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A Portaria nº 915/2019 da SEPRT estabelece tratamento diferenciado para o Microempreendedor

Individual-MEI, as Microempresa-ME e para as Empresas de Pequeno Porte-EPP, dentre os benefícios


está a dispensa da elaboração do PPRA e do PCMSO, contudo, impõe a observância de determinados
requisitos. Vejamos:

1.1. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA

Sobre o PPRA, define o subitem 1.7.1 do Anexo I da Portaria que o MEI, ME e EPP ficarão dispensados de
sua elaboração, desde que: (1) suas atividades não apresentem riscos químicos, físicos e biológicos; (2)
sejam configuradas como grau de risco 1 e 2; e, por fim, (3) declarem as informações digitais na forma
prescrita, sendo responsabilidade do empregador cientificar todos estes dados.

Quanto às informações digitais de saúde e segurança do trabalho a serem declaradas pelas empresas,
elas devem ser veiculadas em formato digital, seguindo o modelo aprovado Secretaria do Trabalho –
trata-se do chamado eSocial - e divulgadas junto aos trabalhadores, devendo a empresa prover meios de
acessos a estas informações. Todavia, enquanto não houver esse sistema informatizado, as empresas
deverão manter declaração de inexistência de riscos no Microempreendedor, sob pena de não fazer jus
ao tratamento diferenciado.

1.2. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL – PCMSO

Além dos apontamentos realizados no subitem anterior, sobre a dispensa da elaboração do PPRA, para
que as empresas com tratamento diferenciado também possam ser dispensadas da elaboração do
PCMSO, devem cumprir outro requisito, qual seja, não apresentar risco ergonômico.

O risco ergonômico é caracterizado por todo fator que possa interferir nas características
psicofislológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco
ergonômicos levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade e postura
inadequada de trabalho.
Importante salientar que, ainda que faça jus à dispensa do PCMSO, a empresa não está desobrigada da
realização dos exames médicos e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, segundo o que
prevê expressamente o subitem 1.7.2.1.

Desse modo, para que seja dispensada da elaboração e apresentação do PPRA e do PCMSO, a empresa
deverá comprovar o cumprimento destes requisitos, vez que a inobservância de qualquer dos quesitos
citados, acarreta na perda do tratamento diferenciado por estas empresas sendo que a comprovação da
efetivação é de responsabilidade do empregador.

A Portaria nº 915/2019, elaborada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, órgão vinculado ao
Ministério da Economia, que aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 01, já possui
vigência, sendo suas disposições aplicáveis desde o dia de sua publicação, is

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