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ARTE ASSÍRIA

Os assírios viviam em terras que hoje fazem parte do norte do Iraque, cerca de mil anos antes de
Cristo. Foram um povo guerreiro e na arte se dedicaram a glorificar seus reis e exércitos. O tipo de
trabalho artístico mais característico era uma sequência de painéis de pedra esculpidos com baixos
relevos representando cenas militares ou de caça. Este tipo de relevo narrativo, disposto em torno de
salões governamentais ou pátios, é uma invenção assíria e constitui sua maior contribuição para o
mundo da arte.
Eles esculpiam nas paredes dos palácios reais a história da constituição do seu Império, construído
através de inúmeras guerras. Os relevos mostram os saques realizados nas cidades dominadas, as filas
de deportados e cenas de soldados inimigos decapitados.
Os escribas assírios acompanhavam os exércitos nas expedições e anotavam como a batalha se
passava. No retorno, os artistas se baseavam nos escritos e produziam os relevos, que eram
supervisionados e orientados pelo rei e seus secretários. “As paredes internas dos palácios eram de
alabastro, uma pedra macia e clara, o que facilitava a confecção da iconografia.
A necessidade de contar em imagens o que se passou é específico dos assírios. Para mostrar sua
bravura, eles esculpiam suas vitórias nas paredes dos palácios, que eram frequentados pela elite da
época, formada por embaixadores e outros reis. Os assírios eram considerados o povo mais cruel.
Eles conquistaram toda a Mesopotâmia e Babilônia.
Os reis assírios inovaram na representação de suas imagens quando passaram a associar símbolos
religiosos e devoção aos deuses nos relevos e na estatutária deste período. Toda conquista tinha uma
justificativa religiosa. Os assírios assimilavam a guerra a uma luta contra as forças do mal. Para eles,
o rei assírio era instrumento da justiça divina, sendo sempre bom e justo, enquanto o inimigo era
mentiroso, mau e impuro.
Na forma de um animal mítico, o lamassu, com corpo musculoso, erguido sobre patas firmes e dotado
de grandes asas, era o ser fantástico esculpido na pedra com 4 m de altura, portando-se como uma
sentinela perante as portas do Palácio Real. Numa composição simétrica, um de cada lado, o par de
lamassu se colocava como uma representação mágica do próprio poder real: o rosto firme do rei, o
corpo de um leão e as asas de um pássaro. Dentre as características mais marcantes, está o grau de
realismo ao se reproduzir a musculatura do leão, os detalhes da penugem das asas ou mesmo o
delicado penteado da barba do rei.
Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos esculturas. As escavações comprovam
que as construções eram grandiosas e fartamente adornadas com pinturas e esculturas. O rei podia ser
mostrado triunfante em cima de todo o mundo que tinha ousado opor-se ao império poderoso, ou
como um caçador hábil que poderia despachar animais selvagens perigosos como leões e touros tão
facilmente quanto ele pudesse conquistar os inimigos dele.
A arte em menor escala também foi grandiosa em sua qualidade, leões e touros alados nos portões
dos palácios. Porém, as esculturas em relevo no interior das paredes são consideradas as melhores
criações artísticas desse povo. A representação humana não era tão articulada quanto a da natureza e
dos animais, entre eles gazelas, leões, asnos, cavalos, cães e aves são o que bastam para colocar os
assírios entre os maiores artistas do mundo.

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