forma:
OP 567/00 - 10%;OP 1/01 - 35% ;OP 2/01 - 15%; OP 3/01 - 40%.

- Através das folhas de ponto verificou-se que os tempos de Mão de Obra Directa
foram repartidos do seguinte modo:

OP 566/00 - 200 Hh OP 567/00 - 1.500Hh OP 1/01 - 2.000 Hh


OP 2/01 - 900 Hh OP 3/01 - 400 Hh

- O Balanço em N-1/12/31 registava uma existência de matérias primas de 4.700 euros,


tendo-se comprado durante o mês 37.500 euros. A existência final foi de 17.400
euros.
Quanto aos produtos acabados, não havia existência registada no balanço, mas no fim
do mês o armazém continha 15 cadeiras, 40 maples e 20 secretárias.

- Os preços de venda praticados pela empresa foram de 350 euros para as secretárias, 90
euros para as cadeiras, 600 euros para os maples e 580 euros para as cozinhas.

- A empresa reparte os custos da mão de obra indirecta por quotas reais em função dos
tempos de mão de obra directa utilizados, e reparte os restantes gastos gerais de fabrico
através de uma quota teórica cuja base de imputação é o valor do custo primo ( MOD +
MP ) do mês.

- Para o ano em curso estimou-se que a actividade anual irá originar os seguintes custos:

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Matéria Prima 500.000 euros
Mão de Obra Directa 100.000 “
Mão de Obra Indirecta 450.000 “
Restantes Gastos Gerais de Fabrico 180.000 “
Total 1.230.000

- As comissões e as despesas de transporte foram em média de 3% sobre o valor da


facturação

PEDE-SE:

- Cálculo do custo industrial unitário da produção terminada e da produção


em curso no fim do mês.

- Demonstração de Resultados de Janeiro do ano N;

- No caso de as “Diferenças de Imputação” assumirem um valor significativo


qual o procedimento contabilístico recomendável?

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Exercício nº 3

A empresa X, produz e comercializa os produtos A e B, sendo o processo produtivo o


seguinte:
• A partir da matéria prima MP1 transformada no Departamento I, obtém-se
em regime de produção conjunta, o semiproduto A, o produto acabado B e o
subproduto C. B e C seguem de imediato para o armazém de produtos
acabados.
• O semiproduto A segue para o Departamento II onde se lhe junta a matéria
prima MP2, obtendo-se o produto acabado A.

Da Contabilidade de Março do corrente ano retiraram-se as seguintes informações:

A B C
Vendas
Preço médio de venda ( em euros) 8 4 1
Quantidade (em toneladas) 7.000 4.000 1.500
Produção (em toneladas) 6.500 4.000 1.500

A MP1 MP2
Existências Iniciais
Custo unitário (em euros) 7 5
Quantidade (em toneladas) 1.000 500
Compras
Custo unitário (em euros) 7,5 2
Quantidade (em toneladas) 3.000 2500
Existências Finais
Custo unitário (em euros)
Quantidade (em toneladas) 900

Os Custos Industriais foram os seguintes:


- Mão de obra directa: Departamento I – 4.500 euros ; Departamento II – 7.500
euros.
- Os Gastos Gerais de Fabrico: são imputados a cada Departamento segundo
uma quota teórica de 2 euros por euro de M.O. D. aplicada. Assim a base de
imputação é o custo da MOD.
- Os GGF do mês atingiram o montante de 23.000 euros.
Os Custos não industriais, em euros, apresentavam a seguinte distribuição:

A B C Comuns
Comerciais 2.800 3.000 250
Administrativos 2.500
Financeiros 1.500

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Pretende-se:

1. Determine o custo industrial dos produtos acabados de Março, tendo em atenção os


seguintes critérios:
- Os custos conjuntos são repartidos aplicando o critério do valor de
venda no ponto de separação;
- O subproduto é valorizado pelo critério do lucro nulo;
- As existências são valorizadas pelo critério do LIFO.

2. Elabore a Demonstração de Resultados de Março;


3. Reelabore o mapa dos custos de produção sabendo que a empresa reparte os custos
conjuntos com base no valor de venda relativo e que o subproduto é valorizado pelo
critério do custo nulo. Compare a informação com a anterior e critique.

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EXERCÍCIO Nº 4

A Soc. Quelhas, Lda, fabrica e vende os produtos X e Y e o subproduto S. Na contabilidade adopta o


custeio total real e encontram-se definidos os seguintes centros de custos:

Centro A: as matérias M e N são aqui transformadas e obtêm-se simultaneamente X e Y´.


X é dado por concluído e Y´segue para o centro B.
Centro B: Y´ é transformado com a matéria P, obtendo-se Y e S.
Central Eléctrica: fornece a energia em tensão adequada às máquinas.
Conservação: efectua a conservação do equipamento e edifício.

O subproduto é valorizado pelo critério do lucro nulo e os custos conjuntos são valorizados pelo valor de
venda relativo no ponto de separação.

No mês de Junho de 2004 recolheram-se os seguintes dados da Contabilidade:

1) Existências iniciais
- M: 200 tons. a 150 € cada;
- N: 100 tons. a 120 € cada;
- P: 300 tons. a 125 € cada;
- X: 100 tons. 110 € cada.

2) Compras
- M: 400 tons. a 160 € cada;
- N: 200 tons. a 122 € cada;
- P: 900 tons. a 130 € cada;

3) Existências finais
- M: 100 tons.;
- N: 120 tons.;
- P: 400 tons.;
- X: 150 tons.;
- Y: 200 tons,;
- S: 10 tons.

4) Produção
- X: 400 tons.;
- Y:1 600 tons,;
- S: 100 tons.

5) Preço de venda: X – 200 €/ton;


Y –280 €/ton;
S – 15 €/ton.
6) Actividade dos centros de custos:

Beneficiários
Fornecedores: Centro A Centro B C. Eléctrica Conservação Total
Secção A (HM) - - - - 3.500
Secção B (HM) - - - - 8.000
C. Eléctrica (Kwh) 8.400 6.500 - 100 15.000
Conservação (Hh) 750 1.250 1.000 - 3.000

- Custos directos das secções (€): A - 71 100; B - 82 000; C. Eléctrica – 9 000; Conservação - 17 900.

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7) Custos comerciais: 2% sobre a facturação de X.

8) Custos administrativos e financeiros: 95 000€

Com base nos elementos apresentados e sabendo que a empresa valoriza as existências pelo FIFO, pede-
se:

a) O custo das unidades de obra das secções do mês de Junho do ano N;


b) O custo de produção de mesmo mês;
c) Apresente a Demonstração de Resultados do mês, admitindo que a estimativa de IRC é de
27,5%;
d) Admita que se tinham deteriorado em armazém 1 200 kgs. de X e que tem um valor de mercado
igual ao subproduto. Quais as opções a tomar pela gestão? Justifique.

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Exercício nº 5

A Auto Transportes de Loures Lda. dedica-se ao transporte de passageiros explorando, em


regime de concessão, as carreiras A e B. A empresa efectua igualmente alugueres para os diversos
pontos do país e do estrangeiro.

Internamente os autocarros estão agrupados em duas categorias: “Autocarros de 50 lugares” e


“Autocarros de 70 lugares”. A empresa dispõe ainda de “Oficinas” onde é efectuada a conservação e
reparação da frota, além dos “Serviços Administrativos”. Existe ainda um centro designado “Gastos
Comuns de Exploração”.

Para efeitos de custeio definiram-se os seguintes Centros de Custos e respectivas bases de


imputação:

Autocarros de 50 lugares - Km percorridos


Autocarros de 70 lugares - Km percorridos
Oficinas - Horas homem
Gastos Comuns de Exploração - repartidos pelos três centros de custos anteriores em
percentagem dos respectivos custos directos.
Gastos Administrativos

Em Janeiro do ano N recolheram-se as seguintes informações:

A actividade dos “Autocarros de 50 lugares” foi de 240.000 Km ( dos quais 100.000


aplicados na Carreira A, 139.000 em alugueres e 1.000 Km nas Oficinas ), e a
dos “Autocarros de 70 lugares” foi de 300.000 Km ( 120.000 aplicados na Carreira A
e os restantes aplicados na Carreira B ).

A actividade do Centro Oficinas foi de 2.000 Horas homem cuja aplicação foi a
seguinte:
Autocarros de 50 lugares - 800 Hh
Autocarros de 70 lugares - 950 Hh
Gastos Administrativos - 250 Hh

Os custos directos dos Centros atingiram os seguintes montantes durante o mês ( em euros ):

Autocarros Autocarros Oficinas Gastos Comuns


50 Lug.(Km) 70 Lug.(Km) (Hora homem) de Exploração

Salários 37.400 30.000 10.000 -


Ordenados - - 2.740 7.980
Gasóleo 75.000 litros 90.000 litros - 1.000 litros
Água - - 5.000 m3 500 m3
Energia eléctrica 8.000 Kw 6.000 Kw
Mat. Conservação 14.470 25.400 4.510 630
Mat. Diversos 2.000 2.490 300 100
Amortizações 19.950 27.430 1.440 500
Seguros 5.000 1.480 770 700

Os encargos sociais sobre remunerações estimam-se em 50% dos custos respectivos.


O custo do m3 de água foi de 0,30 euros, o kWh de energia custou 0,10 euros e pagou-se
0,65 euros por litro de gasóleo.

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As Vendas do mês apresentam-se como segue ( em euros ):

- Bilhetes
Carreira A 136.000
Carreira B 125.200
- Passes: 9.000 ( a repartir pela Carreiras A e B em partes
iguais).
- Alugueres 99.000
- Despachos 1.800
- Publicidade 850

Não havia “stocks” de materiais nem no início nem no fim do mês. Considere que os
Despachos e a Publicidade são sub-produtos da actividade, repartidos igualmente pelas carreiras
A e B.

PEDE-SE:

1. Mapa dos custos( total e unitário) dos centros de custos.

2. Demonstração de Resultados do mês, sabendo que os custos directos administrativos e financeiros


foram respectivamente de 23.900 euros e 18.700 euros.

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EXERCÍCIO Nº 6

A Fábrica de Chocolates Delícia, S.A., fabrica três produtos: “Chocolait”, “Chocovit” e


“Chocofrut”, dedicando-se ainda, como distribuidor, à comercialização de uma conhecida marca de
cafés.

Recém-formada, a empresa tem um sistema de controlo das suas actividades ainda bastante
incipiente. Não dispõe de informação credível sobre os custos dos produtos que fabrica, tornando-se-lhe
difícil valorizar as existências e fazer um apuramento correcto dos resultados do exercício.

Apesar da falta de contabilidade analítica devidamente estruturada, foi possível reunir as


informações seguintes:

• Processo de fabrico

A fabricação processa-se em quatro secções fabris principais: Fabricação de Pasta, Mistura,


Vitaminação e Fabricação de Barras:

- Na “Fabricação de Pasta” obtém-se um semiproduto, a pasta de cacau, que é a base para a


obtenção de todos os outros produtos.

- A pasta de cacau pode ser transferida para:

- a “Fabricação de Barras” onde, depois de moldada, dá origem a unidades de chocolate


de leite, o Chocolait.
- a “ Vitaminação” onde se lhe juntam novas matérias primas para se obter de imediato o
Chocovit..
- a “Mistura” onde lhe são adicionados frutos secos. A pasta de cacau assim misturada
passa à “Fabricação de Barras” para moldagem, obtendo-se o Chocofrut.

Os custos da Fabricação de Barras são repartidos em partes iguais pelos produtos aí tratados .
Nesta secção ocorre ainda a produção de aparas de chocolate, que são vendidas como subproduto para
fins culinários.

Existem ainda duas secções auxiliares: “ Direcção Fabril “ e “ Serviços Gerais “ .

• Distribuição funcional dos custos

No ano N os custos operacionais distribuíram-se do seguinte modo:

Serviços Administrativos 379.500 euros


Serviços comerciais 632.600 “
Custos de transformação
Electricidade 289.000
Combustíveis 24.000
Remuneração do pessoal 900.000
Seguro de acidentes de trabalho 45.000
Outros custos operacionais 92.000
Amortizações do exercício 750.000 2.100.000 “

• Repartição dos custos de produção

Os custos relativos a amortizações, electricidade e combustíveis são repartidos pelas secções fabris em
função do valor do equipamento instalado. Os seguros correspondem a uma percentagem fixa de 5%
do valor das remunerações. Os outros custos operacionais foram objecto de repartição específica,
como se indica:

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Fabricação Mistura Vitami- Fabricação Direcção Serviços
Pasta nação Barras Fabril Gerais
Equipamento instalado 1.000.000 600.000 500.000 900.000 1.050.000 950.000
Remunerações 180.000 126.000 90.000 153.000 171.000 180.000
Outros custos operacionais 6.800 8.540 7.600 6.410 37.220 25.430

Os custos da secção auxiliar Serviços Gerais são repartidos do seguinte modo: 40% para a Fabricação
de Pasta e 15% para cada uma das outras secções. Os custos da Direcção Fabril são repartidos
igualitariamente por todas as secções ( 20% cada ).

As secções principais adoptam como unidade de obra a quantidade de pasta processada.

• Consumo de matérias primas (euros )

Pasta Chocovit Chocofrut


Açúcar 288.000
Cacau 183.400
Manteiga de cacau 75.100
Emulsionantes 41.500
Frutos secos 79.500
Leite 42.000
Ovos 35.900
Mel 21.650

• Produção

Pasta 150.000 kg ( utilizada em partes iguais no fabrico dos três produtos )


Ckocolait 47.200 kg
Chocovit 52.500 kg
Chocofrut 55.000 kg
Aparas 3.000 kg ( atribuídas em partes iguais ao Chocolait e ao Chocofrut )

• Produção em vias de fabrico

Apenas na secção de Vitaminação existia produção em vias de fabrico, com os seguintes valores
imputados:
Em 1 de Janeiro 51.200 euros
Em 31 de Dezembro 30.000 “

• Movimento de existências de produtos acabados e mercadorias

Chocolait Chocovit Chocofrut Café


Existência inicial 10.000 kg a 15 € 10.000 kg a 17,5 €. 10.000 kg a 20 €. 10.000 kg a 30 €
Produção 47.200 kg 52.500 kg 55.000 kg -
Compras 40.000 kg a 35 €.

A empresa custeia as saídas pelo método FIFO.


O subproduto é valorizado pelo critério do lucro nulo

• Decomposição das vendas

Chocolait Chocovit Chocofrut Café Aparas


Quantidade 52.200 kg 57.500 kg 60.000 kg 45.000 kg 3.000 kg
Preço por kg 25 € 28 € 30 € 40 € 10 €
Valor 1.305.000 € 1.610.000 € 1.800.000 € 1.800.000 € 30.000 €

A venda de aparas de chocolate implica despesas variáveis de venda e expedição de 2€/kg.

16
PRETENDE-SE:
1. Elaboração do mapa do custo das secções
2. Elaboração do mapa dos custos de produção
3. Elaboração da Demonstração de Resultados por funções e produtos, sabendo que os custos e perdas
financeiras atingiram 120.000 euros e os custos e perdas extraordinárias 19.650 euros
4. Apuramento do valor das existências finais de produtos acabados e de mercadorias.
5. Critique o modelo de apuramento de custos adoptado em face das características dos produtos
fabricados.
6. Apresente um projecto de contas a utilizar na classe 9.

17
Exercício nº 7

A Empresa da Estrela, Lda, dedica-se à produção de Alfa e Beta de que obtém o


subproduto Alfeta.

O processo de fabrico desenvolve-se do seguinte modo:

- Da transformação da matérias X e Y na secção P1, obtém-se o semi-produto


Ómega que é utilizado na produção dos produtos Alfa e Beta em função das respectivas
necessidades. Nesta secção obtém-se também o subproduto Alfeta;

- O semi-produto Ómega consumido na produção de Beta é transformado na


secção P2 onde lhe é adicionada a matéria Z;

- A fabricação de Alfa e Beta é concluída na secção P3 onde são embalados para


comercialização em paletes com o peso unitário de 5 Kg.

Além das secções indicadas a empresa tem duas secções fabris de apoio: Manutenção e
Gastos Comuns.

Relativamente a 31 de Dezembro do ano N a Contabilidade obteve os seguintes dados


do mês:

a) Existências

Item Unid. Existª inicial Compras/Prod. Existª final


Física Quant. C. unit Quant. C.unit. Quant. C. unit.
1. M.Primas
-X Kg 10.000 5,50 € 24.000 5,00 € 12.000 ???
-Y Kg 20.000 4,50 € 40.000 5,00 € 10.000 ???
-Z Kg 500 7,50 € 10.000 7,50 € 1.000 ???
- Paletes Unid. 5 kg 10.000 5,00 € 30.000 6,00 € 23.500 ???

2. Prod. Acab.
- Alfa Paletes 5 kgs. 2.000 42,50 € 8.000 ??? 3.000 ???
- Beta “ 3.000 62,50 € 8.500 ??? 4.000 ???
- Alfeta Kg - - 500 ??? - -

3. Prod. Vias Fabrico


- Secção P1 - 20.060 € - - - 25.000 €
4. Semi-prod. Ómega Kg 20.000 7,50 € 70.000 ??? 10.000 ???

18
b) Custos de funcionamento das secções industriais

Secções P1 P2 P3 Manut. G. Comuns

Custos (em euros)

MOD 75.000 75.000 50.000 25.000 25.000


MOI 15.000 15.000 10.000 5.000 5.000
Amortizações ??? ??? ??? ??? ???
Out. Custos 25.000 20.000 15.000 9.100 5.000

As amortizações são imputadas por quotas teóricas tendo por base de imputação as
horas de funcionamento do imobilizado afecto a cada secção. Para o efeito, foram
consideradas as seguintes estimativas anuais:

- Amortizações previstas – 1.500.000 €;


- Nº de horas de funcionamento – 200 000.

As horas de funcionamento efectivas do mês foram as seguintes:


P1 P2 P3 Manutenção G. Comuns

Horas 5.000 5.000 2.500 3.000 2.000

c) Actividade das secções fabris

P1 P2 P3 Manutenção G. Comuns

Actividade 40.000 Hh 30.000 Hh 16.500 paletes 15.000 Hh 100%

A actividade da secção “Manutenção” foi aplicada em: 5.000 Hh na secção P1; 4.000
Hh na secção P2; 3.000 Hh na secção P3 e 3.000 Hh em Gastos Comuns.

Os Gastos Comuns são repartidos em partes iguais pelas restantes secções.

d) Critérios de imputação e valorimetria

O consumo do semi-produto Ómega no mês foi repartido em partes iguais pelos


produtos Alfa e Beta.

Os custos da secção P3 são imputados proporcionalmente às paletes embaladas.

Da produção total de Beta, 2% foi rejeitada pelo Controlo de Qualidade; esta produção
defeituosa, considerada quebra anormal, foi vendida a granel a 5€/kg.

O subproduto Alfeta, cujo preço de venda é de 15 €/gr., é valorizado pelo critério do


lucro nulo.

19
e) Outras informações

As amortizações fabris do mês totalizaram 150.000 €.

Os custos não fabris do mês foram de 185.000 €.

Os preços de venda de Alfa e Beta foram de 75 € e 100 €, respectivamente.

Pedidos:

a) Elabore o mapa dos custos das secções do mês;


b) Determine o custo de produção de Alfa, Beta e da produção
defeituosa.
c) Construa a demonstração de resultados do mês na óptica da gestão.

20
Exercício Nº 8

A Soc. Francesinhas, Lda, dedica-se à produção de barcos de recreio. Para tal, a empresa
adquire os cascos em fibra no exterior sobre os quais instala os motores na secção Montagem,
após o que transitam para a secção de Acabamento, onde se processam os respectivos
acabamentos, passando depois à secção de Pintura.

Existem ainda duas secções: a Oficina Eléctrica que fornece os serviços da sua área e a
Manutenção cujos custos são imputados às 4 secções referidas, proporcionalmente aos custos
directos.

No final de Abril do ano N encontravam-se em curso 2 encomendas que tinham incorporados os


seguintes custos (em euros):

Materiais Custos Transformação

- Nº 38 19 000 1 300
- Nº 39 35 000 5 300
No mês de Maio do mesmo ano concluíram-se estas encomendas e iniciou-se a nº 40.

No mês de Maio a actividade dos centros de custos principais (unidade de obra HH) foi a
seguinte:
Fornecedores
Beneficiários: Montagem Acabamento Pintura Oficina Electrica
Enc. 38 1.200 2.000 300 900
Enc. 39 - 4.000 200 1.000
Enc. 40 1.250 - - -
Montagem - - - 100
Oficina Electrica 50 - - -

Os custos directos dos centros de custos foram os seguintes:


Montagem Acabam. Pintura Ofic. Eléct. Manut.
Custos directos 30.000 60.000 8.000 30.000 25.600

Os materiais aplicados no mês foram:


Nº 38 Nº 39 Nº 40
Materiais 20 000 12 000 92 000

No mês facturou-se a enc. nº 38 no valor de 120 000 € e a nº 39 por 130 000 €.

Sabendo que a empresa utiliza o custeio total real, calcule:

1.Mapa dos custos das secções de Maio, calculando o custo de cada unidade de
obra.
2.O custo da produção de Maio do ano N.
3.Determine a margem bruta de Maio do ano N.

21
Exercício Nº 9

A AC Consulting dedica-se à realização de projectos de consultoria de gestão, com especial


ênfase nos sistemas de informação de gestão. Embora pertença a um grupo internacional goza
de bastante autonomia de gestão a nível local.

Na análise dos seus custos e dos resultados é utilizado o método do custeio por actividades –
CBA. Para o efeito, foram delineadas cinco actividades distintas:

A1 A2 A3 A4

Elaboração de Levantamento Elaboração de Acompanhamento


Propostas de informação relatórios da implementação

A5 Actividade de suporte ou de apoio

Durante o último semestre a AC desenvolveu 3 projectos (P1, P2 e P3) para dois clientes (C1 e
C2). Os projectos P1 e P3 foram realizados para o cliente C1, o projecto P2 foi desenvolvido
para o cliente C2. Os três projectos foram iniciados e terminados durante o semestre. Os preços
de venda dos projectos P1, P2 e P3 foram de 68 000 €, 70 000 € e 180 000 €, respectivamente.

No mesmo período, a AC utilizou os recursos seguintes:

- 3 Gestores de projecto com remunerações semestrais de 24 000 € cada;


- 5 Consultores Sénior com remunerações semestrais de 14 400 € cada;
- 8 Consultores Analistas com remunerações semestrais de 8 000 € cada;
- 2 Assistentes com remunerações semestrais de 4 000 € cada;
- Gastos gerais de 18 000 € (amortizações, rendas, consumíveis, etc.).
Nota: sobre as remunerações há encargos de 25%:

Durante o período foram recolhidas as seguintes horas de cada actividade:

A1 A2 A3 A4 A5 Total

- 3 Gestores projecto 1.000 700 400 900 0 3.000


- 5 Consultores sénior 1.500 900 1.400 1.200 0 5.000
- 8 Consultores Analistas 800 3.600 1.200 1.400 1.000 8.000
- 2 Assistentes 200 300 300 0 1.200 2.000

TOTAL 3.500 5.500 3.300 3.500 2.200 18.000

A afectação às actividades dos custos relativos a Gastos Gerais é efectuada de acordo com as
horas de mão de obra afectas a cada actividade.

A afectação dos custos aos projectos foi feita de acordo com os seguintes níveis de actividade:

Projectos

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Actividades P1 P2 P3 Driver

A1-Elaboração de propostas (ganhas) 1 1 1 Nº propostas

A2- Levantamento de informação 5 3 12 Nº levantamentos

A3-Elaboração relatórios 4 6 5 Nº relatórios


A4-Implementação 12 8 30 Nº reuniões

A5-Actividades suporte 20 35 45 Nº processamentos

No que respeita à actividades A1 existem dois tipos de propostas: propostas ganhas e propostas
não ganhas (a cada proposta ganha corresponde um projecto, enquanto as propostas não ganhas
não dãp origem a qualquer projecto). Para além das 3 propostas ganhas, correspondentes aos
projectos P1, P2 e P3, foram ainda realizadas 7 propostas não ganhas: 2 propostas ao cliente C1
e 5 propostas ao cliente C2 (estas propostas não deram origem a qualquer projecto). Assim,
foram realizadas 10 propostas no total.

Pretende-se:

1. Cálculo do custo de cada actividade, global e unitário;

2. Determine o resultado de cada projecto e da A. C. Consulting;

3. Apure o resultado de cada cliente.

23
Exercício nº 10

Relativamente a determinado período, recolheram-se as seguintes informações da Empresa ALFA que


fabrica e comercializa um único produto:

- Vendas: 1 800 tons. a 850 €/ton.


- Produção: 2 000 tons.
- Custos industriais:
- Mat. primas 850 000 €
- MOD (variável) 280 000 €
- GGF
- Variáveis 30 000 €
- Fixos 100 000 €
- Custos não industriais:
Variáveis Fixos
- Distribuição 76 000 € 110 000 €
- Administrativos 125 000 €
- Financeiros 32 000 45 000 €
Pede-se:

a) Elabore a demonstração de resultados do período pelo custeio total e variável.


b) Cálculo o ponto crítico das vendas em quantidade e valor e a margem de segurança. Refira
o significado destes conceitos.

24
Exercício nº11

A empresa ALFA, LDA. dedica-se ao fabrico do produto X. Relativamente ao passado


mês de Maio obtiveram-se da contabilidade da empresa as seguintes informações:

Euros
Vendas: 3 500 unidades a 300 € 1.050.000
Custo industrial dos produtos vendidos 595.000
Margem bruta 455.000
Custos fixos industriais não incorporados 50.000
Margem industrial 405.000
Custos não industriais:
Custos comerciais variáveis 100.000
Custos fixos 200.000
Resultado antes de impostos 105.000

A produção de Maio foi de 4 000 unidades;


A capacidade de produção normal é de 5 000 unidades;
No princípio do mês as existências do produto X eram nulas.

PRETENDE-SE que:

1. Determine o custo variável industrial unitário do produto X.


2. Apresente o valor das existências finais de produto acabado calculado,
sucessivamente, (a) pelo custeio variável; (b) pelo custeio total; e (c) pelo custeio
racional. Critique os resultados obtidos.
3. Calcule o ponto crítico das vendas em quantidade e em valor.

25
Exercício nº 12

A empresa ABC, Lda. apresentou a seguinte Demonstração de Resultados relativamente


ao mês de Março de N ( valores em euros ):

MARÇO 2002
Vendas 840.000
Custo Industrial dos Produtos Vendidos 312.000
Margem 528.000
Diferença de imputação em custos fixos industriais (+) 6.000
Margem Bruta 534.000
Custos Comerciais
Variáveis 120.000
Fixos 80.000 200.000
Custos Administrativos ( fixos ) 175.000
Custos Financeiros ( fixos ) 40.000
Resultados antes de Impostos 119.000

A Demonstração foi preparada com base nos seguintes pressupostos:

• Preço de venda : 175 euros / unidade


• Custo variável industrial: 50 euros / unidade
• Os custos fixos industriais foram imputados por uma quota teórica de 15
euros por unidade produzida.

Sabendo ainda que:

P.V.F. Prod. Acabados


Existências Iniciais - -
Existências Finais - 1.200 unidades

Pretende-se:

1. Que apresente a Demonstração de Resultados com base no Custeio Variável


Real e no Custeio Total Real. Apresente os cálculos necessários à
fundamentação da sua resposta. Justifique a diferença de resultados.
2. Calcule o ponto crítico de vendas e a margem de segurança.

26
EXERCÍCIO Nº 13

A Soc. Alfa, Lda, dedica-se ao fabrico de um único modelo de baterias sendo a


actividade normal produzir 10.000 unidades por ano. Nos últimos 2 anos foi possível
recolher os seguintes dados:

- Custo industrial variável: 100 €;


- Custos fixos industriais anuais: 600.000 €;
- Preço de venda médio por bateria: 200 €.

As existências tiveram a seguinte movimentação:

Unidades N-2 N-1

- Existª inicial 500 3.000


- Produção 11.000 8.500
- Existª final 3.000 1.000

Sabendo que o Resultado antes de imposto em N-2 foi de 400.000 € e em N-1 de


330.000 €, pretende-se:

a) Elabore a Demonstração de Resultados em que seja possível verificar tais


resultados.
b) Justifique a redução do Resultado.
c) Se as quantidades vendidas em N-1 aumentaram, seria de esperar que o
resultado tivesse um aumento de 200.000 €. Apresente a demonstração em
que evidencie esta conclusão.
d) Para o ano N estima-se que o ponto crítico das vendas aumente 20% em
consequência do aumento da matéria prima. Sabendo que esta representa
80% dos custos variáveis em N-1, determine qual o aumento do preço (em
percentagem) da matéria no ano N.

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Exercício nº 14

A Fábrica do Quelhas, Lda, fabrica botas de couro para exportação, mod. Q33, cujo
custo padrão de fabrico integra:

- Materiais directos
- Cabedal: 3 unidades a 5 €
- Outros materiais: 3 €
- Mão de obra: 1,5 horas a 4 €
- GGF variáveis: 1,5 horas a 2 €
- GGF fixos: 1,5 horas a 6 €.
- Produção prevista: 3.000 unidades

Durante o período N a Contabilidade recolheu as seguintes informações relativas à


produção de 3.200 unidades:

- Compras de cabedal: 9.200 unidades por 45.400 €


- Outros materiais comprados e consumidos: 9.500 €
- Consumo de cabedal: 9 750 unidades
- Mão de obra:
- Horas pagas: 5.850 horas
- Horas aplicadas: 5.100 horas
- Custo da mão de obra: 24.100 €
- Gastos gerais de fabrico:
- Variáveis: 10.650 €
- Fixos: 31.500 €.

Sabendo que as existências são valorizadas ao custo padrão, pede-se que calcule os
custos de produção do período N e analise os respectivos desvios.
Prepare as contas que deveria utilizar se seguisse o modelo de classe 9 enquadrado no
POC.

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