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CONSULTÓRIO NA RUA

Professora: Neilza Alves Barreto – CRP 05-19536


Coordenação SPA – Daiana de Oliveira Santos – CRP 05-19393
Rubia Cristina de Freitas Gritlet – Matr.: 2.22.00.1.040

NITERÓI – RJ2023
Sumário

Identificação -----------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 3

Justificativa-------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 3

Objetivos-----------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 3

Fundamentação teórica---------------------------------------------------------------------------------Pág. 4

Público-alvo-------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 4

Consultório Na rua----------------------------------------------------------------------------------------Pág. 4

Cronograma-------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 5

Metodologia-------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 5

Entrevista----------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 6

Considerações finais-----------------------------------------------------------------------------------Pág. 12

Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------------------Pág. 13
1. IDENTIFICAÇÃO

Título: CONSULTÓRIO Na RUA

ÁREA(S) TEMÁTICA(S):

Direitos Humanos e Justiça, Saúde, Trabalho e Educação.

2.JUSTIFICATIVA

Como alunos do curso de psicologia da Faculdade Maria Thereza, nosso propósito é


conhecer e apresentar para turma, a dinâmica dos Consultórios na Rua, o que envolve a lida
de seus integrantes e a interação destes com as redes assistenciais, quer do estado, quer
da inciativa privada, bem como do cidadão comum.

A partir de nossas pesquisas e entrevista ao Psicólogo Delson que atua no Consultórios na


Rua de Itaboraí descrevemos o trabalho desses profissionais, com seus atentos olhares e
articulação profissional, se ocupam dos cuidados para a preservação da saúde dos
moradores em situação de rua.

3. OBJETIVOS

A função primeira do Consultório na Rua é a expansão de manobras de promoção e


ampliação dos cuidados da saúde às Pessoas em Situação de Rua, que lhes deem
autonomia e evidenciem suas especificidades enquanto sujeitos sociais.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Resumidamente discorreremos sobre o alvo das eCR. À vista disto, elencaremos os


aspectos e condutas pertinentes aos responsáveis pelos cuidados.

POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA


Designa-se como “População em Situação de Rua” pessoas que vivem em extrema
pobreza. Desprovidos de residência tradicional, fazem da sarjeta, áreas degradadas ou
logradouros públicos e os abrigos para pernoites, seu espaço de moradia e sustento de
forma temporária ou permanente. Não possuem vínculos familiares, ou se os possuem são
fragilizados ou interrompidos.

O número de pessoas que vivem em situação de rua tem aumentado significativamente nos
últimos anos, segundo dados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em
publicação feita em 8 de dezembro de 2022, população em situação de rua no Brasil
cresceu 38% entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 pessoas. Estima-se que desse
número 87% são do sexo masculino, adultos 55% e negras 68%.

5. PÚBLICO- ALVO

O público-alvo desta intervenção são os cidadãos de uma maneira geral.

6.CONSULTÓRIO NA RUA

As Políticas para a População em Situação de Rua são implementadas de forma


compartilhada entre a União, estados e municípios. Em 2009, o decreto n 7.053 instituiu a
Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPSR),alguns dos objetivos do
decreto é buscar assegurar o acesso de forma simplificada aos serviços de saúde,
capacitação de profissionais para atuação direcionada as PSR, institui contagem oficial da
PSR, proporcionar o social, proporcionar o acesso permanente a alimentação com
qualidade, disponibilizar acesso previdenciário e os programas de transferência de renda,
implementar centros de proteção programas de qualificação profissional para as PSR. Em
2011, alinhada com as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), houve a
normatização das equipes de Consultório de Rua (eCR) que tiveram como referência as
Unidades Básicas de Saúde do SUS.A Portaria 122 de 2012 que consolida e estabelece a
implantação das eCR, que devem ser compostas de multiprofissionais que desenvolveram
atenção básica, desempenharam suas atividades in loco, de forma itinerante de forma
compartilhada com as UBS, CAPS e os demais serviços de Urgência e Emergência.

A partir da promulgação da Portaria nº1029 de maio de 2014, as eCR passaram a vigorar


com as seguintes modalidades:
I - Modalidade I: Equipe formada, minimamente, por 4 (quatro) profissionais, dentre os quais
2 (dois) destes, obrigatoriamente, deverão estar entre aqueles descritos no item “a” a seguir,
e os demais dentre aqueles relacionados nos itens “a” e “b” abaixo:

a) enfermeiro, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional;

b) agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal, cirurgião


dentista, profissional/ professor de educação física e profissional com formação em arte e
educação.

II - Modalidade II: equipe formada, minimamente, por 6 (seis) profissionais, dentre os quais 3
(três) destes, obrigatoriamente, deverão estar aqueles descritos no item “a” abaixo e os
demais dentre aqueles relacionados nos itens “a” e “b” a seguir:

a) enfermeiro, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional;

b) agente social, técnico ou auxiliar de enfermagem, técnico em saúde bucal, cirurgião


dentista, profissional/ professor de educação física e profissional com formação em arte e
educação.

III - Modalidade III: Equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico.”

7. CRONOGRAMA

Foi decidida nossa estratégia, entrevistar um psicólogo que trabalha diretamente com
pessoas em situação de rua, e extrair dele em uma conversa de roda sua experiência.

8. METODOLOGIA

Para nos instrumentalizarmos e tirarmos maior proveito na coleta de dados junto ao


profissional Delson Carvalho, que atua no Consultório na Rua de Itaboraí. Constam neste
relatório perguntas e resposta feitas ao nosso convidado.
9. ENTREVISTA

Material áudio visual

https://1drv.ms/v/s!Ahpuee1Y_mcvgYw6O8aOBS2OgogS0w?e=3eKH4B

1 - Como é formada a equipe de psicólogos que fazem parte do projeto? Existe


algum treinamento? Qual a função do psicólogo dentro do projeto?
Resposta do Psicólogo Delson:

Na verdade, o CnaR é uma estratégia de combate às iniquidades que ocorrem no


sistema, pertence a APS e sua principal função é romper as barreiras ao acesso à
saúde da população em situação de rua.
Pode ter mais de um Psicólogo na equipe, mas o ideal é que tenhamos diversidade
nas categorias para melhor atender a integralidade do serviço.
O papel principal do Psicólogo é contribuir na formação do vínculo, flexibilizar na
medida do possível pensamentos rígidos que atrapalham no cuidado da saúde e
construir junto a equipe o PTS devolvendo ao sujeito autonomia e o protagonismo de
sua própria história.
Além de observar possíveis Transtornos Mentais e ofertar cuidados e a inserção na
RAPS.

Resposta complementar teórica:

O Consultório de Rua é, portanto, um projeto que tem um olhar diferenciado, que


pretende ir além dos estigmas, e reconhecer cada pessoa a ser atendida, em sua
particularidade. E se tratando de uma equipe multiprofissional, torna-se possível
intervir, prevenir e promover saúde através de diversos olhares sobre o ser. Isso
quer dizer que a atuação da equipe, constituída por uma variedade de profissionais
como enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e educadores sociais, está
alicerçada na integração dos distintos saberes, a fim de responder tanto pelos
objetivos do Consultório de Rua como também pelos desafios e impasses
provocados por uma prática tão específica quanto é a do atendimento no contexto
de rua. (FILHO; VALÉRIO; MONTEIRO, 2011, p. 41).
O psicólogo, como integrante da equipe, oferece não somente a escuta, atuação
peculiar de sua profissão, mas também acolhe e trabalha em união com outros
profissionais até mesmo na manutenção da saúde física do mesmo. Tendo como a
sua base de trabalho a escuta qualificada, a sua intervenção visa favorecer o
reconhecimento do próprio indivíduo quanto aos fatores de risco e de proteção a que
cada um possa estar sujeito, seja no que tange o uso de substâncias psicoativas,
seja em relação à situação de rua. (FILHO; VALÉRIO; MONTEIRO, 2011, p. 64).

Para Filho, Valério, Monteiro (2012), cada pessoa que está em situação de rua tem
histórias, motivos para estarem naquele lugar, daquela forma. O profissional
psicólogo se faz presente levando em conta a singularidade de cada um,
respeitando suas escolhas e ainda intervindo e auxiliando na prevenção, promoção
e recuperação da saúde.

2 – Qual é a maior demanda do público-alvo da assistência em saúde mental de


Itaboraí?

Vou atentar a população em situação de rua que posso responder com maior propriedade.
Nosso perfil é de maioria homens, negros, em idade de 20 a 55 anos, com história de
rompimento dos vínculos familiares. Em primeiro lugar encontram-se agravos a saúde uso
abusivo de álcool e outras Drogas. Seguindo de usuários com transtorno mental severo sem
adesão ao tratamento nas unidades de saúde da RAPS.

Em terceiro lugar encontramos agravos ligados a hipertensão e Diabetes.

Fazemos também rastreio de TB e ISTS oferecendo testagem e TTO, mas em poucos casos
confirmam positivo no território.

3- Existe hierarquia entre os profissionais que trabalham no projeto? O médico


exerce papel de direção e /ou decisão no que diz respeito aos tratamentos a
serem realizados na área de saúde mental?
Resposta:
Existe uma coordenação da equipe (em Itaboraí é o Psicólogo) e trabalhamos com
discussão de casos em que cada profissional oferta através da sua expertise a
melhor e mais viável conduta para a resolução da demanda apresentada começa
então a Construção do PTS do usuário e é importante a participação dele nesse
processo, uma vez que o cuidado de co-responsabilidade de ambas as partes. O
cuidado é integral e sai da ótica do modelo biomédico, ele faz parte da equipe como
todos os outros profissionais.
O consultório na rua faz parte da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), e a
sua organização é constituída através dos princípios e diretrizes do nosso Sistema
Único de Saúde.
Os profissionais que atuam no consultório na rua formam uma equipe
multiprofissional, com o objetivo de promover ações de saúde, com base no princípio
da integralidade, destinadas às necessidades desta população.
A equipe do consultório na rua de Itaboraí é multidisciplinar, formada por diversos
profissionais da área da saúde, que se complementam, e atuam em conjunto para o
desenvolvimento das atividades, a fim de garantir o cuidado integral.
O princípio da integralidade garante que todas as necessidades das pessoas devem
ser atendidas, de forma integral. Para tanto, é necessário que as pessoas sejam
consideradas como um todo, e a promoção da saúde se dê através de ações
integradas.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, no atendimento integral as ações
preventivas devem ser priorizadas, sem que ocorra prejuízo nas ações de
assistência. Portanto, qualquer usuário do SUS tem o direito de usufruir dos serviços
pertinentes às suas necessidades, que vão desde a vacinação ao transplante, com a
prioridade das ações preventivas.
A atenção integral representa uma crítica ao reducionismo biomédico, que incorpora
um conceito mais ampliado de saúde capaz de promover cuidado integral. Isto
significa que a saúde e a doença devem ser compreendidas em suas diversas
dimensões e os sujeitos devem ser considerados como um todo, sempre
observando as questões referentes ao meio ambiente e o social.
Tem-se que o princípio da integralidade tem como escopo humanizar as práticas de
saúde, transformando o usuário o centro da ação em saúde e não a doença e o
corpo.
Ainda, as políticas de saúde devem seguir o princípio da integralidade, a fim de
atender as necessidades de grupos específicos, como é o caso da população de
Rua.
Os profissionais da área da saúde devem compreender sobre a integralidade em sua
formação, a fim de que as práticas de trabalho possibilitem a reflexão sobre o conhecimento,
o processo de trabalho, e a liberdade de cada profissional em seu aspecto político e
produtivo.

4 – Como e feita a abordagem das pessoas em situação de rua para os tratamentos


oferecidos pelo projeto? Qual o papel do psicólogo nesta abordagem? Pode haver
recusa do tratamento? Existe algum procedimento para ser adotado pelo psicólogo
nestes casos?

As abordagens podem ser feitas individual ou em grupo, na rua, no centro POP ou em


qualquer outra unidade de saúde mais próxima, além da unidade que temos como base.
Nosso principal objetivo e a oferta de cuidados em saúde e servir de ponte para a garantia
do acesso a esses cuidados. Começamos com a tentativa de vinculação conhecendo
quando possível a história e a rotina de vida, depois disso vem a avaliações de saúde e
pode ser feito uma anamnese que pode levar a vários encontros, pois os usuários nem
sempre estão disponíveis, cabendo a equipe respeitar cada momento e insistir no ofertado
cuidado.

O Psicólogo e o principal agente nessa vinculação, mas pode ocorrer vínculo com qualquer
outro profissional (já houve casos do usuário se vincular ao motorista da equipe e inserimos
ele no cuidado). Depois a construção do PTS com o saber de cada profissional. Em caso e
manter o sigilo marcarmos em alguma unidade ou realizaremos atendimento em locais mais
reservados como o carro por exemplo.

Em muitos casos há recusa de atendimento e seguimos ofertando o usuário, os cuidados da


saúde até ele aceite.

5- Existe alguma atuação em conjunto com a psicólogo com outros profissionais,


como enfermeiro e médicos?

Os serviços ofertados pela política de saúde especialmente o de saúde mental, tem sido
desafiador a se fazer resolutivos em sua estratégia de cuidado, e pôr em evidenciar a
subjetividade na compreensão do processo saúde- doença, revelando a necessidade de
estabelecer formas humanizadas. Chamamos de consultório de Rua equipes
multiprofissionais que desenvolve ações integrais de saúde frente a necessidade dessa
população. Eles devem realizar suas atividades de forma itinerante e, quando necessário,
desenvolver ações em parceria com a equipe da unidade Básica de saúde do território. Os
consultórios na Rua são formados por equipes multiprofissionais, podendo fazer parte dela
as seguintes profissões.

. Enfermeiro, psicólogo, assistente social ou terapeuta ocupacional.

. Agente social, técnico ou auxiliar de enfermeiro, técnico em saúde bucal, cirurgião dentista,
profissional/ professor de educação física ou profissional com formação em arte e educação.

A depender da necessidade do usuário, essas equipes também devem atuar junto ao centro
de atenção Psicossocial (caps), aos serviços de Urgência e Emergência e outros pontos de
atenção da rede de saúde e intersetorial.

6-Em consultórios de rua, a medicalização pode ocorrer, envolvendo a administração


de medicamentos para tratar diversas condições de saúde entre pessoas em situação
de rua?

Geralmente, profissionais de saúde como médicos e enfermeiros, oferecem assistência,


diagnosticam problemas de saúde e prescrevem medicamentos quando necessário.

Funciona através de equipes móveis que podem incluir veículos equipados como clínicas
móveis, onde são oferecidos serviços médicos básicos, consultas, exames e medicamentos.

Atualmente, temos visto um maior número de pessoas moradoras de rua marcadas pela
desigualdade social no Brasil, dentre elas mulheres no contexto de extrema pobreza,
considerando os casos de gestantes e gravidez de alto risco em situação de rua, o que
influencia esse aumento?

Impactos ambientais, desempregos, crises financeiras, o aumento de moradias sem


infraestrutura para os grandes centros comerciais nas cidades e falta de oportunidades nas
cidades do interior, o crescimento da população vem crescendo historicamente. Segundo
Belloc (2018), sua pesquisa evidencia as dificuldades vivenciadas por mulheres em
vulnerabilidade social, apresentando alguns casos de mulheres grávidas que decidiram
gerar seus filhos nas ruas devido ao medo da desmaterinização, com receio de perderem
seus bebês, incluindo a falta de acompanhamento da gravidez com exames periódicos,
doações temporárias para que pudessem fazer visitas aos seus filhos quando desejassem,
entre outras situações vividas durante a gravidez.
Vejamos a seguir a pesquisa abaixo sobre o Relato de caso: GRAVIDEZ DE ALTO RISCO

,,,,, 2012:

“MSG, 17 anos, e seu atual companheiro chegam à UBS sem Domicílio acompanhados pela
agente comunitária de saúde e pela enfermeira após abordagem de rua e identificação de
gravidez sem acompanhamento de pré-natal. Primeiramente, passam ao acolhimento de
enfermagem, que, além da verificação de sinais vitais, verifica em conjunto com o agente de
saúde a falta de documentação da usuária, do seu cadastro na unidade e a necessidade de
gerar um cartão SUS. Em seguida, a gestante é encaminhada à consulta com a enfermeira
da unidade, que faz todo o atendimento inicial: anamnese e exame físico sumário. Devido
ao relato espontâneo de ser portadora do vírus HIV e do uso no passado de crack e
maconha e às dificuldades em acessar dados precisos da gestação, a enfermeira passa
para a consulta médica por se tratar de uma gravidez de alto risco. MSG mostra-se agitada
e impaciente, não entende qual o motivo de tantas perguntas e o porquê de passar em
consulta médica, e relata ainda estar irritada e sem vontade de esperar, enfatizando que ela
e o companheiro não podem ficar por estarem com fome e por necessitarem reciclar latinhas
e pet para conseguir dinheiro para se alimentarem mais tarde. A enfermeira então busca
estratégias para o convencimento da gestante e consegue, após algum tempo de
negociação, encaminhá-la à consulta médica. Lá, confirma ser HIV positiva e que fazia uso
de terapia antirretroviral, mas parou e não sabe há quanto tempo. Também usava crack e,
às vezes, maconha para “se acalmar e dar fome”, parando com as drogas há um mês por
preocupar-se com o bebê. O companheiro atual não é o pai da criança e também é
soropositivo. Ela não sabe a data da última menstruação, mas acha que já está com nove
meses. Um pouco preocupada, refere contrações quatro a seis vezes ao dia, de fraca
intensidade e de curta duração, mas sem perdas vaginais. No entanto, queixa-se de dor
para urinar e aumento da frequência destas. Esta é sua terceira gestação, sendo que sofreu
dois abortos espontâneos e de causa desconhecida. MSG relata início da vida sexual aos
13 anos, nunca coletou citopatológico e está sem nenhum exame de pré-natal nem
ecografia obstétrica. O exame clínico e obstétrico de rotina não mostra alterações, exceto o
hipocoramento de mucosas. Chama atenção a altura uterina de 32 cm. Diante do quadro
acima, a conduta médica adotada foi a solicitação e o encaminhamento imediato da
gestante para avaliação em emergência hospitalar obstétrica. O objetivo seria possibilitar a
realização de exames de rotina de pré-natal em caráter de urgência, já que se caracteriza
uma gravidez de alto risco, com possibilidades de complicações, como transmissão
materno-fetal do vírus HIV e talvez outras DST, com repercussões deletérias ao feto. Além
da necessidade de definir com rapidez a idade gestacional, pesquisar situações agravantes
agudas, como anemia, infecção urinária, diabetes e outros. Foi realizado contato com o
Conselho Tutelar e Assistência Social do município para compartilhar a situação de
vulnerabilidade social da gestante, solicitar avaliação com vistas a abrigamento e apoio para
a concretização do encaminhamento da referida avaliação obstétrica. Concluiu-se que
conseguir o abrigamento para que toda a rotina de acompanhamento pré-natal pudesse ser
realizada com segurança era de fundamental importância para o bom andamento da
gravidez, além da necessidade de realização de avaliação psicossocial pela equipe do
CAPS AD da região, com vistas ao planejamento de intervenção em dependência química.
A avaliação obstétrica optou por internação hospitalar, pois constatou que se tratava de uma
gestação de alto risco sem acompanhamento adequado, com várias comorbidades, como a
descoberta nos exames da emergência de sífilis gestacional, infecção urinária e anemia
grave. Após o nascimento, a mãe e o bebê foram abrigados em equipamento da assistência
social e foi trabalhada a reaproximação familiar, que possibilitou que posteriormente mãe e
bebê fossem acolhidos por uma tia. Atualmente todos estão morando com ela, e MSG
mantém vínculo e acompanhamento com a equipe de saúde da sua região, embora
frequentemente venha à SF sem Domicílio para rever a equipe”.

Ressaltamos a importância de profissionais da saúde de compreender a maneira e o


cuidado das mulheres gestantes e com gravidez de alto risco em situação de rua. Buscamos
outras fontes de pesquisa sobre este tema a fim de enriquecer o nosso trabalho.

10.CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Ademais, foi durante toda a entrevista com o psicólogo Delson carvalho, buscar o máximo
de respostas possíveis e elencar causa e consequências da população de rua, todavia não
foram alcançadas todas as respostas necessárias. Por isso trouxemos fontes confiáveis
que tendem a preencher lacunas não respondidas pelo Psicólogo entrevistado.

Por fim parabenizo a professora Neilza pelo tema sugerido aos grupos, no qual tivemos
grande fonte de aprendizado, entender a importância desse trabalho para o
desenvolvimento do estudo acadêmico para a psicologia no Brasil.
11. Referência Bibliográfica

https://www.youtube.com/watch?v=Y5-fDL4rXO0;

https://www.youtube.com/watch?v=JXWm4JWpH3s;

https://www.youtube.com/watch?v=ebWbbdauySA;

https://www.youtube.com/watch?v=aGxAGwm0Nlug;

file:///C:/Users/depau/Downloads/periodicos,+Artigo+07.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=t1ovX2VxxKU

file:///C:/Users/depau/Downloads/periodicos,+Artigo+07.pdf

https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/consultorio-na-rua

https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/pesquisador-assina-capitulo-sobre-consultorios-
na-rua/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sus#:~:text=Integralidade
%3A%20este%20princ%C3%ADpio%20considera%20as,o%20tratamento%20e
%20a%20reabilita%C3%A7%C3%A3o
FONTE: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/PBqqKT9JyjgJndzcTcjxRMh/

O livro base para nossa leitura e o: “Manual sobre o cuidado com a saúde junto a população
de rua” do ministério da saúde de 2012, e complementamos com a leitura do livro “Invisíveis
Pessoa em Situação de rua no Brasil” editores Pedro e Joao, de 2022.

BELLOC, M; CABRAL, K; OLIVEIRA, C. A desmaternização das gestantes usuárias de


drogas: violação de direitos e lacunas do cuidado. Revista Saúde em Redes. v. 4. p. 37-50,
2018.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Manual sobre o cuidado à saúde junto a população em situação de rua / Ministério
da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2012. 98 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

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