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1. INTRODUÇÃO
A dissociação dos tecidos é o único método que revela as particularidades das células. A
maceração é a forma artificial de separação das células de um tecido, através da dissolução da
lamela média, que é composta, quase em sua totalidade, por lignina. Através da maceração é bem
possível a observação tridimensional das células, facilitando o estudo das características
anatômicas da madeira, principalmente o estudo das dimensões de fibras e traqueídeos.
A partir da maceração, é possível a individualização das diferentes células lenhosas que
compõem a madeira. A partir das células individualizadas, pode-se visualizar principalmente as
fibras e elementos de vasos nas folhosas e os traqueóides nas coníferas. Alguns detalhes
específicos da madeira, algumas vezes, não são possíveis de serem observados nos três planos
anatômicos, tais como as placas de perfuração dos elementos de vasos e as pontoações de fibras.
Neste caso a maceração passa a ser uma ferramenta importante na avaliação qualitativa das
diferentes células lenhosas que compõem a madeira.
Embora se acredite que a natureza das ligações químicas entre os polissacarídeos e a lignina
seja mais complexa que a simples impregnação da lamela média pela lignina, os solventes químicos
são capazes de dissolver a substância intercelular e promover a separação das células vegetais. A
madeira, assim preparada, é usada para medições de largura, diâmetro do lume e comprimento das
fibras, espessamento de parede e pontuações.
Os reagentes utilizados para se remover a lignina estão assim agrupados:
a) solventes orgânicos específicos – álcoois, fenóis, dioxano, dimetilsulfóxido etc.
b) soluções aquosas ou básicas – NaOH, NaOH + Na2S, HNO3 , ClO2 etc.
c) soluções oxidantes – H2O2 , KMnO4 etc.
Os compostos orgânicos e as soluções oxidantes alteram o mínimo possível, a estrutura da
lignina, enquanto os reagentes básicos se caracterizam por reações drásticas, alterando a estrutura
da lignina.
2. OBJETIVOS
▪ Isolar os componentes anatômicos de madeira de folhosas e coníferas para posterior estudo de
tais componentes individualizados;
3. MATERIAL E MÉTODOS
2
c. Colocar os fragmentos de madeira num tubo de ensaio adicionadas a um volume da solução
macerante, volume esse o suficiente para recobrir todas as partículas;
d. Levar o tudo de ensaio a uma estufa aquecida à temperatura de 60oC por aproximadamente 48
horas;
e. Em seguida, lavar o material em água corrente, a fim de eliminar os resíduos químicos;
f. Colocar o material novamente no tubo com um pouco de água e agitar para que ocorra a completa
dissolução da lamela média;
g. Colorir com o corante azul de astra;
h. Montar as lâminas temporárias.
4. RESULTADOS
Aumento:
Aumento:
3
AULA PRÁTICA II: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE FIBRAS E TRAQUEÍDEOS
1. INTRODUÇÃO
Outra importância de ser fazer a maceração é a possibilidade de mensurar as dimensões de
fibras e traqueóides, que são: comprimento, largura e diâmetro do lume, já que nos três planos
anatômicos de corte não é possível realizar essas medições com precisão.
Em geral, o comprimento dos traqueídeos varia de 2 a 6mm, enquanto as fibras têm de 0,6 a
1,5mm. A largura dos traqueídeos está entre 30 e 50μm e das fibras, entre 15 a 25μm. Já o diâmetro
do lume dos traqueídeos, é, em geral, de 18 a 25 μm e o diâmetro das fibras de 8 a 18 μm.
Nos estudos de caracterização da madeira, essas dimensões podem apresentar correlações
com outras propriedades da madeira, tais como a densidade. Essas correlações podem ser válidas
para algumas espécies e para outras não. Uma característica anatômica associada a densidade é
a espessura da parede, onde tem-se registrado na literatura, muitas relações positivas desses dois
parâmetros em estudos com madeiras de coníferas e folhosas.
No entanto o que merece real destaque são as correlações das dimensões das fibras e
traqueóides com as propriedades do papel, características estas que definem a qualidade da
madeira para a produção do papel. Muitos autores afirmam que comprimento da fibra afeta algumas
propriedades do papel, em particular, resistência ao rasgo e resistência a dobras. Outra
característica muito importante para as propriedades do papel é a largura da fibra. Fibras mais
largas produzirão papéis com menor resistência ao ar, maior volume específico aparente e maior
resistência ao rasgo. Por outro lado, prejudicarão a formação da folha uma vez que tem maior
tendência a flocular na caixa de entrada. A espessura da parede é uma característica anatômica
tão importante quanto a largura da fibra e geralmente está relacionada com a rigidez da fibra.
2. OBJETIVOS
▪ Fazer medições de comprimento, largura e diâmetro do lume de fibras e traqueídeos;
3. MATERIAL E MÉTODOS
Macerado de folhosa:______________________
Macerado de conífera:______________________
Norma a ser utilizada: IAWA (1989) – fazer medição de, no mínimo, 25 fibras para comprimento,
largura e diâmetro do lume.
𝐿 − 𝐷𝐿
𝐸𝑃 =
2
Onde, EP= espessura da parede (μm); L= largura (μm); DL = diâmetro do lume (μm).
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▪ Medição de diâmetro do lume e largura da fibra: Utilizar a objetiva de 20 vezes.
NOTA: Não é necessário fazer a medição de todos os parâmetros na mesma fibra, devido à
utilização de objetivas diferentes do microscópio ótico e à amostragem ser aleatória e
representativa.
5. RESULTADOS
Compriment
parede (μm)
parede (μm)
Traqueídeo
Espessura
Espessura
lume (μm)
lume (μm)
Diâmetro
Diâmetro
Largura
Largura
o (mm)
o (mm)
parede
parede
Fração
Fração
Fibras
(μm)
(μm)
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
7 7
8 8
9 9
10 10
Fibras Traqueídeos
Parâmetro
Maior Menor Desvio Maior Menor Desvio
Média CV(%) Média CV(%)
valor valor padrão valor valor padrão
Comprimento
(mm)
Largura
(µm)
Diâmetro
lume (µm)
Espessura
parede (µm)
CV(%)= coeficiente de variação.
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AULA PRÁTICA III: PREPARO DE AMOSTRAS, MICROTOMIA E MONTAGEM DE LÂMINAS
1. INTRODUÇÃO
Existem basicamente duas técnicas para que a madeira possa ser observada a nível
microscópico. Uma delas é a maceração, onde é possível observar as células lenhosas que
compõem a madeira, através do uso de reagentes específicos que individualizam essas células
através da dissolução da lamela média. Outra técnica é através da microtomia e montagem de
lâminas, onde é possível visualizar os três planos anatômicos de corte, identificando-se os vários
tecidos que compõem a madeira, tais como fibras, parênquima axial e radial, traqueóides e vasos.
A microtomia é o processo que consiste em transformar a madeira em seções muito finas,
transformando-a num objeto delgado e quase transparente, para ser observado com o auxílio de
um microscópio. Após a obtenção dessas finas seções é possível montar lâminas permanentes ou
semi-permanentes. No entanto, antes de iniciar o processo de microtomia, é recomendável que,
essas finas seções as serem obtidas, sejam oriundas de amostras de madeiras representativas das
árvores da qual se queira estudar. Nesse caso é recomendada uma amostragem da madeira.
Dependendo do objetivo do trabalho, essa amostragem pode ser feita de várias maneiras. Em geral,
é realizada em pontos específicos da árvore, sejam no sentido radial (sentido medula-casca) ou
axial (sentido base-topo), as amostras são retiradas de indivíduos representativos de uma floresta
natural (quando há essa possibilidade) ou de plantio florestal.
No Brasil, a maior parte dos estudos anatômicos de madeiras é realizada seguindo-se normas
da COPANT, publicada em 1974, e da IAWA Committee, publicada em 1989 para a madeira de
folhosas e em 2004 para a madeira de coníferas. No Brasil, em 1992, o Laboratório de Produtos
Florestais (LPF) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) publicou um documento com base nas normas da COPANT e IAWA Committee, para
normatizar os estudos de anatomia do lenho no País. O documento, apesar de ainda não ser
normatizado pela ABNT ou INMETRO, pode ser seguido para fins de orientação de amostragem e
descrição anatômica macro e microscópica da madeira.
2. OBJETIVOS
(2) Localização das amostras: É importante especificar a origem da localização da amostra: tronco
ou ramo. No caso de árvores, as amostras devem ser coletadas, preferencialmente, a 1,30m do
solo, à altura do DAP (1,30 metros do solo). Em arbustos com menos de 3 metros de altura ou
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árvores que se esgalham à pequena altura, a amostra deverá ser retirada num ponto abaixo da
primeira bifurcação, no caso das Angiospermas. Na ocorrência de raízes tubulares, conhecidas
como sapopemas, a amostra no tronco deve ser coletada num ponto acima do ponto de inserção
dessas raízes (Angiospermas). Em Gimnospermas, geralmente é possível a retirada de amostras
na região do DAP. É importante que as amostras sejam completas, contendo casca, alburno e
cerne. Para estudos em que as árvores não possam ser derrubadas, as amostras devem ser
retiradas com o auxílio de um trado ou equipamento similar, com diâmetros adequados para que as
mensurações sejam representativas.
OBS: Para estudos de caracterização da madeira, recomenda-se retirar uma amostra do cerne
periférico, por essa porção ser representativa da seção transversal como um todo. Em estudos de
nível científico, recomenda-se adotar repetições, onde cada repetição deve consistir de um indivíduo
da mesma espécie. Nesse caso, várias amostras de um mesmo indivíduo serão analisadas e depois
o resultado final terá uma análise estatística.
(3) Dimensões dos corpos de provas: As amostras deverão ter tamanho suficiente para o estudo
a que se destinam. Os corpos-de-prova para as análises macro e microscópica deverão ter
dimensões adequadas ao ponto de apoio do micrótomo. Em geral o tamanho dos corpos de prova
é variável, dependendo do técnico ou pesquisador que fará o processo de microtomia e montagem
das lâminas. O documento do LPF sugere as seguintes dimensões: 1,5 cm na direção tangencial;
2,0 cm na direção radial e 3,0 cm na direção longitudinal.
OBS: As dimensões dos corpos de provas são, em geral, sugeridas, como aconteceu com o
documento do LPF. No Laboratório de Propriedades da Madeira adotam-se dimensões similares
àquelas recomendadas pelo LPF, em geral com cerca de 2,0 cm na direção tangencial; 2,0 cm na
direção radial e 3,0 cm na direção longitudinal, objetivando seções finas da madeira de maior
tamanho para a confecção das lâminas.
Após a amostragem e preparo dos corpos de provas, estes deverão ser tratados, quando
necessário, por um método apropriado de amolecimento, antes de serem levados ao micrótomo,
conforme será descrito a seguir.
Após o preparo dos corpos de prova (amostra de madeira a ser preparada para microtomia),
estes devem ser preparados para uma seção de amolecimento, para facilitar a retirada das finas
seções. Para tal situação, a madeira pode apresentar-se em duas situações:
a) Madeira verde - esta é a condição ideal, pois o lenho se apresenta no estado natural, oferecendo
maior facilidade de corte. Para preservar este material nessa condição, deve-se lavar a madeira em
água corrente e embebê-la em uma solução especial de FAA (5 partes de formol, 5 partes de ácido
acético glacial e 90 partes de álcool, a 70%). Para madeiras muito duras, mesmo estando no seu
estado verde, ela pode ainda estar dura ao corte no micrótomo. Para o amolecimento dessas
madeiras - verdes e duras - é conveniente colocar essas amostras em soluções de glicerina a 30%,
50% e 100%, em série, à temperatura ambiente.
5. MICROTOMIA
6. MONTAGEM DE LÂMINAS
Após a obtenção das finas seções de madeira, nos três planos de observação, pode-se realizar
a etapa seguinte: a montagem de lâminas, que pode ser permanente ou temporária.
A montagem de lâminas permanentes de madeira segue os seguintes passos:
(2) Coloração: a fim de se obter uma melhor observação da madeira é comum tingir as seções
artificialmente. Os corantes têm a função de aumentar o contraste entre as diferentes estruturas
celulares a fim de obter uma melhor observação da madeira a nível microscópico. Atualmente os
corantes mais utilizados em anatomia de madeira são a safranina e o azul de Astra, devido esses
dois corantes apresentarem maior afinidade com os principais componentes químicos da parede
celular: a celulose e a lignina. Segundo Burger e Richter (1991), esses corantes podem ser
preparados da seguinte maneira,:
● Azul de Astra (solução aquosa a 1%): 1 g de azul de Astra em 100 mL de água destilada e
mais três gotas de ácido acético glacial. Agitar bem.
OBS 3: Outro corante também pode ser utilizado em anatomia de madeira: o safrablau, que consiste
de uma solução de 70% de azul de Astra e 30% de safranina.
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O tempo de coloração é variável, dependendo da madeira, variando de minutos a horas.
Decorrido o tempo de coloração, as finas seções da madeira devem ser novamente lavadas em
água destilada.
(4) Passagem pelo acetato de butila: após a etapa de desidratação, as seções de madeira
devem passar por uma solução de acetato de butila, para a montagem de lâminas permanentes. O
acetato de butila mantém as finas seções de madeira desidratadas e estendidas, da mesma maneira
que estavam durante o processo de desidratação, além de ser um reagente compatível
quimicamente com os meios de montagem mais utilizados. O acetato de butila é utilizado
atualmente nos procedimentos de montagem de lâminas permanentes em substituição ao xilol, que
é nocivo a saúde.
(5) Montagem da lâmina permanente: Depois da passagem pelo acetato de butila, com o
auxílio de uma pinça, cada corte de cada uma das três seções deverá ser colocado sobre uma
lâmina de vidro. As finas seções da madeira deverão ser colocadas na lâmina de vidro, a partir do
código de identificação, nesse sentido: transversal, longitudinal tangencial e por ultimo o longitudinal
radial. Em seguida, adicionar uma gota do meio de montagem (bálsamo-do-Canadá, Euparal,
Entellan, permount etc.) e colocar uma lamínula sobre eles, de modo a evitar o surgimento de bolhas
de ar; em seguida, deixar secar e etiquetar as lâminas; logo, estarão prontas para serem observadas
ao microscópio. O meio de montagem tem a função de fixar as finas seções da madeira na lâmina
de vidro, além de dar a longevidade à lâmina permanente produzida. Um exemplo dos três cortes
corados da madeira pode ser vistos na figura abaixo.
Planos anatômicos da seção transversal (A), longitudinal tangencial (B) e longitudinal radial (C) da
madeira de Eucalyptus camaldulensis.
OBS: Uma lâmina permanente pode ser produzida com seções coradas e não coradas. Quando a
lâmina é feita com seções não coradas, se devem desconsiderar as etapas descoloração e
coloração, iniciando-se a montagem de lâminas permanentes a partir da etapa (3) desidratação,
seguindo-se todas as etapas posteriores a montagem de lâminas permanentes.
Dependendo do objetivo do trabalho, pode-se montar uma lâmina semi-permanente. Nesse tipo
de lâminas, caso se utilize seções coradas da madeira, devem-se fazer os procedimentos (1) e (2),
descritos para a montagem de lâminas permanentes. Após a coloração do material, as lâminas são
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podem ser montadas, utilizando-se água e glicerina na proporção 1:1 como meio de montagem.
Neste tipo de lâmina, a lamínula deve ser fixada sobre a lâmina de vidro através de um adesivo
específico. Essa lâmina tem duração média de dois meses a até alguns anos. A lâmina semi-
permanente tem as seguintes vantagens em relação às lâminas permanentes: menor consumo de
reagentes durante a sua produção, pois não se faz a desidratação da material e a passagem do
acetato de butila; e também são lâminas de montagem mais rápida. Como desvantagem não
apresenta vida útil tão grande quanto às lâminas permanentes.
7. RESULTADOS – resumo
▪ Etapas da amostragem:
▪ Amolecimento da madeira:
▪ Microtomia:
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▪ Montagem de Lâminas Permanentes
Reagente/ Composto
Etapa Função
químico
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AULA PRÁTICA IV: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DE POROS E PARÊNQUIMA RADIAL
1. INTRODUÇÃO
Algumas medições anatômicas podem ser realizadas nos planos de observação da madeira,
dentre elas o diâmetro do lume e a frequência de vasos, no plano transversal e a largura e altura
dos raios, no plano longitudinal tangencial. Abaixo são mostradas algumas dessas medições.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
A medição é realizada somente no lume dos vasos, sendo uma medida do seu diâmetro
tangencial, ou seja, o diâmetro perpendicular aos raios, conforme pode ser visto na figura abaixo.
A IAWA Committee (1989) recomenda que devem ser medidos no mínimo 25 diâmetros do lume
dos vasos por lâmina, utilizando-se a objetiva de 10X.
Plano transversal da madeira de Eucalyptus sp., onde se mediu o diâmetro do lume de alguns
vasos. Barra branca = 100 μm
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Solução: Foram contados 42 vasos em uma imagem que contem 4,7 mm2, então por regra de três,
obtêm o número de vasos por milímetro quadrado.
A IAWA Committee (1989) recomenda que devem ser feitas, no mínimo, a frequência de 5
micrografias. Para a contagem dos poros, estabeleceu-se que o poro inteiro é contado como 1; se
o poro aparecer na micrografia como meio ou mais de meio, conta-se como 0,5; se, na micrografia,
menos de metade do poro aparece, este não é contado.
OBSERVAÇÃO: Podem-se utilizar as outras objetivas para o cálculo. Por exemplo, a objetiva de
10x possui uma área de 1,2mm², quando se utiliza o software AxioVision.
É realizada no plano longitudinal tangencial, onde se pode medir a sua largura (Figura a) e a sua
altura (Figura b), ambos na objetiva de 10x. Os resultados de largura devem ser expressos em
micrômetros e os de altura devem ser expressos em milímetros.
Plano longitudinal tangencial da madeira de Eucalyptus sp. (a) medição da largura de alguns
raios. (b) medição da altura de alguns raios. Barra branca = 50 μm
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4. RESULTADOS
Diâmetro Frequência
Estatística Largura (µm) Altura (µm)
poros (µm) (poros/mm²)
Nº Observ.
Média
Maior Valor
Menor Valor
Desvio
Padrão
CV (%)
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AULA PRÁTICA V: MACROSCOPIA E MICROSCOPIA DE CONÍFERAS
1. OBJETIVOS
2. MATERIAL E MÉTODOS
a- Macroscopia:
Com auxilio de uma lupa de mão, observar no plano transversal de algumas amostras de
madeiras de Pinus e araucária:
- Anéis de crescimento (lenho inicial e tardio) – Observar a nitidez (ou não) dos lenhos;
- Presença ou não de canais de resina.
- Presença ou não de cerne e alburno.
b- Microscopia:
● Plano transversal:
- Anéis de crescimento: Largura da parede dos traqueídeos (diferenciação do lenho tardio e lenho
inicial)
- Canais de resina e parênquima epitelial
● Plano tangencial:
- Células de parênquima radial
-Tipo de raio
● Plano radial:
- Pontuações no campo de cruzamento
- Células de parênquima radial
-Tipo de raio
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3. RESULTADOS
a- Macroscopia:
b- Microscopia:
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AULA PRÁTICA VI: MACROSCOPIA E MICROSCOPIA DE FOLHOSAS
1. OBJETIVOS
2. MATERIAL E MÉTODOS
a- Macroscopia:
Com auxílio de uma lupa de mão, observar nos 3 planos algumas amostras de madeiras:
- Anéis de crescimento (lenho inicial e tardio) – Observar a nitidez (ou não) dos lenhos;
- Porosidade;
- Presença de parênquimas axiais;
- Observar no plano tangencial e radial a presença de raios;
- Observar a presença ou não de lenho estratificado.
b- Microscopia:
● Plano transversal:
- Anéis de crescimento, se distintos ou não.
- Fibras, raios, porosidade e parênquima axial (ver Figura 1 e 2).
● Plano tangencial:
- Fibras, vasos e raios (uni, bi, tri ou multisseriados).
- estrutura dos raios (estratificados ou não)
● Plano radial:
- Fibras, vasos e homogeneidade dos raios.
3. RESULTADOS
a- Macroscopia:
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● Descrever uma breve comparação das análises macroscópicas:
b- Microscopia:
18
Escasso Vasicêntrico Vasicêntrico Unilateral
confluente
Aliforme de
Aliforme Confluente Em faixas
extensão linear
Figura 1 - Tipos de parênquima axial paratraqueal. Fonte: (IPT, 2007)
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AULA PRÁTICA VII: RELAÇÃO CERNE/ALBURNO
Procedimento:
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Espécie AS CRN ALB %CRN %ALB C/A
Amostra
1
Amostra
2
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V AULA PRÁTICA III: QUALIDADE DE FIBRA PARA A INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL
1. INTRODUÇÃO
Os termos fibras ou polpas celulósicas têm sido utilizados comumente para se referirem à
massa de elementos anatômicos que foram individualizados da madeira após o processo de
fabricação de polpa celulósica. Essa massa possui muito mais que fibras ou traqueídeos, pois na
constituição anatômica da madeira existem outros tipos de células como parênquimas, elementos
de vaso, etc.
Foram desenvolvidos inúmeros índices para os elementos anatômicos da madeira para
avaliar seu potencial papeleiro. Foram também desenvolvidas muitas medições de qualidade para
monitorar a qualidade das polpas. Algumas dessas propriedades são vitais para um bom
desempenho da polpa na máquina de papel e para uma boa qualidade dos produtos com ela
fabricados. Como são muitos indicadores de qualidade e por serem baseados em princípios muito
parecidos, muitos deles acabam por mostrarem correlações muito significativas entre si.
Deve-se levar em conta ainda que cada tipo de papel tem uma demanda de qualidade. As
máquinas que fabricam esse papel também. Existem propriedades típicas para cada produto e
muitas vezes elas são ligeiramente diferentes para os diferentes fabricantes do mesmo produto.
Isso porque eles podem ter fábricas e máquinas de diferentes idades tecnológicas e as
especificações variam conforme as restrições encontradas na fabricação.
Texto: Celso Foelkel (adaptado)
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
2 ∗ espessura da parede(μm)
𝐈𝐑 =
diâmetro do lúmem(μm)
4. RESULTADOS
AMOSTRA 2
Comprimento
Comprimento
parede (μm)
parede (μm)
Espessura
Espessura
lume (μm)
lume (μm)
Diâmetro
Diâmetro
Largura
Largura
(mm)
(mm)
(μm)
(μm)
23
Determinar os índices indicadores para cada uma das amostras apresentadas, de acordo
com as fórmulas acima.
AMOSTRA 1:
AMOSTRA 2:
- Avaliar os resultados da medição das fibras realizada com o equipamento VALMET FS5
Fiber Analyzer, preencher as tabelas a seguir e calcular os índices de qualidade do papel,
baseado nesses resultados.
Tabela 2 -Dimensões das fibras de polpa celulósica medidas VALMET FS5 Fiber Analyzer;
AMOSTRA 1
AMOSTRA 2
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Determinar os índices indicadores para cada uma das amostras apresentadas, considerando
os resultados acima e de acordo com as fórmulas apresentadas.
Com mesma polpa, determinar coarseness, número de material fibroso por grama,
comprimento, diâmetro e porcentagem de finos (VALMET F5).
Perguntas:
b) Por que os resultados obtidos pela técnica de microscopia e pela utilização do Fiber Analyzer
são diferentes.
Vista superior e lateral dos papéis de Eucalyptus e Pinus (Silvana Nisgoski, 2011).
Eucalyptus
Pinus
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AULA PRÁTICA IX: DEFEITOS NA ESTRUTURA ANATÔMICA DA MADEIRA
1. INTRODUÇÃO
▪ Lenho de reação, sendo lenho de compressão nas coníferas e lenho de tração nas folhosas.
▪ Nó morto.
▪ Largura irregular dos anéis de crescimento.
▪ Crescimento excêntrico
▪ Tecido de cicatrização.
▪ Medula oca.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
Material utilizado:
4. RESULTADOS
a – Macroscopia:
Defeito:
Causa :
Consequência:
Defeito :
Causa :
Consequência :
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Defeito :
Causa :
Consequência :
Defeito :
Causa :
Consequência :
Defeito :
Causa :
Consequência :
Defeito :
Causa :
Consequência :
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b – Microscopia:
▪ Madeira de folhosa:
▪ Madeira de conífera:
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AULA PRÁTICA X: PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS DA MADEIRA
1. INTRODUÇÃO
As propriedades organolépticas são aquelas que são percebidas pelos órgãos sensoriais,
influenciando positiva ou negativamente na utilização das madeiras. Normalmente, são de
importância secundária para a anatomia e identificação de madeiras.
Cor: Esta propriedade que deve ser considerada com muita cautela, pois é comum encontrar-
se uma ampla gama de variação natural de tonalidade entre indivíduos de uma mesma espécie e,
até mesmo, entre várias partes de um mesmo tronco. A cor da madeira é de grande importância
sob o ponto de vista decorativo, definindo-lhe um uso nobre e especial. Substâncias corantes,
quando presentes em elevadas concentrações, podem ser extraídas comercialmente e aplicadas
na tintura de couros, tecidos etc. Nas madeiras tropicais, a variação de cores é muito grande,
apresentando madeiras de lenho branco, amarelo, castanho ou castanho-avermelhado,
avermelhado, roxo e até negro; algumas espécies possuem cores características ou listras, que
podem ajudar na identificação.
Cheiro: O cheiro é uma característica difícil de ser expressa e definida. O odor típico que
algumas espécies apresentam se deve à presença de certas substâncias voláteis ou extrativos, que
se concentram principalmente no cerne. Devido à volatilidade de certos materiais, o cheiro tende a
diminuir com o tempo de exposição, mas se torna bem pronunciado quando se raspa, corta-se ou
se umedece a madeira, no plano longitudinal tangencial. O cheiro a ser considerado e avaliado se
refere à madeira seca e não à madeira verde ou semi-seca, que muitas vezes apresenta cheiro
natural pronunciado e, em alguns casos, um odor rançoso, resultante da fermentação. Existem
muitas madeiras cujos odores são típicos e que permitem uma fácil identificação.
Gosto: O gosto e o cheiro são propriedades intimamente relacionadas por se originarem das
mesmas substâncias. É, também, uma característica difícil de ser definida e, muito
excepcionalmente, o sabor contribui para a identificação e distinção de espécies. De um modo geral,
as espécies ricas em tanino apresentam um sabor amargo. O gosto é mais sentido em madeiras
verdes ou recentemente cortadas, sendo mais intenso no alburno que no cerne. Em função do gosto
desagradável, algumas madeiras devem ser descartadas para certos usos industriais, como
embalagens para alimentos, palitos de dente, de picolé e pirulitos, brinquedos para bebês etc.
Algumas madeiras são descartadas para uso de defumação de carnes e queijos, por repassarem
gosto e cheiro indesejáveis aos alimentos. Essas mesmas madeiras podem ter um uso preferencial
para segmentos da construção civil, como estruturas de telhados, por serem repelentes aos insetos.
Desenho: Desenho é o termo usado para descrever a aparência natural das faces da madeira,
notadamente da face longitudinal do cerne, bem polida, que resulta das várias características
macroscópicas: cerne, alburno, cor, grã, anéis de crescimento e raios. Desenhos especialmente
atraentes têm sua origem em certas anormalidades, como grã irregular, galhos, troncos
aforquilhados, nós, crescimento excêntrico, deposições irregulares de substâncias corantes etc. O
desenho da madeira é essencialmente importante na confecção de lâminas, pela combinação de
cores e formas, sendo muito apreciado para fins ornamentais e usado para a fabricação de painéis,
móveis e divisórias. Diversos são os termos usados para interpretar os desenhos da madeira e
todos podem se apresentar de forma suave, lisa ou bem pronunciada. Brilho: É a propriedade que
algumas madeiras possuem de refletir a luz incidente. A face longitudinal radial é sempre a mais
reluzente pelo efeito das faixas horizontais dos raios. Sob o ponto de vista de identificação e
distinção de madeiras, a característica de brilho é irrelevante e difícil de ser definida. A importância
do brilho é principalmente de ordem estética e esta propriedade pode ser aumentada,
artificialmente, através de polimentos e acabamentos superficiais.
Textura: A textura é o efeito produzido na madeira pelas dimensões, distribuição e
porcentagem dos diversos elementos estruturais constituintes do lenho, principalmente os poros.
Nas Angiospermas, a textura é determinada, sobretudo pelo diâmetro dos vasos e largura dos raios;
nas Gimnospermas, a textura é determinada pela espessura e regularidade dos anéis de
crescimento. A textura da madeira tem grande importância na fase de colagem e na aplicação de
revestimentos superficiais. Madeiras com textura grosseira absorvem em grande quantidade as
substâncias que lhe são aplicadas; no caso de pinturas, são necessárias várias demãos para se
obter um bom acabamento. Sob o ponto de vista da colagem, a excessiva absorção do adesivo por
uma superfície porosa pode causar uma má aderência.
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Grã: O termo grã ou grão se refere à orientação geral dos elementos longitudinais da madeira
em relação ao eixo do tronco. Em decorrência do processo de crescimento e sob as mais diversas
influências (melhoramento genético, altitude, declividade, ventos etc), há uma grande variação
natural no arranjo e direção dos tecidos longitudinais ou axiais, originando vários tipos de grã.
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
30
5. RESULTADOS
Candeia
Pinus
Peroba
Peroba rosa
Canela de cheiro
Sucupira
Pau-Brasil
Sucupira amarela
Guaribu
Angelim amargoso
Canela parda
Muirapiranga
Carne de vaca
Jacarandá caviúna
Gonçalo Alves
Vinhático
Roxinho
Braúna
Angelim Pedra
Cinamomo
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AULA PRÁTICA XI: IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. MATERIAL E MÉTODOS
Observar blocos de madeira das 9 espécies, sendo o plano transversal polido, com o auxílio de
uma lupa de aumento de 10 vezes.
Observar as características anatômicas da madeira e com o auxílio da chave dicotômica,
identificar a madeira.
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Lenho estratificado: Folhosas (Angelim pedra, mogno,...)
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4. RESULTADOS
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AULA PRÁTICA XII: ANATOMIA DE MONOCOTILEDÔNEAS
1. INTRODUÇÃO
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Anatomia das Monocotiledôneas vs. Eudicotiledôneas
Exemplos de Monocotiledôneas
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Figura 4 – Anatomia de caule de monocotiledônea e de uma eudicotiledônea
Atividade Prática
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