Você está na página 1de 42

0

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
CAMPUS DE SANTO ÂNGELO
CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DO AGRONEGÓCIO

ADRIANO BRUCKMANN
GUILHERME BESCOW KOSTULSKI
MARIÉLI HEITTER FIGUEIRÓ
NICOLAS MARTÍNS

ANÁLISE DA CADEIA PRODUTIVA AVÍCOLA

SANTO ÂNGELO – RS
2023
1

RESUMO

O trabalho aborda um estudo referente a cadeia produtiva em avicultura de corte e


postura no Brasil. Este processo de cadeia produtiva é caracterizado por uma sequência
cronológica em malha de interações sequenciada de atividades e segmentos produtivos que
convergem para a produção de bens e serviços, articulando o fornecimento de insumos, criação
de frangos de corte e frangos de postura. Em seguida, aproxima-se o departamento de
industrialização e todos os seus processos de abate, produção, consumo, chegando até a
exportação e mediando a relação do sistema produtivo com o varejo e consumidor final. A
competitividade de cada uma das fases da cadeia e, principalmente, do produto final, depende
do conjunto dos seus elos e, portanto, da capacidade e eficiência produtiva de cada um deles.
Através deste contexto, foi realizado um estudo da análise de mercado, sendo caracterizado
como descritivo-exploratória, com uma abordagem quantitativa, e o levantamento de dados foi
realizado com base em pesquisa. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), registra em seus dados uma evolução de 15,06% na produção de frangos em
comparação dos referentes anos de 2018 a 2023, neste mesmo período o registro consta o
número de 9,65% em consumo de frango. Além da EMBRAPA, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), assegura informações que a região sul do brasil é a maior
produtora do setor aviário com 60% do total nacional. Sendo assim, o desempenho do setor de
avicultura, vem sendo o símbolo do crescimento e modernização do agronegócio no Brasil.
Desta maneira, foi elaborado um estudo de dados indicativos ao mercado futuro de avicultura,
mostrando as tendencias possíveis e a visão do futuro do agronegócio no contexto de avicultura
para o país continuar crescendo e conquistando novos mercados.

Palavras-chave: Agronegócio. Cadeia Avícola. Índices de Mercado. Projeções.


2

ABSTRACT

The work approaches a study referring to the production chain of poultry for cutting and posture
in Brazil. This productive chain process is characterized by a chronological sequence in a mesh
of sequenced interactions of activities and productive segments that converge to the production
of goods and services, articulating the supply of inputs, raising broilers and laying hens. Then,
the industrialization department approaches and all its processes of slaughter, production,
consumption, reaching exports and mediating the relationship between the production system
and the retail and final consumer. The competitiveness of each of the stages of the chain and,
mainly, of the final product, depends on the set of its links and, therefore, on the productive
capacity and efficiency of each one of them. Through this context, a market analysis study was
carried out, being characterized as descriptive-exploratory, with a quantitative approach, and
the data collection was carried out based on research. The Brazilian Agricult ural Research
Corporation (EMBRAPA), registers in its data an evolution of 15.06% in the production of
chickens compared to the referring years from 2018 to 2023, in this same period the record
contains the number of 9.65% in consumption of chicken. In add ition to EMBRAPA, the
Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) provides information that the southern
region of Brazil is the largest producer in the poultry sector, with 60% of the national total.
Therefore, the performance of the poultry sector has been a symbol of the growth and
modernization of agribusiness in Brazil. In this way, a study of data indicative of the future
poultry market was prepared, showing the possible trends and the vision of the future of
agribusiness in the context of poultry for the country to continue growing and conquering new
markets.

Keywords: Agribusiness. Poultry Chain. Brazil. Market Indices. Projections.


3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fluxograma cadeia produtiva de avicultura ............................................................. 11


Figura 2 - Sistema de água para pintinhos ................................................................................ 13
Figura 3 - Confinamento intensivo das poedeiras .................................................................... 14
Figura 4 - Abate aviário em frigorifico..................................................................................... 15
Figura 5 - Abate convencional em carne de frango .................................................................. 16
Figura 6 - Processo de evisceração avícola .............................................................................. 17
Figura 7 - Câmara fria dentro do frigorifico ............................................................................. 18
Figura 8 - Corte preciso no frango............................................................................................ 19
Figura 9 - Processo de embalagem em um frigorifico.............................................................. 21
Figura 10 - Indicadores de exportação em carnes de frango ................................................... 23
Figura 11 - Os cinco estado que mais exportam no Brasil ....................................................... 24
Figura 12 - Volume das exportações brasileiras (mil t por m³) ................................................ 25
Figura 13 - Valor obtido das exportações brasileiras (bilhões de dólares) ............................... 26
Figura 14 - Produção em carnes de frango no Brasil................................................................ 28
Figura 15 - Consumo em carnes de frango no Brasil ............................................................... 29
Figura 16 - Valor do frango vivo em 3 estados ........................................................................ 30
Figura 17 - Indice dos 5 estados mais produtores de frango no Brasil ..................................... 31
Figura 18 - Produção futura em carne de frango ...................................................................... 32
Figura 19 - Consumo futuro em carne de frango...................................................................... 34
Figura 20 - Exportação futura em carne de frango ................................................................... 35
Figura 21 - Fluxograma de etapas da metodologia................................................................... 38
4

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Especificações das exigências dos frangos.............................................................. 12


Tabela 2 - Exportação de carne de frango ................................................................................ 22
Tabela 3 - Os cinco estados que mais exportam no Brasil ....................................................... 23
Tabela 4 - Volume em carne de frango .................................................................................... 24
Tabela 5 - Valor obtido das exportações brasileiras ................................................................. 26
Tabela 6 - Produção em carne de frango .................................................................................. 27
Tabela 7 - Consumo em carne de frango .................................................................................. 28
Tabela 8 - Valor do frango vivo ............................................................................................... 29
Tabela 9 - Produção futura em carne de frango........................................................................ 31
Tabela 10 - Consumo futuro em carne de frango ..................................................................... 33
Tabela 11 - Exportação futura em carne de frango................................................................... 34
5

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal


ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
COVID- 19 – Coronavírus
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
KG – Quilo Grama
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
M³ – Metros Cúbicos
T – Toneladas
SEAPA – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................07
1.1 Caracterização e Justificativa...........................................................................................07
1.2 Objetivos............................................................................................................................ 08
1.2.1 Objetivo Geral..................................................................................................................08
1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................................09
2 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................10
2.1 Cadeia Produtiva de Avicultura.......................................................................................10
2.1.1 Produção de Insumos na Avicultura.................................................................................11
2.1.2 Criação de Aves de Corte.................................................................................................12
2.1.3 Criação de Aves de Postura..............................................................................................13
2.2 Agroindustria.....................................................................................................................15
2.2.1 Abate................................................................................................................................15
2.2.2 Processamento de Carnes.................................................................................................18
2.2.3 Consumo de Carnes..........................................................................................................21
2.3.4 Exportação........................................................................................................................22
3 ANALISE DE MERCADO..................................................................................................27
3.1 Analise de dados no Mercado de Avicultura...................................................................27
3.2 Analise Futura de dados no Mercado de Avicultura.......................................................30
4 Desempenho do Setor da Avicultura no Brasil..................................................................35
4.1 Importância na Economia....................................................................................................35
4.2 Impactos na Economia.........................................................................................................36
5 METODOLOGIA................................................................................................................37
CONCLUSÃO.........................................................................................................................39
REFERÊNCIAS......................................................................................................................40
7

1 INTRODUÇÃO

1.1 Caracterização e Justificativa

O presente trabalho apresenta como tema um estudo geral da cadeia de avicultura que
no Brasil. Atualmente é uma das principais atividades econômicas do país, no qual é o maior
produtor e exportador mundial de carne de frango, ao longo dos anos tem tido grandes avanços
no desenvolvimento de novas tecnologias no setor e tem sido fonte de grandes quantidades de
empregos e renda em diversas regiões do país. Sendo assim de grande importância social e
econômica, não só na produção de carne de aves, mas também na produção de ovos.
A cadeia de avicultura é composta por vários segmentos, desde a seleção de matrizes
em que vai definir os tipos de raças e genéticas em que muitas das vezes é um detalhe muito
importante para os criadores tanto de frango quanto de postura. O manejo é fundamental para
que se desenvolvam todo seu potencial genético no qual se destaca o tempo que o setor do abate
em média de 45 a 50 dias o frango está pronto.
Quando as aves atingem o peso adequado, são transportadas para o frigorífico onde são
submetidas a um processo de abate, limpeza e transformação. Para tal, estão sujeitas a diversas
normas e regulamentos relacionados com a segurança alimentar, bem-estar animal e condições
de higiene.
Além disso, o estudo aborda uma análise detalhada da produção de aves de corte para
abate e postura, abrangendo conceitos como as condições de criação, alimentação, manejo,
transformação da carne e dos produtos. Desta forma, os próprios frigoríficos podem
implementar a rastreabilidade dos produtos e efetuar vários controlos de qualidade para garantir
a segurança alimentar e, assim, ver o selo de certificação.
Ao decorrer do trabalho será feita as análises de estados que mais exportam no Brasil,
sendo um setor importante na economia global, fornecendo proteína animal acessível em todo
o mundo. Segundo a Embrapa, os estados que mais exportam a proteína de frango é a região
sul do país, com destaque ao estado do Paraná como o maior exportador de carnes de frango.
Desta forma, as demandas por esses produtos vêm crescendo continuamente, como resultado o
estabelecimento de relações comerciais entre os países, além de ser uma importante fonte de
renda e empregos para os trabalhadores da indústria avícola em todo o mundo.
Desta maneira, a análise de dados no mercado d e avicultura é um estudo importante
para o setor, sendo assim, mediante a um estudo de dados estatísticos com decorrência no
8

período de 6 anos (2018 a 2023), é apresentados alguns índices estatísticos mostrando a


evolução aviaria ao decorrer dos anos.
Através disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023)
juntamente com o Departamento de Estatísticas e com dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB, 2023), apontam dados estimados para uma projeção futura, com o
crescimento anual em 22,6% na produção de carnes de frango no período de 2023 a 2032.
Contudo, as perspectivas do mercado futuro preveem um aumento de 21% no consumo desta
proteína. Desta forma, o desempenho nas exportações tende a crescer 28,45% até o ano de 2032.
Além disso, o setor avícola tem uma grande importância na economia brasileira,
garantindo o país o primeiro lugar no ranking mundial de produção de carne de frango. No
entanto, a produção aviaria no Brasil está em estado de alerta, por conta dos primeiros registros
da Influenza A (H5N1), mais conhecido como Gripe Aviária. Porém, ao estar em alerta e ter
ocorrido poucos casos ainda não afetou o mercado aviário, mesmo assim, estão sendo tomadas
algumas prevenções para não causar grandes impactos na economia do país.
Desta maneira, o trabalho desenvolvido irá abranger um estudo geral sobre cadeira
produtiva da avicultura, levando em consideração o crescimento do consumo interno e das
expressivas exportações de carne de frango no setor brasileiro.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma análise referente a cadeia de
produção em avicultura de corte e postura no Brasil.
9

1.2.2 Objetivos Específicos

Para o presente estudo, tem-se como objetivos específicos:

1. Realizar estudo referente a cadeia produtiva de avicultura, criação de aves de corte


e aves de postura;
2. Abordar os principais processos no setor de agroindústria, referente ao método de
aves;
3. Analisar dados referente ao mercado de avicultura;
4. Analisar estudo de dados indicativos ao mercado futuro de avicultura;
5. Estudar o desempenho do setor avícola no Brasil;
10

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Cadeia Produtiva de Avicultura

Este trabalho apresenta como estudo a cronologia da cadeia produtiva, é caracterizada


por uma sequência de produção de insumos, industrialização e distribuição. Conforme
observamos a figura 1, a cadeia produtiva é caracterizada por os principais elos, ou seja,
avozeiro, matrizeiro, incubatório, criadores de frango, varejista, exportação e consumidor final.
Estes elos são os que auxiliam (pesquisa e desenvolvimento genético, medicamentos,
equipamentos e fábrica de ração).
Desta forma, o avoazeiro é o lugar onde ficam as aves poedeiras, nos quais são
originadas a partir da importação de ovos das linhagens genética. Esta linhagem passa por um
processo para serem cruzadas produzindo as matrizes que por sua vez, serão transportadas para
o incubatório, ou seja, os ovos são recebidos para chocá-los. Porém, a sequência desse processo
passa para o nascedouro, sendo que, o objetivo é a dar origem aos frangos de corte, podendo
ser encaminhadas algumas horas após seu nascimento para os aviários.
Contudo, os criadores de frango recebem a produção de insumos, sendo destinados para
a etapa de produção, onde acontece o crescimento e a engorda dos frangos. Os francos de corte
permanecem neste local até o abate, as quais se caracterizam pelos contratos entre produtores e
frigoríficos, originando-se o produto final, como o frango resfriado, congelado, inteiro e em
cortes/pedaços. No segmento varejista, inclui empresas de distribuição para o mercado interno
ou externo. Conforme o seguimento da figura 1, está relatado para uma melhor visualização,
em formato de fluxograma os dois processos da cadeia produtiva, o processo de cadeia
produtiva em aves de corte e o processo de cadeia produtiva em aves de postura.
11

Figura 1 – Fluxograma cadeia produtiva de avicultura

Fonte: Autor (2023)

O último elo da cadeia produtiva é o consumidor final, que representa tanto o mercado
nacional como o internacional. O varejo vem ao longo dos últimos anos, fazendo investimentos
na expansão da sua rede física e nos sistemas de informações, o que lhe dá um grande destaque
no setor produtivo da economia nacional.

2.1.1 Produção de Insumos na Avicultura

Atualmente, as aves de corte vêm necessitando de uma nutrição adequada para que
desenvolvam todo seu potencial genético, algumas aviculturas fabricam a própria ração para as
aves, necessitando de técnicos para fazer os procedimentos que garantam a qualidad e do
produto.
Desta maneira para fabricar as rações, os nutrientes são utilizados em pequenas
quantidades e são chamados de micro ingredientes. Por sua vez, são adicionados na ração de
pré-misturas vitaminas e minerais, sendo contidos nas especificações indicadas e na qualidade
dos ingredientes para que no final, possam ser atendidas as exigências dos frangos, conforme
indicado na tabela 1.
Podemos observar que, conforme apontado na tabela 1, nos primeiros dias de vida dos
frangos a sua nutrição na fase pré-inicial é bastante elevada para se desenvolverem o mais
12

rápido possível. Porém, na parte inicial começa a diminuir a porcentagem dos nutrientes até o
final da sua engorda. Contudo, nessa última etapa as aves recebem pouca ração pois irão passar
pela última fase da dieta antes de serem transportadas para as agroindústrias.

Tabela 1 - Especificações das exigências dos frangos


Fases Pré - Inicial Inicial Crescimento Final/Retirada
Idade, Dias 1a7 8 a 21 22 a 33 34 a 42
Proteina (%) 22 20 19 17,8
EM kcal/Kg 2.925 2.980 3.050 3.100
Cálcio (%) 0,92 0,86 0,75 0,65
P. Disponível (%) 0,47 0,38 0,34 0,29
Sódio (%) 0,22 0,21 0,2 0,19
Lisina Digestível (%) 1,3 1,14 1,05 0,97
Met + Cts Digestível (%) 0,94 0,82 0,76 0,71
Treonina Digestível (%) 0,85 0,74 0,68 0,63
Triptofano Digestível (%) 0,22 0,19 0,19 0,17
Fonte: Adaptado de Rostagno, 2011

Algumas formulas são apresentadas as quais deverão ser recalculadas caso tenham
disponibilidade de ingredientes alternativos. Sempre que se considerar os ingredientes
alternativos (trigo, triticale, triguilho, sorgo, farinhas animais, subprodutos do milho e cevada),
devemos estar atentos visando a qualidade e preços dos ingredientes tradicionais, sempre
buscando as vantagens no preço e disponibilidade comercial.

2.1.2 Criação em Aves de Corte

Atualmente, o setor de aves de corte é uma das atividades mais desenvolvidas, em


menos de 50 (cinquenta) dias você consegue garantir um lote pronto, sendo assim, o giro de
capital é de forma rápida, garantindo lucros. Porém, para que isso possa acontecer deve-se
apresentar um investimento no manejo dos frangos e também ter um técnico responsável para
as etapas de elaboração dos projetos de instalação e de manejo do aviário.
Os procedimentos para a chegada dos pintinhos, devem ser feitos pelo menos 10 (dez)
dias antes, fazendo a desinfecção do aviário e dos equipamentos. Na chegada dos pintos, além
de efetuar a contagem, deve-se fazer a separação dos pintos que estão totalmente desenvolvidos,
retirando os que estão com alguma má formação.
Desta maneira, a abertura de proteção é feita a partir do 3° (terceiro) dia, conforme o
crescimento das aves facilitando a adaptação ao ambiente. No entanto, na fase inicial uma boa
13

distribuição dos bebedouros é essencial, ou seja, deve ser realizado uma limpeza e desinfecção
diária para fornecer sempre água limpa e fresca às aves.
Desta forma, os pintos ao entrarem nos comedouros a fim de se alimentarem
acabam sujando a ração, sendo necessário peneirá-la pelo menos duas vezes por dia para
retirada de fezes e partículas da cama. Contudo, um detalhe importante é fornecer a ração em
maior número de vezes e em quantidades menores para evitar desperdício e facilitar a limpeza.

Figura 2 - Sistema de água para pintinhos

Fonte: Adaptado de Revista Avicultura Industrial (2017)

Outro fator significativo é destinado a cama, sendo que, a mesma tem sua função o
isolamento térmico para as aves, deixando-as com a temperatura estável para o conforto das
aves como mostrado na figura 2. Apesar disso, deve-se manter o aviário limpo e desinfetado na
espessura entre 5,0 a 10,0 cm e deverá permanecer no aviário até a saída do lote das aves, se
houver encrostamento ou umidade, a cama nestes locais deverá ser trocada, mantendo assim
um processo qualitativo na criação das aves.

2.1.3 Criação de Aves de Postura

Atualmente, a maior parte dos ovos comercializados no Brasil são criadas no sistema de
confinamento intensivo, sendo assim, ficam alojadas em gaiolas dentro de galpões. No entanto,
com a vantagem de alta produtividade, resulta a possibilidade de alojar um maior número de
aves em um espaço menor, além de ter um controle de doenças e facilidade no manejo e melhora
na qualidade dos ovos.
14

À vista disso, o sistema de produção em massa favoreceu o aumento de consumo e


transformou o ovo em uma das principais fontes de proteína, viabilizando a um preço acessível
à população brasileira. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA,2023) a produção de ovos no Brasil foi de 53,3 bilhões de unidades em 2020, onde
apresentou um crescimento médio anual de 6,4% em relação ao ano de 2018, quando a produção
atingiu 28,9 bilhões de unidades. Para 2023, é esperado um crescimento de 5% na produção,
(EMBRAPA,2023).
Conforme o ilustrativo da figura 3, observa-se o sistema de criação das galinhas onde
se alimentam por uma bandeja linear além de ter bicos para o consumo de água para as aves.
No entanto, na parte inferior das gaiolas os ovos se deslocam para um compartilhamento na
parte da frente da gaiola, facilitando o recolhimento.

Figura 3 - Confinamento intensivo das poedeiras

Fonte: Adaptado de Klaus Bernardinho (2021)

Um bom manejo das galinhas é importante, especialmente nas áreas de nutrição e


cuidados com a luz. O mais comum, são as fases inicial e crescimento serem realizadas em piso,
portanto a fase de postura é necessária ser colocada em gaiolas para a produção. Desta forma,
as gaiolas mais usadas têm divisões mais estreitas e profundas, com 1 m de comprimento, 40
cm de altura e 45 cm de profundidade. No entanto, as gaiolas têm quatro compartimentos de 25
cm com capacidade total para alojar oito galinhas, sendo duas aves por boxe.
15

2.2 Agroindústria

2.2.1 Abate

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA,2022), o


processo de deslocamento é constituído da seguinte forma, são utilizadas gaiolas, sendo
recomendável que cada gaiola possa transportar 45 kg no inverno e 38kg de frango no verão.
No entanto, em condições de extremo calor, recomenda-se molhar a aves, para que as mesmas
se sintam confortáveis, ou seja, evitando o estresse e o falecimento, assim sendo cumprido os
protocolos de bem estar animal.
Desta forma, ao chegar no abatedouro, os frangos são inspecionados por profissionais
adequados, sendo assim acondicionadas em áreas especificas de processamento, ou seja, sendo
preparadas para cada etapa do abate. Segundo a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA,2022), os frangos de corte são acondicionados em locais específicos para que seja
feita a etapa de pré-abate. Esta etapa dá o início ao jejum e dietas, ou seja, são colocadas em
uma área para descanso com alimentação balanceada.
Desde já, o abate de frango é uma das etapas mais importantes e críticas da produção
avícola, ou seja, são sacrificadas e preparadas para o consumo humano. Sendo assim, é
realizado em frigoríficos especializados, com condições adequadas de higiene e organização,
ou seja, garantindo assim, a qualidade e segurança dos produtos finais, conforme ilustra a figura
4.
Figura 4 - Abate aviário em frigorifico

Fonte: Adaptado de Compre Rural Conteúdo (2022).


16

Conforme a figura 5, o processo de abate convencional, também conhecido como abate


industrial, são realizados em grandes instalações, nas quais titulasse de abatedouros. Desta
maneira, o processo costuma ser automatizado, sendo assim, seguindo por uma série de etapas,
nas quais, as aves são submetidas ao processo de atordoamento, ou insensibilização, ou seja,
são submetidas a descargas elétricas e gás, deixando-as inconscientes.
Após o procedimento de atordoamento e insensibilização, entra-se em algumas etapas,
sendo elas: Procedimento de sangria, escalda, depenagem, evisceração, pré resfriamento e
gotejamento. O procedimento de sangria, são submetidos ao corte na garganta, e assim, tendo
o sangue drenado por completo, no qual titulasse o nome de sangria.

Figura 5 - Abate convencional em carne de frango

Fonte: Adaptado de Programa nacional de abate humanitário (2022).

Desta forma, a sangria é uma das etapas mais importantes no processo de abate em aves,
ou seja, o animal é abatido de forma rápida, e eficiente, fazendo com que, seja minimizado todo
o sofrimento da ave, e assim garantindo a qualidade da carne.
Em seguida vem a etapa de escalda, onde realiza-se a imersão das aves em águas
quentes, ou seja, facilitando a remoção das penas. Contudo, neste processo a temperatura varia
do tipo de ave, e das especificações do abatedouro. No entanto, a temperatura varia em torno
de 50° a 65° graus Celsius, por cerca de 30 a 90 segundos.
Já o processo de depenagem, isso significa que, as aves são acomodadas em máquina
de depenagem, utilizando rolos de borracha, ou dedos de borracha para a remoção de penas.
Desta forma, passam pelos rolos, tendo suas penas extraíd as.
17

Conforme mostra a figura 6, os frangos estão sendo preparados para o próximo processo
de evisceração. Este processo acontece a remoção das vísceras e órgãos internos. No entanto,
durante a evisceração, ocorre a abertura de acesso ao interior do corpo do animal, e em seguida,
seus órgãos são removidos por meio de cortes cirúrgicos, ocorrendo a extração do pescoço,
intestinos, fígado, coração e pulmões. É importante salientar, que esta etapa, ocorra de maneira
adequada, e higiênica, evitando assim, contaminação da carne por bactérias nocivas.

Figura 6 - Processo de evisceração avícola

Fonte: Adaptado de AviNews Brasil (2023).

Dentre as etapas do abate, o pré-resfriamento é uma etapa importante, ou seja, as aves


ficam submergidas em tanques de água gelada, ou acondicionadas em câmeras de resfriamento
de ar, fazendo com que, atinja a temperatura correta o mais rápido possível, evitando assim, o
crescimento bacteriano, e garantindo a qualidade e segurança da carne. Podemos salientar que,
o pré-resfriamento, é especialmente importante em climas quentes, ou em abatedouros que
processam grandes quantidades de aves, onde a temperatura ambiente possa aumentar o risco
de contaminação bacteriana.
O resfriamento no abate de aves é uma etapa crucial, para que ocorra a garantia, e a
qualidade da carne. Desta forma, aves são transferidas para uma câmara de resfriamento, onde
ficam mantidas em temperatura abaixo de 4°C, conforme mostra a figura 7.
18

Figura 7 – Câmara fria dentro do frigorifico

Fonte: Adaptado de Globo Rural (2021).

Desta maneira, a carne é resfriada rapidamente para evitar o crescimento de bactérias,


ocorrendo, o aumento de vida útil do produto. O tempo de resfriamento pode variar de acordo
com o tamanho e espécie da ave. Sendo assim, as aves são mantidas em câmaras de resfriamento
até atingirem a temperatura ideal.
A última etapa é o gotejamento, o mesmo ocorre durante o resfriamento dos frangos,
conforme as mesmas são resfriadas, a umidade interna do corpo do animal começa a de
condensar, formando gotas de água. Desta maneira, as gotas escorrem na superfície da carne,
decaindo em bandejas coletoras na parte inferior da linha de processamento.
Além disso, o gotejamento é uma parte normal do processo de resfriamento, isso
significa que, o mesmo se faz importante na remoção do excesso de umidade da carne, ou seja,
ajudando há prolongar sua vida útil, evitando a proliferação de bactérias, garantindo, toda a
segurança alimentar do produto.

2.2.2 Processamento de Carnes

O processamento de aves, geralmente ocorre para transmudar a carne em produtos


comestíveis, ou seja, removendo componentes indesejados como sangue, penas, órgãos
internos, patas, cabeça e evitando a contaminação bacteriana. Contudo a qualidade final do
produto, depende não só das condições em que o frango se encontra quando chegou ao local de
abate, mas também da forma como é manuseada durante a operação.
19

Assim, os frangos são cortados da forma clássica, dividindo a ave de acordo com sua
própria anatomia, separando-os com juntas, sem o uso de força, ou, utilização de serras e
martelos, ou seja, apenas utilizando duas facas bem afiadas, cinzéis e uma tábua de madeira. É
necessário que as facas sejam manuseadas com firmeza, evitando cortar a ave em pedaços mal
acabados, conforme mostra a figura 8

Figura 8 – Cortes preciso no frango

Fonte: Adaptado de Agrotimes (2022).

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023) e a


Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2023), atualmente existem diversos tipos
de frango, dentre eles, os mais comuns são:
- Galeto: pesam aproximadamente 600g, tem menos de três meses de idade. Desta
forma são conhecidas por ter carne macia, com pouco teor de gordura, sendo assim, preparado
de maneira grelhado, assado ou frito.
- Comum: normalmente, os animais que atendem a determinados critérios, como
ter entre três e sete meses de idade, e pesar mais de um quilo. Desta forma, são escolhidos para
consumo.
- Capão: contudo, o mesmo é castrado, ou seja, tem mais facilidade de engorde,
tendo sua carne saborosa e gordurosa.
Atualmente no Brasil, o frango é dividido em frangos inteiros e frangos de corte. No
entanto, o frango inteiro é um frango com fígado, moela, pernas, cabeça e pescoço. Por sua vez,
o frango inteiro possui o peso médio de 2,5 kg. De outro modo, o frango pode ser
20

comercializado em pedaços, com peso inferior a 2kg, podendo o consumidor escolher qual
pedaço deseja.
Neste sentido, o frango permite corte de vários tipos descritos abaixo:
- Asas: comercializadas inteiras, ou em partes, assim como, coxinhas da asa, e meio
das asas.
- Peito: visto que, se trata de um corte mais nobre, por possuir aspectos atraentes,
ou seja, desta maneira o mesmo é utilizado na culinária, em pratos saudáveis.
- Coxas com sobrecoxas: corte feito manualmente, desta forma, os mesmos são
comercializados de forma inteiras ou em cortes, ou seja, resultando em coxas e sobrecoxas.
- Miúdos: assim como, as demais partes apreciadas pelo consumidor, os miúdos
apresentam grande importância para a fabricação de produtos industrializados. Desta maneira,
são apreciados pelos brasileiros, que consomem, preferencialmente, o coração de frango.
Conforme a figura 9, podemos observar como é realizado a embalagem até chegar ao
consumidor final, ou seja, cada embalagem é escolhida, de acordo com o tipo de produto e corte
da carde de frango. Neste contexto, existem diversos tipos de embalagens, incluindo:
- Embalagens a vácuo: este tipo de embalagem retira, faz com que o ar seja
retirado, desta maneira, aumentando o tempo de vida útil do frango, de modo, que reduza a
oxidação da gordura, mantendo a carne fresca.
- Bandejas de com atmosfera modificada (MAP): são preenchidas com mistura
de gases, desta maneira, fazendo com que prolongue a durabilidade de vida útil do frango.
- Embalagens de plástico: podem incluir bandejas, sacos ou envoltórios. Ou seja,
são fáceis de usar, e podem ser personalizados.
- Embalagens de papel: de forma alternativa, e sustentável. O papel pode não ser
tão eficaz, em termos de vida útil ou proteção da carne.
21

Figura 9 – Processo de embalagem em um frigorifico

Fonte: Adaptado de Globo Rural (2022).

Após todos estes processos, a carne de frango é armazenada em câmaras frias. Sendo
assim, as indústrias avícolas, empregam sistemas tecnológicos modernos de armazenamento,
garantindo que os produtos cheguem frescos aos consumidores.

2.2.3 Consumo de Carnes

De acordo com análise de dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA,


2023), o consumo de carne de frango no Brasil vem apresentando crescimento ao longo dos
anos. Em 2022, foram consumidos cerca de 10,6 milhões de toneladas em carne de frango no
país, ou seja, representou um aumento de 5,19% em relação ao ano anterior.
Contudo, o aumento no consumo pode ser atribuído a vários fatores, incluindo
mudanças de hábitos alimentares. Além disso, a carne de frango é considerada uma opção
saudável, por ser rica em proteínas de alta qualidade, possuindo baixo teor de gordura, ou seja,
opção versátil que pode ser encontrada em diferentes cortes e preparações.
Deste modo, a demanda por carne de aves tem crescido significativamente nas últimas
décadas, tornando-se uma das principais fontes de proteína animal em todo o mundo. Vale
ressaltar, que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores da carne de frango do mundo.
Desta forma, contribui para que a proteína esteja presente na mesa de muitos consumidores.
22

2.2.4 Exportação

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023), é uma empresa


vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2023) do Brasil,
tendo como objetivos principais desenvolver tecnologias, conhecimentos e informações
cientificas e técnicas no setor de agropecuária. Porém, além de trazer conhecimentos a Embrapa
evidencia uma análise de dados e estatísticas diretamente ou mediante a convênios com órgãos
brasileiros, números sobre a exportação de carne de frango. Conforme a tabela 2, no que se
refere aos números em um período de 5 nos entre 2018 a 2022 no Brasil. (EMBRAPA, 2023).

Tabela 2 - Exportação em carne de frango


Ano Quantidade (mil t)
2018 4016,9
2019 4174,7
2020 4124,8
2021 4468,0
2022 4659,2
Fonte: Adaptado de (Embrapa , 2023).

A partir da tabela 2, é destacado de forma graficamente para ter uma visualização melhor
dos números e períodos anualmente.
A figura 10, indica a exportação de carne de frango no setor brasileiro. Desta forma, é
notório destacar uma pequena evolução nos anos de 2018 a 2019 no setor de avicultura, porem
com a chegada da pandemia e do Covid 19, a exportação de carnes de frango regrediu em
comparação aos outros anos. Ao passar este período conturbado, no ano de 2021 voltou a
crescer e atualmente o setor é um dos destaques na questão de exportação.
23

Figura 10 – Indicadores de exportação em carnes de frango


4800,0
4659,2
4600,0
4468,0
4400,0
4174,7
4200,0 4124,8
4016,9
4000,0

3800,0

3600,0
2018 2019 2020 2021 2022
Exportação de Carnes de Frango (mil t)

Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2023).

Porem ao tratar do setor brasileiro no mercado de exportação, os 5 estados que mais


exportam no Brasil são: Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De
acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA, 2023),
o boletim aponta que a predominância no setor, é composto a Região Sul do país, juntos estes
estados são responsáveis pelo maior índice de exportação desta proteína no setor brasileiro,
tendo como destaque o estado do Paraná com o maior número de exportação com 326.978.390
kg de frangos. Conforme a tabela 3, é indicado a quantidade em quilo gramas (kg) dos 5 estados
mais exportadores no setor de avicultura.

Tabela 3 – Os cincos estados que mais exportam no Brasil


Estados Quantidade (kg)
Goiás 34.904.914
São Paulo 43.751.668
Paraná 326.978.390
Santa Catarina 174.665.255
Rio Grande do Sul 113.460.766
Fonte: Adaptado de SEAPA (2023)

A partir da tabela 3, é destacado de forma ilustrativa para ter uma visualização melhor
das localidades, dos estados e dos seus números. Desta maneira, a figura 11, ressaltou que no
mesmo período de 2022 os 5 estados descaram números divergentes, tendo como destaque o
domínio da região sul no setor avícola. Só a região sul, totalizou 615.104.411 kg de frangos
exportados. Isso significa que a região é uma das grandes potencias no setor avícola do Brasil.
24

Figura 11 - Os cinco estados que mais exportam no Brasil

Fonte: Adaptado de SEAPA (2023).

Outros dados significativos que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


(EMBRAPA, 2023), disponibiliza em suas pesquisas técnicas, é o volume de carne de frango.
Sendo considerado um período de 6 (seis) anos, ocorreu uma média nos índices até o ano de
2022, segundo a Embrapa se ocorre no ano de 2022 com 4,5 mil toneladas por metros cúbicos
o maior já exportado até o seguinte momento, conforme mostra a tabela 4, (EMBRAPA, 2023).

Tabela 4 – Volume em carne de frango


Ano Quantidade (mil t por m³)
2017 4,0
2018 3,9
2019 4,0
2020 3,9
2021 4,2
2022 4,5
Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2023)

Em uma visualização expressa, a tabela 4 está ilustrada graficamente, relatando um


comparativo do volume de carnes aviarias exportados durante o período do ano de 2017 a 2022.
Além da tabela mostrar os dois piores anos e o maior ano em relação a quantidade de volume
25

exportados, a figura 12, relatou uma comparação, ou seja, em 2018 e 2020 quando ocorreu a
pior quantidade de volume em metros cúbicos, alcançando 3,9 mil toneladas. Já em 2022,
ocorreu a maior quantidade, com um número de 4,5 mil toneladas, ocorrendo um aumento de
15,38% em comparação aos piores anos e um aumento de 7,14% em comparação ao ano
anterior. Isso significa que acontece uma variação anual e dificilmente permanece estável num
período de 6 anos, conforme mostra a figura 12.

Figura 12 – Volume das exportações brasileiras (mil t por m³)


4,6
4,5
4,5
4,4
4,3
4,2
4,2
4,1
4,0 4,0
4,0
3,9 3,9
3,9
3,8
3,7
3,6
2017 2018 2019 2020 2021 2022
Volume das Exportações Brasileiras (mil t)

Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2023).

No que diz respeito às receitas relativas à carne de frango exportada, nota-se que existem
três estado que tem predominância no setor. Estes estados compõem a Região Sul do Brasil, ou
seja, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, juntos estes estados são responsáveis pelo
lucro de $ 1.174.101.415,00 bilhões de dólares, acarretando como um fator importante na
economia brasileira.
A tabela 5 apresenta os lucros obtidos em bilhões de dólares das exportações de frango
nos 5 estados brasileiros no ano de 2022, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA, 2023). Ao analisar a tabela, observa-se que o estado do Paraná lidera em lucro
obtido com $ 597.378.764,00 bilhões de dólares, seguindo do estado de Santa Catarina com
valores de $ 338.794.244,00 bilhões de dólares e o terceiro estado que mais lucrou no ano foi
o Rio Grande do Sul que obteve $ 237.928.407,00 bilhões de dólares em exportação aviaria.
26

Tabela 5 – Valor obtido das exportações brasileiras (bilhões de dólares)

Principais Estados Valor em U$$


Goiás $ 73.152.696,00
São Paulo $ 84.664.023,00
Paraná $ 597.378.764,00
Santa Catarina $ 338.794.244,00
Rio Grande do Sul $ 237.928.407,00
Fonte: Adaptado de ABPA (2023)

Por outro lado, a diferença de lucros obtidos entre o estado do Paraná com o estado de
Goiás alcançou valores de $524.226.068,00 bilhões de dólares, está diferença ocorre devido a
quantidade de frangos exportados, ou seja, enquanto o estado do Paraná exportou
326.978.390,00 kg de frango, o estado de Goiás exportou 34.904.914,00 kg de frango, tendo
uma diferença de 292.073.476,00 kg de frangos exportados, conforme mostra o estudo da tabela
2, referente à os cincos estados que mais exportam no Brasil.
No entanto, para um melhor entendimento dos valores obtidos das exportações
brasileiras, a figura 13 ilustra graficamente cada um dos cinco estados citados, com suas
respectivas receitas.

Figura 13 – Valor obtido das exportações brasileiras (bilhões de dólares)


$700.000.000,00
$597.378.764,00
$600.000.000,00
$500.000.000,00
$400.000.000,00 $338.794.244,00
$300.000.000,00 $237.928.407,00
$200.000.000,00
$100.000.000,00
$73.152.696,00 $84.664.023,00

$-
Goias São Paulo Parana Santa Catarina Rio Grande do
Sul
Valor obtido das Exportações Brasileiras (bilhões de dólares)

Fonte: Adaptado de ABPA (2023).


27

3 ANALISE DE MERCADO

3.1 Analise de Dados no Mercado de Avicultura

Dados apontam que através de um estudo mundialmente, o Brasil foi classificado como
o maior produtor de frango no mundo, ficando à frente dos Estados Unidos e em seguida da
China. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023) juntamente com o
Departamento de Estatísticas e com dados da Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB, 2023), mediante a um estudo de dados dos últimos 6 anos (2018 a 2023), conforme
a tabela 6, agregou informações significativas em dados ocorridos no setor de produção avícola
no Brasil. Através desses dados apontam crescimento na quantidade produzida de frango, ano
após ano.
Tabela 6 – Produção em carnes de frango
Ano Quantidade (mil t)
2018 13517,0
2019 13516,5
2020 13787,5
2021 14615,3
2022 15178,0
2023 15553,0
Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatísticas com dados
da CONAB (2023)

Se tratando de índices muito elevados e para obter um melhor entendimento, os dados


levantados pela Embrapa e juntamente com a CONAB, foram retirados da tabela 6 e ilustrados
graficamente na figura 12. Desta maneira, a análise de 6 anos apontados na figura 14 relata que
o pior ano de produção em carnes de frango ocorreu em 2018, com uma quantidade de 13.515
mil toneladas de frango, o gráfico destaca também, o atual ano de 2023 como o ano que ocorreu
a maior produção de frangos, ou seja, houve uma evolução de 15,06% em comparação aos anos
de 2018 a 2023, isto significa que a avicultura do Brasil, vem crescendo ano após ano e sendo
impulsionada pela sua rapidez no fornecimento de proteínas.
28

Figura 14 - Produção em carnes de frango no Brasil


16000,0 15553,0
15500,0 15178,0
15000,0 14615,3
14500,0
14000,0 13787,5
13517,0 13516,5
13500,0
13000,0
12500,0
12000,0
2018 2019 2020 2021 2022 2023

Produção de Carde de Frango (mil t)

Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatísticas com dados da CONAB (2023)

Um comparativo de dados nos últimos 6 (seis) anos da Embrapa estabelece que o


consumo de carne de frango é um dos alimentos mais presentes na dieta do brasileiro, devido a
sua qualidade nutricional, facilidade de preparo, disponibilidade e custo, garantindo a nutrição
mais saudável. Conforme a tabela 7, podemos observar o comparativo analisado nos anos de
2018 a 2023, referente ao consumo de carnes de frango no Brasil.

Tabela 7 – Consumo em carnes de frango


Ano Quantidade (mil t)
2018 9567
2019 9883
2020 10001
2021 10095
2022 10619
2023 11070
Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatísticas com
dados da CONAB (2023)

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023)


juntamente com o Departamento de Estatísticas e com dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB, 2023), levantou que no ano de 2018 o consumo de carne de frango
era de 9.567 mil toneladas, ou seja, um valor baixo conforme o atual ano de 2023. Somente
após a pandemia do Coronavírus (Covid 19), ocorreu uma evolução no consumo de frangos no
Brasil, este crescimento de 9,65% ocorre entre os anos de 2021 a 2023, e com o alto
fornecimento neste setor o gráfico tende a evoluir ano após ano.
29

O resultado deste estudo comprova que no último triênio foi consumido 10.095 mil
toneladas de frango e após 1 ano, este mesmo consumo, aumentou 524 mil toneladas desta
proteína, uma variação média de 5,2%, para maior cognição o estudo de dados está evidenciado,
conforme a ilustração da figura 15.

Figura 15 - Consumo em carne de frango


11500
11070
11000 10619
10500
10001 10095
9883
10000
9567
9500

9000

8500
2018 2019 2020 2021 2022 2023

Consumo em Carne de Frango (mil t)

Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatísticas com dados da CONAB (2023)

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023), considera-se que


os valores alcançados do frango vivo nos 3 (três) estados citados, conforme a tabela 8, consiste
na cotação atual no setor avícola.

Tabela 8 – Valor do frango vivo


Mês/Estado Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
Fevereiro R$ 5,0 R$ 4,1 R$ 4,8
Março R$ 5,0 R$ 4,1 R$ 4,8
Abril R$ 4,9 R$ 4,1 R$ 4,8
Maio R$ 4,8 R$ 4,3 R$ 4,8
Fonte: Adaptado de EMBRAPA (2023)

Em uma visualização expressa, a tabela 8 está ilustrada graficamente, relatando que no


estado do Paraná, possuía no mês de fevereiro os preços mais caros do frango com um valor de
R$ 5,00 reais, isto significa que, regrediu em 20 centavos com o mês de maio, totalizando no
valor de R$ 4,80, ou seja, houve uma variação de negativa de 4,06% ao mês considerado. Este
preço de R$ 4,80 se manteve em destaque, devido ao estado do Rio Grande do Sul manter uma
média de preço na atual cotação.
30

Dentre os estados citados, Santa Catarina foi o único a apresentar uma pequena alta no
preço de abril a maio com uma variação de 4,87%, chegando no valor de R$ 4,30 reais,
conforme mostra a figura 16.

Figura 16 - Valor de frango vivo em 3 estados


R$ 6,0
5,0 5,0 4,9 4,8
4,8 4,8 4,8 4,8
R$ 5,0 4,3
4,1 4,1 4,1
R$ 4,0

R$ 3,0

R$ 2,0

R$ 1,0

R$ 0,0
Fevereiro Março Abril Maio

Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatísticas com dados da CONAB (2023)

3.2 Analise Futura de Dados no Mercado de Avicultura

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), assegura informações


estatísticas de natureza conjuntural produzidas por órgãos públicos e privados, mediante a um
estudo de dados referente a produção de carne de frango no território brasileiro através do
período do ano de 2022. Dados apontam que através deste estudo, os 5 (cinco) estados que mais
produzem carne de frango são: Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
conforme podemos observar a figura 17.
Deste modo, os três estados sulistas produziram 9106,7 milhões de toneladas de carne
de frango, ou seja, 60% do total nacional de 15.178 milhões de toneladas no ano de 2022. O
contexto em destaque é o estado do Paraná com uma produção de 33,5%, sendo que, em seguida
consta o estado do Rio Grande do Sul com 13,4%, ou seja, uma diferença de 20,1% do maior
estado produtor com o segundo maior neste período.
31

Figura 17 - Indice dos 5 estados mais produtores de frango no Brasil

Fonte: Adaptado de IBGE (2023).

Ao analisar os dados de produção no ano de 2022, conforme a tabela 9, podemos realizar


um estudo referente a projeção futura anual no período de 2023 a 2032. Em 2023 está estimado
15.553 milhões de toneladas, e a projeção para o final da próxima década é produzir 19.067
milhões de toneladas de carne de frango. Esta variação entre o ano inicial da projeção e o final
resulta num aumento de produção de 22,6%, conforme a visualização da tabela 9.

Tabela 9 – Produção futura em carne de frango


Ano PROJEÇAO LSUP.
2023 15553 -
2024 15799 16788
2025 16293 17356
2026 16588 18154
2027 17103 18737
2028 17409 19426
2029 17929 20002
2030 18237 20629
2031 18759 21199
2032 19067 21784
Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatística
com dados da CONAB. (2023)

Este estudo ainda apontou que além de analisar a produção, existe um limite superior,
isto significa que, esta projeção pode ser superada e chegar no limite de produção no seu
32

respectivo ano. Esta variação é de forma crescente, ou seja, conforme aumenta a produção,
aumenta o limite e aumenta a variação, assim gradativamente pelo período escolhido.
Desta forma, se optar por escolher o ano de 2024 a projeção total de carne de frango
seria de 15.799 milhões de toneladas e o limite superior seria de 16.788 milhões de toneladas
de carne de frango, contudo esta variação será de 6,25%. Porém, o ano de 2032, tem por sua
finalidade ser o maior ano de produção com uma projeção de 19,067 milhões de toneladas de
frangos e com um limite superior a 21.784 milhões de toneladas, ou seja, sua variação será de
14,24%. Para uma melhor visualização, a figura 18, ilustra a produção total de carne de frango
no seu respectivo ano e o seu limite superior. Contudo, a EMBRAPA, não disponibilizou dados
de limite superior no ano de 2023, pelo processo estar sendo ocorrido na atualidade.

Figura 18 - Produção Futura em carne de frango

21199

21784
20629
25000

20002
19426

19067
18759
18737

18237
18154

17929
17409
17356

17103
16788

16588
16293
15799
15553

20000

15000

10000

5000
0

0
2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Projeção Limite Superior

Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatística com dados da CONAB. (2023

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023)


juntamente com o Departamento de Estatísticas e com dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB, 2023) apontam que o consumo de carne de frango vem evoluindo
gradativamente nos últimos anos, isto significa que, será a proteína mais consumida no Brasil
e no mundo até 2032, conforme projeções realizadas.
Considerando a importância deste assunto, seja na produção ou no consumo de frango,
a EMBRAPA, projeta no ano de 2024 o número de 11.350 milhões de toneladas consumidas
apenas no Brasil, sendo que, o limite superior pode chegar em até 11.955 milhões de toneladas
consumidas desta proteína, conforme apresenta a tabela 10.
33

Tabela 10 – Consumo futuro em carne de frango


Ano Quantidade (mil t) LIMITE SUPERIOR (LSUP.)
2023 11070 -
2024 11350 11955
2025 11630 12486
2026 11910 12959
2027 12190 13401
2028 12471 13824
2029 12751 14234
2030 13031 14633
2031 13311 15023
2032 13391 15407
Fonte: Adaptado de EMBRAPA e Departamento de Estatística com dados
da CONAB. (2023)

De acordo com o período analisado, podemos observar que ocorreu um crescimento


anual projetado de 2,8% no período 2023 a 2032, ou seja, ano após ano a procura de uma
alimentação saudável, vem sendo maior pela população. Porém, para uma melhor visualização
da tabela 10, foi criado, a figura 19 em formato de gráfico, sendo notório a visualização da
evolução anual e a evolução do limite superior de cada período. Este fator acaba ocorrendo uma
variação média de 21% no consumo de frango do ano de 2023 a 2032.
Podemos notar que no último sexênio analisado mostra um constante crescimento, haja
vista que em 2027, o ano supera a projeção na casa dos 11 milhões de toneladas, chegando ao
número de 12.190 milhões de toneladas consumidas de carne de frango, desta forma significa
que, a variação média até o maior ano projetado será de 9,85%, o que mostra a importância do
setor nestes períodos.
34

Figura 19 - Consumo futuro em carne de frango

15407
15023
18000

14633
14234
13824
13401

13391
13311
13031
12959
16000

12751
12486

12471
12190
11955

11910
11630
11350
11070
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0

0
2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Projeção de Consumo Limite Superior

Fonte: Adaptada de EMBRAPA e Departamento de Estatística com dados da CONAB. (2023)

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2023), as


exportações brasileiras de carne de frango projetam 4.483 milhões de toneladas em 2023. Logo,
a carne de frango no Brasil deve crescer em torno de 2,6% ao ano.
Para o próximo ano de 2024, a projeção é 4.674 milhões de toneladas em frangos
exportados, no entanto, existe um limite superior que se o ano for um sucesso nesta área, a
projeção inicial pode ser superada e alcançar o limite em 5.148 milhões de toneladas, conforme
dados levantados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2023), apresentados na
tabela 11.
Segundo a EMBRAPA, esta projeção ocorre pelo motivo da enorme demanda mundial,
pelo impacto negativo da Influenza Aviaria em vários países e pela competitividade do produto
brasileiro, o que existe a probabilidade em aumentar a demanda pela carne de frango no Brasil.
Tabela 11 - Exportação futura em carne de frango
Ano Quantidade (mil t) LSUP.
2023 4483 -
2024 4674 5148
2025 4670 5227
2026 4906 5754
2027 4929 5861
2028 5179 6340
2029 5210 6443
2030 5464 6886
2031 5498 6981
2032 5754 7399
Fonte: Adaptada de EMBRAPA e Departamento de Estatística com dados da CONAB. (2023)
35

Uma década depois podemos verificar que o desempenho no setor aviário em


exportações, detém crescimento de 28,45%, pois em 2032 a projeção é de 5.754 milhões de
toneladas, enquanto que em 2023 é de 4.483 milhões de toneladas desta proteína, sendo assim,
para obter uma melhor visualização, foi criado, a figura 20 em formato de gráfico indicando os
seus respectivos crescimentos por ano.
Contudo, outro fato em destaque é a variação média de 17% entre a projeção para o ano
e o limite superior que esta projeção pode chegar, isso ocorre pelo grande crescimento que o
setor aviário vem obtendo a cada ano. Esta variação ainda pode aumentar para 28% conforme
o ano projetado.

Figura 20 - Exportação futura em carne de frango

7399
6981
6886
8000

6443
6340
5861

7000
5754

5754
5498
5464
5227

5210
5179
5148

4929
4906

6000
4674

4670
4483

5000
4000
3000
2000
1000
0

0
2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Projeção de Exportação Limite Superior

Fonte: Adaptada de EMBRAPA e Departamento de Estatística com dados da CONAB. (2023)

4 DESEMPENHO DO SETOR DA AVICULTURA NO BRASIL

4.1 Importância na Economia

Segundo dados do Portal Adeca Agronegócios, a alta tecnologia presente nas granjas
brasileiras garantiu ao país o primeiro lugar no ranking mundial de produção de carne de frango,
com mais de 12 milhões de toneladas anuais. Atualmente, mais de 150 mercados importam a
carne do Brasil, garantindo a liderança das exportações, conforme a Associação Brasileira de
Proteína Animal – ABPA.
36

Além de expressiva exportação, o setor avícola também é de extrema importância para


abastecimento interno. O brasileiro tem mudado seu abito de consumo de carnes, passando de
um país preponderantemente consumidor de carne bovina para consumidor de carne de frango.
Com toda essa demanda, a produção de aves no Brasil se tornou uma atividade
econômica extremamente importante, que hoje segue rígidos padrões internacionais e cumpre
pré-requisitos técnicos muitos específicos. Além disso, cada vez mais surgem estratégias
nutricionais que, além de melhorarem aspectos nutricionais, refletem nos resultados das
granjas.
Tal grandiosidade reflete na importância da avicultura para a movimentação da
economia brasileira, gerando cerca de 1 milhão de empregos relacionados apenas à produção
de frangos de corte.
Nesse cenário, o Brasil é referência mundial no setor da avicultura e possui grandes
diferenciais como a alta qualidade e sanidade, o que torna o produto um dos mais concorridos
do mercado mundial, também vem se destacando pelo volume de abates, produtividade e
desempenho econômico.
Segundo os dados relativos do Portal Adeca Agronegócios, o desenvolvimento da
avicultura é o símbolo do crescimento e modernização do agronegócio no Brasil. O País tem
potencial para ser o polo produtor do mundo em razão das condições favoráveis de clima, área,
mão de obra, condições de biosseguridade e capacidade empreendedora para projetos avícolas.

4.2 Impacto na Economia

A produção aviária no Brasil está mais uma vez em alerta. Desta vez, o foco são as aves,
que correm risco devido a proximidade da gripe aviária, doença causada por subtipos de vírus
altamente patogênicos. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), declarou emergência
para prevenir grandes impactos na economia brasileira.
Atualmente o Brasil sofre com a Influenza A (H5N1), ou Gripe Aviária, sendo que os
primeiros casos registrados em solo brasileiro, foi em duas aves marinhas. Em 15 de maio de
2023, foi detectado o primeiro registro da doença no estado do Espirito Santo. Por enquanto, a
influenza aviária, como é denominada a doença, não traz grandes consequências, já que não
afeta a produção de aves em granjas.
No entanto, o país perde o status de jamais ter registrado um caso da doença, embora
permaneça livre da gripe aviária por não ter sido afetada a produção comercial. A presença da
doença no país foi causada por mudanças de rotas de aves e mutações do vírus que tornaram a
37

situação completamente atípica no mundo, sendo que a influenza chegou ao Brasil, por aves
importadas do Norte do Uruguai.
Segundo dados relativos do Portal da Avicultura, estima-se que se caso a doença
ingressar ao país de forma contagiante, o maior exportador de frango, o Brasil, será afetado
diretamente o setor industrial, a perda monetária seria de R$13,5 bilhões de reais. Nesse caso,
haveria também uma perda de 46 mil empregos, não só dentro da cadeia produtiva, mas também
dentro de outras cadeias que estão relacionadas com a comercialização de aves, como a de
produção de insumos.
Desta forma, a esta doença é uma ameaça à segurança alimentar, uma vez que, pode
levar à perda de aves e à contaminação de produtos derivados de aves. Isso pode afetar a
disponibilidade de alimentos e a qualidade de produtos.

5 METODOLOGIA

O trabalho é desenvolvido em cinco etapas. Inicialmente é realizado todo o estudo geral


sobre a cadeia produtiva de avicultura, desde a parte de produção de insumos e de ração, dando
ênfase as criações de aves de corte e postura. Em seguida, é feito um estudo indicando os
principais processos no setor de agroindústrias, como é realizado cada processo até chegar à
parte de consumo e exportação.
Posteriormente, consiste em analisar os índices de mercado no setor de avicultura, com
o intuído de obter os dados, de oferta e demanda, o consumo de produção de carnes de frango,
o mercado de exportação de aves e também relatar a principal projeção de produção feita com
um aspecto de dez anos sobre a produção de aves no Brasil, expondo também o ano que sofreu
o maior impacto de queda e alta no consumo de aves no mercado, destacando uma comparação
do último ano com o atual. Após a implementação, os dados obtidos são apresentados em
formato de gráficos e tabelas para ter uma visualização clara dos números apresentados.
Logo em seguida é realizado uma análise de estudos de dados com indicativos ao
mercado futuro no setor de avicultura, projetando um estudo do mercado atual para dez anos
no futuro de como ficara o mercado de aves no Brasil. Ao concluir, serão averiguados os
desempenhos no setor da avicultura brasileira, juntamente com sua importância econômica e
os impactos na economia atual no setor aviário.
Desta forma, deve ser seguido todos os passos relatados e os processos já existentes em
cada setor da cadeia produtiva para que no final possa obter um benefício importante ao
consumidor final.
38

O fluxograma apresentado na figura 21, apresenta as etapas da metodologia utilizada


desde o início do trabalho.

Figura 21 - Fluxograma de etapas da metodologia

Fonte: Autor (2023)


39

CONCLUSÃO

Este trabalho apresentou um estudo sobre cadeia produtiva da avicultura. Foram levados
em consideração diferentes aspectos relacionados à cadeia produtiva, com o objetivo de realizar
um estudo geral e abordar os acontecimentos do setor agroindustrial, sendo que, para apontar
esses casos, foram considerados analises de processamento, consumo e exportação de carne de
frango no setor brasileiro.
Tendo em vista que, os índices obtidos são de extrema importância para o conhecimento
dessa proteína que vem sendo comercializada em larga escala e consumida cada vez mais ano
após ano, o que tem levado ao aumento dos resultados obtidos neste setor.
Para este estudo, propôs-se analisar a cadeia produtiva da avicultura, desde as primeiras
etapas da operação da alimentação, até a criação de frangos de corte e poedeiras. Essas ações
são propostas como parte de um cenário de evolução da cadeia produtiva do setor avícola.
Observou-se, através dos métodos provados neste trabalho que, a conscientização de
cada processo é de extrema importância para garantir um resultado satisfatório ao final. O
processo até chegar à indústria, por exemplo, deve seguir todos os critérios que foram
realizados, devendo conhecer todos os riscos e analisar a evolução das aves, tanto para corte
quanto para postura.
As indústrias estão sempre em busca de melhor desempenho, ou seja, na parte de abate,
o corte é cada vez mais preciso, a produção está aumentando, devido as normas serem cada vez
mais rígidas e os órgãos responsáveis tem sempre o cuidado de fiscalizar diretamente ou por
meio de órgãos governamentais, as indústrias que abatem o setor avícola.
Outro impulsionador do crescimento do setor avícola é o grande consumo dessa proteína
que vem aumentando nos últimos anos, já que a população em sua grande maioria busca por
consumir algo mais econômico e saudável.
Desta forma, conclui-se que com o estudo da projeção futura, o setor avícola aguenta a
continuar evoluindo, pelo menos nos próximos 10 anos, com estes dados desenvolvidos é de
grande valia e utilidade, pois mostra o crescimento do setor avícola. Com a possibilidade de
exibição simultânea de gráficos de análise de mercado e análise de mercado futuro, apresento
como principal motivação e conto com uma análise completa de todos os dados obtidos. Por
isso, busca a melhor performance de processo, e conhecimento do setor produtivo de aves de
corte e postura no Brasil.
40

REFERÊNCIAS

AVISITE. Estatísticas e Preços. Campinas - SP, 2023. Disponível em: ˂


https://www.avisite.com.br/estatisticas-precos/.˃. Acesso em: 22 mai. 2023.

AVICULTURA INDUSTRIAL. Análise de Mercado. Itu - SP: Disponível em: ˂


https://www.aviculturaindustrial.com.br/analise>. Acesso em: 14 mai. 2023.

AVICULTURA INDUSTRIAL. Etapas do Manejo de Frango de Corte. 2013. Disponível


em;<https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/etapas-do-manejo-de-frango-de-
corte/20130307-090133-h028>. acesso em: 29 de maio de 2023.

AZEVEDO, J. L.; PIZZARINI-KLEINER, A. A. Industrialização de Frangos, e seus métodos de


abate. In MELO, I. S.; VALADARES-INGLIS, M. C.; NASS, L. L.; VALOIS, A. C. C. (eds).
Jaguariúna - SP, Industrialização e Métodos de abate. Embrapa, 2002.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Projeções do Agronegócio:


BRASIL 2020-2021 a 2030-2031. Secretaria de Política Agrícola. Brasília, 2021, 102 p. –
Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/todas-
publicacoes-depolitica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-do-agronegocio2020-
2021-a-2030-2031.pdf/view>. Acesso em: 17 abr. 2023.

CARVALHO, Camila Lopes, Nathalia de Oliveira Telesca Camargo e Gabriela Miotto Galli.
Avicultura de postura e bem-estar animal. jornal da universidade, 2021.Disponível em:
<https://www.ufrgs.br/jornal/avicultura-de-postura-e-bem-estar-animal/>. Artigo -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Acesso em: 29 de maio de 2023.

CONAB. Oferta e Demanda de Carnes. Disponível em: <https://


www.conab.gov.br/info-agro/analises-do-mercado-agropecuario-eextrativista/analises-do-
mercado/oferta-e-demanda-de-carnes/item/
download/39868_79ce94a8f531b6e141a0d0c23d9223fc>. Acesso em: 17 abr. 2023.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Anuário 2023


da agricultura industrial., p. 1-9, 2022. Disponível em:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1150191/1/final10081.pdf˃.
Acesso em: 17 abr. 2023

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Embrapa


suínos e aves. Concórdia – SC.2023. Disponível em: https://www.embrapa.br/suinos-e-
aves/cias/estatisticas/frangos/mundo. Acesso em: 18 mai. 2023.

GIAROLA, Paula da Costa Manso. Análise da cadeia produtiva avícola de Santa


Catarina. Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos de Carvalho. 2017. 65 p. Dissertação (Graduação
em Ciências Econômicas) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2017.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTÍCA - IBGE. Pesquisa


trimestral do abate de animais Disponível em: <
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/21119-primeiros-
resultados-2abate.html?=&t=resultados>. Acesso em: 17 abr. 2023
41

INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS E SOCIAIS. A cadeia de carne de frango:


uma análise dos mercados brasileiro e mundial de 2002 a 2010. Disponível em: <
https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/TD_44_JAN_2013_1.pdf>. Caxias do Sul-RS. 2013.
26 p. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Acesso em: 17 abr. 2023

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO -


MAPA. Projeções do agronegócio Brasil 2021/22 a 2031/32 projeções de longo prazo.
Brasília – DF: Mapa, 2022.111p. Acesso em: 17 abr. 2023.

OCKERMAN.H.W.; HANSEN, C.L. Industrialização de subprodutos de origem animal.


Aves – Guia Básico para resolver problemas. Disponível em:
http://www.aveworld.com.br/index.php?documento=136. Editorial Acribia S.A., 1994 -
Acesso em 14 de maio de 2023.

PORTAL SUÍNOS E AVES. Manejo alimentar e a produção de ração para frangos de


corte. 2018. Disponível em: <https://www.portalsuinoseaves.com.br/manejo-alimentar-e-a -
producao-de-racao-para-frangos-de-corte/>. Acesso em: 22 de maio de 2023.

SILVA, C.A.B, FERNANDES, A.R. Projetos de empreendimentos agroindustriais –


Produtos de origem animal. Viçosa: UFV, 2005.380p. Acesso em 15 de maio de 2023.

WIERSBITZKI, Tiago da Silva. Frango de corte: uma análise do mercado brasileiro de


2006 a 2015. Orientador: Prof. José Valdemir Muenchen. Ijui-RS. 2017. 70 p. Dissertação
(Graduação em Ciências Econômicas) – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul - Unijuí, 2017.

Você também pode gostar