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UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES

possíveis juntas a serem executadas. Da mesma forma, Souza e Melhado (1998)


indicam que o sistema inicialmente definido para a impermeabilização pode
ser questionado quando durante a execução podem não ser atendidos requisitos
de desempenho – adequação – ou que o sistema não possua construtibilidade e
produtividade.

Conforme Morais (2002), depois da impermeabilização deve-se:

• verificar se superfície está uniforme e com bom aspecto;


• verificar o embutimento nos pluviais e canaletas;
• verificar a correta superposição das juntas e sua consolidação (quando o isolante é
do tipo membranas ou mantas), de modo que a água não permeie entre elas;
• verificar os arremates nos ralos, encaixes, altura dos encaixes, arremate em
tubulações, presença de vegetação e descida de água pluviais;
• conferir o caimento final das superfícies;
• após a aprovação, fazer a proteção mecânica de transição;
• fazer testes iniciais, detalhados.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI, 2018), com


o passar do tempo podem ser detectadas falhas que podem ser ajustadas antes do
comprometimento total do componente, fazendo uso de várias técnicas, algumas
apresentadas a seguir:

1. Uso de dispositivos elétricos: permitem identificar a presença de fissuras


mediante o fenômeno de “fechamento de arco elétrico”, aplicando-se sobre as
impermeabilizações para comprovação da sua estanqueidade, claramente esses
testes são do tipo não destrutivo.
2. Termografia infravermelha: por meio do uso de dispositivos que podem
caracterizar a variação da temperatura mediante leituras de infravermelho, o que
permite identificar possíveis inconsistências no fluxo dela associadas à patologia
de infiltração.
3. GPR – Ground Penetrating Radar ou escaneamento por radar: baseados na
identificação do caminho de um circuito elétrico criado pela passagem da água,
que segue os princípios de campos elétricos e possibilita o rastreio da sua origem .

7 DURABILIDADE E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS


ASSOCIADAS À FALHA NA IMPERMEABILIZAÇÃO
São muitos os fatores que afetam a intensidade dos danos associados à
falta de impermeabilização e o fator tempo de exposição também é importante.
Por mais que sejam aplicadas técnicas, sempre se tem uma porcentagem de
infiltração da água nos materiais, pois estes sempre são de natureza porosa. Esses
fatores podem ser indicados assim:

• localização geográfica da edificação;


• orientação da planta;

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TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES

• altura da edificação.
• clima externo, diferencial de umidade.

Salgado (2012) lista alguns dos problemas comuns decorrentes da presença


indesejável da água:

• presença da umidade nas estruturas executadas ao nível do solo;


• presença de umidade nas paredes perto do piso;
• vazamento de água em lajes;
• vazamento de água em caixas d’água;
• vazamento de água em piscinas;
• umidade em piso.

Não obstante, ainda conhecendo esses possíveis problemas, com frequência


existe negligência no planejamento e execução do projeto de impermeabilização,
muitas vezes pela ausência de um especialista que assuma essa responsabilidade,
tanto quanto pela má execução do serviço. As figuras seguintes mostram os
problemas mais comuns de origem e causa variada:

FIGURA 11 – MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE FALHAS NA IMPERMEABILIZAÇÃO


EM RESIDÊNCIAS

FONTE: <https://bityli.com/0TQWG> e <https://bityli.com/JuNA2>. Acesso em: 20 set. 2019

FIGURA 12 – ALGUMAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE FALHAS NA IMPERMEABILIZAÇÃO


EM ESTRUTURAS MAIS ROBUSTAS

FONTE: <https://bityli.com/Kqf09> e <https://bityli.com/04t24>. Acesso em: 20 set. 2019

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