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Emilia Coutinho
Emilly Rigo
Myllena Querubim
1. Introdução
A carga elétrica é uma constante fundamental na física, e teve seu valor calculado
por Robert Andrews Millikan. Para isso, Millikan realizou o experimento abaixo:
Figura 1 - Experimento de Millikan.
Com o atomizador (spray bottle na figura), Millikan borrifou gotas de óleo sobre a
placa superior de um capacitor alimentado por uma tensão DC controlável. Essas
gotas adquiriam carga por atrito ao serem borrifadas e algumas conseguiam
alcançar o espaço entre as placas por meio de um furo feito na placa superior. Uma
vez eletrizadas e no interior do capacitor, a velocidade e a direção do movimento
(ascenção e queda) das gotas podem ser controladas mediante a aplicação de um
campo elétrico externo. Dependendo do ajuste, é possível observar uma mesma
gota por um longo período.
Assim que entra na região entre as placas (que devem estar na horizontal, pois
dessa maneira o campo elétrico aplicado nas placas possuirá a mesma direção do
campo gravitacional), a gota fica submetida à ação de quatro forças: a elétrica,
devido à tensão aplicada nas armaduras do capacitor, a gravitacional, uma de
resistência ao movimento, devido à viscosidade do ar e uma de empuxo.
Assumindo que as gotas possuem formato esférico, podemos utilizar a lei de Stokes
que relaciona a força de resistência oferecida por um fluido viscoso ao movimento
de uma esfera nele mergulhada. A equação abaixo é válida quando estamos lidando
com partículas esféricas pequenas, movendo-se a velocidades baixas.
sendo que a carga elétrica da gota e E o campo elétrico dado por U/d (U é a tensão
entre as placas do capacitor e d é a distância entre as placas).
Abaixo temos uma imagem com o diagrama de forças tanto na subida quanto na
descida da gota. Vemos que, durante o movimento de descida, a força elétrica atua
no mesmo sentido da força peso. Já na subida, a força elétrica e o peso atuam em
sentidos opostos. Já a viscosidade sempre atua no sentido oposto ao movimento da
gota.
Descida
ρ𝑎𝑟𝑔4π𝑅³ 𝑞𝑈 ρ𝑠𝑖𝑙𝑔4π𝑅³
3
+ 6π𝑅η𝑣 = 𝑑
+ 3
𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
6π𝑅η𝑣 = 𝑑
+ ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
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1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑑𝑒𝑠 = 6π𝑅η
[ 𝑑
+ ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)] (1)
Subida
ρ𝑎𝑟𝑔4π𝑅³ 𝑞𝑈 ρ𝑠𝑖𝑙𝑔4π𝑅³
3
+ 𝑑
= 6π𝑅η𝑣 + 3
𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
6π𝑅η𝑣 = 𝑑
+ ( 3
) ( ρ𝑎𝑟− ρ𝑠𝑖𝑙 )
𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
6π𝑅η𝑣 = 𝑑
− ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑠𝑢𝑏 = 6π𝑅η
[ 𝑑
− ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)] (2)
1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³ 1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠 = 6π𝑅η
[ 𝑑
− ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)] − 6π𝑅η
[ 𝑑
+ ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)]
2 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠 = − 6π𝑅η
[( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)]
1 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠 = − 3π𝑅η
[( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)]
(
3π𝑅η 𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠 ) = [(
𝑔4π𝑅³
3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)]
2 (
9η 𝑣𝑠𝑢𝑏−𝑣𝑑𝑒𝑠 )
𝑅 = 4𝑔(ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
𝑅 =
3
2
·
η
𝑔(ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
· (𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠) (3)
Obtemos assim o raio da gota de óleo.
1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³ 1 𝑞𝑈 𝑔4π𝑅³
𝑣𝑠𝑢𝑏 + 𝑣𝑑𝑒𝑠 = 6π𝑅η
[ 𝑑
− ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)] + 6π𝑅η
[ 𝑑
+ ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)]
2𝑞𝑈
𝑣𝑠𝑢𝑏 + 𝑣𝑑𝑒𝑠 = 6π𝑅η𝑑
(
3π𝑅η𝑑· 𝑣𝑠𝑢𝑏+𝑣𝑑𝑒𝑠 )
𝑞= 𝑈
3π3η𝑑·
η
𝑔(ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
· (𝑣𝑠𝑢𝑏−𝑣𝑑𝑒𝑠)·(𝑣𝑠𝑢𝑏+𝑣𝑑𝑒𝑠)
𝑞= 2𝑈
3
𝑞=
9π𝑑
2𝑈
·
η
𝑔(ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟)
· (𝑣𝑠𝑢𝑏 − 𝑣𝑑𝑒𝑠) · (𝑣𝑠𝑢𝑏 + 𝑣𝑑𝑒𝑠) (4)
𝑑𝑣 𝑑𝑦
𝑚' 𝑑𝑡
= 𝑚'𝑔 − 𝑘 𝑑𝑡
4π𝑅³
, 𝑚' = ( 3
) (ρ𝑠𝑖𝑙 − ρ𝑎𝑟) é a massa efetiva da gota e 𝑘 = 6π𝑅η.
Separando as variáveis t e v:
𝑚'
𝑑𝑡 = (𝑚𝑔−𝑘𝑣)
𝑑𝑣
𝑚 𝑑𝑧
𝑑𝑡 =− 𝑘
· 𝑧
𝑘 𝑑𝑧
− 𝑚
∫ 𝑑𝑡 = ∫ 𝑧
Obtemos então:
𝑘𝑡
− 𝑚
+ 𝑙𝑛𝐶' = 𝑙𝑛𝑧 = 𝑙𝑛(𝑚𝑔 − 𝑘𝑣)
𝑘𝑡
−𝑚
𝐶' · 𝑒 = 𝑚𝑔 − 𝑘𝑣
Em 𝑡 = 0 e 𝑣 = 0 temos 𝐶 = 𝑔.
𝑘𝑡
𝑘𝑣 −𝑚
𝑔− 𝑚
= 𝑔 ·𝑒
𝑘𝑡
𝑘𝑣 −𝑚
− 𝑚
= 𝑔(𝑒 − 1)
𝑘𝑡
𝑚𝑔 −𝑚
𝑣= 𝑘
(1 − 𝑒 )
● A radiação que teve sua quantização explicada por Max Planck a partir de
experimentos que buscavam esclarecer o espectro de emissão de um corpo
negro. Todas as tentativas de explicar o espectro com base em uma emissão
contínua falharam, apresentando discrepâncias nas regiões de grande
frequência de onda. A essa discrepância foi dado o nome de catástrofe do
ultravioleta. Para explicar seus experimentos com radiação, Planck utilizou
duas hipóteses que lhe pareciam estranhas na época:
○ A energia de cargas oscilantes só pode assumir valores discretos.
2. Procedimento Experimental
O arranjo experimental que nos serviu de base está descrito nas Figuras 3 e 4 onde
detalhamos as conexões.
Para correta medida das distâncias percorridas pelas gotículas, foi necessário
efetuar um procedimento de calibração da distância entre os traços de referência
marcados no monitor. Para isso, foi introduzida diante do microscópio uma lâmina
contendo a escala micrométrica de calibração. A orientação dessa lâmina foi
ajustada para permitir que os traços da escala de calibração fiquem paralelos aos
traços de referência no monitor.
Todo o processo acima foi repetido 90 vezes, selecionando uma nova gotícula e
analisando seu movimento de subida e descida. A tensão aplicada ao capacitor na
análise de diferentes gotículas também foi modificada.
Gota 𝑈 (𝑉) 𝑡𝑠 (𝑠) ∆𝑡𝑠 (𝑠) 𝑣𝑠 (𝑚𝑚/𝑠 ∆𝑣𝑠 (𝑚𝑚/𝑠) 𝑡𝑑 (𝑠) ∆𝑡𝑑 (𝑠) 𝑣𝑑 (𝑚𝑚/𝑠) ∆𝑣𝑑 (𝑚𝑚/𝑠)
−5 −3
𝑅 = 6, 24 * 10 𝑥 (𝐵 − 𝐶) 𝑥 10
E para a carga:
−11 −3 −3
𝑐 = (2, 68 * 10 ) 𝑥 (( 𝐵 + 𝐶) * 10 / 𝐷 ) 𝑥 (𝐵 − 𝐶) 𝑥 10
−19 −19
𝑞 (× 10 𝐶) frequência 𝑞 (× 10 𝐶)
2,60 -- 3,00 -- --
4,20 -- 4,60 -- --
5,80 -- 6,20 -- --
6,20 -- 6,60 -- --
Na Figura 5, é possível observar quatro grupos de barras que demonstram uma tendência
em torno de determinados valores. Tomando o valor real da carga elementar com seus
múltiplos e, formando intervalos que descrevam os 4 grupos observados, percebemos que
cada múltiplo pertence a um dos intervalos ao considerarmos a média ponderada de cada
intervalo e suas respectivas incertezas.
−19
α ± ∆α = (1, 83 ± 0, 04) × 10 𝐶
REFERÊNCIAS
[2] TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. Trad. R. S. de Biasi. 3ª. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2001.