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MINUTA
MEMÓRIA DE REUNIÃO
Assinatura digital conjunta, primeira assinatura em 18/09/2023 18:05. Para verificar a autenticidade acesse
Nº 91/2023
3. Ao ter a fala, Paulo Feitosa destacou que já foram atingidos por 29 desastres
ambientais, mas veio tratar do caso emblemático que envolve a HYDRO e destacou que foi
firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e que está sendo conduzido
pelos signatários do termo, como MPF, MPPA, Estado do Para por meio de suas Secretarias,
mas estão irresignados, pois sentem que as deliberações dessas reuniões só estão valorizando
as empresas e não a sociedade civil. Destacou, ademais, que não foi feito nesses 5 (cinco)
anos nenhum estudo a respeito do potencial lesivo da atuação da HYDRO e os danos que
causaram aos indivíduos da região, fato que impede a indenização das famílias atingidas.
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Continuamente, frisou que a sociedade civil participa de um conselho, mas não há direito a
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voto e nem ao veto, ou seja, é uma participação meramente formal, apenas para justificar os
atos do TAC. Fato este reforçado pela Sra. Elidiane, que destacou ainda que as auditorias
antropológica e epidemiológica, demografica, etnologica não foram concluidas, deixando,
portanto, as comunidades sem assistência e atendimento. Destacou, ademais, que os prazos do
TAC estão expirando, alguns já foram até renovados, mas o TAC não teve suas cláusulas
resolvidas.
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5. Diante disso, Paulo Feitosa reiterou que a sociedade civil não está sendo
7. À frente, Elidiane Cardim disse que os valores das multas e do TAC estão
depositados em um fundo estadual, denominado de Fundo Estadual de Meio
Ambiente (FEMA), mas nesses 5 (cinco) anos não foram repassados para a
comunidade. Suscitou, ainda, o Projeto da agua de São Francisco que possui previsão de
implantação de R$ 8 milhões, que terá como objetivo fornecer água para determinadas
comunidades, mas sua execução também não está apropriada. Além disso, destacou que
a HYDRO pagou a multa e os valores estão sob gestão da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), mas não vem atuando de forma célere. Elidiane
Cardim destacou que faz parte da comissão, mas apenas sabe dos valores que compõe o
fundo, mas não chega nada à comunidade.
8. Paulo Feitosa disse que as multas deveriam ser direcionadas aos projetos
sociais e as indenizações seriam para outro fundo. Na época foi depositada R$ 250 milhões,
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mas houve aditivos. A respeito do estudo etnográfico, frisou que eles dividiram o rio em dois,
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mas apenas uma das margem recebeu a indenização emergencial. Ademais, o MPF contratou
um especialista para fazer o estudo etnográfico, mas por influência da HYDRO, o técnico só
visitou as comunidade quilombola, deixando de fora diversas comunidades, como as
ribeirinhas. A HYDRO exigiu que apenas os quilombolas deveriam ser objeto do estudo.
Assim, como o técnico não visitou as demais comunidades, os ribeirinhos não foram
contemplados pelo. Ademais, destacou que o técnico foi escolhido pelo MPF, mas pago pela
HYDRO, que exigiu, coimo dito anteriormente, que fossem contemplados apenas os
quilombolas. Afirmou que teve uma conversa com o antigo titular do gabinete 13, na qual
reportou essas questões.
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9. Além disso, o Paulo Feitosa afirmou que deseja que os ribeirinhos também
sejam beneficiados pelos estudos para que possam receber as indenizações necessárias.
11. Ao ter novamente a fala, Elidiane Cardim disse que a HYDRO tentou
contratar uma empresa que possuía relações empresariais com a própria HYDRO, mas não
obteve sucesso em razão da atuação do MPF. O Sr. Paulo Feitosa falou que há dois recursos
no caso da HYDRO, o valor da multa que deverá ser aplicado em projetos sociais, o outro
recurso é um termo de compromisso da ALUNORTE com o Estado do Pará e tem R$164
milhões, esses recursos deverão aplicados para ações estruturantes e para projetos sociais.
Assim questionaram à PGE quem iria administrar tais recursos, mas os valores continuam
parados. Destacou que alguns valores foram aplicados em certos projetos, como um de
reciclagem, mas não funcionam. Mas, frisou que a escola técnica construída tem ajudado a
população.
12. Diante disso, Paulo Feitosa realizou reuniões com as comunidades para
escutar as suas respectivas demandas, que resultaram em 21 (vinte e um) pontos prioritários,
para poder destinar os recursos aos pontos mais essenciais. Os projetos foram apresentados,
mas estão realizando outros para apresentações futuras, um dos quais será entregue a esta
Procuradoria no prazo de duas semanas. Frisou que os projetos custarão cerca de R$80
milhões de reais e o valor restante ficará a cargo da Prefeitura de Barcarena (a soma total
chega a R$184 milhões).
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13. Após a fala, o Procurador da República aconselhou que programas de
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capacitação da sociedade civil a respeito da fiscalização do orçamento público, especialmente
no tocante à execução de tais recursos.
14. De posse da fala, Paulo Feitosa afirmou que o prefeito de Barcarena está
ciente da proposta dos projetos da comunidades, assim, destacou que deve ser feita uma
recomendação do MPF a respeito da questão. À frente, reportou que o transbordo da
HYDRO atingiu determinada área agrícola, contaminando o solo e inviabilizando a
agricultura. Um dos projetos tem como ideia a construção de agrovila e agroindústria para as
120 famílias que foram atingidas pela contaminação. Ademais, a cultura da pesca está sendo
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mitigada, fato que precisa um projeto de fomento
15. Novamente com a fala, o Procurador da República destacou que Belém está
16. Paulo Feitosa destacou a necessidade do ecoturismo, para trazer pessoas para
conhecer essas áreas, principalmente durante a COP 30.
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Público do Estado para a visita, além de levar tais questões ao Ministério dos Direitos
Humanos e Saúde.
PROCURADOR DA REPÚBLICA
PROCURADOR REGIONAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL