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Panafricanismo

Pan significa Todos e Africanismo no caso Africanos, o que quer dizer em essência a união de
todos os africanos em diáspora, nesse sentido então, ultrapassa as fronteiras apenas da Africa
para todos os afrodescentendes ao redor do mundo, tendo sido espalhados durante a
escravização na época da colonização. Ou seja, é a teoria e a prática da unidade essencial do
mundo africano, assim ele reivindica a unidade do Continente africano e a aliança concreta e
progressista com a diáspora unida, que inclui não somente a ideia de retorno físico, mas
também político,social, filosófico, artístico, cultural e espiritual.

Pode-se afirmar, sem medo de exagero, que o transplante de enormes


contingentes de africanos para o outro lado do Atlântico não apenas moldou a face
das sociedades americanas, mas constituiu o principal motor de processos
fundamentais, como a Revolução Industrial e a ascensão do
capitalismo, responsáveis pela configuração do mundo atual

Nesse contexto, o panafricanismo é surge no final do século 19 e inicio do século


20, como uma alternativa de luta contra a exploração e opressão de africanos e
seus descendentes, em busca de sua emancipação e autoafirmação em todo o
mundo

Um dos principais pensadores do pan-africanismo, que serve como símbolo para o


movimento Rastafári foi Marcus Garvey, como já citado anteriormente

Ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros se voltassem


politicamente para o continente africano e para que as potências coloniais europeias
desocupassem o território negro.

Para o desenvolvimento do movimento Rastafári, o papel de Marcus Garvey é primordial.


Mesmo naquela época, e principalmente atualmente, muitos Rastafáris compreendem a
repatriação proposta por Garvey, como um resgate histórico e cultural africano e da
ancestralidade etíope. Em conformidade com as pesquisas de White (2013, p. 25), uma celebre
frase, interpretada como uma das principais profecias para a fundação do movimento
Rastafári, é atribuída a Garvey, que teria dito: “Voltem-se para a África, lá será coroado o Rei
Negro. Ele será o Redentor”. A realização dessa profecia para os Rastafáris deu-se na década
de 1930, ainda na era colonial jamaicana, assim que Haile Selassie I foi coroado Rei da Etiópia.

descrito por Morris como uma “manifestação” espiritual pan-africanista (o Pan- africanismo em
sua forma espiritual é o Movimento Rastafári).

A cultura Rasta reforça suas propostas de resistência nos tempos atuais, fazendo com que o
Rastafári apresente-se como um agente de transgressão aos padrões culturais
homogeneizados, que tentam ser impostos pela indústria cultural.

Bom, não da pra falar do movimento rastafari, sem pensa-lo tambémcomo um


registro histórico de resistência negra política e espiritual, não apenas contra o
colonialismo, mas principalmente contra o capitalismo e sua mercantilização
cultural que expreme o fruto de sangue e a raiz pra fazer um suco de lucro
mundial, que apenas quem ta em cima, pode beber, suco este que a babilon não só
se apropria como também descarta os ingredientes de maneira tão subjetiva
quanto objetiva, tão indireta, quanto diretamente, quando constrói uma estrutura
de pensamento coletivo que inferioriza e também quando massacra povos que
levam consigo uma cultura, que jamais será vista, senão pelas lentes de quem
massacrou, diante disso, os rastafari podem nos trazer a inspiração necessária pra
queimar toda essa estrutura e linha de pensamento, de queimar toda e qualquer
visão que nos separe de nós mesmos, pra através das cinzas desse controle social,
surgirem possibilidades de encontro entre pessoas que realmente vejam a terra e o
ser humano, principalmente aqueles que foram privados de serem vistos e aceitos
como humanos como unidade a se preservar e respeitar

“Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore
sem raízes”.

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