Você está na página 1de 19

Matheus Albuquerque

Matheus Albuquerque

Atencioso agradecimento à direção e coordenação do Colégio


Apollo 12- Filial, pelo apoio e fomento na produção de
conhecimento.

Prefácio
“ Na verdade, se mudarmos de escala, diminuindo-a um pouco, ou talvez até mesmo na
mesma escala, sob outra perspectiva, descobriremos um imenso coração verde na
Terra, e esse coração é a Amazônia.”

Bertha. Becker.

“Coração verde”, “Respiratório Mundial” ou EarthLung ( Pulmão terrestre) termo em


inglês escolhido para esta série de reflexões, reflete os sinônimos bem como as
conotações implicitamente e ou explicitamente co-relacionadas ao imaginário mas que
diz respeito, principalmente, a importância que a Região Amazônica, ou como melhor
podemos dizer aos ecossistemas do domínio morfoclimático das terras baixas
amazônicas, tem hoje, principal importância no que se refere as mais variadas escalas de
representação , análise e temporais da contemporaneidade pós-moderna. Ester termo
terminologicamente reformulado e escolhido por nós, traduz em nossa análise as tramas,
paradigmas, frontes e projetos governamentais, sejam regionais, nacionais e ou globais,
devido tamanho relevo que a região amazônica tem fomentado estratégias político-
econômicas pelos mais diversos atores mundiais, que, assim com colocado por Bertha
Becker, debate acerca do papel global que a Região Amazônica desempenha.

Escolhemos “Earthlung” – pulmão terrestre, ou pulmão da terra, porque nos remete,


especificamente, ao papel, hoje, principalmente global que a região amazônica tem. Berta
Becker, ao propor análises nessas múltiplas escalas, mesmo com as mesmas perspectivas
ou outras, é a que nos valemos para proposta desta organização. O papel, hoje, que a
região amazônica tem e está inserido na globalização, nos coloca frente a frente desta
realidade como nação que detém mais de 60% das terras amazônicas dentro de nossas
fronteiras. Isso salta-nos debate para conscientização da sociedade brasileira, numa
Matheus Albuquerque
proposta que integre a sociedade civil, os povos originários, nossas matrizes
energéticas, nossos projetos nacionais, projetos locais, os movimentos sociais, o
desenvolvimento que seja adequadamente viável a produtividade associada a preservação
e conservação desse patrimônio humano.

Novas temáticas frente a globalização tem posto em cheque, dinâmicas historicamente


territoriais da região, o papel das diferentes percepções ideológicas, as novas tecnologias
de integração, novos setores produtivos, novas políticas da região, rearranjos urbanos e
exploratórios, que, nesse início de Século tem colocado uma série de desafios a nossa
sociedade. Cabe-nos, sociedade brasileira, diante da globalização ou mundialização, se
assim preferirmos dizer, agir com propostas e ideais igualitariamente necessários para a
promoção da região, não somente como estamos acostumamos a tratar como um imenso
deposito de recursos para exploração, mas sim como um dinâmico earthlung brasileiro
que traduza nossas aspirações como sociedade soberana e organizada, e que administre e
regule democraticamente articulados os melhores usos, produtividade, consumo,
exploração, integração, bem como a conservação e preservação de um dos maiores bens,
ou senão o maior bem da humanidade.

O objetivo desta breve organização é uma série de reflexões, análises, resenhas e


debates feitos em seminário como parte do processo de avaliação dos Alunos das turmas
da 2º Série do Ensino Médio do Colégio Apollo 12 Filial, e é resultado das leituras das
temáticas e pontos no Capítulo “ A Amazônia e a Política Ambiental Brasileira – Berta
Becker, do Livro Território, Territórios- Ensaios sobre o ordenamento Territorial. Milton
Santos & Bertha Becker. Salientamos que a produção de conhecimento não se limita
exclusivamente aos círculos acadêmicos, bem como também aos circuitos
governamentais e institucionais, iniciativas como essa lançam luz e iluminam o caminho
pedagógico tanto das instituições quanto na promoção da aprendizagem organizada e
sistematizada pelos alunos da educação básica. Visamos com esse projeto ser um
memorial, como também um exemplo a que professores, alunos e instituições de ensino
busquem novas práticas pedagógicas de ensino-aprendizagem, é nesse caminho que
promoveremos, nos alunos, aprendizagens significativas e relevantemente qualitativas no
caminho educacional. Este pequeno livreto é parte de uma proposta ousada mas que bem
abraçada pelas turmas, significou num texto elucidado por eles e para eles. Cada ensaio
funcionará como capítulos. Capítulos esses trabalhados em debates e reflexões em sala
de aula assim como pesquisa elaborada a partir dos subtemas do capítulo do Livro.
Matheus Albuquerque

Prof. Matheus Albuquerque

Um resgate sobre a política ambiental brasileira em duas partes: Histórica e


Contemporânea a luz do Capítulo do Livro.

Floresta Amazônica é a maior floresta equatorial do mundo. Ela se estende por nove
territórios da América do Sul, com aproximadamente 62% de sua área situados no Brasil.
A Floresta Amazônia é detentora de uma enorme biodiversidade, composta por milhões
de espécies de animais e plantas, muitas das quais ainda não foram catalogadas.
Importante para a população que nela vive e dela depende e também para o clima terrestre,
garantindo a chuva para boa parte da América do Sul.

POLÍTICA AMBIENTAL DO BRASIL

A política ambiental brasileira iniciou sua trajetória a partir da década de 1930, quando
foram
dados os primeiros passos na elaboração de normativos pioneiros afetos à gestão dos
recursos naturais, tais como o Código de Águas e o Código Florestal, ambos instituídos
em 1934. Desde então, o país tem avançado gradualmente tanto no estabelecimento de
importantes marcos legais na temática, como no processo de institucionalização das
políticas públicas de meio ambiente. Busca-se contribuir na reflexão sobre os caminhos
escolhidos nesta trajetória, com ênfase no período atual – correspondente aos últimos 10
anos. O conceito de governança apoia a análise, considerando-se que um meio ambiente
saudável, como bem público, é de responsabilidade comum tanto dos governos como da
sociedade e de suas instituições. Nesse sentido, nossa Constituição Federal reconhece a
preservação do meio ambiente como uma
questão pública, que não depende apenas da atuação do Estado para seu equacionamento.

AMAZÔNIA COMO FONTE DE RENDA

Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) no Brasil


vivem na região amazônica ou na/da floresta. Na Amazônia, a extração de produtos não-
madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a
vida de 400 mil famílias de extrativistas. Os recursos florestais, desde que racionalmente
Matheus Albuquerque
utilizados, trazem benefícios econômicos às populações locais, fixam o homem no
campo e melhoram sua qualidade de vida.

O potencial econômico da Amazônia é tanto que já ocorreram alguns estudos tentando


calcular quanto ela rende ao Brasil e ao mundo: segundo um deles, são cerca de R$7,67
trilhões por ano. 20 de jul. 2022

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AMAZÔNIA

A política pública desempenha papel fundamental na proteção da vegetação nativa da


Floresta Amazônica. Ao coordenar ações estratégicas baseadas em evidência empírica e
ancoradas tanto no uso de tecnologia quanto na aplicação de robusto conhecimento
técnico, ela serve como um norte para a atuação das diversas partes necessárias para a
conservação florestal.

O Brasil tem plena capacidade de desenvolver e implementar uma agenda de política


pública para proteção da Amazônia que seja inovadora, estratégica e efetiva. Para
proteger a floresta amazônica. Uma das ações do governo federal foi o lançamento do
Sinaflor+. É um sistema que permite um maior controle no manejo da madeira da região,
rastreando desde a origem e fortalecendo ao combate ao desmatamento ilegal.

Como maior floresta tropical do planeta, a Amazônia é monitorada e protegida por alguns
programas: Plano Amazônia Sustentável (PAS),que propõe um conjunto de diretrizes
para orientar o desenvolvimento sustentável, com valorização da diversidade
sociocultural e ecológicas. O projeto Amazônia Protege conta com a parceria do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Universidade Federal
de Lavras(UFLA) e visa combater o desmatamento ilegal.

Esse ano o desmatamento da Amazônia bateu um recorde histórico, com redução de 66%
em julho, mês de seca, considerado mais favorável aos incêndios

QUAL A PRINCIPAL CAUSA DO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA?


Entre as principais causas do desmatamento da Amazônia, podem-se destacar:
• impunidade a crimes ambientais;
Matheus Albuquerque
• retrocessos em políticas ambientais;
• atividade pecuária;
• projetos de extração de madeira;
• mineração;
• estímulo à grilagem de terras públicas;
• retomada de grandes obras.

Foram 55 milhões de hectares derrubados entre 1990 e 2010, mais do que o dobro da
Indonésia, o segundo colocado. A floresta amazônica garante as chuvas para boa parte da
América do Sul e tem papel central no combate ao aquecimento global e as mudanças
climáticas. Abriga imensa biodiversidade. É o berço da maior bacia hidrográfica do
mundo. Impunidade, crimes ambientais e extração de madeira são umas das principais
causa do desmatamento da floresta.

Órgãos, instituições e universidades se reúnem em torno da preservação da Amazônia,


exigindo e executando políticas públicas para o uso sustentável da floresta.
É dever de cidadão, independente da sua nacionalidade, preservar a Floresta Amazônica,
o Pulmão do Mundo. Praticando o consumo consciente, dando preferência para móveis,
papéis e outros produtos cuja a matéria-prima seja de reflorestamento.

Momento 2: Política Ambiental a luz do Capítulo .

Falaremos a respeito do tema principal e inicial do capítulo “Amazônia e a Política


Ambiental Brasileira, citando a autora quando necessário. Relatamos que no início do
capitulo, a autora faz uma breve introdução dizendo que a tecnologia realmente
influenciou o jeito que enxergamos o mundo, tanto na parte da ciência como num geral(
esse assunto da tecnologia será resgatado brevemente), pois seria impossível termos
conhecimento que temos hoje de mundo, sem meio técnicos e pessoas especializadas em
áreas geográficas, astronômicas. Mesmo começando de um jeito natural, nas navegações,
linhas ferroviárias, como a penas seres humanos e se ajustando ao planeta em que vivem.

Logo depois a autora cita a floresta amazônica, onde começa todo nosso trabalho,
intitulando-o de coração da terra. Sem os satélites, câmeras e exploradores que se
Matheus Albuquerque
disponibilizaram para ir e ver o mundo de uma forma mais educacional, não
teríamos o conhecimento sobre a floresta Amazônica. Mas uma floresta não é
homogênea, ela é diversa, fauna, flora, diversidade dos ecossistemas e principalmente da
cultura dos povos que vivem na Amazônia. Óbvio que a tecnologia é o único meio
utilizado para mudar a percepção desse espaço. As funções podem variar de acordo com
a necessidade humana, mas se tem um conjunto de regras a serem seguidas, interesses
conflitantes, contudo as percepções decorrem a partir desses interesses. A tecnologia é
uma ferramenta da globalização que não foi suficientemente explorada. É um de vários
elementos que podem ajudar na globalização, aumento das relações econômicas entre os
países, maior produção de bens de consumo de bens e serviço, surgimento de empresas
multinacionais e transnacionais são alguns exemplos. Mas o que vale mesmo são os
diferentes interesses e o modo como esses interesses se transmite através de ações e como
rebatem no espaço planetário e no território.

Chamo a atenção para esse ponto porque a Amazônia passou por profundas
transformações nos últimos anos e porque existem vários mitos sobre ela. É fundamental
reconhecer o processo repleto de sangue, suor e lágrimas com o processo de ocupação do
território amazônico na década de 1970 e no começo de 1980, também surgiram as
mudanças estruturais e fundamentais para a região. Se não reconhecermos essas
mudanças feitas na estrutura, não iremos entender os processos e não poderemos fazer
uma reflexão para financiar políticas mais consequentes para região. Depois de tudo que
vimos anteriormente, podemos nos perguntar: que mudanças estruturais são essas?
Mudanças na conectividade.

Até as décadas de 1950 e 1960 a Amazônia era uma grande ilha voltada para o exterior
e desligada do território nacional. A conectividade mais falada foi a conectividade feita
por meio das estradas, o segundo meio também muito falado e o mais importante é a
conectividade pelas redes de telecomunicação que dormiram a região por volta de 1985
e 1996 anteriores aos programas "Avança Brasil" e "Brasil em Ação" Isso ajuda a derrubar
o mitos sobre a região, que não se revela homogênea, nem sua percepção
interna e externa. (Santos, P.23-25, 2007)

PARTE II
Matheus Albuquerque
As diferentes concepções da Amazônia

As Diferentes Opiniões sobre a Amazônia: Um Debate Complexo e Necessário

Introdução:

A Amazônia, considerada o pulmão do planeta, desperta paixões e debates acalorados ao


redor do mundo. Essa vasta região abriga uma rica biodiversidade, recursos naturais
valiosos e comunidades tradicionais. No entanto, é também um ponto de encontro de
diferentes opiniões e concepções sobre sua importância e o modo como deve ser tratada.
Nesta dissertação, exploraremos as diversas perspectivas que envolvem a Amazônia,
buscando compreender os argumentos e as motivações por trás delas.

Desenvolvimento:

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e abriga riquezas da


sociobiodiversidade e do ponto de vista econômico, que hoje, enfrenta um modelo
exploratório insustentável e de alto impacto socioambiental, com desmatamento
desenfreado e destruição das riquezas – o que resulta em um cenário de destruição
permanente.

Entretanto isso não tira o fato de muitos pensarem o contrário sobre as práticas humanas
sobre a floresta, causando assim, debates sobre determinados assuntos devido as diversas
opiniões, algumas delas são:

1. Conservação Ambiental:

Alguns defendem a preservação integral da Amazônia, argumentando que é essencial


proteger sua biodiversidade única e assegurar a sustentabilidade do ecossistema. Essa
visão enfatiza a importância da Amazônia para a regulação climática global e a
manutenção dos serviços ecossistêmicos que beneficia não apenas as comunidades locais,
mas também todo o planeta.

A preservação da Amazônia é uma questão crucial para a integridade territorial do país


que se torna ainda mais relevante num cenário marcado pela agressão ao meio ambiente
e pela escassez global de recursos naturais no raiar do século XXI. A política de meio
ambiente, a estrutura para sua efetiva implementação e o modelo de preservação que o
governo brasileiro vem adotando para a região têm recebido críticas em todos os países
Matheus Albuquerque
desenvolvidos, vindas de autoridades governamentais e da sociedade civil. O que
se questiona é a inexistência de estrutura apropriada para a proteção da Amazônia
como um bem natural, e essas críticas são preocupantes não apenas por sua origem e alvo,
mas também pelo seu conteúdo, pois sugerem modificações que ferem a soberania e a
integridade territorial do país.

2. Desenvolvimento Econômico: A Amazônia Legal representa um papel de suma


importância no mundo, por ser sua região de maior biodiversidade. Apenas como
exemplo, estima-se que 10% das espécies de plantas do mundo estejam localizadas na
floresta amazônica. Além disso, a floresta tem um papel importante na regulação do clima
influindo diretamente nas estações de chuva, nos níveis dos rios e reservatórios de água.

Por essa razão, o Brasil sofre grande pressão internacional para conter as altas taxas de
desmatamento, que colocam em risco importantes serviços ambientais, diversas espécies
de fauna e flora, além de contribuir com aquecimento global.

A necessidade de proteção ambiental da Amazônia Legal é inquestionável, havendo uma


percepção de que a perda ambiental gerada pelo desmatamento é inúmeras vezes maior
do que o ganho econômico das atividades degradadoras.

Outros veem a Amazônia como uma fonte de recursos naturais valiosos, defendendo sua
exploração sustentável como meio de impulsionar o desenvolvimento econômico da
região.

Essa perspectiva enfatiza a criação de empregos, geração de renda e crescimento


econômico como benefícios diretos da utilização dos recursos amazônicos.

3. Respeito às Comunidades Tradicionais:

Há aqueles que valorizam a cultura e o modo de vida das comunidades tradicionais que
habitam a Amazônia, reconhecendo sua sabedoria ancestral e seu papel na conservação
do ambiente.

Essa visão destaca a importância de garantir os direitos dessas comunidades, promover a


inclusão social e respeitar seus conhecimentos tradicionais na gestão sustentável da
região.
Matheus Albuquerque
Valorizar práticas de comunidades indígenas e tradicionais em todo o mundo não
serve somente para conservar patrimônios culturais. Um trabalho publicado
recentemente na revista científica internacional Nature acaba de mostrar que as práticas
dessas comunidades com o manejo dos polinizadores são fundamentais para o meio
ambiente e para o bem-estar do homem em todo o planeta.

O artigo Biocultural approaches to pollinator conservation, fruto do trabalho de


pesquisadores de 15 países, incluindo o Brasil, apresenta um amplo diagnóstico sobre
como as comunidades indígenas e tradicionais protegem polinizadores em suas florestas,
lavouras e campos, trazendo múltiplos benefícios culturais, ecológicos, econômicos e de
qualidade de vida seja local ou globalmente. Isso porque esses povos mantêm uma relação
com a natureza que envolve desde a sobrevivência até questões culturais e religiosas, e
desenvolveram um conhecimento complexo sobre esses ecossistemas. Os pesquisadores
chamam essa relação de diversidade biocultural.

Conclusão:

A Amazônia é um tema complexo que envolve diferentes opiniões e perspectivas. É


fundamental reconhecer a importância de um diálogo respeitoso e inclusivo, buscando
encontrar soluções que conciliem as necessidades de conservação ambiental,
desenvolvimento econômico e bem-estar das comunidades locais. Somente através desse
debate construtivo poderemos encontrar um equilíbrio que permita preservar a Amazônia
como um patrimônio natural e cultural de valor inestimável para as presentes e futuras
gerações.

PARTE III

POLÍTICAS PARA AMAZÔNIA

Introdução:
O capítulo "Políticas para Amazônia" do livro "Amazônia e a política
ambiental brasileira: territórios e territórios" de Milton Santos e Berta
Matheus Albuquerque
Becker explora a complexa relação entre políticas ambientais e a região da
Amazônia no Brasil. Neste capítulo, os autores abordam diversos aspectos
relacionados à preservação do meio ambiente, desenvolvimento
sustentável e os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais.
Este ensaio tem como objetivo fornecer uma análise de cada parágrafo
para compreender melhor o argumento dos autores e explorar os
principais temas apresentados neste importante capítulo.

O capítulo "Políticas para Amazônia" faz parte do livro "Amazônia e a


política ambiental brasileira: territórios e territórios" de Milton Santos e
Berta Becker. Neste capítulo, os autores abordam questões relacionadas à
política ambiental voltada para a região da Amazônia no Brasil.
Primeiramente ele concentra-se na análise crítica das políticas públicas
implementadas na região amazônica e sua correlação com a preservação
ambiental, o desenvolvimento econômico e os direitos dos povos
indígenas e comunidades tradicionais. Santos e Becker enfatizam a
necessidade de adotar uma abordagem integrada que considere tanto a
proteção ambiental quanto o desenvolvimento socioeconômico
sustentável. Essa reflexão destaca a importância de encontrar uma
abordagem equilibrada que concilie os diversos interesses envolvidos.

Ele explora a importância do fortalecimento da governança ambiental e do


estabelecimento de mecanismos para uma participação social efetiva na
formulação e implementação de políticas para a Amazônia. Os autores
argumentam que envolver diversos atores, como povos indígenas,
comunidades tradicionais, setor privado e sociedade civil, é crucial para
garantir uma gestão ambiental mais equitativa e democrática. Esse ponto
enfatiza o apelo dos autores para a inclusão e a necessidade de incorporar
perspectivas diversas nos processos de tomada de decisão.

A relação complexa entre políticas ambientais e econômicas na Amazônia


também é explorada; Santos e Becker destacam a necessidade de conciliar
a proteção dos recursos naturais da região com o desenvolvimento de
atividades econômicas sustentáveis, respeitando a diversidade
Matheus Albuquerque
sociocultural e ambiental da Amazônia. Este parágrafo enfatiza a postura
dos autores em relação à importância de encontrar um ponto de equilíbrio,
além da dicotomia entre conservação versus desenvolvimento, para
alcançar tanto a sustentabilidade ambiental quanto o progresso
econômico.
Discutem-se diversos instrumentos de gestão territorial como meio de
conciliar diferentes interesses e garantir a conservação da Amazônia. Esses
instrumentos incluem áreas protegidas, reservas extrativistas e territórios
indígenas. Santos e Becker argumentam que essas medidas não apenas
protegem os recursos naturais, mas também apoiam o bem-estar e os
meios de subsistência das comunidades dependentes das florestas. Este
parágrafo destaca a crença dos autores na importância de adotar políticas
progressistas que equilibrem os esforços de conservação com a
preservação das culturas e modos de vida locais.

Conclusão:
Em conclusão, o capítulo "Políticas para Amazônia" oferece uma análise
abrangente dos desafios e oportunidades relacionados às políticas
ambientais na Amazônia, como explorado por Milton Santos e Berta
Becker. Os autores defendem uma abordagem integrada e participativa,
enfatizando a importância do diálogo social, da governança e da inclusão
de perspectivas diversas. Reconhecendo a necessidade de
desenvolvimento econômico sustentável, Santos e Becker ressaltam a importância da
conservação ambiental e da proteção dos direitos
indígenas e das comunidades tradicionais. Em última análise, os autores
propõem uma estratégia multifacetada que aborda as complexidades da
região amazônica, buscando harmonizar as atividades humanas com a
preservação de seus ecossistemas únicos e frágeis.
Matheus Albuquerque
PARTE IV

A DINÂMICA TERRITORIAL REGIONAL

Introdução:

A dinâmica territorial regional é um campo de estudo complexo e multifacetado que busca


compreender as transformações que ocorrem em áreas geográficas delimitadas ao longo
do tempo. As regiões, sejam elas urbanas, rurais ou mistas, são espaços vivos e
em constante evolução, influenciados por uma miríade de fatores econômicos, sociais,
ambientais e políticos. Essa dinâmica desempenha um papel crucial na organização das
sociedades, na distribuição de recursos, na qualidade de vida das populações e no
desenvolvimento regional como um todo.
Desenvolvimento:
A dinâmica territorial regional é moldada por diversos fatores interconectados. A
economia desempenha um papel central, uma vez que a atividade econômica de uma
região é um dos principais motores de mudança. A implantação de indústrias, a
disponibilidade de empregos e as oportunidades de negócios influenciam diretamente a
demografia de uma região, atraindo ou repelindo populações. Isso, por sua vez, tem
implicações profundas na distribuição espacial das pessoas e na formação de centros
urbanos.
A demografia desempenha um papel igualmente importante na dinâmica territorial
regional. A taxa de natalidade, migrações internas e externas, envelhecimento da
população e estrutura etária são fatores demográficos que moldam as características de
uma região. O aumento da população pode levar a uma pressão sobre os recursos naturais,
infraestrutura e serviços públicos, exigindo um planejamento cuidadoso para atender às
necessidades da sociedade.

Além disso, a dinâmica territorial regional é fortemente influenciada pelo meio


ambiente. Questões relacionadas à sustentabilidade, mudança climática e uso da terra
desempenham um papel crucial. Regiões costeiras, por exemplo, enfrentam desafios de
erosão costeira devido ao aumento do nível do mar, enquanto áreas agrícolas podem
estar sujeitas a problemas de degradação do solo. A proteção e conservação do ambiente
são essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável a longo prazo.
Matheus Albuquerque
As políticas públicas desempenham um papel fundamental na gestão da dinâmica
territorial regional. Governos locais, estaduais e nacionais têm o poder de direcionar
recursos, incentivar o desenvolvimento econômico e promover a equidade regional por
meio de políticas e investimentos direcionados. A infraestrutura, como estradas, ferrovias,
portos e telecomunicações, também é um elemento-chave na conectividade regional,
permitindo o fluxo de mercadorias, pessoas e informações.

Conclusão:
A dinâmica territorial regional é uma área de estudo crucial para o planejamento e
desenvolvimento de regiões geográficas. Compreender como esses fatores interagem e se
influenciam é essencial para a formulação de políticas públicas eficazes, a promoção
da equidade regional e a melhoria da qualidade de vida das populações locais.
Este campo de pesquisa é dinâmico, pois as condições e desafios regionais evoluem ao
longo do tempo. O estudo da dinâmica territorial regional continuará a ser fundamental
na adaptação a novas realidades, como a urbanização crescente, as mudanças climáticas
e as demandas por recursos naturais. Portanto, é imperativo que governos, instituições
acadêmicas e sociedade civil colaborem para entender e enfrentar esses desafios,
garantindo um futuro mais próspero, sustentável e equitativo para as diferentes regiões
geográficas.

PARTE V

Nova Geografia na Amazônia.

• A importância da nova geografia amazônica

A nova geografia amazônica é importante porque está diretamente ligada às questões


globais, como as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. A Amazônia
desempenha um papel fundamental na regulação do clima global, atuando como um
grande sumidouro de carbono e influenciando os padrões de chuva em diversas partes do
mundo. Compreender a nova geografia amazônica nos permite avaliar o impacto das
atividades humanas na região, como o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis,
e suas consequências para o equilíbrio climático global.
Matheus Albuquerque
Além disso, a Amazônia abriga uma imensa diversidade de espécies vegetais e
animais, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência. A nova geografia amazônica
nos ajuda a mapeare entender a distribuição dessas espécies, bem como os ecossistemas
únicos que as sustentam. Isso é fundamental para a conservação da biodiversidade e para
o desenvolvimento de estratégias de manejo sustentável dos recursos naturais da região.

A nova geografia amazônica também está intimamente ligada às comunidades


tradicionais que habitam a região, como indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Essas
comunidades possuem um profundo conhecimento sobre os recursos naturais e os
ecossistemas amazônicos, sendo essenciais para a preservação da cultura local e para a
promoção de práticas sustentáveis de uso da terra.

.Os desafios enfrentados na nova geografia Amazônica

A nova geografia amazônica tem sido moldada por diferentes fatores, como o aumento
da taxa de desmatamento, a expansão da agricultura e pecuária, a exploração de recursos
naturais e o crescimento populacional. Essas transformações têm acarretado diversos
desafios para a região.

Um dos principais desafios é a preservação da biodiversidade. A Amazônia abriga uma


imensa variedade de espécies animais e vegetais que estão ameaçadas pelos constantes
desmatamentos e degradações do meio ambiente. A perda de habitat, a caça ilegal e o
tráfico de animais são algumas das principais ameaças à fauna e flora amazônicas. A
preservação dessa biodiversidade é essencial não apenas para a manutenção dos
diferentes ecossistemas, mas também para a manutenção do equilíbrio climático global.

Além disso, a nova geografia amazônica também apresenta desafios relacionados ao


desenvolvimento socioeconômico. A região possui uma população crescente, que busca
melhores condições de vida e oportunidades de trabalho. A falta de infraestrutura, como
estradas e serviços básicos, aliada às limitações do mercado formal de trabalho, faz com
que muitos habitantes da região busquem alternativas, como a exploração ilegal de
recursos naturais. Essas atividades informais, muitas vezes, são realizadas de forma
descontrolada, causando impactos ambientais e sociais significativos.

• As oportunidades da nova geografia amazônica

Apesar dos desafios enfrentados na nova geografia amazônica, também existem


oportunidades para a região. A conscientização sobre a importância da preservação
Matheus Albuquerque
ambiental tem crescido, tanto no âmbito nacional quanto internacional. A busca por
alternativas sustentáveis de desenvolvimento, como o turismo ecológico, o manejo
florestal e a agricultura sustentável, tem sido estimulados, tornando-se uma oportunidade
para conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento econômico.

Além disso, a nova geografia amazônica também oferece oportunidades de cooperação


entre diferentes atores, como governos, organizações não governamentais e comunidades
locais. A participação ativa desses agentes na tomada de decisões e na criação de políticas
públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável da região pode contribuir

PARTE VI

Amazônia frente à integração e a globalização

O fenômeno da globalização demonstra ser um processo contínuo e possui sua


intensificação a partir do século XX, da qual os meios de transporte e comunicação
passaram a formar redes de integração no mundo todo- ou, pelo menos, grande parte dele.

Nesse sentido, o fluxo de capitais é a "peça-chave" do processo de globalização, pois a


partir da rapidez em que os investimentos capitalistas se perpetuaram pelo globo, o
capitalismo firmou-se como modo de produção vigente, constituindo um padrão de
produção a ser seguido. Nesse contexto, os países hegemônicos são os atores que
estabelecem a padronização do modo de produção a ser seguido pelos países periféricos
nesse sistema. É a partir dessa organização desigual do sistema capitalista que se
encontram os contrastes do processo de globalização.

Em primeiro lugar, cabe situar o Brasil e, consequentemente, a região amazônica como


parte dessa porção periférica da cadeia de produção capitalista globalizada. Como efeito
da globalização, a região amazônica ganhou notoriedade nos últimos anos pelo
reconhecimento da sua biodiversidade e da peculiaridade da formação da fauna e da flora,
assim como os potenciais desenvolvimentos científicos e de matéria-prima dos
componentes naturais da floresta.

Esse reconhecimento resultou na inserção da Amazônia no debate ambiental global,


uma vez que a região é de extrema importância para o bom funcionamento do ecossistema
mundial, não se fala, hoje, em pautas ambientais e desenvolvimento sustentável sem
considerar o impacto da floresta amazônica.
Matheus Albuquerque
Contudo, esse reconhecimento internacional ainda possui um viés exploratório e
colonizador, em razão do papel desempenhado pela região no capitalismo como
exportador de commodities na D.I.T (Divisão Internacional do Trabalho). Conforme foi
citado anteriormente, a Amazônia se encontra na periferia do sistema capitalista e ao
contrário de países hegemônicos, não se beneficia plenamente da globalização, apesar de
ter ganhado destaque na comunidade internacional, são gritantes os prejuízos com os
quais a região lida tendo em vista a sua aproximação à "aldeia global".

De modo geral, as desvantagens da globalização trabalham para os países


desenvolvidos, são esses os Estados que conseguem disseminar sua cultura de modo
global, expandir seu comércio, concentrar mais capital e, no fim, são eles quem realizam
a exploração dos países periféricos. Nesse sentido, pode-se facilmente relacionar a
globalização com um sistema imperialista modernizado.

Em acordo com os aspectos destacados ao longo do texto, somente será possível mudar
a realidade da Amazônia diante da cadeia desigual do capitalismo pela elevação do seu
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por meio da distribuição equitativa da renda
direcionada às áreas de saúde, saneamento básico e educação, esta última colaborará com
a qualificação da mão de obra, criando oportunidades para a produção tecnológica na
Amazônia que irá agregar valor aos produtos exportados, assim também contribuirá para
a mudança da base produtiva da região completando as cadeias produtivas.

Assim como, essa ação deve contar com a promoção da inclusão social entre as
comunidades locais existentes, respeitando as suas culturas, também deve-se levar em
consideração a preservação do meio ambiente na busca de meios eficazes para fazê-la,
baseando-se no uso sustentável das terras, de modo a reduzir drasticamente a
concentração fundiária e o desmatamento. discussão aqui apresentada abre um leque
bastante amplo de pesquisas.

Algumas delas são indicadas abaixo:

Em primeiro lugar, permite avançar sobre o papel da Amazônia no contexto do avanço


da lógica neoliberal que sustenta a globalização nos moldes como foi apresentada acima.
Estas pesquisas vêm sendo já realizadas, por exemplo, pelo Núcleo de Altos Estudos
Amazônicos (NAEA) da UFPa e por Organizações
Matheus Albuquerque
Sociais, como os "Amigos da Terra Brasil"

Outra área de pesquisa relaciona-se com os efeitos do avanço dessa lógica sobre as
populações tradicionais a partir dos resultados do IDH. No campo da alimentação pode-
se citar a pesquisa de ALMEIDA (2019). Sobre a saúde na região amazônica, podem ser
citados o trabalho de COUTO (2021). No que se refere à educação existem pesquisas
relevantes do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do
Pará (UEPa), em especial os da Linha de Pesquisa "Saberes Culturais e Educação na
Amazônia".

Por fim, cabe indicar pesquisas que discutem o valor da cultura amazônica frente ao
processo de padronização de modos de vida trazidos pelo processo de globalização. Tais
vieses podem ser encontrados, por exemplo, em PRAZERES & CARMO (2020).

Relações dos autores:

Sob Organização de Prof. Matheus Albquerque

Turmas 1201 e 1202 da Segunda Série do Ensino Médio do Colégio Apollo 12 - Filial

Você também pode gostar