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Negritude em Movimento
lutas, debates e conquistas da negritude amazônica
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
M693
ISBN: 978-65-901988-0-8
CDD 306
Reitor
Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho
Produção Editorial
Alef Monteiro
Capa
José Adailton Marques Martins
R E L I G
G I Ã O
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Resumo:
O artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa do meu Trabalho de Conclusão de Curso em
Ciências Sociais realizada entre os meses de novembro de 2016 a abril de 2017 em uma
congregação da Assembleia de Deus no município de Castanhal, Região Metropolitana de
Belém. O objetivo é saber os reflexos da Educação Formal antirracista na construção da
negritude de jovens negros da comunidade religiosa estudada. A metodologia para a coleta de
dados foi a pesquisa etnográfica e os dados foram analisados à luz da Teoria Decolonial. O
estudo constatou que as mudanças nas legislações educacionais, em particular, a Lei 10.639/03
que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos africanos e afro-brasileiros,
vêm causando certo impacto no consciente coletivo da sociedade brasileira e, consequentemente,
na religiosidade pentecostal. Conscientes do racismo, por causa da Educação Formal antirracista,
alguns negros pentecostais têm ressignificado suas cosmovisões e forjado uma identidade negra
pentecostal com negritude própria. Esta consciência, entretanto, dá-se de maneira mais
abrangente entre os jovens, estes, sem abandonar as crenças fundamentais do pentecostalismo,
adotam diversos itens culturais afrocentrados como a estética, a música e a corporalidade, fato
que tende a tomar proporções cada vez maiores graças à Educação Formal antirracista.
1 Introdução
O futuro se aproxima
Devagar, mas vem
Já se vai aproximando, nunca tem pressa
Vem com projetos e sacos de sementes
Com anjos maltratados e fiéis andorinhas
Devagar, mas vem
Sem fazer muito ruído
[...]
(Mario Benedetti)
Pego carona nas palavras de Mario Benedetti para falar daquilo que
vem lento, mas vem. Vem, como diz o poeta, acompanhado de anjos
maltratados, mas com um saco cheio de sementes cujas algumas já lançadas
em terra mostram suas primeiras folhagens. Infelizmente, este evento não
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“A descolonização que acontece de igual modo em todos os lugares, muitos ainda não podem ou
se propõe mudar a or- não conseguiram constata-lo, por isso, não me frustro com aqueles que
dem do mundo é […] desconfiam de minhas palavras. Digo-lhes apenas que, diferente de vocês,
um programa de desor- resolvi olhar para aquilo que cresce sem nenhum ruído, sem o alarde dos
dem absoluta […] um
problemas que nós, cientistas sociais, estamos acostumados a tentar
processo histórico […]
feito por homens novos, entender.
uma nova linguagem,
uma nova humanidade” Falo do germinar de uma nova ordem do mundo, de um germinar que
(FANON, 2001, p. 30 traz consigo, como diz Fanon (2001)1, o nascimento de homens novos, com
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uma nova linguagem, uma nova humanidade e, por sua vez, uma nova
Cito SOUZA, 2015;
ALENCAR, 2007 e educação. Por ser um dos que preconizam este novo momento, o relatarei e
CAMPOS, 2005. refletirei sobre ele também com linguagem nova, linguagem que para
muitos poderá parecer “não científica”, a questão é que nós, homens e
mulheres do antigo “Terceiro Mundo”, cultural, econômico e
fenotipicamente marcados e discriminados pelos países autores de nossa
colonização e seus herdeiros em colonialidade aqui deixados falamos em
“línguas”, para usar o termo de Anzaldúa (2000), que fogem à linguagem
habitual da academia porque questionamos o poder hegemônico e
produzimos ciência como prática intervencionista, contestadora e engajada
na construção de outro mundo possível, inclusive na maneira como
escrevemos. É desta forma que falarei de meu encontro com uma das frentes
de encaminhamento desta desapressada nova ordem de mundo.
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Conforme Moore, nunca antes vistas na história da humanidade, mas como dissemos, eles
2007, p. 83-106: Alco- apenas instrumentalizaram sob a forma de “teorias” crenças que há muito
rão, Bíblia Hebraica, existiam no continente e que não eram exclusividades suas, infelizmente,
Talmude, etc. como bem observa Castoriadis (apud VIÑAR, 1998, p. 176):
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No nazismo o princi-
O racismo participa de algo muito mais universal do que habitualmente se
pal marcador era a cul-
tura. Acreditavam que a admite. É fruto, particularmente agudo e exacerbado, uma especificação
genética inferior das monstruosa de um traço que se constata empiricamente como quase
raças abaixo da ariana universal nas sociedades humanas. Trata-se da incapacidade de construir-
determinava sua cultura se como si mesmo sem excluir o outro, e da incapacidade de excluir o
também inferior. Neste outro sem desvalorizá-lo e finalmente odiá-lo.
rol entravam Judeus,
ciganos e negros (sendo Ideais raciais podem ser verificados desde o Mahabharata (texto
que negros e ciganos sagrado do Hinduísmo), passando pelos árabe-semitas e sua literatura
também eram discrimi-
religiosa4, aos povos que já habitavam a Europa em suas crenças na
nados por sua cor, ela
era um marcador racial superioridade (passada através do sangue) de clãs e grupos étnicos em
também e por isso di- relação a outros, as quais resultaram na nobreza europeia com suas famílias
zemos que “em geral” o “de sangue azul”, ou ainda, e de modo mais recente, o racismo pode ser
racismo nazista tinha verificado entre os povos indígenas da América do Sul estudados por Pierre
como marcador a cul-
Clastres (2013) na segunda metade do século passado.
tura. Nesse sentido,
eram também portado-
res de marcadores raci- Por ser um fenômeno universal, o racismo coincide com a pluralidade
ais não culturais, isto é, das culturas humanas e isto lhe confere caráter extremamente plástico e o
fenotípicos, os defici- faz operar através de marcadores distintos. No Brasil, ele está alicerçado
entes físicos, mentais e principalmente na cor, mas também em traços físicos e culturais que têm
homossexuais, pois se
origem nos povos africanos ou indígenas, são esses itens que marcam as
acreditava que eram
humanos degenerados e “raças” existentes, já no racismo nazista, por exemplo, o marcador era em
que poderiam passar geral cultural5 e por não se poder em todos os momentos enxergar a cultura,
suas “degenerescências” os judeus foram obrigados a andar com uma faixa amarrada em seus braços
para gerações futuras). contendo o desenho de uma estrela.
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De acordo com Fon- sociedade Ocidental Capitalista contemporânea. O racismo foi a ideologia
seca (2003, p. 68), me- que outorgou legitimidade às relações de dominação de tal sorte que os
diadores culturais são
grupos identificados como de raças inferiores no passado permanecem ainda
pessoas, objetos e insti-
tuições que “atuam hoje à margem da sociedade porque a moldura social racializada ainda
como mediadores entre permanece como resultado da colonialidade.
tempos e espaços diver-
sos, contribuindo na
elaboração e na circula- Além disso, o próprio poder político e econômico mundial também
ção de representações e permanece atrelado às antigas divisões sistêmicas e aos papéis que cada raça
do imaginário. Por seu possuía, diz Quijano (Op.cit., p. 108) que “raça converteu-se no primeiro
forte enraizamento cul-
tural e sua grande mo- critério fundamental para a distribuição da população mundial nos níveis,
bilidade, esses mediado- lugares e papel na estrutura de poder da nova sociedade [a capitalista
res atuam como catali-
sadores de ideias, sendo
industrial e hoje, a capitalista financeira]”, e ainda, “raça e divisão do
capazes de organizar trabalho, foram estruturalmente associados reforçando-se mutuamente”.
sentidos e de criar um
sistema de conexões Confirmando o que diz Quijano, mas com relação ao Brasil já na
dentro do universo cul-
tural no qual transitam”. década de 1980, Neusa Santos Souza (1983, p. 20) observa que
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Uma ideologia que pentecostalismo, em razão de ter suas raízes na sociedade estadunidense
“permite ao homem altamente racista e segregacionista, o pentecostalismo terminou por refletir a
comum, ao sábio e ao
lógica racial desta sociedade (CAMPOS, 2005). Muitos de seus líderes
ideólogo conceber uma
sociedade altamente iniciais tinham não só inclinações racistas como também simpatia pela Ku
dividida por hierarqui- Klux Klan. A observação da linhagem do pentecostalismo brasileiro não
zações como uma tota-
lidade integrada por deixa sombra de dúvidas sobre a influência do imaginário racista
laços humanos dados estadunidense na Assembleia de Deus que, por sua vez, sofreu em seu
com o sexo e os atribu- interior o amalgama desse imaginário com o “racismo à brasileira”
tos raciais ‘comple-
mentares’; e, final- assentado na “fábula das três raças”7, exatamente por isso, sem fazer alusão
mente, é essa fábula que à cor ou a raça o pentecostalismo brasileiro é avesso aos padrões de cultura
permite visualizar nossa
sociedade como algo
e fenótipos que remetam à África ou aos povos indígenas.
singular – especifici-
dade que nos é apre- Com efeito, sendo a comunidade por mim estudada parte do universo
sentada pelo encontro pentecostal forjado no racismo colonial, nela o racismo é a base do Ideal do
harmonioso das três
‘raças’” [negros africa- Ego, como explica Neusa Santos (Souza, 1983, p. 33 e 34), o ideal do Ego é
nos, índios e branco um modelo a partir do qual o indivíduo pode se construir “um modelo ideal,
português]. (DA-
perfeito, ou quase”, citando Freud, a autora continua: “‘há sempre uma
MATTA, 1987, p, 69-
70, grifo meu). sensação de triunfo quando algo no Ego coincide com o Ideal do Ego. E o
sentimento de culpa (bem como de inferioridade) também pode ser
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Segundo Sovik (2001),
entendido como uma tensão entre o Ego e o Ideal do ego’”, no
branquitude é a identi- pentecostalismo o ideal do Ego é sintetizado na figura de Deus, seja nos
dade racial construída a cultos, reuniões de oração e estudos bíblicos a máxima é “temos que ser
partir de ideias de bran-
queamento que mantém igual a Deus!”. No imaginário cristão, Deus encarnado na pessoa de Jesus
os privilégios ou direi- Cristo é o modelo de vida a ser seguido (ações, fala, vestimenta, etc.) e
tos adquiridos. No sis- mais, um dia, creem os cristãos, todos serão transformados exatamente
tema racial, são traços
culturais típicos dos como Deus é.
brancos e, por isso,
ligados à sua identidade. Quando perguntei aos meus interlocutores (10 pessoas todas negras)
como eles imaginavam Deus a resposta foi unânime: Deus é homem, idoso
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Esta é a ordem hierár- e, acima de tudo, branco. A consequência dessa representação do Deus
quica (organizada de branco legitima um rígido racismo institucional: Como o padrão estético
modo crescente) do
clero assembleiano. assembleiano é marcado pela branquitude8, uma mulher negra que deixe seu
cabelo crespo natural e o use em estilo Black Power ou mesmo faça tranças,
jamais será escolhida para assumir a liderança na igreja. As mulheres negras
com cabelo crespo ou devem alisar o cabelo ou prendê-lo com grampos para
que fique bem baixo. Os homens também são afetados pelo racismo
institucional, para ser obreiro deve-se sempre usar roupa social para ir aos
cultos, cortar o cabelo sempre baixo (corte social ou “militar” – ação que
historicamente mascara o cabelo crespo de homens negros). O obreiro
(auxiliar, diácono, presbítero, evangelista ou pastor9) deve inexoravelmente
ir ao culto de gravata. Caso não use o acessório, não poderá pregar ou sentar
no altar. Acredita-se que a gravata é o distintivo dos “oficiais” da igreja.
(MONTEIRO, 2017).
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Negritude é um con- estigmatizada e a única saída para ela é lançar mão daquilo que Fanon
ceito polissêmico. Cada (2008) chamou de “máscaras brancas”, qual seja, a negação total da
segmento da população
negritude10 e adoção dos padrões culturais eurocentrados. É desta maneira
negra tende a dar ênfase
a aspectos diferentes e a que a religião pentecostal e o racismo se misturam na sociedade brasileira e
adotar posturas políticas formam uma das faces da colonialidade.
distintas a partir de suas
próprias realidades, o
Antes sim, hoje em dia eu não aliso mais. Eu alisava ante porque, assim,
a gente aprende que cabelo crespo – cabelo fuá – é feio, mas isso é uma
opinião racista. Hoje em dia eu me arrependo muito porque eu fiz isso,
mas faz muito tempo que eu não aliso meu cabelo e hoje em dia eu to
deixando ele voltar ao normal. (grifo meu)
Mais uma religião. Pra mim, Umbanda e Candomblé são só mais uma
religião. Diferente da minha, claro que eu não concordo porque fui
criado no Cristianismo, mas acho elas mais uma religião, só isso. [...] Eu
passei a pensar assim depois de um trabalho que eu fiz na escola. O
professor passou um seminário, a gente tava estudando religião, ai ele
perguntou a religião de cada e dividiu várias religiões pra gente
pesquisar e apresentar. O meu grupo ficou com religiões afro-
brasileiras. Antes desse trabalho, pra mim tudo era macumba e coisa do
Diabo. Mas daí eu e meu grupo a gente foi no terreiro. Eu tava meio
desconfiado, mas a gente foi bem recebido, a gente conversou com a mãe
de santo, ela explicou o que era a religião, em que eles acreditam – eles
acreditam em deuses, na força da natureza, lembrei até do filme do Thor
– não tem nada a ver com o que eu achava, até voltamos lá de novo
depois do trabalho. Aí vi que é só mais uma religião.
Por fim, quero encerrar essa série de relatos com a história de Genice
– esta história junta num movimento vívido duas forças sociológicas que se
embatem no processo de transformação da religião pentecostal: de um lado
ainda a postura racista típica da colonialidade na religião e, do outro, o ser
humano que se despe da colonialidade e se consolida como alguém que
assume sua negritude sem deixar de ser pentecostal. Genice me contou que
outro dia, ao chegar no culto dos jovens, a reunião já havia começado. No
púlpito, uma jovem afinada cantava um dos hinos de abertura do encontro
religioso. Gritos elevados de “Glória a Deus!” e “Aleluia!” eram dados por
diversas pessoas claramente emocionadas. Apesar do culto já ter começado,
muitos ainda iam chegando, entravam com roupas que misturavam jeans e
social bem passados, sapatos engraxados, tênis limpos, sapatos altos e
brincos discretos combinando com a roupa.
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Foi então que a felicidade deu lugar ao espanto. Genice, que é uma
jovem mulher negra acabava de passar pela porta atraindo olhares e
cochichos, ela estava vestida com uma longa saia de cor forte e estampas em
estilo africano, sua blusa, também de cor forte e quente, contrastava com a
saia. E não apenas isso, Genice usava um turbante em sua cabeça ladeado
por argolas penduradas em suas orelhas. Sem delongas, a líder desceu do
altar e foi ao encontro da jovem Genice que foi interrogada acerca de que
roupas eram aquelas e por qual motivo ela havia ido à igreja assim vestida.
Genice respondeu a sua líder: “não foi a senhora que disse para
virmos pro culto vestidos como príncipes e princesas? Então... Eu vim
vestida de princesa africana!”. Ao me contar o episódio que ora apresento
aqui, Genice me fez a seguinte observação:
“ela não disse [a líder], mas sei que ficou espantada, como muita gente
que tava no culto, por causa do racismo. Pensam que só tem princesas
igual àquelas dos contos de fadas da Disney ou como as da Inglaterra
[referindo-se aos dias atuais] e acham que ser príncipe e princesa do
Senhor é ser igual os europeus”.
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Lei que institui a a consciência do racismo se dá de maneira mais abrangente entre a
obrigatoriedade da his- juventude.
tória e cultura dos povos
indígenas na Educação Os dados coletados até o presente momento indicam que há uma
Básica. relação direta entre idade, escolarização, negritude e religião motivada pelo
próprio cenário de alteração da legislação educacional brasileira: enquanto
as gerações adultas passaram pela Educação Básica entre as décadas de
1970 e 1990 – momento em que as questões étnico-raciais não eram objeto
de discussão na escola – a juventude pentecostal estudou após 2001, ano da
Conferência de Durban, na África do sul, nesta conferência, as ações
afirmativas já tão reivindicadas pelos movimentos sociais passaram a ser
recomendadas pela ONU e isto teve grande impacto no meio acadêmico
provocando intensos debates sobre cotas nas universidades, além disso, a
juventude por mim entrevistada estudou após 2003, ano de promulgação da
Lei 10.639/03 que inaugurou um momento de obrigatoriedade da inserção
de conteúdos sobre as relações étnico-raciais, e a Diáspora Africana com
toda sua resultante social e cultural.
Essas mudanças fazem com que pessoas como Anita, Genice, Ramom,
e quem sabe outras mulheres e outros homens continuem descobrindo e
construindo suas negritudes sendo ao mesmo tempo profundamente
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Freire (2014) nos lembra que a luta em prol de libertação por parte dos
oprimidos só tem sentido quando os oprimidos buscam recuperar sua
humanidade e essa recuperação não é nada mais que uma forma de criá-la.
Negritude é um ideal de ser negro que envolve aspectos culturais, históricos,
fenotípicos, políticos e identitários centrados na valorização dos valores
civilizatórios das culturas africanas (MUNANGA, Op. cit.) e isso não é algo
impossível aos pentecostais. Eles não são vilões do colonialismo, são apenas
oprimidos (uns mais, outros menos) que legitimam e reproduzem a lógica
colonial de forma sacralizada. Mas, dentre eles, existem aqueles que se
constroem como negras e negros pentecostais e que aponta vivências e
possibilidades para além do racismo, graças a educação antirracista via
Educação Formal, isso não pode ser negado.
4 Últimas observações
Há espaço para todas as manifestações culturais na descolonização e o
pentecostalismo é uma delas. Apresentei aqui apenas os dados coletados na
pesquisa que fiz por ocasião de minha conclusão de curso de graduação,
mas pretendo dar continuidade a mesma. Em outras visitas que fiz à
congregação, testemunhei a adoção de diversos itens culturais afrocentrados
como a estética (as jovens negras trocam entre si novidades sobre produtos e
tratamentos capilares – querem estar com os melhores cachos – e informam
umas às outras sobre lojas que vendem roupas com estampas africanas),
além da música e a e da corporeidade que se mostra em coreografias.
Referências
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evangélica à cultura brasileira. São Paulo: Arte Editorial, 2007.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 56. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
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O. A.; SANSONI, L. Raça: novas perspectivas antropológicas. 2. ed. Salvador: ABA/
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SOVIK, L. Aqui ninguém é branco: hegemonia branca e media no Brasil. In: VRON, W.
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