Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UM
***
***
Harper inalou profundamente balançando a cabeça. Ela
cruzou a rua até chegar no calçadão dando poucos passos
até a areia branca. Era depois de seis e a praia estava
começando a ficar vazia, os pais arrastavam seus filhos
cansados e irritados para seus hotéis à beira-mar. As
palmeiras balançavam ritmicamente na fresca brisa de
início de maio. E o sol estava começando a descer sobre a
água azul escura.
Ele tinha falado com ela. Trent Andrews. Com ela. O
Deus alto tatuado, com cabelo desgrenhado, gritou para ela
e ela simplesmente tinha corrido como um rato fugindo da
igreja. Em outra época, ela teria pelo menos a confiança de
inventar algo mais original do que um simples sorriso.
***
Merda, ele ainda ia se refrescar a noite. Trent puxou o capuz
do seu moletom por cima do seu boné de beisebol. E se ele
parecesse mais bandido e menos um cidadão honesto? Isso
manteria as pessoas fora do seu caminho e ele iria para a
cama mais cedo.
etc?
***
Aqui ela fala que fez uma pesquisa sobre ele no google.
***
***
***
O que você diria a alguém que tinha passado por algo tão
traumático? O que você faria? Não era como se ele tivesse
anos de formação, ele era apenas um profissional, que
ouvia as histórias das pessoas que utilizavam o processo de
tatuagem como terapia. Nenhuma tatuagem iria fazer isso
acabar para Harper.
Ele se movia lentamente, com medo de que qualquer
movimento brusco pudesse assustá-la e enviá-la correndo
para a porta. Se a levasse para o quarto dos fundos e a
deixasse à vontade, certamente ele poderia convence-la a
fazer isso.
— A banda?5
Trent sorriu.
***
***
Isso não era como nenhuma outra sessão que ele já tenha
feito. Claro, ele já tinha tatuado centenas de cicatrizes.
Queimaduras. Acidentes de moto. Mas nada como isto. E
isso iria levar algum tempo e paciência entre ambos.
Ele soltou uma das suas mãos, tocando em seu queixo, não
conseguia resistir, ele queria olhar para ela, precisava vê-la.
Ela estremeceu com o contato e ele tirou a mão.
DOIS
***
Harper se sentou.
— Nada mal. Poucas gorjetas. — Disse ela com um bocejo.
— Eu estou indo para casa.
— Nada.
— Nada minha bunda. Calma aí. Quem você disse que foi
ver? Second Circle Tattoos? É aquele estúdio desse cara
gostoso? Super alto com um tipo de cabelo bagunçado que
você só quer enfiar as mãos?
Harper se esforçou para esconder o sorriso.
— Então?
***
— Será que ela sabe da dor que vai passar para fazer para
isso?
***
Ele colocou uma das mãos sobre uma das dela e usou a
outra para abrir a tampa. Seu coração começou a bater
forte quando seu mecanismo de luta ou fuga apareceu. Um
redemoinho de tontura tomou conta dela quando a caixa
balançou em seus dedos. Ele olhou de suas mãos para seus
olhos, quase desafiando-a a se afastar.
***
— Você pode ter um, se você fechar para mim esta noite,
cara.
Trent passou a mão pela sua mandíbula. Sua barba por fazer
geralmente garantia a distração de tudo o que acontecia ao
seu redor, mas ele estava certo de que não seria capaz de
parar de pensar na mulher intrigante que acabou de se
afastar.
CAPÍTULO
TRÊS
— Não.
— Não mais do que ele fez quando fez isso. — Puta merda.
Palavras como loquaz, tagarela e volúvel veio à mente. Se
ela quis dizer isso? Improvável. Ela não fala sobre ele.
Sempre. Tirando o momento que ela sentiu a necessidade
de compartilhar e contou para Drea, o que levou bastante
tempo. — E se eu não conseguir fazer isso? — Perguntou
Harper. — E se for demais?
— Eu vou compreender você. Prometo. Mesmo que demore
cinquenta sessões curtas, se eu tiver que fazer na sua casa,
ou até se eu tiver doente, Cujo não fará em você, eu vou
levá-lo de alguma forma. Nós vamos descobrir isso.
— O que?
— O que?
Ser tocado por ele não parecia tão assustador como foi na
noite anterior, mas porque ela estava assustada?
— Importa-se em descobrir?
***
Não era isso o que a sua própria tatuagem queria dizer? Era
parte dele. Fortaleza ou coragem de ser uma das quatro
virtudes cardeais mostrados na Paraiso da Divina Comédia.
A capacidade de enfrentar o medo e a intimidação. E, no
entanto, o que ele sabia sobre isso? Ela é a única que está
em seu estúdio compartilhando as partes mais difíceis de
sua vida com um estranho.
***
— Obrigado, Oprah.
— Ah, qual é, cara. Eu te conheço o suficiente. Eu posso
dizer. Você fica diferente ao lado dela.
***
O volume caiu.
Ele era e ainda era tudo o que podia pagar. Mas foi o mais
próximo que de alguma forma a fez sentir-se segura desde o
incidente. Pelo menos de dia. Em seus pesadelos, ela
novamente observava Nathan e novamente ele era
arrastado para fora do tribunal em seu macacão de prisão,
com os
Uma jogada famosa no basquete.
QUATRO
Ele riu.
10
Linebacker: é uma posição do futebol americano e
canadense, que foi inventada pelo treinador Fielding Yost da
Universidade de Michigan. 11
Trent refere-se ao livro A Christmas Carol do autor Charles
Dickens, que em Português é conhecido como Um Conto de
Natal, no livro Cratchity ou Bob cratchit é um pobre
empregado, pai de quatro filhos, com um carinho especial
pelo frágil Pequeno Tim, que tem problemas nas pernas, no
livro a ceia de natal deles é
bem pobre o que significa que eles passam fome, porém
são muito felizes.
Será que era apenas isso? Ele sabia exatamente o que ela
queria dizer. Houve um silêncio longo e confortável antes
que um deles falou.
— Sim.
***
Estilo de vinho.
— Você não é.
— O que você quer dizer, com "você não é"? Você já fez
com ele? — O grito atingiu os ouvidos de Harper.
***
Ela se virou.
— Hey, Trent.
***
Então, ela era uma professora de Inglês. Evolução
interessante. Por que diabos ela não estava ensinando?
Escolas por toda a cidade estavam clamando por grandes
mestres. Hoje não era o dia de pressiona-la para obter
informações, mas ele queria saber.
***
— Um o quê?
— Algum dia você vai fazer as pazes com isso, querida. Vai
ser um passo doloroso que formará a pessoa incrível que
você é. Você vai ter orgulho de sua própria força e
determinação e gostará de ter o seu próprio registro deste
exato momento. Quando tiver alterado o caminho em que
estava.
— Nunca.
Ela não estava brincando quando disse que não queria uma
tatuagem antes disso. Bem, muita das tatuagens que ela
viu na antiga escola em que ensinara que ficava no interior
da cidade, tinha uma quadrilha relacionada. Então, muitas
crianças eram tatuadas por tatuadores sem licença,
dispostos a marcar permanentemente as crianças menores
de idade.
***
— Pronta.
***
para ver como ela iria. Ele disse que não gostava do termo
"arma de tatuagem", odiando a conotação de que a
ferramenta do seu trabalho era uma arma. Uma tatuagem,
disse ele, nunca matou ninguém. Ele preferia os termos
"máquina de tatuagem" ou "ferros". Em relação a tinta de
pigmento, ele realmente não se importava de uma forma ou
de outra. Era um líquido colorido que era deixado para trás
na pele e o fato de que a tinta de pigmento fez todo o tipo
de conversa discutível. Ele odiava a palavra "tatuado" para
descrever alguém que tinha tatuagens, gostava de ser
chamado de tatuador em vez de um tattoo que, na sua
opinião, parecia como um planeta Star Wars e odiava que
alguém trouxesse uma foto de outra pessoa com tatuagem
pedindo-lhe para recriar.
***
— Minha melhor amiga disse que iria me ajudar. Ela vai vir
mais tarde.
Ele sentiu a mão dela em seu pulso. Era a primeira vez que
ela o tocava sem ele fazer o primeiro movimento. Pareceu
tão certo que Trent teve de moderar seu enorme sorriso,
tomando um momento para absorver a sensação de sua
mão macia contra a sua pele.
CINCO
***
Aleluia!
— Rápida. — Pixie sorriu para ele. Fácil para ela dizer. Uma
década estava entre eles.
— Ok.
***
A ternura em seu beijo parou completamente, o salão de
bilhar foi desaparecendo até que cada partícula de seu foco
estava no ponto de conexão. Uma de suas mãos se moveu
para cima do ombro e para a parte de trás do seu pescoço e
seu polegar escovou lentamente a pele sensível atrás da
sua orelha.
— Isso não foi tão ruim agora, foi? — Ele disse suavemente,
sorrindo.
Sem palavras, Harper apenas balançou a cabeça. Ela sentiu
a ausência de suas mãos imediatamente quando ele as
colocou em seus bolsos.
Trent e uma garota que ela não sabia quem era, estavam
sentados em uma pequena mesa redonda, com as cabeças
próximas. Ela era meio clássico Pin-up17, ou seja, uma
menina gostosa. Cachos vermelhos macios enquadravam
perfeitamente na sua pele ilibada. Ela tinha os lábios
vermelhos e usava um vestido dos anos 50 que se curvava
em todos os lugares certos e mostrava suas tatuagens de
cima a baixo em ambos os braços. Escondendo as pequenas
chamas do ciúme, Harper contemplou uma rápida retirada,
mas antes que fosse capaz de dar um único passo, Trent
olhou para cima e um sorriso se espalhou de seus lábios
quando ele a viu.
— Hey, Harper. — Trent gritou. — Isso não demorou muito.
Perdeu? — Ele falou com um aceno.
— Por que não? – Trent brincou. Ela podia ver Lia sorrindo,
observando-os com curiosidade.
— Porque não. Eu não sou o tipo de pessoa que levanta a
camiseta em um bar.
Harper riu.
Era tão clichê que era ridículo. No entanto, ela não podia
ignorar nem os menores dos seus toques, com duração de
não mais do que um momento, quando seu braço tocou o
dela para o giz ou quando descansou na pequena mesa em
suas costas quando era a vez de outra pessoa. E como se
isso não fosse suficiente, ele se inclinou sobre a mesa para
pegar a bola e se manteve revelando uma bunda gostosa
vestida com calça jeans apertada e com os braços tatuados
flexionados com as mangas arregaçadas de sua camiseta
preta.
— Você sabe.
— Está funcionando?
***
Trent virou-se para olhar para ela. Ela era uma coisa um
pouco malhumorada; seu olhar fulminante foi direto em
Cujo.
Tatuador famoso.
SEIS
Harper abriu seu laptop. Ela passou por sua dose diária de
fofocas e fez uma nota de venda da Victoria Secret. Talvez
as mudanças que ela estava fazendo em sua vida devesse
incluir a adição de algo sexy de volta para ela. Conectando
a conta que compartilhava com seus pais, ela abriu a
pasta de rascunhos, onde uma única mensagem estava
esperando. As mensagens de sua mãe sempre a animava,
começando sobre as idas e vindas de volta para casa. A
mensagem terminou, como sempre, com "Esteja segura,
amor mãe xxx". Harper excluiu, substituindo com sua
própria resposta.
preocupava mais com ela, ela não era mais divertida, ou até
mesmo interessante. Ele parou de falar com ela. Tocá-la.
***
Trent desligou o telefone e recostou-se na cadeira do
escritório, sua mente cambaleavam com as possibilidades.
Um único telefonema pode mudar sua vida. Michael lhe
mostrou o passo a passo as ideias do programa de TV e
cara, era um grande show.
***
Pela segunda noite consecutiva, Harper se viu em pé na sua
caixa de sapato chamado quarto, se preparando para fazer
algo que não tinha certeza de como tinha aceitado. Trent
ligou e apesar de suas tentativas de dizer não, ela se viu
concordando. Amaldiçoou a si mesma, quando permaneceu
impotente olhando para seu armário estreito buscando
inspiração.
***
— Tenho lugares para ir, Cujo. Pessoas para ver. Você sabe
como é. — Os olhos de Cujo estreitaram nos cantos
enquanto examinava o rosto de Trent.
— E daí?
— Você verá Harper esta noite. É isso aí, não é? Você está
saindo com ela.
— Ok. Tenho que ir. Tenho uma bunda sexy para decorar
com... a citação... 'a borboleta mais brilhante de todas'. Boa
sorte hoje à noite, bro. Tenho que acreditar que não será um
caminho fácil.
Ele comeu uma garfada; era sua refeição favorita. Mas esta
noite, embora o camarão estivesse suculento e o arroz
cozido perfeito, era como se ele não pudesse sentir os
sabores, não com Harper estando assim. Duas vezes ela
olhou para cima, como se estivesse prestes a dizer algo,
mas ambas as vezes ela parou. Esta não era a Harper que
jogou bilhar com ele ontem à noite e o beijou do lado de
fora, na calçada, no meio-fio.
***
Ela se virou para olhar em seus olhos, que eram tão escuros
quanto o céu noturno.
— Primeiro o quê?
— Eu vejo uma mulher que fez tudo o que tinha que fazer
para afasta-lo. Eu vejo uma mulher que criou uma nova vida
para si mesma em outro lugar para que pudesse se sentir
segura. Eu vejo uma mulher que está deixando esse
passado com um passo de cada vez, fazendo o melhor que
pode e que, a cada passo, recupera um pouco de si mesma.
SETE
***
Mulher cruel!
— Abra.
— O prazer é meu.
***
— Drea!
Ele parecia estar melhor cada vez que ela o viu. Com a sua
construção forte, Trent certamente sabia como preencher a
porta. Ele usava jeans desbotados, botas pretas e uma
camiseta preta que destacava suas belas tatuagens com
perfeição.
Seu cabelo ainda estava molhado de uma chuva recente.
Era uma decisão difícil. O que poderia ser mais espetacular?
Seus olhos escuros profundos ou suas covinhas engraçadas?
***
— E ele conseguiu?
Harper engasgou.
OITO
Covarde. Isso é o que ela era. Trent lhe dissera que ela era
corajosa, mas ela não era. Ela evitou tudo. Ela evitou as
consequências da execução do julgamento. Ela evitou
qualquer confronto futuro com Nathan, ocultando a mil
quilômetros de distância sob um nome falso. Ela evitou ter
de enfrentá-lo através do envio de uma declaração de
impacto da vítima. E ela estava evitando Trent agora.
— Não vamos falar sobre isso na rua onde todos podem nos
ver, querida.
Ele ainda não havia a tocado. E não era irônico que o toque
de outra pessoa seria realmente uma coisa boa agora? Nem
teve ele sorrindo para ela ou lhe dando qualquer outro sinal
de que isso ia ficar bem.
— Eu não sei. — Ela fez uma pausa para olhar para ele. —
Eu só entrei em pânico, eu acho. E tudo o que eu pareço
fazer em torno de você é surtar. Estou farta disso. Eu odeio
que ele me controle. Eu odeio me sentir como no carro
ontem à noite. Eu odeio isso! Você deve pensar que eu sou
uma maluca.
— Nós vamos fazer isso. Você e eu. Vai ser no seu tempo,
mas vamos fazer isso. E para torná-lo mais fácil para nós
dois, você precisa falar comigo.
— O que é?
— Você precisa seriamente iluminar-se e ter mais diversão.
— Ela lhe deu uma cotovelada rápida antes de olhar para
cima novamente rindo. — Quero dizer. Claro, você já passou
por alguma merda seriamente fodida, mas meramente
existente não é o mesmo que estar. É bom rir, deixar ir e se
divertir um pouco. Esse é o maior foda-se que você pode
dar para o cara
NOVE
Ele não podia esperar a hora para vê-la sem nada nas
costas, ou um biquíni, ou simplesmente em nada. Ora, havia
um pensamento para distraílo da baba que tinha começado
a fluir dos alto-falantes. Sim. Pensamentos de Harper nua
definitivamente poderia distraí-lo do inferno do cantarolar
acompanhado por um pandeiro.
***
***
Ela apertou sua mão com a que ele tinha acabado de beijar.
DEZ
Ele tinha razão, tudo o que podia ver tinha tons dourados.
— Velho.
***
28
Abercrombie nome de uma loja de roupa masculina, que
tem modelos tipo as
"angels" da victoria secrets.
— Purgatório.
Rindo, Harper puxou-o para trás para que ela pudesse ver.
— Idiota.
ONZE
— Que merda?
— Claro que vou ajudar. Eu adoraria. Por que você não diz
para a sua tia me ligar ou vim me ver na loja?
***
Ele trancou seu olhar sobre ela até que ela o encontrou e
sorriu aquele sorriso tímido.
— Surpresa!
***
— Ei, olhe para mim Harper. — Ele esperou, até que ela
levantou os olhos para ele. — Este foi um passo incrível na
direção certa, não foi? — Ele pegou as duas mãos na sua,
trazendo-as para seus lábios enquanto beijava os nós dos
seus dedos.
DOZE
***
para levá-la para comer, era tudo o que podia fazer para
manter suas mãos longe dele.
— Você sabe que eu faço meu próprio horário, Harper. Se
você me der o seu com antecedência, eu provavelmente
poderia organizar o meu de acordo com o seu durante a
semana. — Trent segurou a mão dela sobre a mesa,
massageando suavemente a palma da mão. — Nós
provavelmente poderíamos gastar um pouco mais de tempo
juntos.
A- !!! Obrigado!!
Ela tinha se acostumado a não ser mais Taylor, não lhe tinha
ocorrido até agora que se a mensagem era, de fato, a partir
de Nathan, ele sabia seu novo nome. E se ele sabia disso e
seu número de telefone, ele provavelmente sabia onde ela
estava.
30
Van Buren County é um condado situado no estado norte-
americano de Michigan. Nesses casos, os anagramas foram
feitos a partir das palavras em inglês. Anagramas são
palavras com as mesmas letras, porém escritas diferentes.
Ex: amor e roma.
***
— A polícia? Sério?
Será que ela não merecia uma nova vida embora? E todos
os clichês sobre ser hoje o início do resto da sua vida? Ou o
velho ditado, "Não deixe seu passado ditar o seu futuro."
Devia haver mais do que um elemento de verdade para
eles; todos os livros de autoajuda na biblioteca jorravam
isso.
***
Às dez horas, Trent estava de volta ao estúdio, sua viagem a
Marathon para visitar Kyoko, a esposa de Junior, estava
completa. Ele olhou para o bonsai sentado no canto da
mesa, uma da coleção pessoal de Kyoko e riu recordando
suas palavras.
TREZE
— Quente. — Murmurou.
— O que é isso?
— Ela já se formou?
Ela também era boa com flertes. O jeito que ela realizou
seus olhos enquanto ele conversava com ela sobre como
montou o Second Circle com Cujo, rindo das histórias de
seus percalços ao longo do caminho. Acariciando seu braço
com as pontas dos dedos quando ele fez uma pausa para
beber seu vinho. Era difícil desde o momento em que ele
entrou e viu que o vestido estava se agarrando a suas
curvas deliciosas.
***
— Eu?
Ainda com ela, ele caminhou até seu quarto. Quando ele a
abaixou na cama, Trent ajoelhou-se entre suas coxas,
fazendo uma pausa para correr os dedos pelo seu cabelo.
— Trent.
***
QUATORZE
Ela deveria ter sido mais feliz com cada cliente nos meses
atrás. Suas gorjetas estavam consideravelmente boas hoje.
Mordendo o lábio para esconder ainda outro sorriso, Harper
fez uma nota mental de comprar mais calda de chocolate.
Ela estremeceu enquanto servia um café misturado em um
copo de plástico transparente.
Harper se agachou.
— Isso significa muito para eles e para mim, que você esteja
fazendo isso. — Drea disse, depois que uma Celine muito
feliz e um açucarado Milo saíram.
Harper sorriu.
— Janta-lo.
— Então me conta.
***
— Por isso você não está escolhendo o próximo filme. —
Disse Trent, pegando o controle remoto, Harper riu. Sua
escolha de filme foram duas horas de drama familiar chato,
cheio de angústia sem fim. Eles precisavam de algo
engraçado, ou pelo menos ação, para aliviar o clima.
— O que Chicago não tem? Meu pai até hoje ainda está
bravo com a cidade por todos os problemas de trânsito
causados para filmar aquela cena grande de perseguição
sob o El. E todas as manhãs de domingo eles bloqueavam
pedaços do centro.
— Tudo.
***
— Então por que não está com eles? Por que não estão com
você?
Lydia tinha ligado mais cedo para que ela soubesse que sua
bolsa de trabalho foi entregue na Delegacia de Polícia do
Sexto Distrito do Sul em Halstead. Nenhum sinal do carro ou
sua carteira, mas seu laptop estava a salvo. Nathan estava
sendo um estudante A+ e as mensagens em seu telefone
vieram aparentemente de Gresham, Oregon, quase duas mil
milhas de distância de Illinois. Talvez dizer a Trent sobre as
mensagens de texto seria uma coisa boa, mas ele
provavelmente iria insistir que ela chamasse a polícia. Ela
era inteligente o suficiente para perceber que havia alguns
bons policiais lá fora. Mas não havia nenhuma maneira de
ela poder contar com
QUINZE
— Claro garoto.
***
Frankie assentiu.
— Bom. Isso não vai funcionar se você não estiver aqui por
si mesma. Vamos dar uma volta no ginásio, conversar um
pouco mais, ver que tipo de planos possamos descobrir.
Frankie sorriu:
***
Sem dizer uma palavra, ele andou e ficou bem diante dela,
praticamente de igual para igual. Ele sabia que sua altura
lhe dava uma enorme vantagem e ele sorriu quando ela se
inclinou para trás para olhar para ele.
Como poderia ele querer ela tão mal o tempo todo? Sua
boca estava inchada a partir da troca aquecida. Uma
neblina sexual de seus olhos ardia com as costas
arqueadas. Esquecendo-se da tatuagem, ele queria transar
com ela no chão agora.
***
— Está tudo bem. Essa é a ideia geral, por isso é bom que
você não pode vê-los.
— Fico feliz que você disse isso Harper, porque eu acho que
o seu garoto estava prestes a me rasgar.
— Ainda posso, idiota, se você não sair e parar com esse
olhar fodido para minha menina. — Trent riu e pegou a
máquina de tatuagem para carregar a próxima rodada de
tinta.
O creme que ele estava passando nela era bom e ele está
sendo tão gentil com sua pele queimada. Ele iria ajudá-la
com a dor da primeira noite neste momento. Sorrindo para
si mesma, ela se lembrou da noite após a primeira sessão
de tatuagem, quando ele falou sobre a emergência se ela
caísse. Ele devia ter pensado que ela era patética.
***
36
Medicação usada para tratamento de transtornos, como por
exemplo a ansiedade.
Impedi-la devia ser seu curso de ação, mas ele se sentia tão
bem, especialmente quando ela apertou-o... mmm... apenas
isso.
Uma vez que suas mãos estavam dentro de suas calças, ele
sabia que não estava dando para trás até que ela tivesse
feito tudo o que ela queria fazer.
— Harper.
Trent sorriu.
— Ow. — Ele fingiu recuar e riu quando ela fez uma careta
para ele. Era tão fácil perturba-la. — Eu sei o que você quer
dizer. Mas, às vezes, é mais quente do que o inferno ouvir a
sua menina dizer. Para colocar em palavras o que ela quer
de você. O que ela pensa que você pode fazer por ela. E eu
sei que essa coisa de professora de escola do interior e
apropriada que você tem isso, mas também há uma garota
quente com uma boca suja.
DEZESSEIS
Era uma noite longa e dolorosa para ela. Ele odiava meninas
que não podiam sentir um pouco de dor, mas vendo seus
olhos lacrimejarem com lágrimas cada vez que ela rolava de
costas, estava perto de quebrar seu coração, droga.
Como ela não tinha dormido até as primeiras horas, ele não
teve coragem de acordá-la cedo. Nenhum dos dois tinha
que estar no trabalho até o meio-dia, de modo que ficaram
na cama até as nove.
Ele sentiu sua risada enquanto seu peito vibrava sob suas
mãos.
— Vincent?
***
— Oh, eles estão aqui. Espere até que vejam vocês dois.
Vão ficar de boca aberta.
***
— Mmm. Isto é tão bom. Nós vamos ter que voltar aqui para
que eu possa experimentar de tudo.
Sentiu um salto quando ela corou e riu dele. Mentir não era
naturalmente o negócio dele e se sentiu particularmente
inquietante por estar mentindo para Harper.
***
Isso ainda não era uma razão boa o suficiente para arrastá-
lo para sua bagunça. Ela abriu os olhos e enfiou a mão na
bolsa, retirando seu bloco de notas de garçonete.
Cuidadosamente, ela transpôs as letras em um único
alphagram, uma longa lista de letras do alfabeto. Hmm... a
letra "E" apareceu seis vezes, o que significa que
provavelmente estaria em cada palavra, talvez duas vezes.
E é aumentada a probabilidade de que o artigo utilizado foi
o "O".
Ela golpeou pelas três letras "T, H e E". Cada letra aparecia
duas vezes. Coração... o coração. Lar é onde o coração está
sem o F nele. Um coração apaixonado é a sabedoria a mais
verdadeira... obrigada Charles Dickens... novamente com o
F.
Merda.
CAPÍTULO
DEZESSETE
Trent, Ainda bem que você pôde sair e nos ver. Acho que
este é o começo de uma viagem fantástica. Michael.
Porra, talvez ele pudesse até mesmo falar com ela sobre se
mudarem. Estava ficando velho demais para ficar
carregando um saco de roupa limpa na parte de trás de seu
carro no caso dele ter a oportunidade de ficar a noite. Sim,
ele iria rápido demais, mas assim era ele. Ele sabia que
ainda tinha a última sessão de tatuagem, mas vê-la com
seus pais e irmã tinha confirmado isso.
***
Segundo Círculo? O quinto é para você.
— Ah, sim. O café. Eu odeio ter que dizer isso Taylor, mas a
liberdade condicional de Nathan foi aprovada esta manhã.
***
Indo até o banheiro para se lavar, ele deu uma boa olhada
no espelho. Cristo, ele olhou áspero. Talvez um banho rápido
enquanto aguardava alguns dos comprimidos fazerem efeito
seria uma coisa boa.
Estar sob o spray era legal, ele olhou para a pequena laje e
imaginou Harper com as mãos sobre ela enquanto se
inclinou para ele. Apesar da frieza do chuveiro, seu pau
saltou para a vida e precisava de algum alívio.
— Miami.
DEZOITO
— Bem, isso é muito gentil da parte dele, mas ele fez todo o
trabalho duro. Eu só o ajudei a descobrir uma abordagem.
— Ajudar ele era o ponto alto de uma semana já agitada.
Ela amou cada minuto disso.
— Harper Connelly?
***
Dred sentou-se.
— Combinado.
***
— Sério, vá! Eu vou cobrir você. Você só tem mais uma hora
de qualquer maneira.
— Fácil. Se você sente falta da sua casa por ter ficado longe
podemos ir para lá, ou você pode vir para minha casa
porque eu tenho comida.
***
Isso era tudo o que ele precisava. Isso era o que ele queria
ver em casa. Seu coração balançou em seu peito quando
ele percebeu que queria isso. Esta era a única coisa que ele
desejava.
Ele empurrou de volta, mais rápido desta vez, até que ele
estava apertado dentro dela. Ela saltou e pressionou sobre o
seu pau duro. Ela queria ele lá.
— Porra, eu senti sua falta. — Ele rosnou antes de devorá-la.
Ele lambeu a pele ao longo do lado do pescoço dela,
mordeu o lóbulo da sua orelha e beijou-a com uma
necessidade que ele sentia que pudesse morrer. Ele adorava
a sensação de seu aperto em torno dele; sua pele macia e
quente pressionando-o.
DEZENOVE
— Não Cujo. Pode deixar. Está tudo bem. Quero dizer, não
ainda, mas está ficando melhor.
— Sessenta?
— Não, obrigada.
Será que você gostou das suas flores? Tão triste que Taylor
morreu. Você não acha?
***
— Olá, estranho. — Uma longa unha vermelha acariciou o
seu braço. Definitivamente não era Harper. Trent entregou
ao bartender uma nota de vinte e virou-se para olhar para a
menina que estava em seu espaço pessoal.
***
— O que diabos está acontecendo? — Harper pesquisou os
destroços na frente dela.
— Você não faz essas coisas quando você está com alguém,
Trent. Eu vou ter uma imagem na minha cabeça de você se
beijando com outra mulher e eu não vou ser capaz de me
livrar dela. Imagine como você se sentiria se a situação
fosse ao contrário.
— O quê?
VINTE
Fazia sentido para ela agora por que as pessoas optam por
fazer tatuagens. É difícil não se comover com as lágrimas
de um homem adulto com a imagem do pé de seu filho
recém-nascido tatuado em seu ombro. Ou veja um veterano
de guerra, que tem a data tatuada da sua última turnê de
dever sob a insígnia do SELO da Marinha. Pessoas
comemorando, celebrando e simplesmente reconhecendo
um momento no tempo com a sua tatuagem. Haveria
sempre aqueles que vinham com idade suficiente para
serem tatuados, mas não maduros o suficiente para
escolher algo verdadeiramente significativo, há aqueles
também que saem com tatuagens do estoque de um livro.
Mas a maioria feita no estúdio de Trent tem histórias reais.
Todos tinham uma história. Assim como ela. Assim como Kit.
— Pronto, querida?
VINTE E UM
***
— Nós vamos falar sobre isso, uma vez que passarmos por
isso.
— Não, você... não, por favor. — Ela começou, sua voz cheia
de pânico.
Trent ergueu os olhos para ela. Ela podia ver a dor gravada
nas linhas em sua testa.
***
— Honestamente?
***
— Mora comigo.
— Estou velho demais para fazer uma mala para uma festa
do pijama e seriamente já tive o suficiente de ir para o
trabalho sem cueca porque eu não tinha nenhuma roupa
limpa para vestir. — Trent sorriu.
— Então?
Harper riu.
— Escolha um.
— Escolher um o quê?
VINTE E DOIS
— Você está certa, eu não sei. Ele tem sido bom para mim,
doce mesmo.
Drea suspirou.
***
Trent abriu a boca para dizer alguma coisa, mas nada veio.
Claro, Leon poderia facilmente ter apagado, mas ela estava
definitivamente dando a ele um treino. Frankie riu.
Lopes sorriu.
— Qual foi o vandalismo?
Ele riu vendo como ela significava para ele. Que ela iria
tentar e fazêlo se sentir melhor, era apenas uma das razões
que ele estaria lá para ela a cada hora. Se ele não podia
mais ir à loja, que assim seja. Ele poderia muito bem ser seu
bebê, seu orgulho e alegria, mas ele simplesmente não era
sua principal prioridade.
***
Trent sorriu, mas pelo seu olhar dava para perceber que ele
estava nervoso.
VINTE E TRÊS
***
— Não sei como ela vai levar tudo isso. — Trent levantou um
pé na pequena mesinha contra a janela do estúdio, que
vibrava ao som de AC / DC "You Shook Me All Night Long".
— Surpresa!
***
— Não pule quando eu fizer isso, Harp, ou você vai me dar
um complexo. — Cujo se colidiu, sentando ao lado dela na
cama de tatuagem em que ela estava tomando atualmente
sua quinta dose.
— Por que não? Você faz coisas como esta para alguém que
você ama.
***
Ele era apaixonado por ela. Todos os sinais estavam lá. Não
queria ficar longe dela. Queria ficar com ela e mantê-la
segura. Ficar com ela. Adorava fazer amor com ela. Ele
sorriu para isso. Sim. Ele a amava e ele iria dizer-lhe esta
noite.
***
— Você continua dizendo isso. Mas por que temos que nos
contentar com o que temos? É um status do caralho quo
serve para todo mundo Harper. Mas não para nós.
Não era Nathan? Mesmo? Ela estava tão certa, mas Trent
não tinha nenhum motivo para mentir. Alívio a inundou.
Nathan não estava tão perto de Trent como ela suspeitava.
Mais uma razão para ela não fazer o show.
— Desta vez não foi. Mas o show, com nós dois nele,
poderia pressiona-lo a fazer algo terrível.
— Você deve comemorar. Mas isso não é para mim. Nós não
estamos na mesma página em tudo. Eu preciso de um
pouco de ar.
***
— Senhor?
Pensa. Pensa. Ela não veio para casa. O que ele tinha
certeza.
Drea. Ele olhou para o relógio. Passava das onze e ele tinha
certeza que José já teria fechado por agora. Merda, ele nem
sequer sabia onde Drea morava, mas ele tinha o número do
celular dela desde quando ele organizou a festa.
— Ela não quer ver você. — Seu coração parecia que estava
sendo esmagado como um carro em um estaleiro de
demolição.
— Por favor, Drea. Preciso vê-la. Tenho que concertar as
coisas. Ainda há muito que precisamos falar.
***
— Não. Ele não está comigo, Harper. Ele está em LA. Não
teve escolha, ao assinar o contrato significa que ele tinha
que ir.
VINTE E QUATRO
Então, o que mais estava lá? Claro, ela não queria machucá-
lo por Nathan, mas Trent era um menino grande que poderia
cuidar de si mesmo.
Ela não queria que ele passasse a tremenda oportunidade
de ir fazer o show. Ela não tinha absorvido os detalhes
quando ele falou para ela. Será que ela chegou a dizer o
quanto estava orgulhosa dele antes de deixá-lo em estado
de choque no restaurante?
***
Ele não iria até ela. Uma decisão que ele tomou, quando
secou uma garrafa. Ele pediu desculpas, por texto, por
correio de voz e não tinha recebido nada de volta. O último
par de dias ele tinha fornecido espaço necessário, porém
esse espaço ainda não tinha fornecido clareza.
— É a Ha... Harper.
***
Trent estava rangendo contra ela sem puxar para fora, seu
pênis se contraindo profundamente dentro dela.
VINTE E CINCO
Harper virou-se para dar uma última olhada para seu antigo
apartamento e sorriu. A vida era boa para ela lá, dando-lhe
tempo e espaço para encontrar o equilíbrio no mundo
novamente.
***
— Está tudo bem. Você só vai ter que fazer isso por mim
mais tarde.
VINTE E SEIS
Dred riu.
***
Harper olhou para seu novo telefone mais uma vez. Ele
vinha carregando por quase dez horas e ainda mostrava
uma bateria
— Ei, Frankie.
— Desculpe-me?
Harper riu.
VINTE E SETE
— Nathan, você sabe que isso não vai acabar bem. Por
favor, deixeme ir. Podemos descobrir como fazer isso.
— Por que você tem que fazer que isso seja tão difícil, Tay?
Eu só queria que nós estivéssemos juntos.
***
— Frankie, como está? — Trent levantou um dedo para Dred
e murmurou, "Desculpe." Ele não costumava atender ao
telefone quando trabalhava com um cliente, mas Harper
tinha dito que ela iria ligar de lá.
— Ela vai ficar bem. — Disse Cujo enquanto ele chutava por
cima do Plymouth através de Miami.
Foda-se.
***
Ela esperou até que Nathan fosse mais distando até o final
do bar, em seguida, levantou-se e correu para a porta. Ela
apertou os olhos no escuro, lutando e tentando seguir o que
restava do caminho quebrado.
A dor trouxe lágrimas aos seus olhos. Como ela podia estar
tão perto e longe, só para ele para levá-la de novo? Ela
torceu-se para longe dele, se salvando por pouco do golpe
afiado de Nathan destinado a ela, o que a fez sentir alívio,
pois só foi um arranhão. As sirenes estavam ficando mais
alto. Eles tinham que estar vindo por ela. Sua salvação
embrulhada em luzes azul-e-vermelho piscando.
Se este fosse o fim, ela não estava morrendo sem uma luta.
Agora não.
Ela trouxe seu joelho para cima com força contra seu nariz
já ensanguentado. Chegou a sentir seu osso contra seu
joelho.
— Harper.
Trent? Cristo, até coisas agora ela estava ouvindo, o que fez
o balanço do seu corpo piorar. Sua cabeça latejava. Ela
fechou os olhos.
***
— Reid não está aqui, baby. Eu não vou deixá-la sozinha por
um segundo. — Ele tranquilizou-a. O paramédico estava
segurando a gaze apertada contra o maior ferida do seu
ombro. Ele estendeu a mão e acariciou o cabelo de sua
bochecha. — Eu amo você, querida. — Sua voz falhou. —
Não tenha ideias estúpidas sobre me deixar.
— Eu não dou a mínima para quem você acha que ela pode
ver. Eu sou sua melhor amiga. Deixe-me entrar lá. — Drea
estava protestando no corredor.
***
— Por mais que você ache que ela te ama, querida, ela o
ama um pouco mais. Dê-lhes um minuto.
EPÍLOGO
03 MESES DEPOIS
FIM