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Direção de Segurança e
COMBOIOS DE PORTUGAL Coordenação

INSTRUÇÃO
COMPLEMENTAR
DE OPERAÇÃO

Nº309/14

OPERAÇÃO DAS UTD 592.0 E


592.2

Entrada em vigor
14 de dezembro de 2014
COMBOIOS DE PORTUGAL ICOP 309/14

Distribuição
Direção Geral de Produção e Negócio e Órgãos
Centrais

Documento Anulado

ICOP 309/11 de 16 de outubro de 2011

Alterações ao Documento
Inclusão no documento das características das UTD da série 592.2

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COMBOIOS DE PORTUGAL

INSTRUÇÃO COMPLEMENTAR DE OPERAÇÃO Nº 309/14

OPERAÇÃO DAS UTD 592.0 E 592.2

ÍNDICE
Pág.
1. CARACTERÍSTICAS DE EXPLORAÇÃO ........................................................... 5

2. COMPRIMENTO, PESO E LOTAÇÃO .............................................................. 6

3. TIPOS DE FREIOS ..................................................................................... 7

4. PESO-FREIO ............................................................................................. 8

5. CONTROLO AUTOMÁTICO DE VELOCIDADE “CONVEL” ................................... 8

6. CIRCULAÇÃO EM CONDIÇÕES DEGRADADAS................................................ 9

7. SOCORROS / REBOQUES…………………………………………………………………………………….11

8. CENTRAL TAQUIMÉTRICA ......................................................................... 13

9. ENCRAVAMENTO DAS PORTAS EXTERIORES............................................... 13

10. SINAL DE SERVIÇO CONCLUÍDO ............................................................... 14

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INSTRUÇÃO COMPLEMENTAR DE OPERAÇÃO Nº 309/14

OPERAÇÃO DAS UTD 592.0 E 592.2

1. CARACTERÍSTICAS DE EXPLORAÇÃO

1.1. As Unidades Triplas Diesel (UTD) das séries 592.0 e 592.2 são classificadas
como unidades automotoras, nos aspetos de formação, composição e documentação
a estabelecer para a sua circulação.

1.2. Cada unidade é identificada através do número do veículo intermédio


(Reboque), cuja identificação UIC apresenta a seguinte estrutura:

90 – 71 – 7 – 592 - - - – -

1.3. De acordo com os ensaios realizados, é autorizada a sua circulação nas


Linhas do Minho, Douro, Leixões e Concordância de São Gemil.

1.4. A composição, em unidade simples, é constituída por três veículos ligados


por engates especiais rígidos.

1.5. Os veículos têm a seguinte denominação:

 Motora VTBD2 – Veículo extremo, com 2 bogies de dois rodados (1Ao)


(Ao1)
 Reboque VMB2 – Veículo intermédio, com 2 bogies de dois rodados (2’
2’)
 Motora VTB2 – veículo extremo, com 2 bogies de 2 rodados (1Ao) (Ao1)

1.6 Estas unidades estão aptas tecnicamente a operar em unidades múltiplas até
três (3).

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1.7 As UTD’s 592.2 não podem circular, em condições normais, acopladas com
UTD´s da série 592.0.

1.8 A velocidade máxima de circulação das UTD da série 592.0 é de 120 Km/h e
da série 592.2 de 140Km/h, em unidades simples ou múltiplas.

1.9 O veículo reboque intermédio das UTD das séries 592.0 e 592.2 está
equipado com um grupo eletrogéneo independente do equipamento de tração,
para alimentação dos auxiliares (iluminação, ar condicionado, etc.).

1.10 Nos veículos motores das UTD das séries 592.0 e 592.2, a transmissão do
movimento do motor diesel aos rodados é efetuada através de uma transmissão
hidráulica com inversor mecânico e um redutor cónico.

1.11. As motoras VTBD2 e VTB2 das UTD’s 592.0 e 592.2 estão equipadas com
engates automáticos Scharfenberg, nos cabeçotes do lado da cabina de condução.

1.12. Estas unidades estão equipadas com os seguintes sistemas:

Designação UTD 592.0 UTD 592.2


Sistema CONVEL Instalado
Sistema de vigilância “Homem Morto” Instalado
Rádio Solo-Comboio Instalado
Aquecimento e ar condicionado Instalado

2. COMPRIMENTO, PESO E LOTAÇÃO

2.1 Comprimento

Designação UTD 592.0 UTD 592.2


Motora VTBD2 23,542 m
Reboque VMB2 23,130 m
Motora VTB2 23,542 m
Comprimento total 70,214 m

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2.2 Tara em ordem de marcha

Designação UTD 592.0 UTD 592.2


Motora VTBD2 46,0 t 46,6 t
Reboque VMB2 39,0 t 39,4 t
Motora VTB2 46,0 t 46,6 t
Tara total em ordem de marcha 131,0 t 132,6 t

2.3 Peso em carga

Designação UTD 592.0 UTD 592.2


Motora VTBD2 13,63 t por 2,32 t por 13.46 t por 2.28 t por
eixo metro linear eixo metro linear
Reboque VMB2 11,0 t por 1,90 t por 11.86 t por 2.01 t por
eixo metro linear eixo metro linear
Motora VTB2 13,63 t por 2,32 t por 13.46 t por 2.28 t por
eixo metro linear eixo metro linear
Peso total em carga 153,0 t 154,9 t

2.4 Lotação

Designação UTD 592.0 UTD 592.2


Motora VTBD2 64 lugares sentados
Reboque VMB2 72 lugares sentados
Motora VTB2 64 lugares sentados
Total lugares sentados 200
Total da lotação em sobrecarga 276

3. TIPOS DE FREIOS

3.1. Freio automático: O sistema de freio UIC a ar comprimido que atua em


todos os rodados da UTD 592.0 é comandado por coluna de freio. A pressão de
frenagem ajusta-se automaticamente em função da carga de cada veículo (Pf = P
em tara + P da carga, até ao máximo indicado no veículo).

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3.2 O sistema de freio nas UTD´s da série 592.2 é de comando


electropneumático. Estas unidades motoras estão também equipadas com o sistema
de antipatinagem, freio auxiliar e sobrecarga.

3.3 Freio de estacionamento (manual): sistema mecânico, acionado por


manivela, instalada no interior de cada cabina de condução e no reboque, atuando
num bogie do veículo onde é acionado.

3.4 Sinal de alarme: dispositivo que provoca a atuação do freio automático,


quando acionados um ou mais manípulos/punhos, existentes no interior dos veículos.

4 PESO-FREIO

Grandeza expressa em toneladas, que permite avaliar a potência do freio automático.


No Quadro I, indicam-se os valores máximos do peso freio de cada veículo das UTD’s
592.0 e 592.2.

QUADRO I

Peso-freio máximo

VTBD2 VMB2 VTB2

81 t 71 t 81 t

5 CONTROLO AUTOMÁTICO DE VELOCIDADE “CONVEL”

Em condições normais de circulação os dados a introduzir no setor de fixação de dados,


são os que se indicam no QUADRO II.

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QUADRO II

Via larga (Linhas do Minho, Douro, Leixões e Conc. São Gemil)

CONVEL – Setor fixação de dados


Figurino Velocid Comprim Tempo reação Aceleração Categoria
ade ento do freio de frenagem do comboio
1 UTD
1 08
592.0
2 ou 3 12 083 0
2 09
UTD 592.0
1 UTD
14 1 08 101 0
592.2

6. CIRCULAÇÃO EM CONDIÇÕES DEGRADADAS


Quando se verifiquem situações degradadas no funcionamento do freio automático, o
comboio pode circular até à estação de destino e/ou para o Parque Oficinal.

Para isso, os valores a fixar no painel de bordo do sistema CONVEL são os que constam
do Quadro III (Foi considerado para cada caso de degradação o valor mínimo de
aceleração de frenagem)

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QUADRO III

Via larga (Linhas do Minho, Douro, Leixões e Conc. São Gemil)

Circulação em situação degradada - Isolamento de freio automático

CONVEL – Setor fixação de dados


Degradação
no freio Figurino Tempo Aceleração Categoria
Velocid Compri
automático reação de do
ade mento
do freio frenagem comboio
1 UTD
1 8 071
592.0
1 bogie
2 ou3 11 0
isolado
UTD 2 9 077
592.0
1 UTD
1 8 061
592.0
1 veículo
2 ou 3 10 0
isolado *
UTD 2 9 071
592.0
1 UTD
1 10 058
1 veículo 592.0
isolado ** 2 ou 3 05 0
(a) UTD 2 9 071
592.0
1 bogie 1 UTD
13 1 8 091 0
isolado 592.2
1 veículo 1 UTD
11 1 8 072 0
isolado * 592.2
1 veículo
1 UTD
isolado ** 5 1 10 058 0
592.2
(a)
* Desde que não seja o veículo da cabeça ou da cauda.
** Veículo da cabeça ou da cauda.
a) Quando se tratar do veículo da cauda, é obrigatório guarnecer o freio manual.

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7. SOCORROS / REBOQUES

7.1. Em princípio, não é provável que seja necessário receber socorro. Se


avariarem um ou dois sistemas de tração, os que continuam ao serviço dispõem de
capacidade de tração para prosseguir a marcha.

7.2. Na impossibilidade de circular pelos seus próprios meios, o socorro ou


reboque poderá ser prestado, pela cauda ou pela frente, por unidades motoras da
mesma série UTD 592.0 ou UTD 592.2.
O acoplamento apenas se pode realizar mecanicamente e pneumaticamente, ou seja,
com as palas dos contactos elétricos fechadas.

7.3. O socorro ou reboque também poderá ser prestado por uma locomotiva,
desde que instalado o Engate de Transição Pneumático (ETP) existente nas UTD
592.0 e 592.2.

7.4 Reboque com a bateria desligada - UTD 592.2


 Isolar os contatos elétricos no engate (fechar a torneira dos contactos
elétricos no engate);
 Isolar pneumaticamente o sistema Convel nas duas cabinas;
 Isolar pneumaticamente o sistema de Homem Morto nas duas cabinas;
 Isolar a electroválvula B49 através da torneira no painel pneumático nas
duas cabinas.

7.5 Reboque com a bateria ligada (distâncias curtas) - UTD 592.2


 Isolar os contactos elétricos no engate (fechar a torneira dos contatos
elétricos no engate);
 Isolar pneumaticamente o sistema de Homem Morto nas duas cabinas.

7.6. Após a chegada da unidade motora ao local onde se encontra retido o


comboio a socorrer ou rebocar, os responsáveis de condução intervenientes
dialogam entre si, sobre as operações a executar para acoplamento, bem
como das condições de circulação durante o socorro ou reboque.

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7.7. Velocidades máximas no socorro / reboque - UTD 592.0 e 592.2

7.7.1. Com o freio automático em funcionamento

 Socorro / reboque prestado por UTD 592.0: 120 km/h a puxar e 30 km/h
a impelir.
 Socorro / reboque prestado por locomotiva com engate de transição
pneumático: 80 km/h a puxar e 10 km/h a impelir.

7.7.2. Sem o freio automático em funcionamento

 As unidades só podem ser socorridas por duas unidades motoras


indicadas em 7.2 e/ou 7.3, uma à frente e outra à cauda: velocidade
máxima 50 km/h.

7.8. Valores a introduzir no setor de fixação de dados do “CONVEL” - UTD


592.0

7.8.1. Se a UTD 592.0 mecanicamente inativa, mas com o freio automático em


funcionamento, for rebocada por outra UTD 592.0, devem ser introduzidos no
sistema Convel os seguintes dados: Velocidade 12, Comprimento 2, Reação do
freio 09, Aceleração de frenagem 083 e Categoria do comboio 0.

7.8.2. Se o reboque for efetuado por locomotiva equipada com ETP, devem ser
introduzidos no sistema CONVEL os seguintes dados: Velocidade 08, Comprimento
1, Reação do freio 08, Aceleração de frenagem 081 e Categoria do comboio 0.

Por regra, o Interruptor Geral do sistema CONVEL não deve ser desligado na unidade
motora socorrida.

7.9 Valores a introduzir no setor de fixação de dados do “CONVEL” - UTD


592.2

7.9.1 Se a UTD 592.2 mecanicamente inativa, mas com o freio automático em


funcionamento, for rebocada por outra UTD 592.2, devem ser introduzidos no
sistema Convel os seguintes dados: Velocidade 14, Comprimento 2, Reação do
freio 09, Aceleração de frenagem 101 e Categoria do comboio 0.

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7.9.2. Se o reboque for efetuado por locomotiva equipada com ETP, devem ser
introduzidos no sistema CONVEL os seguintes dados: Velocidade 08, Comprimento
1, Reação do freio 08, Aceleração de frenagem 081 e Categoria do comboio 0.

Por regra, o Interruptor Geral do sistema CONVEL não deve ser desligado na
unidade motora socorrida.

8. CENTRAL TAQUIMÉTRICA

8.1. Equipada com os sistemas UR “Unidade de Registo do CONVEL”, para registar


e tratar dados ocorridos durante a marcha.

◘ UR – Armazena os registos da informação recebida da via, as atuações do


maquinista no painel de bordo e ainda as atuações do próprio sistema.

 Capacidades:

o UR – Superior a 24 horas (condicionadas ao registo de ocorrências e


circulação efetiva)

8.2. A recolha dos dados para análise é exclusivamente efetuada por pessoal
técnico autorizado pela CP, devidamente credenciado.

9. ENCRAVAMENTO DAS PORTAS EXTERIORES

O procedimento para comando e encravamento das portas é obtido quando o


Responsável de Condução comanda o fecho ou o desencravamento das portas.
A abertura é feita manualmente através de um manípulo existente em cada porta,
depois de desencravadas pelo Responsável de Condução.

Nas UTD´s 592.2 encontra-se instalado um sinal luminoso e acústico por cima das
portas de acesso exterior, que alerta os passageiros do fecho imediato das portas,
evitando assim potenciais perigos de entalamento.
Estas unidades ficam com a tração bloqueada quando existe pelo menos uma
porta aberta. Se em movimento uma porta abrir, a unidade corta a tração e
sinaliza na mesa de condução.

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10. SINAL DE SERVIÇO CONCLUÍDO

O sinal de serviço concluído é transmitido pelo Operador de Revisão e Venda.

Aprovado em 01 de dezembro de 2014

A Diretora de Segurança e Coordenação

Dora Peralta

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