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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO BARREIRO


MESTRADO EM CONSTRUÇÃO CIVIL

PONTES E VIADUTOS

CAPÍTULO 4 – PILARES
CONCEPÇÃO DE PILARES

MIGUEL SÉRIO LOURENÇO (ADAPTADO DE PEDRO SALVADO FERREIRA)


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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTRODUÇÃO
Elementos de apoio do tabuleiro:
➢ Pilares
➢ Torres
➢ Encontros

Encontro Pilares Torre

Apoios extremos Apoios intermédios

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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTRODUÇÃO
Sistema estrutural para os pilares:
➢ Pilar simples (ou coluna)
➢ Pórtico
➢ Parede

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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTRODUÇÃO
Soluções estruturais para os pilares em tabuleiro com vigas

Com viga de encabeçamento


(Sem diafragma no apoio):

Com diafragma no apoio e


viga de encabeçamento:

Com diafragma no apoio


(sem viga de encabeçamento):

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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTRODUÇÃO
Soluções estruturais para os pilares em tabuleiro com caixão

Pilar duplo
(sem diafragma no apoio):

Pilar de secção variável


(sem diafragma no apoio):

Com diafragma no apoio


(sem viga de encabeçamento):

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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTRODUÇÃO
Função dos pilares:
➢ Transmitir as cargas atuantes no tabuleiro às fundações;
➢ Resistir às ações horizontais (vento e sismo).

Material estrutural dos pilares:


➢ Betão armado e/ou pré-esforçado;
➢ Metálico (aço);
➢ Misto aço-betão;
➢ Alvenaria de pedra;
➢ Madeira.

Verificação da segurança dos pilares:


➢ Estabilidade;
➢ Resistência.
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CONCEPÇÃO DE PILARES
ELEMENTOS CONSTITUINTES

Aparelho de apoio

Viga de encabeçamento

Fuste

Fundação

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CONCEPÇÃO DE PILARES
SECÇÃO TRANSVERSAL
Pilar:

Parede:
Boas soluções em
travessias fluviais

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CONCEPÇÃO DE PILARES
SECÇÃO TRANSVERSAL
Exemplos de pormenorização:

Cinta helicoidal

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CONCEPÇÃO DE PILARES
LIGAÇÃO DO PILAR AO TABULEIRO
Ligação monolítica:

Capitel

Ligação articulada:

Aparelho de apoio Mesa de apoio

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CONCEPÇÃO DE PILARES
LIGAÇÃO DO PILAR AO TABULEIRO
Comportamento:
Único pilar com ligação monolítica Múltiplos pilares com ligação monolítica
(consola)

F F

Diagrama de Diagrama de
momento fletor momento fletor

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CONCEPÇÃO DE PILARES
LIGAÇÃO DO PILAR AO TABULEIRO

Pilar duplo com ligação monolítica


e viga de travamento no fuste

Diagrama de
momento fletor

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CONCEPÇÃO DE PILARES
INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA E ESTÉTICA

<L/3
L

Vista

<L/8
L

Vista

L >L/3
Vista
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CONCEPÇÃO DE PILARES
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Estabilidade:
➢ Garantir a esbelteza do pilar (l) ≤ 70  para valores superiores aumentam
significativamente os efeitos de 2ª ordem.

Resistência:
➢ Garantir um esforço axial reduzido (n):
1) Para o NEd devido às ações verticais (permanentes e sobrecargas) ≤ 0,85;
2) Para o NEd devido às ações horizontais (vento ou sismo) ≤ 0,6;
➢ Garantir uma percentagem de armadura (r) inferior a 1,5% para a conjunto de esforços
MEd e NEd devidos às ações horizontais (vento ou sismo).

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO BARREIRO
MESTRADO EM ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS ESPECIAIS

CAPÍTULO 4 – PILARES
ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO

PEDRO SALVADO FERREIRA

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ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
CENTRO DE RIGIDEZ
Definição: Ponto com deslocamento horizontal nulo. Necessário para estimar o
deslocamento horizontal no topo dos pilares.

Aparelho deslizante Aparelho fixo

Centro de rigidez

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 2/11


ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
CENTRO DE RIGIDEZ
Tabuleiro com dois aparelhos fixos em pilares de igual rigidez:

Centro de
rigidez
Tabuleiro com dois aparelhos fixos em pilares de diferente rigidez:
Centro de
rigidez

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 3/11


ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
CENTRO DE RIGIDEZ
Cálculo:
xCR

Força no pilar Força no pilar


biencastrado encastrado-articulado
d d

 K i xi  (12EI/h3)d (3EI/h3)d
xCR  i

i K i h h

Força no pilar para um


deslocamento unitário
(12EI/h3)d (3EI/h3)d
ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 4/11
ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
ESTIMAR ESFORÇOS NOS PILARES
Variação uniforme de temperatura (DTu):
L

d
F

F  K  d com d    DTu  L

Coeficiente de Distância do centro de


dilatação térmica rigidez ao eixo do pilar

Nas pontes de betão pode ser considerado um módulo de elasticidade inferior na obtenção
dos esforços para uma ação lenta.

A soma das reações é nula (deformação imposta).

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 5/11


ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
ESTIMAR ESFORÇOS NOS PILARES
Retração do betão (ecs):
L

d
F

F  K  d com d  e cs  L

Pode ser definido uma variação


uniforme equivalente: DTu,eq=ecs/

Pode ser considerado um módulo de elasticidade inferior na obtenção dos esforços (ação
lenta).

A soma das reações é nula (deformação imposta).

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 6/11


ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
ESTIMAR ESFORÇOS NOS PILARES
Pré-esforço (Pu):
L

Pu d Pu
F

Pré-esforço útil
Pu
F  K  d com d  L
EAtab
Rigidez axial do tabuleiro
A soma das reações é nula (deformação imposta).

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 7/11


ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
ESTIMAR ESFORÇOS NOS PILARES
Ação Sísmica:
Adotar o modelo de um oscilador com um grau de liberdade (tabuleiro rígido)
M

Massa total devida às ações


Força estática equivalente Rigidez longitudinal
permanentes e valor quase
à acção sísmica total = Ski
permanente das ações variáveis

Fmáx  MS a  KS d Frequência natural de Frequência natural de


vibração circular (rad/s) vibração cíclica (Hz)
Aceleração Deslocamento
espectral espectral Sa 1 K
Sd  n  2   f f 
Fmáx ,i  mi Sa  ki Sd 2n 2 M

Força estática no pilar i


ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 8/11
ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
ESTIMAR ESFORÇOS NOS PILARES
O dimensionamento da estrutura para esta força elástica (Fmáx) é muito gravoso.

É vantajoso ter em conta a não linearidade física.

A influência do comportamento geometricamente não-linear é limitada pelos regulamentos


através de um coeficiente de comportamento (q).

F
Fmáx

FEd=Fmáx/q

dmáx d
ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 9/11
ANÁLISE E DIMENSIONAMETO
EFEITOS DE 2ª ORDEM NOS PILARES
Considerar a imperfeição geométrica na análise global.

Ou substituir a imperfeição geométrica por forças horizontais equivalentes à imperfeição.

Critério de esbelteza em elementos isolados para dispensar a consideração dos efeitos de


2ª ordem  §5.8.3.1

Métodos simplificados de análise para ter em conta os efeitos de 2ª ordem em pilares de


betão:
➢ Método baseado na rigidez nominal (§5.8.7 do EN 1992-1-1);
➢ Método baseado na curvatura nominal (§5.8.8 do EN 1992-1-1).

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 10/11


EXEMPLO PRÁTICO

Considere o modelo longitudinal indicado de um viaduto com tabuleiro em betão pré-


esforçado e pilares de betão (C30/37, A500 e Y1860S7-15,7), vãos extremos com 20m e
vãos intermédios com 30m (20+6x30+20). Admita 2 pilares por eixo de apoio com
dimensões de 2,0x0,8m2 (0,8m na direção longitudinal), uma massa de 45 ton/m, uma
tensão média de 3MPa devida ao pré-esforço, uma extensão de retração -220x10-6, uma
variação uniforme de temperatura de ±15ºC e uma aceleração espectral de 230 cm/s2 (já
inclui o coeficiente de comportamento). (a) Estime a frequência natural para o 1º modo de
vibração longitudinal, (b) estime o momento fletor nos pilares P1 e P7 devido às
deformações impostas e à ação sísmica e (c) verifique se é necessário considerar os
efeitos de 2ª ordem no dimensionamento dos pilares P4 (admita jef=2,5, As/Ac=0,02 e
n=0,85).

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7
h=7 m h=10 m h=14 m h=14 m h=14 m h=14 m h=11 m

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO 11/11

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