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Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

A INTERPRETAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM ANÁPOLIS


(GOIÁS/BRASIL)

Maria Eduarda Gomes Pereira1


Rangel Gomes Godinho2
1
Instituto Federal de Goiás/Campus Anápolis/Técnico Integrado em Química – Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica no Ensino Médio (PIBIC-EM)
mariaeduarda200gp@gmail.com
2
Instituto Federal de Goiás/Campus Anápolis/Departamento de Áreas Acadêmicas,
rangel.godinho@ifg.edu.br

Resumo

O processo de interpretação do patrimônio se constitui um efetivo meio para favorecer que o


visitante de bens patrimoniais seja instigado, motivado e impulsionado a conhecer aspectos
característicos que só podem ser apreendidos por meio do processo interpretativo mediado por
diversos recursos. Tendo como recorte espacial o município de Anápolis, localizado no Estado de
Goiás, o presente trabalho objetiva compreender como ocorre o processo de interpretação do
patrimônio cultural em Anápolis, por meio da identificação e análise dos elementos que constituem
o patrimônio cultural de Anápolis e dos recursos interpretativos correspondentes. A metodologia
se constitui em: levantamento bibliográfico sobre os temas patrimônio e interpretação patrimonial;
levantamento documental referente aos instrumentos jurídico-normativos que fundamentam e
orientam o processo de patrimonialização; consultas a órgãos públicos nas esferas municipal,
estadual e federal, quanto a existência de dados sobre o patrimônio cultural; visitas técnicas para
a identificação e registro dos recursos de interpretação patrimonial; formação de um banco de
dados após tabulação e análise dos dados encontrados; discussão e análise dos resultados para
compreensão do processo de interpretação do patrimônio ambiental. Conclui-se que em Anápolis
há 14 patrimônios culturais protegidos, dentre eles um patrimônio cultural imaterial. Evidencia-se
que três elementos patrimoniais se encontram em estado de abandono (Casa de JK, a Estação
ferroviária General Curado/casa do chefe da estação e a Fonte Luminosa); dois edifícios tombados
não fazem referência alguma ao motivo de seu tombamento e passam despercebidos por moradores
locais e visitantes como elemento patrimonial, é o caso do antigo Coreto (lanchonete) e a Estação
Ferroviária Engenheiro Castilho (padaria municipal). Os resultados evidenciam as fragilidades e
potencialidades quanto à conservação dos bens patrimoniais e sua promoção enquanto recurso
educativo que favoreça a cidadania, também fornece subsídios para o delineamento de políticas
públicas voltadas ao planejamento e gestão do patrimônio cultural de Anápolis.

Palavras-chave: Interpretação Patrimonial, Patrimônio Cultural, Anápolis.


Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

INTRODUÇÃO
O processo de constituição de Anápolis levou à edificação de vários objetos sociais que
remontam a sua história, mas também a dinâmica atual, os quais possuem valorização e
funcionalidade específicas, seu estudo pode favorecer a compreensão de problemas de preservação
cultural, bem como potencializar seu uso quando é agregado valor a experiência patrimonial por
meio de recursos interpretativos.
Nesse sentido, uma serie de componentes funcionam como veículos que subsidiam o
processo de interpretação. Eles constituem meios de comunicação ou equipamentos, a exemplos
das placas, painéis, folders, mapas, guias, centros de atendimento, museus, entre outros (MURTA
e GOODEY, 2005). Entretanto, a interpretação envolve desde elementos que compõem a
infraestrutura básica de determinadas áreas patrimonializadas até planos interpretativos que podem
assumir diferentes formas.
Destaca-se que interpretar o patrimônio é um importante recurso para valorização dos
aspectos culturais e naturais de determinados espaços, e se constitui em um processo sistemático
que pode ocorrer com base em diversos meios.
Perante o exposto, observa-se que não há estudos que trazem uma análise e avaliação de
como ocorre a interpretação dos elementos patrimoniais de Anápolis, ou seja, como os espaços
patrimonializados favorecem a experiência do visitante agregando conhecimento que promova a
valorização do patrimônio cultural anapolino.
Assim, pode-se questionar se há recursos ou estratégias que agreguem valor à experiência
do visitante no intuito de favorecer que este seja instigado, estimulado, impulsionado a conhecer
elementos referentes ao patrimônio.
Haja vista que o mau uso dos elementos patrimoniais pode implicar problemas de ordem
natural e cultural, de tal modo é necessária uma avaliação constante da forma como esses
elementos são usufruídos no sentido de revelar falhas que possam obstruir a consolidação de sua
proteção e promoção como bem ambiental.
Desse modo, no intuito de favorecer a valorização e conservação do patrimônio cultural
de Anápolis compreender o processo de interpretação é um dos passos fundamentais para que os
bens patrimoniais sejam promovidos como elementos educativos na formação da cidadania. É
nesse sentido, que o presente trabalho pretende contribuir, tendo como objetivo compreender como
ocorre o processo de interpretação do patrimônio cultural em Anápolis, por meio da identificação
e análise dos elementos que constituem o patrimônio cultural de Anápolis e dos recursos
interpretativos correspondentes.

METODOLOGIA

Para a compreensão de como ocorre o processo de interpretação do patrimônio cultural


em Anápolis foram desenvolvidas as seguintes etapas metodológicas: levantamento bibliográfico
sobre os temas patrimônio e interpretação patrimonial; levantamento documental referente aos
instrumentos jurídico-normativos que fundamentam e orientam o processo de patrimonialização
dos bens culturais.
Para identificação dos bens tombados em Anápolis foram utilizados os dados
disponibilizados pelos órgãos oficiais do governo federal, estadual e municipal responsáveis pelo
processo de registro e gestão dos bens patrimoniais. Tratam-se do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN), da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (SECULT) e do
Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Anápolis (COMPHICA).
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O IPHAN disponibiliza em seu website oficial um arquivo em formato de planilha (xlsx)


com a lista dos bens tombados e processos em andamento desde o ano de 1938 até 2019, a planilha
traz as seguintes informações: identificação do bem patrimonial (nome); município e estado
federativo onde está localizado; classificação do bem quanto à forma de proteção; informações
sobre a aprovação ou não do tombamento; e a data de registro do bem nos respectivos livros de
tombo. Por meio do IPHAN também é possível encontrar informações sobre os bens tombados a
nível federal a partir do Arquivo Noronha Santos, que dispõe de informações relativas ao nome do
bem tombado, outros nomes atribuídos (quando for o caso), uma descrição geral do elemento
patrimonial, endereço, livros de tombo em que o bem é registrado com respectiva data de inscrição,
número do processo de tombamento, e em alguns casos informações sobre o uso socioeconômico.
Entretanto, verificou-se que o Arquivo Noronha Santos está desatualizado frente à
planilha baixada no portal do IPHAN, visto que a planilha apresenta informações sobre 26 bens
tombados no estado de Goiás, enquanto o Arquivo Noronha Santos traz informações de apenas 21
elementos patrimoniais. Todavia, não consta em Anápolis nenhum bem patrimonial tombado a
nível federal.
Por meio do website da SECULT adquiriu-se uma planilha em formato PDF (Portable
Document Format criado pela empresa Adobe Systems) com dados atualizados até o ano de 2012
que expressam as seguintes informações: identificação do bem tombado (nome) e outra possível
denominação; proprietário (particular ou público); instrumento legal de tombamento; cidade onde
o patrimônio se localiza; e o endereço. É também pelo website da SECULT que foi possível
encontrar informações sobre o uso de alguns elementos patrimoniais. Embora a nível estadual haja
71 bens tombados, evidencia-se que nenhum deles situa-se em Anápolis.
Perante a falta de bens culturais protegidos nos níveis federal e estadual, o Conselho
Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Anápolis (COMPHICA) se constitui como a
única referência quanto ao patrimônio cultural salvaguardado em Anápolis. Com base nos arquivos
disponibilizados pelo presidente do COMPHICA, Sr. Jairo Alvez Leite, por meio de entrevista
realizada dia 16 de julho de 2021, foi possível identificar 14 bens tombados, os quais serão
descritos de decorrer do artigo.
A partir da tabulação, cotejamento e síntese dos dados levantados nas fontes citadas foi
elaborada uma base de dados no editor de planilhas Microsoft Office Excel (2019), com as
principais informações patrimoniais utilizadas para os objetivos desse artigo, as quais estão
expressas em tabelas e gráficos que representam a análise empreendida que se constitui em um
retrato do patrimônio cultural anapolino e poderá subsidiar o desenvolvimento de políticas
públicas para valorização e promoção de um uso adequado desses elementos.
Para identificação e registro dos recursos de interpretação patrimonial e da infraestrutura
suporte foram realizadas visitas técnicas, no mês de setembro de 2021, em todos os bens
patrimonializados, ocasião que também realizar-se-á o registro fotográfico dos elementos
descritos.
Posteriormente, empreender-se-á a tabulação e análise dos dados encontrados no intuito
de formar um banco de dados quanto aos elementos patrimoniais de Anápolis e a existência ou
não de recursos interpretativos. Com base na discussão teórica e análise dos dados é possível
compreender como se dá o processo de interpretação do patrimônio cultural em Anápolis.

INTERPRETAR O PATRIMÔNIO: EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO


Uma imediata busca no dicionário (FERREIRA, 2004) permite identificar que palavra
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Patrimônio apresenta várias acepções; pode-se aludir a: herança paterna; bens de família; dote dos
ordinandos; riqueza; à bem, ou conjunto de bens culturais ou naturais, de valor reconhecido para
determinada localidade, região, país, ou para a humanidade num todo, e ao se tornar(em)
protegido(s), deve(m) ser preservado(s) para o usufruto de todos os cidadãos. Diante das distintas
conotações relativas ao termo patrimônio, evidencia-se que nesse artigo será considerado como
eixo para reflexão, devido a sua dimensão comunitária, o último significado de patrimônio
apresentado.
A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 05 de outubro de 1988, trata nos
artigos 215 e 216 sobre a cultura e bens patrimoniais. No artigo 215, consta que o Estado é
responsável pela garantia da valorização e difusão das manifestações culturais, sendo elas
expressões da cultura popular, indígena, afrobrasileira e de outros grupos participantes do processo
civilizatório nacional. Já no artigo 216 é explicitada a compreensão de patrimônio cultural
brasileiro, conforme segue abaixo:

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,


tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,
à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (...) (BRASIL, 1988,
Art. 216).

Nos incisos de I a V do artigo 216, são incluídos na definição: as formas de expressão; os


modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos,
documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e os
conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.
Por conseguinte, pode-se evidenciar uma compreensão ampla das questões patrimoniais
ao valorizar o patrimônio imaterial e ao integrar o patrimônio natural e patrimônio cultural
brasileiro.
Os elementos patrimoniais podem ser promovidos como recurso educacional e contribuir
para a promoção da sustentabilidade socioambiental, uma vez que os mesmos passem por um
processo de interpretação. Luchiari (2007, p. 25), explica que “a natureza, tornada patrimônio,
herança e memória, é materialidade que se expressa a nós na paisagem. O olhar dos viajantes, dos
cientistas, dos turistas busca na interpretação das paisagens, a classificação do mundo”. A autora
considera que o patrimônio natural é sempre patrimônio cultural, e ambos constituem o patrimônio
ambiental.
Murta e Goodey (2005, p.13) definem que interpretar é um ato de comunicação “processo
de acrescentar valor a experiência do visitante, por meio do fornecimento de informações e
representações que realcem a história e as características culturais e ambientais de um lugar”. As
autoras explicam que o processo de interpretação quando adequadamente implementado cumpre
duas funções referentes à valorização. De um lado valoriza a experiência do visitante, levando-o a
uma melhor compreensão e apreciação do lugar visitado; de outro lado, valoriza o próprio
patrimônio ao incorporá-lo como atrativo, muitas vezes configurando-se como atrativo turístico.
É importante destacar que pouca atenção é dada ao visitante no que se refere à informação
sobre o lugar e seus habitantes, isso ocorre devido ao pressuposto de que o visitante de um
determinado bem patrimonial automaticamente irá descobrir e maravilhar-se por si só com os
elementos patrimoniais. Murta e Albano (2005, p. 9) elucidam que a ideia de interpretação do
patrimônio supre essa lacuna, pois busca estabelecer uma comunicação com o visitante ampliando
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seu conhecimento do lugar, as autoras esclarecem a necessidade de “otimizar a experiência da


visita: estimular o olhar, provocar a curiosidade”.
Investir em interpretação significa em primeiro lugar realçar o valor cultural de
determinado patrimônio e consequentemente agregar valor a experiência do visitante. No processo
de interpretação a comunidade local deve estar envolvida, pois conforme Santos (1997, p.51)
explica “o espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoado por sistemas de
ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar
e a seus habitantes”. Com isso, o estabelecimento de significados e valoração deve partir da
vivencia comunitária frente ao patrimônio, e assim a interpretação, conforme explica Murta e
Albano (2005) tem como objetivo convencer as pessoas do valor de seu patrimônio, encorajando-
as a conservá-lo, nisso constitui sua essência.
Para efetiva interpretação é mister estimular a curiosidade, entreter, inspirar novas
atitudes, apreciação ambiental, entre outros atributos; a qualidade da interpretação não consiste na
transmissão de informações factuais, mas sim na descoberta de significados e sensibilização.
Enquanto produto turístico é um componente essencial, e ao basear-se em elementos da cultura e
paisagens especiais, pode implicar no prolongamento da visita, bem como estimular outras
(MURTA e ALBANO, 2005).
Murta e Goodey (2005) apontam três passos fundamentais para o estabelecimento de um
plano interpretativo, são: inventário e registro de recursos, temas e mercados; desenho e montagem
da interpretação; e gestão e promoção do patrimônio; como produto de interpretação Murta e
Goodey (2005, p. 26) explicam que “mapas ilustrados, guias e roteiros, folders e cartões postais
são elementos básicos em qualquer esquema de interpretação”.
O olhar vertical da paisagem pode ampliar a nossa compreensão de processos de
organização socioespacial, de dimensões e contextos políticos, econômicos e culturais, aqui a
cartografia revela-se importante elemento na representação espacial e consequente interpretação
ambiental. Assim, determinadas paisagens podem ser representadas graficamente no formato de
infográficos, localizados em pontos estratégicos (como mirantes), demonstrando a evolução de
determinadas paisagens, assim como apontar características geográficas que só podem ser
percebidas quando bem traduzida para a linguagem do turista, dentre essas pode-se citar as
diferenças de fitofisionomias vegetais ou a delimitação do sitio original de determinada cidade
histórica favorecendo a interpretação da expansão urbana.

PATRIMÔNIO CULTURAL DE ANÁPOLIS: CARACTERIZAÇÃO E PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO

A primeira referência quanto à proteção de bens culturais em Anápolis se remete ao


tombamento do Mercado Municipal Carlos de Pina, cujo processo de salvaguarda se iniciou em
10 de julho de 1984, sendo inscrito no livro de tombo somente em 30 de abril de 2008. Inaugurado
em 1951, o Mercado situa-se no centro da cidade e já foi a principal referência comercial do Estado
de Goiás, na atualidade se constitui como local de destaque para o comércio local (SILVA, 2010).
Couto (2019) elucida que o Mercado foi construído em estilo Art Decó, com traços
evidentes na ornamentação das fachadas com escalonamento das platibandas e a utilização de tons
pastéis na cor original do edifício. O autor afirma que no aniversário de 50 anos do mercado, houve
uma reforma para conservação de sua estrutura primária.
A partir da visita técnica, observou-se que sua cobertura interna se assemelha às
coberturas de fazendas em estilo colonial, os pequenos espaços entre as bancas remontam às feiras
que ocorrem semanalmente em diferentes pontos da cidade. Consta também que no Mercado são
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comercializados diferentes produtos (varejo) e oferecidos diversos serviços. Destaca-se o


comércio de alimentos, vestuário, raízes/fitoterápicos/condimentos, utensílios domésticos e
produtos artesanais; quanto aos serviços, os estabelecimentos se constituem como: salões de
beleza, amoladores de alicates/metais, relojoarias (consertos e vendas), lanchonetes, entre outros.
Em relação à interpretação patrimonial, verificou-se apenas uma placa de identificação
com o nome do Mercado, todavia, há de se ressaltar que a preservação de parte das características
arquitetônicas originais e a comercialização de produtos vinculados a cultural local se constituem
elementos de fruição patrimonial, embora não haja nenhum outro elemento específico que agregue
conhecimento à experiência do(as) visitante.
A segunda referência para a patrimonialização em Anápolis é o tombamento de quatro
edifícios em 03 de janeiro de 1991, por meio de Ex-officio encaminhado pelo então prefeito
Anapolino de Faria, sendo inscritos livro de tombo somente em 30 de abril de 2008. Na ocasião
foram tombados: a Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente; o edifício onde situava-
se o antigo Fórum da cidade, atualmente funciona como prédio da Diretoria Municipal de Cultura;
o edifício que funcionava como Cadeia Pública, agora se constitui na Escola de Artes Oswaldo
Verano; e o Museu Histórico Alderico Borges de Carvalho (COMPHICA, 2008).
A Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente, inaugurada em 07 de
setembro de 1935, integrava a Estrada de Ferro Goyaz (EFG), que ligava o município de Araguari
do triângulo mineiro à capital goiana. Rodriguez (2011) explica que essa linha possibilitou a
flexibilização do comércio no estado e a ascensão comercial de alguns municípios goianos, dentre
eles Anápolis. Atualmente essa estação teve grande parte da sua estrutura alterada para edificação
do Terminal Urbano de Anápolis, tendo seu uso destinado a contemplação arquitetônica, com a
proposta de criação de um museu. Brito (2016) afirma que esse patrimônio foi revitalizado em
2016, mantendo suas características arquitetônicas originais, o jornalista também elucida que a
estação já foi palco de desfiles e ensaios fotográficos de várias modelos em Anápolis, eventos que
ajudam a promover o local como bem patrimonial ao divulgá-lo à comunidade. Todavia, não há
no local atividades programadas e encontra-se, atualmente, fechado ao público; também não há
recursos interpretativos que favoreçam a identificação do local ou favoreça a fruição cultural.
O prédio da Diretoria Municipal de Cultura (antigo Fórum) foi inaugurado em 1943,
abrigando a prefeitura e o Fórum até 1975, quando passou a ser destinado a exclusiva função de
Fórum (COMPHICA, 2008). Em frente ao edifício há uma placa que o identifica como Centro
Cultural de Anápolis Ulisses Guimarães, assumindo diferentes funcionalidades. Observou-se
durante a visita técnica que no edifício há: uma Galeria de Arte, denominada de Galeria Antônio
Sibasolly, espaço para exposição de artes; a Casa do Artesanato, local para comércio de artesanato
produzido por artesãos anapolinos; o Telecentro, local de qualificação profissionalizante; e a
administração da Diretoria Municipal de Cultura. Em relação aos recursos interpretativos há
apenas uma placa externa, em frente ao edifício, informando sobre os usos citados; a presença da
Galeria de Arte agrega valor ao bem patrimonial e o comércio de artesanato também funciona
como veículo de promoção cultural.
O edifício da Escola de Artes Oswaldo Verano foi inicialmente a antiga Cadeia Pública
instalada em 1947, configurando-se como escola de artes a partir de 1968 com a denominação de
Escola de Belas Artes de Anápolis, em 1980 tem seu nome alterado para Escola de Artes Oswaldo
Verano (COMPHICA, 2008). Com a visita técnica, descobriu-se que no local são oferecidos
diferentes cursos, tais como: formação em artes plásticas (curso principal); preparatório para o
curso de artes plásticas; cursos livres semestrais, que se constituem como curso de desenho livre e
de especialização (para pessoas que finalizaram o curso de artes plásticas); e oficinas periódicas
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de argila, fotografia e aquarela. A instituição não possui nenhum meio interpretativo que menciona
a antiga cadeia pública, embora haja placa de identificação na fachada do prédio e também
pinturas/quadros e esculturas feitos por estudantes e colaboradores nas paredes do edifício, nota-
se também a facilidade de estacionamento nas dependências da Escola de Artes.
Evidencia-se que os patrimônios tombados possuem valores que integram o processo de
formação de Anápolis, sendo de suma importância para que o passado da cidade não seja apagado.
Desse modo, o Museu histórico Alderico Borges de Carvalho destaca-se como local
privilegiado quanto à conservação da memória da cidade, sendo principal acervo de informações
sobre o patrimônio cultural de Anápolis. O Museu situa-se na antiga casa pertencente à família de
Zeca Batista, construída para ser residência e local de comércio da família. Em 1930 a edificação
foi vendida para a Diocese Católica, passando a ser usada como casa paroquial, somente em 1975
o local passa a se constituir como museu, após doação realizada por Alderico Borges de Carvalho,
o qual havia comprado o prédio em 02 de abril de 1959 (COMPHICA, 2008).
Quanto aos recursos interpretativos, evidencia-se que sua condição de museu já
potencializa o processo de fruição patrimonial, devido ao conjunto de artefatos históricos que
constituem seu acervo, dentre eles material bibliográfico e jornalístico sobre a história de Anápolis.
Há próximo à porta principal uma placa de identificação do local, recepcionista e monitores que
podem fornecer informações culturais e acompanhar as pessoas durante a visita. Elucida-se que
junto aos artefatos históricos disponíveis no Museu há legendas que ajudam na interpretação
patrimonial. Na ocasião da visita técnica foi possível entrevistar o diretor do Museu e presidente
do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Anápolis (COMPHICA), Sr. Jairo
Alves Leite, o qual explanou sobre os diversos elementos patrimoniais de Anápolis e dispôs
referencias técnicas sobre o patrimônio cultural tombado, mais especificamente um arquivo em
pdf (Portable Document Format criado pela empresa Adobe Systems) contento as informações
sobre todos os bens salvaguardados.
Após o tombamento conjunto desses quatro edifícios, em 25 de agosto de 1997 inicia-se
o processo de salvaguarda do Morro da Capuava, elemento patrimonial que se distingue dos
demais por se tratar de um espaço aberto e por não apresentar nenhuma estrutura arquitetônica que
faz referência a história de Anápolis. Sendo inscrito no livro do tombo, também, em 30 de abril
de 2008, é um local com grande visitação de pessoas e diferentes práticas sociais que implicam
diversas funcionalidades que configuram o Morro da Capuava como espaço de práticas religiosas,
de lazer, de descanso e de comércio ambulante, as quais foram identificadas na visita técnica. O
Morro da Capuava o ponto mais alto da cidade possui um estacionamento aberto, no geral sua
estrutura configura-se como uma praça, possui bancos, lixeiras, postes para iluminação,
calçamento no entorno, arbustos e grama; nele também está inserido um mirante feito de madeira
para a contemplação paisagística do município. Quanto aos recursos interpretativos, identificou-
se apenas uma placa identificação do local, como nome, data de inauguração e os nomes do prefeito
e do secretário do meio ambiente. Nota-se que a presença do mirante favorece a contemplação
paisagística, porém não implica uma interpretação patrimonial.
Fora da área urbana encontra-se a Casa JK, cujo processo de tombamento data de Lei nº
2.732 de 29 de maio de 2001, tendo seu valor histórico relacionado ao fato de ser o local onde o
presidente Juscelino Kubistchek, em 18 de abril de 1956, teria assinado o documento solicitando
ao Congresso Nacional a mudança da capital federal para Brasília, inscrita no livro de tombo em
30 de abril de 2008 (COMPHICA, 2008). Localizado nas dependências do aeroporto civil de
Anápolis, durante a visita técnica identificou-se que o edifício se encontra abandonado pela
administração municipal, fato explicitado pela presenta de braquiária (mato) em altura elevada em
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torno do edifício, janelas quebradas, parede rachadas, pintura decadente e a cerca que o envolve
está danificada, não tendo nenhum uso. Quanto a interpretação patrimonial, observa-se em suas
paredes três placas informativas que traz aspectos referentes ao fato histórico que justifica sua
patrimonialização.
Em Anápolis, dois estabelecimentos de ensino também foram salvaguardados devido sua
constituição histórica, tratam-se do Colégio Couto Magalhães e o Colégio Estadual Antesina
Santana. Ambos têm seu processo de tombamento iniciado em 7 de dezembro de 2005, sendo
inscritos no livro de tombo em 30 de abril de 2008.
Quanto ao Colégio Couto Magalhães, Silva (2010) explica que esse colégio tem sua
origem associada à busca de atender a demanda das famílias protestantes/evangélicas por uma
escola confessional. Inaugurado em 1 de fevereiro de 1932, o Colégio situava-se em uma
edificação no entorno da praça da Igreja Matriz de Santana, todavia, desde 1948 o Colégio foi
integrado à estrutura da Associação Educativa Evangélica (AEE), localizada na Avenida
Universitária, bairro Cidade Universitária.
Cercado por grades, o edifício apresenta ótima estrutura para atender a formação desde a
educação infantil até o ensino médio. Embora se constitua como patrimônio cultural, o local é de
uso privado e não possui livre acesso ao público, fato que dificulta sua identificação como bem
patrimonial. Como recurso interpretativo identificou-se apenas a fachada com o nome do Colégio
como referência.
Já o Colégio Estadual Antesina Santana está sob administração do governo do Estado
de Goiás e funciona efetivamente como estabelecimento de ensino público gratuito oferecendo
vagas para estudantes do ensino fundamental e médio. Esse Colégio situa-se no local onde foi
edificada a primeira a Cadeia Pública de Anápolis, a qual foi demolida em 1930 para dá lugar ao
Colégio que foi construído em estilo Art Decó (COMPHICA, 2008). O Colégio apresenta
localização privilegiada, pois encontra-se em uma rua que é rota de circulação de ônibus coletivos
que dão acesso ao terminal urbano da cidade e está nas proximidades da área comercial de
Anápolis. Em relação aos recursos interpretativos evidencia-se apenas a fachada com o nome do
Colégio, todavia, destaca-se que na edificação há piso tátil direcional e uma rampa de acesso, o
que favorece a mobilidade de pessoas portadoras de deficiência físicas, aspecto não identificado
em nenhum outro bem patrimonial.
Outro patrimônio cultural que faz referência ao estilo Art Decó é o antigo Coreto, que
passa a integrar o rol de elementos patrimoniais de Anápolis por meio da Lei n° 2.725 de 05 de
abril de 2001, embora ainda não tenha sido inscrito no livro de tombo. O antigo Coreto integra a
estrutura da Praça Dr. James Fanstone inaugurada em 1958, a qual situa-se fica em frente ao
Hospital Evangélico Goiano (HEG) (MEILI, 2017). A estrutura da edificação passou por
alterações ao longo dos anos, embora conserve aspectos de sua arquitetura original. Durante a
visita técnica constatou-se a necessidade de uma revitalização, devido a presença de várias
rachaduras em sua estrutura, além de pintura desgastada. Observou-se também que esse patrimônio
funciona, atualmente, como lanchonete que atende especialmente àqueles(as) que buscam
atendimento hospitalar. No local não há nenhum recurso interpretativo que referencie a edificação
histórica. Destaca-se que no caput da lei de tombamento desse patrimônio é utilizada a
nomenclatura “Edifício que menciona”, portanto, não apresenta menção direta funcionalidade
original do objeto histórico, embora em seu artigo 1° deixa claro a referência ao antigo Coreto.
Além da Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente, outras duas estações
ferroviárias se constituem como patrimônio cultural de Anápolis, embora ainda não tenham sido
inscritas no livro de tombo, são elas: a Estação ferroviária General Curado e a Estação Ferroviária
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Engenheiro Castilho.
A Estação ferroviária General Curado foi considerada patrimônio cultural em conjunto
com a antiga casa do chefe da estação por meio da Lei n° 3.803 de 18 de dezembro de 2015.
Inaugurados em 7 de setembro de 1935 esses bens patrimoniais integravam a Estrada de Ferro
Goyaz (EFG), localizada na zona rural de Anápolis, próximo ao Distrito Agroindustrial (DAIA),
a estação foi nomeada em homenagem ao então governador de Santa Catarina, General Joaquim
Xavier Curado, que era originário de Pirenópolis e destacou-se por obter importantes vitórias na
disputa de terras com o Uruguai (GIESBRECHT, 2018). Essa estação encontra-se desprovida de
uso, embora em frente passa os trilhos da EFG que ainda são utilizados para cargas e descargas.
Observa-se que em sua parede lateral há o nome da Estação, contudo, toda a estrutura está
desgastada revelando o estado de abandono, o que não lhe confere possibilidade de fruição
patrimonial.
Ao lado da Estação, encontra-se a antiga casa do chefe da estação, cujo uso é residencial
e não há nenhuma referência quanto à sua condição de patrimônio cultural, visto que em sua
estrutura externa há alterações recentes que interferem em sua configuração original que lhe dá
respaldo para a patrimonialização.
Já a Estação Ferroviária Engenheiro Castilho tem sua salvaguarda promulgada pela
Lei n° 3.955 de 05 abril de 2018. Localizada na Vila Industrial de Anápolis, essa Estação também
integrada a Estrada de Ferro Goyaz (EFG), sendo inaugurada em 2 de setembro de 1951 era
denominada inicialmente de Faiana. Após a desativação da Estação, o local já teve diferentes usos,
tais como de sede da Prefeitura municipal e espaço para realização da Feira Agroindustrial de
Anápolis. Sua nomenclatura atual faz referencia ao engenheiro e diretor geral do departamento
nacional das estradas de ferro Arthur Pereira de Castilho (GIESBRECHT, 2020).
Atualmente, a Estação funciona como padaria municipal, embora apresente bom estado
de conservação, nota-se que na edificação não há nenhuma alusão sua condição patrimonial, nem
mesmo o nome original do prédio está indicado em alguma sinalização, portanto, não há condições
para interpretação patrimonial.
Outro bem patrimonial de Anápolis é a Fonte Luminosa, cujo processo de tombamento
remete à Lei n° 3.230 de 13 de abriu de 2007, embora ainda não tenha sido registrada no livro de
tombo. Localizada no centro da Praça Bom Jesus, área central da cidade, Pereira (2011) explica
que a Fonte foi construída na década e 1960, sendo revitalizada juntamente com toda a Praça em
2012. A Fonte chama atenção por sua grande extensão que comporta um grande arco externo
divido em três partes na forma de semicírculos e um arco central, em ambas as partes há água
acumulada e um sistema que lança jatos de água para cima em movimentos aleatórios, além de
holofotes coloridos que iluminam a água situada na Fonte. Árvores, arbustos e grama ocupam o
espaço entre os arcos citados, conformando a estrutura paisagística da Fonte.
Durante a visita técnica foi possível identificar as características listadas sobre Fonte, no
entanto, a Fonte Luminosa estava desativada sem presença de água e iluminação. Não foi
identificado nenhum recurso interpretativo na praça que faz referência a fonte. Ressalta-se que no
arco central da Fonte há cobertas e papelões que servem de abrigo a pessoas em situação de rua, o
que evidencia o abandono social das pessoas e de seu patrimônio cultural.
Por fim, por meio da Lei n° 4.080 de 8 de junho de 2020, em Anápolis há o registro da
Folia de Reis e o Dia Municipal da Folia de Reis (6 de janeiro) como patrimônio imaterial
histórico e cultural. Alves (2009) esclarece que a Folia de Reis é uma expressão da cultura popular
e uma comemoração cristã-católica difundida no território goiano, que acontece entre o dia 24 de
dezembro e 6 de janeiro. Nota-se que essa manifestação cultural é vivenciada em outras países,
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sendo difundida por padres jesuítas para a catequização em territórios coloniais. Quanto ao
processo de interpretação patrimonial, a vivência da Folia de Reis é o meio de imersão cultural
que permite apreender o sentido da patrimonialização dessa festividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que o processo de interpretação serve para instigar e agregar experiência para os
visitantes (moradores ou turistas), fazendo com que possam conhecer aspectos característicos que
só podem ser apreendidos consoante ao uso de recursos interpretativos. A partir da análise
empreendida foi possível identificar quais são os elementos que compõem o patrimônio cultural
de Anápolis e os recursos interpretativos correspondentes. Nota-se que é necessário um
planejamento tanto para a conservação dos bens patrimoniais quanto para favorecer o processo de
fruição patrimonial, visto que os recursos interpretativos se resumem a poucas placas que se
referem à identificação dos locais, painéis e dois museus.
Evidencia-se que dentre os quatorze elementos patrimoniais tombados, três encontram-se
abandonados, são eles: a Casa de JK, a Estação ferroviária General Curado em conjunto com a
casa do chefe da estação e a Fonte Luminosa (desativada). Ressalta-se também que dos nove
edifícios históricos salvaguardados que possuem algum uso, com exceção do Museu Histórico,
nenhum faz referência alguma ao motivo de seu tombamento e passam despercebidos por
moradores locais e visitantes como bens patrimoniais; dentre eles, dois edifícios tem sua função
atual desvinculada das atividades culturais ou educativas, é o caso do antigo Coreto (lanchonete)
e da Estação Ferroviária Engenheiro Castilho (padaria municipal).
Os bens patrimoniais matérias de Anápolis tem seu histórico de construção que
compreende desde a década de 1930 até a década de 1960, tendo seu processo de salvaguarda
iniciado em diferentes períodos que contemplam desde o ano de 1984 até 2020. Todavia, nove
bens patrimoniais têm seu registro no livro de tombo no mesmo ato de inscrição, em 30 de abril
de 2008; enquanto cinco bens culturais ainda não foram inscritos.
Os resultados evidenciam as fragilidades e potencialidades quanto à conservação dos bens
patrimoniais assim como sua promoção enquanto recurso educativo que favoreça a cidadania. A
pesquisa também pode ser empregada para fornecer subsídios para o delineamento de políticas
públicas voltadas ao planejamento e gestão do patrimônio cultural de Anápolis.

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