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Art. 1° Aprovar, para fins escolares, o Manual de E nsino Técnicas Militares Volume
5 - Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP EE-11 - Urutu, (EB60-ME-14.015),
1ª edição, de 2013, que com esta baixa.
Art. 2° Estabelecer que esta Portaria entre em vigo r a contar da data de sua
publicação.
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ÍNDICE DE ASSUNTOS
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CAPÍTULO I – APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA VBTP.................... 01
CAPÍTULO II – PAINEL DE INSTRUMENTOS..................................................... 04
CAPÍTULO III – EQUIPAMENTOS DA VBTP......................................................... 07
CAPÍTULO IV – CONDUÇÃO DA VIATURA......................................................... 12
CAPÍTULO V – CONJUNTO DE FORÇA.............................................................. 15
CAPÍTULO VI – MOTOR MBB OM 352 A.............................................................. 16
CAPÍTULO VII – CHASSI DA VBR EE-11............................................................. 21
CAPÍTULO VIII – FUNCIONAMENTO DO MOTOR À DIESEL.............................. 30
CAPÍTULO IX – MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO............................................... 33
CAPÍTULO X – TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA......................................... 50
CAPÍTULO XI – OPERAÇÕES EM CONDIÇÕES NÃO USUAIS............................. 53
CAPÍTULO XII – DESTRUIÇÃO DA VIATURA........................................................ 57
CAPÍTULO XIII – SOCORRO E EVACUAÇÃO DE FERIDOS................................. 59
CAPÍTULO XIV – APRONTO OPERACIONAL....................................................... 62
CAPÍTULO XV – BALIZAMENTO........................................................................... 65
CAPÍTULO XVI – MANOBRA DE FORÇA............................................................... 68
CAPÍTULO XVII – EXECUÇÃO DE MANOBRAS DE FORÇA................................. 73
CAPÍTULO XVIII – NORMAS DE SEGURANÇA..................................................... 79
CAPÍTULO XIX – MANUTENÇÃO DO MATERIAL................................................. 82
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Origem: Brasil
Fabricante: Engenheiros Especializados S.A.
(ENGESA)
Países possuidores: Brasil, Venezuela, Iraque, Colômbia, Equador, dentre outros
Histórico: Entrou em serviço na década de 70, sendo ainda utilizado por muitos países.
Sua produção foi encerrada no final da década de 80, com a falência da ENGESA.
O EE-11 URUTU é uma viatura de transporte sobre rodas, anfíbio, totalmente blindado,
desenvolvido para múltiplas aplicações militares, todas com alto desempenho em terra
ou em água.
Características da Viatura
Emprego: Viatura Blindada para transporte de tropa dotada de grande
velocidade.
Potência/Peso: 12 Cv/Ton
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Desempenho:
Terra: 600km
Terra
Água: 60km
Água
Não Ultrapassa
Ilimitado
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1. GENERALIDADES
A presente nota de aula tem por finalidade habilitar o instruendo a realizar um
deslocamento utilizando a viatura EE – 11 / URUTU. Para isso é necessário que o mesmo
tenha condições de identificar as partes componentes dos painéis existentes no
compartimento do motorista, bem como ter conhecimento da lista de procedimentos a ser
realizada para colocar a viatura em movimento e também para estacionar a viatura.
2. PAINÉIS DE INSTRUMENTOS DA VBTP EE – 11 URUTU
1) Botão de partida
- Com a chave de contato introduzida; pressionando-se este botão, liga-se o motor de
partida colocando em funcionamento o motor da viatura.
2) Tomada da luz de serviço
- Permite ligar a lâmpada portátil de serviço, que se encontra na caixa de ferramentas.
3) Comandos de navegação
a) Sistema de Navegação
- Esta chave quando acionada provoca o fechamento do cogumelo e admissão de ar,
sobre o compartimento do motor, abre a passagem para a aspiração do ar ( sistema de
arrefecimento) a partir da cabine da viatura e arma a passagem de exaustão do ar
proveniente do sistema de arrefecimento (externamente, sobre a porta direita) preparando a
viatura para navegação.
- A lâmpada testemunha amarela quando acesa, indica que o sistema de “Navegação“
encontra-se acionado.
b) Pressurização da Transmissão
- Esta chave quando acionada pressuriza a transmissão da viatura impedindo a
penetração de água na mesma, quando esta estiver navegando.
c) Bomba de Esgotamento
- Esta chave quando acionada liga a bomba de porão para esgotamento de água que
eventualmente venha a penetrar no interior da viatura.
- A lâmpada testemunha vermelha acesa indica seu funcionamento.
4) Cigarra de baixa pressão de ar
- A cigarra soa sempre que a pressão do ar no reservatório encontra-se abaixo do limite
mínimo para frenagem segura.
5) Lâmpada testemunha de carga do alternador (24 V)
- A lâmpada testemunha (vermelha) quando acesa, indica que o alternador (24V) não
está carregando as baterias.
6) Amperímetro
- Indica a intensidade de corrente em ampéres enviada para recarga da bateria do
sistema de 12 volts.
- A intensidade não deve ultrapassar 6,75 A.
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1. NO COMPARTIMENTO
a. Portas laterais (esquerda e direita)
- Bloco de visão direta
- Trava
b. Porta traseira
- Seteira
- Bloco de visão direta
- Trava
c. Bancos individuais
- Encaixe
- Trava
d. Bancos da tripulação
-Travas
e. Seteiras (10)
f. Blocos de visão direta (02)
g. Exaustores / ventiladores (04)
h. Luzes internas (04)
i. Extintor de incêndio
- Dianteiro
- Traseiro
j. Base de montagem para o rádio
k. Base de antena (04)
l. Caixa do telefone externo (parte traseira)
m. Tanque de combustível (02)
n. Suporte para caixa de ferramentas
o. Torreta da Mtr .50
- Trava de deriva
- Parafuso freio de arrasto
p. Escotilha do atirador
- Retém interno
q. Escotilhas do compartimento de pessoal ou carga
- Travas
r. Cabo de aço
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EQUIPAMENTOS
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2. NO PORÃO
a. Caixa de mudanças
- Trambulador
b. Cabo do velocímetro
c. Tambor do freio de estacionamento
d. Caixa de transferência
e. Bomba de óleo da caixa de transferência
f. Pistão acionador:
- Reduzida - neutro - direta (esq.)
- Tração dianteira (frente ao lado da árvore)
- Bomba de porão (atrás dir.)
- Hélices (frente dir.)
g. Interruptores das lâmpadas de aviso do painel (tração dianteira, reduzida, etc.)
h. Vareta de nível da caixa de transferência
i. Árvores de transmissão para:
- Diferencial dianteiro
- Diferencial traseiro
- Hélices
j. Haste de comando dos lemes
k. Baterias
- 02 (Rádio) + 01 (VBTP)
l. Garrafa para enchimento de pneus e dreno
- Tubulação
m. Válvula reguladora de pressão
n. Lubrificador de linha
o. Válvula reguladora da pressurização da transmissão (com indicador)
p. Reservatório de ar (sangria)
q. Caixa de comando das hélices
r. Bombas de porão (manual e mecânica)
- Tubulação
s. Orifícios de drenagem da Carroceria
t. Válvulas solenóides (eletro-pneumáticas)
- Reduzida-direta
- Neutro-neutro
- Sistema de navegação
- Tração dianteira
- Bomba de porão
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- Pressurização da transmissão
- Bloqueio
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1. VERIFICAÇÕES
a. O usuário da viatura deve realizar, obrigatoriamente, uma série de verificações antes,
durante e após a utilização da viatura. Essas verificações estão listadas na Ficha de
Manutenção Preventiva de 1º Escalão, localizada no verso da Ficha de Serviço da Viatura.
1) Inspecionar o estado e pressão dos pneus e amortecedores.
2) Certificar-se de que todos os bujões de drenagem encontram-se nos seus respecti-
vos lugares.
3) Certificar-se de que todas as portas e escotilhas fecham e vedam perfeitamente.
4) Inspecionar visualmente o compartimento do motor quanto a sinais de vazamentos
de óleo lubrificantes, combustível ou água.
5) Verificar se a quantidade de combustível é adequada ao percurso que se deseja efe-
tuar.
6) Verificar o nível de óleo lubrificante do motor.
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10) Examinar, no porão, o estado e tensão das correias de transmissão da bomba de es-
gotamento.
11) Examinar o nível de fluído do guincho hidráulico. O nível é satisfatório quando for visí-
vel através do visor.
12) Examinar o nível de eletrólito das baterias.
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1. DEFINIÇÃO
São os componentes existentes na viatura responsáveis pela movimentação da viatura,
ou seja, aqueles que produzem a força necessária para que a viatura se movimente.
2. COMPONENTES
São os seguintes os componentes do conjunto de força da viatura EE-11/Urutu :
- Motor
- Caixa de transmissão automática
- Caixa de transferência
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1 - INTRODUÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Número de cilindros: 06 (seis) cilindros
Disposição do cilindros: em linha
Funcionamento: 04 (quatro) tempos e Injeção Direta
Razão de compressão: 17:1
Rotação Máxima: 2800 RPM
Ordem de injeção: 1–5–3–6–2–4
O nível de óleo do motor deve ser verificado diariamente através da vareta de medição. O
nível será satisfatório quando encontrar-se entre as marcas ( superior e inferior ) da vareta.
Para que a verificação seja perfeita, estacionar a viatura em local plano, limpar a vareta
com um pano que não solte fiapos.
A especificação do lubrificante a ser utilizado no motor é o MIL – L 2104 B / C SAE 30.
Este óleo poderá ser encontrado nas seguintes marcas e descrições:
- Petrobrás ........................................................................ Lubrax MD 400 / SAE 30
- Atlantic .......................................................................... Ultramo ED – 3 / SAE 30
- Castrol ........................................................................... Castrol Tropical / CRD 30 S-3
- Ipiranga .......................................................................... HD Especial / SAE 30
- Mobil Oil ....................................................................... Móbil Delvac / 1.230
- Esso ……………………………………………………. Brindilla D-3 / SAE 30
- Texaco ............................................................................. Texaco Ursa Oil / LA 3
- Shell ................................................................................. Rimula / RT 30
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3. SISTEMAS DO MOTOR
a. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
Este sistema serve pra lubrificar o motor, evitando assim o desgaste prematuro das
peças que constituem o motor.
O óleo pode ser colocado pela tampa dos balancins, mas há modelos em que a entrada
de óleo é na lateral, sobre o cárter da distribuição e isso depende do ano de fabricação.
Do cárter, o óleo lubrificante passa pelo pescador (pré-filtragem), que é um filtro de tela
metálica (localizado na entrada da bomba) retendo as impurezas existentes no óleo, que
retém partículas maiores. O óleo será succionado pela bomba de óleo, que é acionada pela
árvore de comando de válvulas. Após isso, o óleo vai para o filtro de óleo. Depois do filtro, o
óleo é encaminhado para o intercambiador de calor, que mantém o óleo lubrificante na
temperatura adequada de funcionamento do motor.
Componentes
- Cárter
- Tubulações
- Filtro de óleo: Válvula de alívio de pressão, Válvula de segurança;
- Bomba de óleo
- Intercambiador de Calor
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Características da Lubrificação
a) Lubrificação por pressão;
b) Lubrificação por gravidade, salpico ou retorno;
c) Água para arrefecimento do lubrificante;
b. SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Este sistema serve para manter uma temperatura ideal de funcionamento do motor,
arrefecendo a água.
Componentes:
- Radiador;
- Ventilador;
- Bomba d’água;
- Tampa do radiador: válvula de pressão e de depressão;
- Defletor de ar;
- Válvula termostática.
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O ar entra no sistema pelo filtro de ar segue para o turbo compressor e depois para o
resfriador de ar, chegando à válvula de admissão entrando no cilindro. Após a combustão sai
do cilindro pela válvula de escapamento e segue para o turbo compressor sendo jogado para
fora da viatura.
d. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
O combustível deve sair do
seu reservatório e ser depositado
dentro dos cilindros do motor para
que haja a combustão do mesmo. O
sistema que faz com que esse
trajeto seja realizado é chamado de
sistema de alimentação e é
constituído pelos seguintes
componentes:
- Reservatório de combustível;
- Tubulações;
- Bomba alimentadora (Pré-
filtro, válvula de pressão, válvula de
aspiração, bomba manual);
- Filtro Principal: dois
elementos filtrantes de combustível;
- Bomba injetora;
- Bicos injetores.
O combustível é aspirado do
reservatório pela bomba
alimentadora, e enviado para os
filtros, onde é purificado, seguindo
até a bomba injetora que, pela ação
dos seus elementos, segue com alta
pressão para os bicos injetores. As
sobras deste combustível são
devolvidas ao reservatório pelos
tubos de retorno.
Na entrada da bomba
alimentadora existe um copo de
alimentação com um filtro de tela,
onde são retidas as impurezas,
realizando uma pré-filtragem no
combustível.
e. TURBO COMPRESSOR
O Turbo Compressor tem a
função de superalimentar o motor. A
superalimentação consiste em
substituir a alimentação normal, por
uma admissão mais eficiente, de
modo a assegurar um melhor
enchimento do cilindro.
Nos motores turbo alimentados, o
ar é introduzido nos cilindros por
intermédio de compressor
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1- GENERALIDADES
O objetivo desta nota de aula é dar embasamento teórico/prático para introduzir o
instruendo no assunto. Chassi da VBTP EE-11 Urutu. Os tópicos são apresentados,
propositadamente, de maneira sucinta, para que o instruendo possa enriquecê-los com suas
próprias anotações durante as aulas, transferindo o conhecimento para as aplicações
práticas dos princípios estudados. Esta é a essência da busca do conhecimento, o que
transcende, na maioria das vezes, os limites da sala de aula.
2. SUSPENSÃO
a. Suspensão dianteira
A viatura foi projetada com uma suspensão dianteira independente, constando de dois
conjuntos de duas molas helicoidais em cada conjunto, um amortecedor, um braço inferior
sendo um de cada lado.
1) Limpeza
Lavar e inspecionar todas as peças, substituindo as que se apresentarem fora das
normas de segurança.
2) Verificações e ajustes
Defeitos decorrentes de falhas da suspensão podem ser percebidas observando o
comportamento da estrutura e através do volante de direção, dependendo no entanto da
familiarização do condutor com o veículo.
As falhas da suspensão quando não são transmitidas ao monobloco o são ao
sistema de direção em forma de vibração ( Shimmy ).
Não é só a suspensão que pode causar vibrações, o trem de rolamento, e a
transmissão articulada longitudinal e transversal, também podem ser responsáveis por igual
número de problemas por falta de manutenção preventiva.
A seguir é apresentada uma lista das causas mais prováveis:
a) Pneus não calibrados na pressão recomendada.
b) Pneus avariados ou com desgaste irregular.
c) Porcas de fixação das rodas frouxas.
d) Amortecedores descarregados, danificados ou com buchas gastas.
e) Articulações do sistema de direção com folgas.
f) Rolamentos de rodas danificados ou incorretamente ajustados.
g) Árvores de transmissão empenadas, desbalanceadas, juntas universais
danificadas ou com folga excessiva.
h) Rodas desbalanceadas ou aros deformados.
i) Articulações esféricas dos munhões com folgas excessivas.
j) Rodas desalinhadas.
b. Suspensão traseira
1) A suspensão traseira é constituída dos seguintes conjuntos principais:
a) 2 feixes de molas de lâminas semi- elípticas de cada lado;
b) 2 amortecedores de cada lado;
c) 1 cabo de aço limitador de curso de cada lado;
d) 2 batentes de borracha de cada lado para o boomerang;
e) 2 algemas de cada lado;
f) 8 grampos de fixação dos feixes de molas sendo dois por feixe;
g) olhais.
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2) Inspeção
Quanto à manutenção, observar atentamente os períodos de lubrificação e
periodicamente, inspecionar o estado das lâminas das molas e porcas dos grampos de
fixação dos feixes de molas.
Na mesma ocasião examinar os amortecedores quanto a vazamento; como trata-se
de unidade selada, substituir se for o caso.
Verificar manualmente a fixação dos amortecedores, havendo folga, esta poderá ser
proveniente das buchas de borracha gastas. Substituir as buchas.
Verificar o estado e fixação dos cabos de aço limitadores do curso da suspensão e
os batentes de borracha do boomerang.
3. BOOMERANG
O Boomerang é um componente ENGESA que foi projetado com a finalidade de
proporcionar à viatura a adaptação de quatro rodas traseiras motoras distribuídas duas a
duas em dois facões laterais, usando apenas um eixo central. Os facões apresentam, no
plano vertical, movimentos totalmente independentes. O eixo boomerang tem como
característica principal transmitir o movimento para as quatros rodas constantemente e
manter a tração (contato das rodas com o solo ) conforme as variações e ondulações do
terreno.
A verificação do nível e o abastecimento de óleo dos componentes são realizados através
dos bujões correspondentes. O nível será normal quando o óleo permanecer logo abaixo do
orifício ou fluir levemente por ele.
O nível de óleo deverá ser verificado a cada 1500 Km ou a 50 horas de funcionamento.
O óleo utilizado é o MIL-L 2105 B SAE 90 Hipóide, podendo ser encontrado nas seguintes
marcas e descrições:
- Petrobrás ................................................................................ Lubrax TRM 5
- Ipiranga ................................................................................... Elco 44
- Atlantic ................................................................................... Ultra gear oil 90
- Esso ….....................................................................................Esso Oil GX-90
- Texaco .................................................................................... Multigear Lub EP 90 B
- Shell ........................................................................................ Spiirax HD 90
- Castrol .................................................................................... Castrol Hypoy B 90
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b. Sistema de Freios:
1) De serviço
A tambor nas 6 ( seis ) rodas com acionamento hidráulico, servo - assistido a ar
comprimido. Circuito duplo independente, para as rodas traseiras.
OBS: Nos EE-11 mais modernos freio não é a tambor, mas sim a disco nas seis
rodas, cada roda possui um conjunto de 4 êmbolos hidráulicos (pinças) e 4 pastilhas de
freio.
2) Cilindro Mestre
Descrição:
Existem, no EE-11 dois cilindros mestre independentes, um para as rodas
dianteiras e outro para as rodas traseiras.
O interruptor de luz está instalado no cilindro mestre das rodas traseiras.
Ambos encontram-se instalados na cabine de condução do veículo, sobre o pára-
lamas esquerdo.
c. Sistema de ar comprimido:
O sistema de ar comprimido do EE-11 pode ser basicamente dividido em dois
subsistemas - subsistema de abastecimento de ar e subsistema de comando.
No tocante a manutenção, as guarnições de borracha são, normalmente responsáveis
por 90% da vedação de uma válvula ou cilindro pneumático, e sua avaria é imediatamente
acusada por vazamento do equipamento. São elas também as peças responsáveis na
maioria das vezes pela necessidade de manutenção. Os defeitos mais comuns que ocorrem
com as guarnições de borracha são as avarias das mesmas, provocadas pelo tempo de
trabalho (desgaste normal) ou pela falta de cuidados necessários.
SUBSISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AR
O subsistema de abastecimento de ar compreende, basicamente, os seguintes
elementos:
• Compressor de ar;
• Filtro (com válvula para enchimento de pneus);
• Válvula reguladora de pressão;
• Lubrificador;
• Válvula reguladora de pressão de pressurização da transmissão;
• Reservatório de ar;
• Válvula reguladora de vazão;
• Válvula relé (controle de baixa pressão).
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Enchimento de Pneus
Antes de se proceder ao enchimento dos pneus deve-se drenar a água do dispositivo.
Solta-se a porca borboleta juntamente com o botão de descarga e em seu lugar
acopla-se a mangueira para enchimento (cada viatura possui uma mangueira na caixa de
ferramentas).
Ao acoplar-se a mangueira, para enchimento de pneus, a haste levanta a válvula de
disco de seu assento dianteiro, por intermédio da mola e, simultaneamente, fecha a
passagem para o regulador de pressão. Deste modo o ar comprimido flui pela mangueira
para enchimento de pneus.
Manutenção
O óleo e a graxa condensada com seus resíduos provenientes da filtragem do ar
comprimido devem ser drenados ao menos uma vez por semana (quando a viatura opera
em regiões de frio extremo diariamente).
A cada três meses deve-se remover o elemento filtrante e limpá-lo em gasolina ou
benzina, secando-o em seguida.
Principais defeitos
DEFEITO CAUSA CORREÇÃO
Vazamento de ar entre os Discos riscados por Retirar os discos e lapidá-los
anéis e o disco impureza novamente, deixando suas superfícies
de contato com o melhor acabamento
possível.
Vazamento entre a capa e Anel de vedação ("O Substituir o anel de vedação
a porca de ajustagem Ring") defeituoso
Vazamento pela parte Anel de vedação ("O Substituir o anel de vedação
inferior da porca de Ring") defeituoso
regulagem
O óleo não goteja no visor 1. Pressão na linha 1. Verificar se a pressão não é inferior
baixa a mínima necessária para acionar o
lubrificador.
2.Retirar o tubo do lubrificador, retirar
a esfera de retenção da extremidade
2. Filtro obstruído do tubo e fazer passar ar no sentido
da sede da esfera para o tubo.
Reservatórios de ar
Os dois reservatórios de ar comprimido, localizados no porão, na traseira da viatura,
servem para acumular o ar fornecido pelo compressor.
Ao menos uma vez por semana, remover os bujões (por baixo da viatura) e purgar a
água condensada nos reservatórios de ar comprimido.
SUBSISTEMA DE COMANDO
O subsistema de comando compreende, os seguintes elementos:
• Válvula solenóide da pressurização da transmissão
• Válvula solenóide do bloqueio
• Cilindro pneumático do bloqueio
• Válvula solenóide do sistema de navegação
• 4 cilindros pneumáticos do sistema de navegação
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. MUDANÇAS BRUSCAS
- Articulação do seletor de marchas mal ajustada
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7. DIREÇÃO HIDRÁULICA
A caixa de direção da viatura é do tipo
hidráulica e como os demais
componentes requerem cuidados
periódicos de manutenção preventiva.
Uma vez por ano deve-se proceder a
substituição do fluido hidráulico e do filtro.
O nível do fluído deverá ser verificado
diariamente, com o motor desligado.
O fluido poderá ser encontrado nas
seguintes marcas e tipos:
- Petrobrás .................................................................................. Lubrax FH 52 GMD
- Esso .......................................................................................... Dexron
- Shell .......................................................................................... Donax
- Castrol ……………………………………………………….. TQ.Dexron
- Texaco ...……………………………………………………… Texamic Fluid B
- Mobil ..………………………………………………………. ATF 220
8. CAIXA DE BLOQUEIO
a. Introdução
Para um melhor entendimento do assunto, inicialmente serão mostrados os
componentes e a função de um diferencial de uma viatura. Após isso será mostrado a
função da caixa de bloqueio
do diferencial.
b. Componentes do
diferencial
O diferencial possui
duas planetárias (unidas às
semi-árvores), quatro satélites
e uma coroa.
c. Função do diferencial
A função do diferencial é
melhor visualizada quando a
viatura realiza uma curva.
Quando a viatura faz
uma curva, a roda do lado
externo da curva percorre um
trajeto maior que a lado interno.
Se as rodas fossem ligadas através de um eixo rígido, seria necessário que uma delas
patinasse, para compensar a diferença
de trajeto. O diferencial liga as duas
semi-árvores, permitindo a diferença
de rotação entre as rodas.
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1. INTRODUÇÃO
Uma grande invenção raramente é obra de um único homem. O motor térmico não
escapa a essa regra, pois todos os grandes nomes da ciência “física” trouxeram-lhe sua
contribuição, mas seu desenvolvimento não teria sido possível sem as inumeráveis obras de
“pequenos pesquisadores” artífices de uma das maiores invenções da história.
O motor DIESEL é um dos motores térmicos que tem maior rendimento energético.
Imaginado por Rudolf DIESEL, é também um derivado do famoso ciclo de quatro tempos
inventado por Beau de Rochas, realizado por OTTO e aplicado a seguir por numerosos
construtores.
Enquanto num motor a gasolina uma mistura gasosa ar/gasolina é inflamada por meio de
uma faísca elétrica produzida pela vela de ignição, no motor DIESEL não existem velas de
ignição e a gasolina é substituída pelo óleo DIESEL.
A ignição num motor DIESEL é provocada pela compressão, que faz elevar a temperatura
do ar na câmara de combustão, de tal modo que esta atinja o ponto de auto-inflamação do
combustível.
O óleo DIESEL, que se vaporiza menos que a gasolina, não é introduzido na câmara de
combustão sob a forma de mistura com ar, mas sim injetado sob alta pressão por meio de
um injetor. Na câmara de combustão, o óleo DIESEL inflama-se em contato com o ar
aquecido por efeito da forte compressão. Uma bomba, acionada pelo próprio motor, fornece
o óleo DIESEL a cada injetor, em determinadas quantidades e sob elevada pressão. O
acelerador regula a quantidade de combustível fornecido pela bomba e, portanto, a potência
gerada no motor.
As vantagens dos motores DIESEL residem no seu maior rendimento (de que resulta uma
redução nos custos do combustível), na sua maior duração e na diminuição dos custos de
manutenção.
Entre as desvantagens deste tipo de motor estão incluídos um elevado preço, maior peso,
a vibração que produz a baixa rotação, o cheiro desagradável do combustível queimado, o
ruído – superior ao provocado por um motor a gasolina – e uma menor capacidade de
aceleração.
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1. GENERALIDADES
Este capítulo visa a fornecer uma orientação geral sobre a realização da manutenção de
1º escalão das viaturas EE-9 / CASACAVEL e EE-11 / URUTU, seguindo as orientações
contidas nos seus manuais de operação e no manual T9-2810 (Manutenção preventiva das
viaturas automóveis do Exército).
2. DEFINIÇÕES
Manutenção – é o conjunto de atividades desenvolvidas para conservar todo material em
condições normais de uso ou para restaurá-lo. Para o material motomecanizado ela
abrange: inspeções, testes serviços de posto, classificação quanto à servibilidade,
regulagens, reparações, substituições, recuperações e modificação do equipamento.
Incluem-se no campo da manutenção todos os trabalhos executados para aperfeiçoar o
material; evitar sua avaria ou deterioração; propor sua alienação quando imprestável para o
serviço; promover a evacuação do material indisponível; e prover o apoio de suprimento
para a manutenção. Incluem-se ainda a fabricação peças não encontradas na indústria e
necessárias às reparações e recuperações.
Escalão de manutenção – é o grau ou amplitude do trabalho de manutenção, atribuído a
uma Unidade ou OM, segundo sua capacidade em pessoal e equipamento, a fim de
assegurar a manutenção das viaturas. Não existe um limite perfeitamente definido entre os
escalões de manutenção; na realidade cada escalão de manutenção é recoberto e
completado pelo escalão imediatamente superior.
1º Escalão de manutenção – é a realizada pelo motorista ou guarnição da viatura.
Consiste na manutenção preventiva realizada através do trato diário e sempre que a viatura
for operada, compreendendo a inspeção diária, a limpeza, a lubrificação, o abastecimento,
os reapertos, as pequenas regulagens ou substituição de peças que não requeiram
desmontagem de conjuntos e componentes. Limita-se pelas ferramentas e sobressalentes
pertencentes à viatura e pelo grau de instrução de manutenção adquirido pelo motorista ou
guarnição na fase de formação.
4. MANUAIS DE OPERAÇÃO
Junto aos manuais de operação de cada viatura existe um plano de manutenção onde
estão listadas as atividades de manutenção a serem realizadas em cada quilometragem
alcançada pela viatura ou baseado no horímetro da viatura, seguindo o que alcançar
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primeiro. Além disso, existem aqueles itens que devem ser verificados diariamente, no
horário de manutenção da OM.
5. FICHA DE MANUTENÇÃO
A seguir segue uma sugestão de ficha de manutenção da viatura EE-11 / Urutu, a qual
deve estar sempre de posse do responsável pela manutenção da viatura ( motorista, chefe
da viatura, ...) durante a execução da manutenção, visando que não haja dúvidas durante a
mesma.
No exemplo a seguir foi utilizado o plano de manutenção existente no manual de
operação da viatura EE-11 / Urutu.
Nr Ordem Atividade Ações a executar
01 Verificar o nível de óleo do motor Motor desligado
Verificar o fluido do óleo da direção
02 Motor desligado
hidráulica
xxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Estacionar a viatura em um local
plano. Fazer funcionar o motor até
que o fluido da transmissão atinja
Verificar o nível de óleo da caixa de de 71º a 104º C. Em seguida, o
11
transmissão automática motorista deve aplicar o freio de
estacionamento, manter o motor
em marcha lenta e selecionar
todas as marchas
xxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
19 Verificar a tensão das correias Motor parado
7. TRENS DE ROLAMENTO
A viatura está equipada com pneus radiais com câmara de construção alveolar (tipo run-
flat) que, além de serem à prova de bala, dão a mobilidade que uma viatura dessa natureza
necessita.
A roda tem aro metálico com disco para montagem de pneu à prova de bala (PPB).
Dados técnicos:
- Pneus (dimensões) ........................................................................................ 12” x
20”
- Rodas (dimensões) ........................................................................ aro 11” x 20” x
8,5”
Pressão de enchimento dos pneus:
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8. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO:
O nível de óleo do motor deve ser verificado diariamente através da vareta de medição.
Este é satisfatório quando se encontrar entre as duas marcas da vareta. Para que a
verificação seja perfeita, estacionar a viatura em local plano e limpar a vareta com um pano
que solte fiapos.
a. Troca de óleo do motor e limpeza do filtro de óleo:
Substituir o lubrificante na primeira revisão aos 500 km, e posteriormente durante as
revisões periódicas.
A troca de óleo deverá ser efetuada logo após um período de trabalho, enquanto o óleo
ainda encontrar-se na temperatura normal de funcionamento.
Ao reabastecer, dever-se-á empregar, preferencialmente, lubrificante da mesma
procedência, não pe recomendado adicionar aos óleos HD quais quer aditivos.
O filtro primário de óleo lubrificante deverá ser obrigatoriamente limpo durante todas as
trocas de óleo.
1) Remover os bujões de escoamento do óleo do cárter e do filtro de óleo. Drenar todo o
lubrificante.
2) Remover o parafuso de fixação da carcaça do filtro de óleo e retirar o conjunto do filtro.
O cabeçote para efeito de limpeza dos elementos é considerado parte integrante do bloco do
motor e, portanto, não deve ser desmontado.
3) Retirar o elemento de filtro e o prato da mola.
4) Proceder à limpeza do elemento filtrante primário com solvente adequado utilizando
uma escova de cerdas macias para não danificar a tela.
Lavar as peças em solvente e secá-las de preferência com ar comprimido. Nunca usar
trapos ou estopas.
5) O elemento filtrante (secundário) não devera ser limpo e sim substituído.
6) Para proceder a montagem fazê-lo de maneira inversa aos itens 3 e 2 apertando os
parafuso de fixação com um torque de 6 mkgf.
7) Verificar a posição exata do anel de vedação, a fim de evitar vazamentos.
8) Limpar e instalar os bujões de escoamento de óleo do cárter e do filtro.
9) Retirar o bujão de abastecimento do filtro, e abastecê-lo com 2,5 litros de óleo.
Recolocar o bujão.
10) Retirar a tampa do bocal de abastecimento do óleo e abastecê-lo com óleo até que o
mesmo atinja a marca máxima da vareta do nível de óleo. Colocar a tampa do bocal.
11) Fazer funcionar o
motor em marcha lenta e
verificar se há
vazamento no motor e
no filtro.
12) Desligar o motor e
aguardar
aproximadamente 30
segundos, verificando
novamente o nível de
óleo, acrescentando óleo
até o nível superior da
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vareta indicadora.
OBSERVAÇÃO: Caso seja necessário desmontar o cabeçote do filtro de óleo, ao
montá-lo utilizar uma junta de vedação nova e apertar os parafusos de fixação do filtro ao
bloco do motor com 6 mkgf.
ESPECIFICAÇAO DE LUBRIFICANTE:
9. SISTEMA DE ARREFECIMENTO:
Recomenda-se o uso de água beneficiada para o sistema de arrefecimento desde o inicio
do serviço da viatura. Deste modo, evitar-se-á a formação de incrustações calcáreas, o que
prejudica o arrefecimento reduzindo conseqüentemente o rendimento do motor.
Adicionar à água do sistema de arrefecimento aproximadamente 10 cm³ de óleo solúvel
anticorrosivo para cada 1 litro de água.
Para compensar perdas de água por evaporação, adicionar somente água limpa.
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9) Adicionar a água de arrefecimento 0,5 litros de óleo emulsionável em água para re-
dução da corrosão e cavitação no sistema.
OBSERVAÇÃO: Os óleos emulsionáveis são:
a) Solvac 1535 G da Mobil Oil do Brasil S/A.
b) Rad Oil da Bardahl.
c) Monol 40 da Iorga Produtos Químicos Ltda.
Anticongelante:
Para a devida proteção dos motores em operação nas regiões onde o clima o exija,
devera ser utilizado conjuntamente um produto anticongelante.
Válvula Termostática:
A regulagem da temperatura da água do sistema de arrefecimento é efetuada por
intermédio da válvula termostática. Quando o motor está frio, a válvula termostática impede
a passagem de água do bloco do motor para o radiador, circulando a água somente no bloco
do motor. Quando a temperatura da água atinge aproximadamente 69ºC a 73ºC a válvula
termostática começa a abrir, permitindo então a circulação por todo o sistema.
OBSERVAÇÕES:
1) Eventualmente o super aquecimento
do sistema de arrefecimento poderá ser
provocado por defeito da válvula termostática, se
isso ocorrer, pode-se eliminá-la do circuito por um
breve período.
2) Procedimentos para retirar a válvula
termostática (correção de emergência):
a) Soltar a conexão flexível.
b) Retirar os parafusos de fixação da
tampa da carcaça da válvula termostática.
c) Retirar a válvula termostática.
d) Recolocar a tampa e a conexão
flexível.
e) Colocar o motor em funcionamento e verificar se existe vazamento.
Radiador:
O radiador destina-se a arrefecer a água sob todas as condições de operação. É
importante que suas passagens estejam sempre desobstruídas.
Para drenar a água do radiador, soltar a mangueira existente na parte inferior do
radiador.
O sistema de arrefecimento funciona sob uma pressão manométrica de 0,4 bar
(kgf/cm²).
Esta pressão é obtida pela utilização de uma tampa com uma válvula que impede a
evaporação de água e pressuriza o sistema.
Correias do Motor:
A tensão das correias deverá ser verificada com
regularidade. Uma correia demasiadamente tensa, ou
frouxa, danifica-se rapidamente. Assim sendo, a tensão,
deverá ser regulada de tal forma que pressionada pelo
polegar, a correia devera ceder aproximadamente 20
mm.
Para substituir a correia do motor, será
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2) Tomando cuidado para não amassar a carcaça externa, bater o elemento pelas tampas
contra a palma da mão, não deixando entrar poeira na parte interna.
3) Dirigir um jato de ar comprimido seco, com, pressão não superior a 5 kgf/cm² (71 libras
por polegada quadrada), inclinando o bico de ar primeiro contra a superfície interna e poste-
riormente contra a superfície externa do elemento.
Controle do Elemento:
1) Inspecionar visualmente o elemento contra a luz ou
com o auxilio de uma lâmpada para localizar furos ou ruptura
no papel.
2) Verificar o estado da junta de vedação. Elementos
que apresentarem o papel ou as juntas danificadas devem ser
imediatamente substituídos.
Montagem do Filtro:
Efetuada a remoção do pó acumulado no coletor, a limpeza, inspeção ou
substituição do elemento, deve-se limpar a carcaça principalmente na face de contato da
junta de vedação. Para montagem proceder como segue:
1) Colocar o elemento na carcaça, até assentar perfeitamente no fundo.
2) Apertar firmemente, até o encosto, a porca sextavada para fixar perfeitamente o
elemento e para que haja uma perfeita vedação.
3) Colocar o coletor de pó com a tampa, na carcaça e fixá-lo por meio das
braçadeiras.
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Bomba de Alimentação:
A bomba de alimentação é
acionada por um ressalto
no eixo da bomba injetora.
A bomba é
equipada com um
dispositivo para
acionamento manual que é
utilizado para a sangria do
sistema de alimentação e
para levar combustível à
bomba injetora quando
esta estiver sem
combustível, o que poderá
ocorrer por ocasião de uma parada da viatura por tempo prolongado.
Para acionar a bomba manual, girar o manípulo para a esquerda e em seguida
bombear algumas vezes. Para fixar o manípulo, girar em sentido contrário.
Filtros de Combustível:
Freqüentemente, a perda de potência do motor deve-se exclusivamente, a
passagem de insuficiente de combustível, através dos filtros, em virtude da saturação dos
mesmos.
Não havendo suficiente vazão de combustível na bomba injetora, e estando o motor
em altas rotações, o parafuso de sangria aberto, será um sinal seguro de insuficiência de
passagem de combustível pelos filtros. Entretanto, antes de abrir o filtro, convém verificar se
o filtro da bomba alimentadora não esta sujo.
É boa prática executar regularmente uma verificação do grau de limpeza dos filtros
por meio de uma prova de vazão. Para tanto soltar o parafuso de sangria na bomba injetora
e bombear algumas vezes com a bomba manual. O combustível deverá sair em forma de
fortes jatos.
Havendo apenas uma saída fraca, será sinal de que os filtros estão saturados,
sendo necessária a substituição dos elementos procedendo-se da seguinte maneira:
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4) Recolocar o bujão de nível apertando-o com um torque de 4,8 a 5,5 mkgf (35 a
40 lbf.pé).
MARCA TIPO
Petrobras Lubrax T.R.M. – 5
Castrol Castrol Hypoy B 90
Atlantic Ultra Gear Oil 90
Esso Gear Oil G.X. 90
Promax Maxlub G.O. 90 E.P.
Mobil Oil Mobilube H.D. 90
Shell Spirax H.D. 90
Multigear LUB.E.P. 90-B
Texaco
M.B. 6630
Capacidade de óleo no diferencial: 11,5 litros.
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MARCA TIPO
Petrobras Lubrax T.R.M. – 5
Castrol Castrol Hypoy B 90
Atlantic Ultra Gear Oil 90
Esso Gear Oil G.X. 90
Promax Maxlub G.O. 90 E.P.
Mobil Oil Mobilube H.D. 90
Shell Spirax H.D. 90
Multigear LUB.E.P. 90-B
Texaco
M.B. 6630
Capacidades:
Caixa de bloqueio lado direito = 3,0 litros
Caixa de bloqueio lado direito = 2,0 litros
NOTA: para efetuar a verificação, é imprescindível que a viatura esteja estacionada num
plano horizontal, preferencialmente sobre uma valeta adequada.
Para efeito de verificação do nível, é indiferente a retirada do bujão anterior ou posterior,
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bastando, entretanto, que com a retirada de um deles, exista o fluo de lubrificante. Caso isto
não ocorra, há necessidade de preceder-se a sua complementação.
OBSERVAÇÕES:
1) Devido a elevada viscosidade do lubrificante, este requer um certo tempo para
uma perfeita uniformização de seu nível, portanto para complementar o nível, fazê-lo o mais
lentamente possível, permitindo que o lubrificante preencha os vazios.
2) Para certificar-se de que o lubrificante encontra-se realmente em seu nível correto
retirar o bujão oposto ao de enchimento e verificar se o óleo flui por este orifício.
ATENÇÃO:
a) Certificar-se de que o enchimento seja efetuado lentamente, de maneira que o
lubrificante preencha todos os vazios existentes.
b) O óleo somente atingirá o nível correto quando fluir pelo orifício oposto ao de
enchimento.
c) Caso o óleo flua primeiro pelo orifício pelo qual esta sendo processado o enchi-
mento, esperar pela uniformização do nível e verificar se o lubrificante escoa também pelo
bujão oposto, caso contrario continuar o enchimento.
Este cuidado deve ser tomado de vez que foi constatado que devido a grande
viscosidade do óleo e ao pouco espaço existente para escoamento do mesmo, o
preenchimento rápido pode causar uma falsa impressão do nível correto e haveria uma
deficiência de lubrificante para o facão.
4) Recolocar os bujões de enchimento aplicando um torque de 4,8 a 5,5 mkgf (35 a
40 lbf.pé).
ESPECIFICAÇÃO DO ÓLEO LUBRIFICANTE:
MIL-L-2105B - SAE 90 Hipóide
Este óleo poderá ser encontrado nas seguintes marcas e descrições:
MARCA TIPO
Petrobras Lubrax T.R.M. – 5
Castrol Castrol Hypoy B 90
Atlantic Ultra Gear Oil 90
Esso Gear Oil G.X. 90
Promax Maxlub G.O. 90 E.P.
Mobil Oil Mobilube H.D. 90
Shell Spirax H.D. 90
Multigear LUB.E.P. 90-B
Texaco
M.B. 6630
Capacidade do sistema:
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ALTERNADORES:
A corrente produzida pelos alternadores é retificada pelos diodos e conduzida
diretamente para as baterias. O regulador usado em conjunto com o alternador, é de
elemento único, com 2 (dois) contatos.
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3. PREPARAÇÃO
Antes de entrar na água, certificar-se que as portas, escotilhas e seteiras encontram-se
fechadas e que os bujões de drenagem estejam colocados nos seus respectivos lugares.
Retirar o bujão da tubulação de recalque atrás do banco individual direito e preenchê-la
com água para escorvamento da bomba
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2. OPERAÇAO EM LAMA:
Antes de entrar com a viatura na lama, engatar tração dianteira, selecionar e engatar uma
marcha reduzida; procurar manter a viatura em velocidade constante, devagar, evitando
fazer curvas de raio pequeno.
Procurar desacelerar a viatura ao invés de frear bruscamente suas rodas, pois as
mesmas freadas deslizam e não governam o carro.
Se a viatura derrapar, girar as rodas dianteiras na mesma direção, em que a traseiras da
viatura estiver deslizando e aliviar o pedal do acelerador. Após recuperar a direção aplicar os
freios suavemente.
3. OPERAÇAO EM AREIA:
Antes de entrar em terreno arenoso (tipo praia), diminuir a pressão dos pneus para 40
lbf/pol² (dianteiros) e 25 ibf/pol² (traseiros).
Manter velocidade baixa, porém constante. Se a viatura começar a atolar, dar marcha-à-ré
cerca de meio metro e avançar na mesma trilha. Quando parar, recuar meio metro e assim
sucessivamente.
Normalmente este procedimento faz a viatura ultrapassar a região arenosa.
Não permitir que a viatura trepide. Evitar que as rodas deslizem ou girem em falso. Estas
situações poderão fazer com que a viatura aprofunde-se mais na areia.
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5. TRAVESSIA A VAU:
a. Ao realizar a travessia de pequenos cursos de água, observar as seguintes instruções:
1) Se possível selecionar um terreno firme, livre de troncos e pedras.
2) Assegurar-se de que o terreno no leito do curso d’água não seja frouxo a ponto de
ceder com o peso da viatura fazendo com que o mesmo aprofunde-se em demasia ou atole-
se.
3) Assegurar-se que o motor esta funcionando perfeitamente.
4) Engatar tração dianteira e reduzida.
5) Penetrar na água devagar, não permitindo que o motor pare de funcionar.
6) Limitar a velocidade da viatura; deslocar-se devagar.
Após a travessia, não utilizar os freios sem antes experimentá-los. Se os mesmo não
estiverem atuando perfeitamente, pressionar o pedal do freio suavemente enquanto mantém
a viatura em movimento durante um pequeno espaço; verificar novamente a eficiência dos
freios; repetir esta operação caso note-se funcionamento irregular. Isso deverá ser o
suficiente para secar as lonas de freio.
Instrumentos:
Verificar os instrumentos freqüentemente para qualquer sinal de problema. Se a leitura
dos instrumentos estiver abaixo do normal após o motor estar aquecido, parar e investigar a
causa.
Parada ou estacionamento:
Se possível estacionar a viatura ao abrigo do vento. Se a viatura permanecer
estacionada, por um dia ou mais, seguir instruções:
1) Não usar o freio de estacionamento quanto for parar por períodos longos com o tempo
extremamente frio. Calçar as rodas.
2) Limpar toda neve, gelo ou lama de todas as partes da viatura o mais rápido possível
após estacioná-la. Proteger o motor e acessórios contra neve ou garoa que possam molhá-
los e congelar causando problemas quando da tentativa de nova partida.
3) Se o sistema de arrefecimento estiver protegido com anti-congelante, não existirá ne-
cessidade de cuidados especiais com a água, caso contraio esta deverá ser totalmente dre-
nada ( motor e radiador).
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Deixar uma observação sobre o volante de direção: “não ligar o motor. Radiador vazio.
Encher antes de usar”. Deixar a tampa do radiador sobre o bando do motorista.
4) Verificar se os pneus estão calibrados com a pressão recomendada.
8. REBOCAMENTO
O EE-11 URUTU é equipado com duas alças de ancoragem fixadas na dianteira e duas
na traseira, possuindo ainda um pino de engate para reboque na traseira.
a. Estes acessórios prestam-se a operações auxiliares no transporte e rebocamento das
viaturas sendo que um uso correto destes dispositivos exige certos cuidados especiais:
1) Se a viatura for rebocada por falha mecânica, determinar a (s) causa (s) e, se avaria
não se localizar no motor, proceder ao rebocamento com o mesmo em funcionamento para
que o sistema de freio possa ser
abastecido com ar comprimido e o sistema
de direção (hidráulico) seja alimentado
com fluido sob pressão.
Caso a viatura venha a ser rebocada
por encontrar-se atolada, utilizar a
potência do motor para auxiliar o veiculo
rebocador sem, entretanto, forçá-lo em
excesso.
2) A operação de rebocamento
deverá ser realizada com o auxilio de uma
haste rígida (cambão), e suficientemente
resistente, que suporte tracionar a viatura.
Ao cambão deverá ser adaptado um gan-
cho em forma de “V” – dispositivo especial
ENGESA para rebocamento – (conforme figura) – de tal forma que ambas as alças sejam
solicitadas uma melhor distribuição dos esforços da tração.
3) Evitar durante o rebocamento todo e qualquer movimento brusco (trancos ou cho-
ques) tomando-se cuidado de, ao colocar os veículos em movimento, fazê-lo o mais lenta-
mente possível, até que ambos tenham uma velocidade moderada, podendo-se assim, em
seguida, alcançar maiores velocidades.
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4) Para rebocar-se a viatura à traseira observar que além das alças este possui um pi-
no de engate que deve ser usado para as operações de rebocamento, neste caso usar sim-
plesmente o cambão e tomar os cuidados citados no item acima.
Caso seja impraticável o uso do gancho usar as alças laterais tomando-se cuidado de
fazer-se o uso correto do dispositivo de rebocamento.
5) Nunca usar cabos de aço ou dispositivos flexíveis para o rebocamento, principal-
mente em vias de alta velocidade, pois isto poderá causar graves acidentes. Caso seja ne-
cessário, fazê-lo apenas em situações de extrema urgência por percursos breves e restritos.
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1. DESTRUIÇÃO DO EQUIPAMENTO
A destruição do material é uma decisão de comando, que deverá ser feita somente por
autorização delegada pela divisão ou comando superior. Isto geralmente é assunto
compreendido nas NGA. A destruição é ordenada somente depois que todas as medidas
possíveis para a preservação ou salvamento do equipamento tenham sido tomadas e
quando, a juízo do comandante militar respectivo, tal ação seja necessária para evitar:
− Sua captura intacta pelo inimigo;
− Seu uso pelo inimigo, quando capturado, contra nossas próprias tropas ou nossos
aliados;
− Seu abandono na zona de combate;
− Conhecimento de sua existência, fundamento e especificações exatas por parte do
serviço de inteligência do inimigo, etc...
3. DESTRUIÇÃO DA VIATURA
A VTR deverá ser destruída como um todo, através de processos inflamáveis, explosivos
ou por meio de tiro. Caso a destruição total da vtr não seja possível, esta deverá ser
executada em suas partes vitais. Podendo-se acondicionar todo ou parte deste material no
compartimento do motor e centralizando o processo de destruição neste.
1º) Motor:
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1. GENERALIDADES
Os feridos de uma guarnição são, normalmente, retirados de um carro inutilizado pelos
demais elementos da guarnição. A máxima rapidez é necessária para salvar a vida, não só
daqueles que estão ilesos, como também dos feridos. Um carro incendiado poderá ser uma
armadilha à guarnição, em questão de segundos, por esse motivo, é essencial que toda
guarnição se torne eficiente na utilização de processos rápidos para remover um elemento
do carro. se a ação cessar momentaneamente ou se o carro puder afastar-se sem
comprometer a missão, o ferido é removido imediatamente e transportado para um local
protegido, onde os primeiros socorros lhe serão ministrados. Em caso contrário, a ação
continuará até que uma oportunidade se apresente para remover os feridos.
2. PROCESSOS DE EVACUAÇÃO
Os processos de evacuação aqui descritos são baseados no emprego de uma equipe de
dois homens que poderá trabalhar efetivamente através de uma simples abertura da
escotilha. Em alguns casos, um terceiro homem poderá estar em condições de dar
considerável ajuda no interior do carro, quer colocando cintos em volta do ferido, quer
colocando-o numa posição em que possa ser retirado por cima. A urgência da operação
exige que o ferido seja retirado, apanhando-o pelas roupas ou pelos braços. Se houver a
fratura de um braço ou se existirem outros ferimentos que possam ser agravados por estes
processos, e se o tempo permitir, um guindaste deverá ser improvisado para remover o
elemento da guarnição. Qualquer equipamento que esteja disponível, tal como cinturões
para pistolas, cintos ou suspensórios poderão ser utilizados com essa finalidade.
3. EXERCÍCIO DE EVACUAÇÃO
Este parágrafo contém informações gerais que poderão ser utilizadas como um guia na
prática da evacuação da guarnição, de qualquer posição. Durante o treinamento, a
composição da equipe de evacuação poderá ser mudada freqüentemente para proporcionar
a prática a todos os elementos da guarnição, por ocasião de situações de emergência.
O elemento da guarnição que descobre um ferido anuncia: (MOTORISTA, ATIRADOR,
etc) FERIDO. Se o carro não está empenhado no combate e o elemento que viu o ferido
decide que a evacuação é necessária, ele comanda: EVACUAR MOTORISTA,
TIRADOR,etc).
Os elementos da guarnição desembarcam e, se for necessário um elemento para o
auxílio a um ferido no interior do carro, um deles entrará no carro; o mais próximos da
escotilha, acima do ferido, tomará posição na escotilha para proceder à evacuação. Se o
elemento mais próximo do ferido vê que seu auxílio é necessário, permanece lá dentro,
improvisa um suspensório ou toma quantas medidas puder para acelerar a operação. Os
primeiros socorros são ministrados e o ferido é removido para uma posição abrigada. O
comandante do carro informa a baixa.
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Nº 1 Nº 2
(Comandante do carro) (atirador)
Toma posição na borda da escotilha. Toma posição na beira da escotilha.
Penetra na escotilha e segura as mãos do Segura a mão mais próxima do ferido quando
ferido, colocando-o corretamente no seus braços estiverem cruzados.
assento, se necessário.
Cruza os braços do ferido sobre o tórax. Levanta o ferido e auxilia a virá-lo.
Levanta e vira o ferido para a retaguarda. Auxilia o ferido a sentar-se e salta para o
solo.
Senta o ferido em frente à borda da Recebe e apóia o troco do ferido, segurando-
escotilha, apoia-o nesta posição, enquanto o, por baixo dos braços, em volta do tórax.
o atirador salta para o solo.
Abaixa o tronco do ferido para os braços do Desliza o ferido pela blindagem inclinada e
atirador. apoia-o até que o comandante do carro
possa estar em terra e auxiliá-lo.
Põe as pernas para fora da escotilha, Coloca o ferido na posição para transportar.
enquanto o atirador desliza o ferido ao
longo da inclinação da blindagem.
Salta para a terra, ajuda o atirador na Auxilia o comandante do carro no transporte
colocação do ferido, para posição de do ferido para uma posição protegida.
transporte.
Transporta o ferido para uma posição
protegida.
Nº1 Nº2
(Comandante do carro) (Motorista)
Levanta o ferido o mais alto possível pelaToma a posição na torre ao lado da escotilha
escotilha aberta. do Atirador.
Auxilia o motorista a suspender o ferido. Agarra o ferido sob os braços.
Auxilia a retirada das pernas do ferido deLevanta o ferido através da escotilha,
dentro da escotilha. 2 sentando-o na borda de trás. 1
Desembarca pela lateral do carro. 4 Segura o ferido enquanto o Comandante do
carro desembarca. 3
Segura o ferido e coloca-o no ombro, até Deixa o ferido deslizar até que o
que o motorista tenha descido do carro. 6 Comandante do carro segure-o, colocando-o
no ombro. 5
Auxilia no transporte do ferido. 8 Auxília o transporte do ferido 7
Transporta o ferido para uma posição Auxilia o transporte do ferido para uma
protegida. 9 posição protegida. 9
Após a retirada do ferido, serão prestados os primeiros socorros, e deverá ser informado
ao escalão superior o fato ocorrido, bem como a localização do elemento ferido. Deve ser
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feito um balizamento do local onde se encontra o ferido para recolhimento por parte da
Turma de Evacuação.
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CAPÍTULO XV - BALIZAMENTO
1. INTRODUÇÃO
Tendo em vista a pequena quantidade de fontes de consulta e com a finalidade de
padronizar os conhecimentos a serem transmitidos, este Centro de Instrução resolveu
confeccionar esta pequena nota de aula, a qual é composta por assuntos, que estão em
processo de homologação pelo COTER, sendo, portanto, passíveis de serem modificados.
Com a chegada dos novos blindados Leopard 1 A1 (Bélgica) e M60 A3 TTS (EUA),
tornou-se de fundamental importância a preparação e treinamento de guarnições para estas
viaturas. Sabedor de tal importância, o EME decidiu que, nos anos de 1996 e 1997, militares
das OM envolvidas no recebimento dos novos CC deveriam participar de cursos de
especialização no estrangeiro. Como consequência dos ensinamentos ministrados na
Bélgica e nos Estados Unidos da América, surgem diversas técnicas de balizamento diurno
e noturno, cada qual com suas vantagens e desvantagens.
Neste cenário de evolução e renovação, o Centro de Instrução de Blindados reconhece a
necessidade de nos aprofundarmos neste assunto, visando a melhoria das atuais técnicas e
das condições de segurança exigidas pela atividade em questão.
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA
a. Generalidades
Os comandantes, em todos os escalões, devem cobrar de seus subordinados e
estimular, pelo exemplo, a fiel observância às normas de segurança previstas.
Um fator bastante negligenciado pelos integrantes da tropa blindada, sem dúvida, é o
uso obrigatório do balizador em locais críticos, como elemento fundamental para a
segurança da guarnição, da viatura e das instalações.
O balizador, por sua vez, tem que ter conhecimento da atividade, principalmente no que
diz respeito à sua segurança. Não são raros os casos de acidentes provocados por
descuidos ou desconhecimento do balizador. Por isso vejamos, agora, algumas distâncias,
que devem ser de conhecimento de qualquer militar que esteja trabalhando com blindados.
02 passos
02 passos
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Obstáculo
Frontal
05 passos
Balizador
c. Movimento à ré
Quando tivermos realizando o balizamento de uma viatura, que se movimenta para a
retaguarda, devemos solicitar a utilização de 02 (DOIS) BALIZADORES, um para a frente e
outro para a retaguarda. Antes de ser iniciado o balizamento, ambos os balizadores devem
verificar qual é o destino final da viatura e qual o itinerário a ser percorrido. Isto visa a um
entendimento dos gestos a serem apresentados pelos dois balizadores.
Neste caso o comandante será o balizador da retaguarda, porém este terá como
auxiliar o balizador da frente.
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1. GENERALIDADES
a. Para coordenar operações de manobra de força, é necessário que você tenha alguns
conhecimentos básicos sobre todos os equipamentos utilizados, seu manuseio e sobre
como e quando empregá-los.
b. Neste caderno de instrução, você aprenderá a executar com segurança e com correção
algumas operações, consideradas básicas, de manobras de força com blindados,
começando com este capítulo, onde conhecerá o material e sua forma correta de emprego
2. DEFINIÇÕES BÁSICAS
a. Manobra de força:
É a aplicação de cabos, correntes e outros equipamentos, em combinação com talha e
alavancas, que tem a finalidade de movimentar ou içar cargas pesadas.
b. Expedientes de campanha: São improvisações, em que se utilizam os meios
disponíveis ou orgânicos de um Pelotão, para devolver a mobilidade a uma viatura
momentaneamente parada devido a avaria ou pane mecânica.
c. Gatos:
São ganchos metálicos utilizados nas extremidades de cabos, correntes ou moitões,
com a finalidade de prendê-los a outros equipamentos e cabos.
Figura 1
d. Cabo:
É a corda utilizada em um sistema de tração. É composto de fibras ou fios, que
trançados ou torcidos entre si lhe dão a apresentação final já conhecida. A denominação do
cabo advém do material de que é composto a fibra: cabo de aço, cabo de sisal, etc.
e. Chicote:
É a extremidade livre de qualquer cabo ou corrente.
f. Moitão:
É uma caixa metálica ou de madeira, que serve de suporte para o eixo de roldanas,
sobre o qual estas giram. Geralmente, as caixas dos moitões possuem um gato móvel em
uma de suas extremidades e um olhal na outra, o que se conhece por cadernal simples ou
simplesmente moitão. Chamamos de gorne a abertura da caixa por onde passam os cabos.
Figura 2
68
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g. Cadernal:
É um moitão com duas ou mais roldanas. Normalmente são chamados de cadernal
duplo e cadernal triplo.
h. Patesca:
É um cadernal simples cuja caixa se abre para o lado, não necessitando que se passe
a ponta de um cabo pelo gorne quando de sua utilização.
i. Cadernal móvel:
É o cadernal que se movimenta ao mesmo tempo em que uma carga está sendo
tracionada. Divide o valor da força nos sistemas de talha.
j. Cadernal fixo:
É o cadernal que não se movimenta quando da tração de um cabo por ele gornido.
Geralmente, encontra-se fixo ao ponto de ancoragem e tem por finalidade inverter o sentido
da força de tração.
k. Sapatilha:
É um aro de metal fixado na parte interna da extremidade fechada de um cabo de aço.
Tem por finalidade evitar que o cabo seja roído pelo gato.
l. Barra de reboque (cambão e tesourão):
É uma barra de ferro utilizada para reboque de viaturas.
m. Separador:
É uma barra de metal utilizada para separar dois braços de uma corrente de tração ou
cabo. Tem por finalidade evitar danos à viatura rebocada.
Obs: Muito pouco utilizado em manobras de força com viaturas blindadas.
n. Alavanca de ponta de bizel:
É uma alavanca de esforço para serviços pesados.
o. Talha:
É o conjunto de cabos (cordas), cabos de aço e cadernais que tem por objetivo dividir
um peso ou multiplicar uma força. Em um sistema de talha, os cabos são gornidos nos
cadernais e presos à carga a ser deslocada e ao ponto de força.
Figura 3
p. Âncora ou Ponto de ancoragem:
É o termo utilizado para definir qualquer peça ou meio natural do terreno que se destine
a fixar a extremidade de um cabo, ligado a uma carga pesada, com a finalidade de dar um
ponto de apoio (ancoragem) ao esforço da tração. Existem âncoras metálicas, de madeira
(artificiais) e naturais.
q. Estacas:
São peças confeccionadas em aço, ferro ou madeira, que têm a finalidade de servir
como ponto de ancoragem, fixar as âncoras artificiais ao solo e auxiliar nos diversos tipos de
pontos de amarração.
r. Ponto de força:
É o ponto de um sistema de talha onde é aplicado a força de tração.
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s. Ponto de tração:
É o ponto de um sistema de talha onde estão amarrados o chicote final do cabo e a
viatura a ser rebocada.
3. PONTOS DE ANCORAGEM
Os pontos de ancoragem, já definidos neste capítulo, têm a finalidade de dar um ponto de
apoio ao esforço da tração. Toda manobra de força está baseada na Física, em forças de
ação, forças de reação e atritos, roldanas e divisões de pesos, etc. Deste modo, a correta
escolha de um ponto de apoio, sua localização e utilização são fatores indispensáveis para o
bom cumprimento da missão.
a. Localização:
A escolha da localização do ponto de ancoragem é um item muito importante no estudo
de situação de uma manobra de força. O apoio à tração deve estar localizado formando um
“V” com as duas viaturas da operação ou à retaguarda da viatura que traciona, se esta tiver
guincho, proporcionando-lhe o apoio necessário para rebocar a viatura atolada, conforme
nos mostra a figura 1.4.
Outro fator a ser considerado é a exata localização do ponto de força e sua direção. A
tropa ou a viatura que faz o esforço deve ter uma área à sua retaguarda para que possa
deslocar-se e tracionar a viatura atolada. A distância a ser percorrida será objeto de estudo
no Capítulo 2.
Figura 4
b. Naturais:
Os pontos de ancoragem naturais devem ser muito bem escolhidos e sempre terão
prioridade, como apoio às forças de tração, sobre os artificiais. Tal escolha deve ser
cuidadosa e previamente testada, de forma que não ocorram acidentes na execução da
manobra de força.
Árvores
Devem ser escolhidas entre aquelas que não apresentem sinal de enfraquecimento,
velhice, apodrecimento e com troncos muito finos. As amarrações devem ser feitas o mais
junto ao solo possível, de maneira que o esforço da tração não venha a envergar a árvore.
1) Rochas
Quando o ponto de ancoragem escolhido for uma rocha, é importante que sejam
observados o tipo de pedra, sua base no solo, seu peso, formato e porosidade. As rochas
devem ser firmes sobre o terreno, nunca soltas, exceto se o peso da mesma e sua
localização, fruto de seu estudo de situação, forem considerados seguros para a ancoragem.
Pedras com arestas vivas por onde passem a corda, e muito porosas que se
desmanchem com facilidade, devem ser evitadas, pois há o risco do cabo se romper e/ou se
soltar. Para testar a porosidade do ponto escolhido basta bater com uma peça metálica na
rocha e verificar seu esfacelamento. Se for o caso, ainda, coloque entre a pedra e a corda
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um pano para que esta última não venha a roçar diretamente na rocha. O formato da rocha
deve ser tal que não haja a mínima possibilidade do cabo vir a deslizar e soltar-se pela parte
superior da mesma, causando um acidente.
Figura 5
Figura 6
2) Estacas
No uso de estacas naturais, deve-se escolher madeiras oriundas de árvores
reconhecidamente resistentes, como a goiabeira, aroeira ou braúna, dentre outras. As
estacas devem ser pontiagudas, de forma que se cravem com mais facilidade e mais
profundamente no solo e as mais uniformes que se for possível, para que se facilitem as
amarrações em sua superfície.
Existem, dependendo-se do peso a ser tracionado e dos meios disponíveis, diversas
formas de ancoragem com estacas. Os dois tipos básicos (figura 1.7) são:
Ancoragem tipo 1-1-1
Neste tipo de ancoragem são colocadas três estacas espaçadas e amarradas da
seguinte forma: estaca 1- estaca 2 e estaca 2 - estaca 3.
b) Ancoragem tipo 3-2-1
Nesta ancoragem são amarrados três grupos de estacas espaçados. Cada grupo
é formado pelo número de estacas mostrado no tipo de ancoragem, no caso, 3,2 e 1. O
grupo de três estacas é amarrado no de duas e este amarrado na estaca única. É a
ancoragem de estacas mais segura.
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Ancoragem 1-1-1
Ancoragem 3-2-1
Figura 7
c. Artificiais:
A ancoragem artificial somente deve ser utilizada se, no seu estudo de situação, não
forem levantados pontos de ancoragem naturais nas proximidades da operação de manobra
de força, se estes não forem confiáveis ou se o terreno for mais favorável à colocação e
utilização de âncoras metálicas artificiais. Em alguns casos, ainda, a premência de tempo
pode ditar o uso de meios artificiais.
1) Âncoras artificiais
As âncoras artificiais fazem parte dos Equipamentos de Manutenção no 03 e no 08
que compõem-se de:
- 01 (uma) corda de fibra vegetal de 100 metros;
- 06 (seis) estacas metálicas;
- 03 (três) âncoras metálicas;
- 01 (uma) marreta;
- 01 (um) cadernal simples;
- 01 (um) cadernal duplo.
a) Montagem dos pontos de ancoragem artificiais
As âncoras artificiais devem ser muito bem montadas e fixadas ao terreno, de
maneira que não tenhamos acidentes devido à soltura destes meios. A amarração, tal qual
em uma árvore, deve ser feita na estaca central e próxima à base da âncora. Sempre utilize
como referência a parte triangular desta peça, que deve estar voltada para a viatura
tracionada e a amarração deve estar em seu interior.
A regra citada se aplica também à colocação dos gatos dos cadernais nas
estacas, mas lembre-se: verifique sempre, antes da montagem, o tamanho do gato em
relação à estaca. Se for o caso, passe primeiro a estaca pelo gato e depois crave-a no solo.
Dependendo do peso a ser tracionado, faça um sistema composto de âncoras
artificiais, pois aumentará a segurança do ponto de ancoragem.
b) Estacas metálicas
As estacas devem ser cravadas no solo no mínimo 0,50m e a sua angulação deve
ser para o lado contrário à força de tração, de forma que não se soltem com facilidade do
terreno. Sempre que possível, coloque três estacas em cada âncora, reforçando o ponto de
ancoragem.
Conteúdo extraído do seguinte manual:
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1. GENERALIDADES
a. Nas operações de manobra de força, conforme já foi citado no capítulo passado, o
pensamento nas forças da Física deve estar sempre presente. Com certeza, utilizando-as,
você cumprirá com muito mais facilidade as suas missões.
b. Neste capítulo, você verá alguns fatores externos que atuam sobre viaturas em
situações críticas e aprenderá a utilizar meios artificiais que o auxiliarão a superar, com
extrema facilidade, problemas referentes à blindados atolados ou em pane.
2. RESISTÊNCIA AO MOVIMENTO
A regra básica para tracionar viaturas blindadas atoladas é que “ um blindado puxa outro
blindado semelhante a ele ”. Mas, por vezes, nos deparamos com situações em que esta
citada regra não se aplica, sobretudo devido ao solo ou terreno por onde transitam as
viaturas em questão.
Mas, como saber quantos blindados utilizarei para estar certo do bom cumprimento de
uma missão de manobra de força? Veremos, agora, alguns conceitos básicos sobre
resistência ao movimento e algumas pequenas regras que o ajudarão a responder esta
pergunta.
a. Resistência:
É a oposição ao movimento, oferecida por uma viatura imobilizada.
CÁLCULO DA RESISTÊNCIA (R)
Situação da viatura Resistência (R)
Atolada até a altura da rodas de apoio R= Peso do blindado
Atolada até a altura dos pára-lamas R= 2 X Peso do blindado
Atolada até a altura da torre R= 3 X Peso do blindado
b. Redução de resistência:
São todos os artifícios utilizados para que se consiga uma diminuição da resistência. As
reduções de resistência são fatores extremamente importantes para que as manobras de
força se tornem mais fáceis e menos perigosas, pois haverá menos forças atuando nos
cabos de aço ou sistema de talha.
CÁLCULO DAS REDUÇÕES DE RESISTÊNCIA (Rr)
Situação Redução de resistência (Rr)
Tração no sentido contrário ao deslocamento inicial 10%
Viatura rebocada auxiliando com sua tração 40%
Duas situações acima combinadas 50%
Interpretando o quadro acima, podemos dizer que:
Ao tracionarmos uma viatura atolada no sentido contrário ao que ela entrou em um
lamaçal, por exemplo, obtemos uma redução de resistência equivalente a 10% de seu peso.
1) Caso um blindado atolado tiver condições de auxiliar com sua tração, com suas
duas lagartas, para sair de sua situação crítica, obtemos uma redução de resistência
equivalente a 40% de seu peso.
2) Se tracionarmos uma viatura atolada no sentido contrário ao que ela atolou e, ainda,
ela auxiliar com sua tração, obtemos uma redução de resistência equivalente a 50% de seu
peso.
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3. VANTAGEM MECÂNICA
Vantagem mecânica é o que se consegue em uma manobra de força ao utilizar um
sistema de talha, por mais simples que seja, e obter uma diminuição do esforço de tração
através de uma divisão do peso a ser tracionado.
a. Conceitos básicos a serem relembrados:
1) Cadernal fixo
É um cadernal que não se movimenta à medida que a viatura atolada é tracionada. A
sua função básica é inverter o sentido da força de tração, seja por imposição do sistema de
talha escolhido ou para facilitar a aplicação da tração em uma direção considerada
necessária por causa do terreno ou outros fatores (aplicado com esta última finalidade é
chamado de moitão de retorno).
2) Cadernal móvel
É o cadernal que se movimenta à medida que a viatura atolada é movimentada. Na
realidade, o cadernal está fixo à viatura tracionada, mas move-se em relação ao terreno
(movimento relativo). Divide o esforço da tração.
b. Obtenção da vantagem mecânica:
Para obter uma vantagem mecânica é necessário que se utilize certas regras da Física,
sobretudo as que se referem ao emprego de roldanas no nosso caso, cadernais fixos ou
móveis e simples ou duplos, patescas, dentre outros meios já conhecidos.
Neste item veremos alguns exemplos práticos de utilização de sistemas de talha,
considerados básicos para obtenção da chamada vantagem mecânica, onde você aprenderá
a verificar qual a sua vantagem mecânica obtida.
1) Sistemas simples:
Os sistemas simples são aqueles em que se utiliza apenas uma corda ou cabo, com
cadernais e pontos de ancoragem, para a divisão de nosso esforço de tração.
Vantagem mecânica de 2 X 1
No exemplo abaixo (figura 2.1), o carro de combate está imobilizado por ação do
terreno. Fruto do estudo de situação do comandante da operação e da escassez de
roldanas, ele optou por utilizar apenas um cadernal para auxiliar na sua manobra.
O cadernal simples foi preso no cabo de aço da viatura atolada, determinou-se e
utilizou-se um ponto de ancoragem natural e foi feita a tração. Neste caso, conseguiu-se
uma vantagem de 2 X 1, pois 02 (dois) é o número de braços de corda que estão ligados ou
passam pelo cadernal móvel. O peso da viatura foi dividido pela metade.
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Figura 1
a) Vantagem mecânica de 5 X 1
Neste exemplo (figura 2.2), o M113-B está atolado. Militar experiente, o
comandante da operação optou por utilizar dois cadernais duplos para resolver a situação
crítica.
Um dos cadernais foi preso no cabo de aço da VBR e o outro no seu ponto de
ancoragem artificial, escolhido por não haver árvores firmes no local. Gorniu-se a corda
pelos cadernais e foi obtida uma vantagem mecânica de 5 X 1, pois 05 (cinco) é o número
de braços de corda que passam ou ligam-se no cadernal móvel, que é aquele colocado no
M113-B.
Figura 2
2) Sistemas compostos:
São aqueles sistemas em que são utilizados mais de um cabo ou corda no sistema
de talha. É composto por dois ou mais sistemas simples, que multiplicadas as suas
vantagens mecânicas, dão a divisão de esforço do sistema composto.
a) Vantagem mecânica de 6 X 1
No caso abaixo (figura 2.3), a viatura ilustrada atolou-se em um lamaçal. O
comandante da operação decidiu montar um sistema composto para executar a manobra de
força e utilizou-se de três cadernais simples e duas pequenas cordas.
Montou dois pontos de ancoragem, colocou um cadernal em um dos pontos e
outro no cabo de aço da viatura. Desta forma, tinha um sistema de talha simples, que tornou-
se composto quando amarrou a primeira corda no gato do terceiro cadernal e por ele passou
uma outra corda, esta presa ao segundo ponto de ancoragem.
Observe na figura este sistema, que conseguiu uma vantagem mecânica de 6 X
1, pois pelo primeiro cadernal móvel passam 03 (três) braços de corda e no segundo
cadernal móvel, gornem-se 02 (dois). Multiplicando-se as vantagens dos dois sistemas, foi
obtida uma vantagem mecânica de 6 X 1. A cada seis metros de corda puxados, a viatura
atolada desloca-se um metro.
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Figura 3
Figura 3
b) Vantagem mecânica de 16 X 1
Na ilustração 2.4, a VBC M60 está em uma situação crítica. O responsável pela
operação tomou a decisão de montar um sistema composto para desatolar a viatura, uma
vez que obteria, desta forma, uma maior vantagem mecânica face à situação da viatura.
Foram montados dois pontos de ancoragem artificiais e utilizadas duas cordas de
fibra vegetal, dois cadernais simples e dois duplos. No cabo de aço da viatura, foi preso um
cadernal duplo, móvel por definição e os cadernais simples colocados nos pontos de
ancoragem. Ao segundo cadernal duplo foi preso o chicote do primeiro sistema simples que,
pertencendo a um segundo sistema de forças, deu origem a um sistema composto.
Neste caso, a vantagem mecânica obtida foi de 16 X 1, pois em cada sistema
simples conseguiu-se um ganho de 4 X 1 e feita a multiplicação das forças. Para esta
operação, deve-se observar a área para tração da corda, pois a cada dezesseis metros
puxados o CC se deslocará cerca de um metro.
Figura 4
QUADRO COMPARATIVO DE VANTAGEM MECÂNICA
Cabo recolhido (m) Deslocamento da viatura
rebocada
Vantagem mecânica de 2 X 1 10 05
Vantagem mecânica de 5 X 1 25 05
Vantagem mecânica de 6 X 1 30 05
Vantagem mecânica de 16 X 80 05
1
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4. EXEMPLOS PRÁTICOS
Para a resolução de situações críticas com viaturas atoladas, você já possui todos os
conhecimentos e ferramentas necessários para o cumprimento de diversas missões. Seja
com o auxílio de outras viaturas, empregando expedientes de campanha, utilizando-se de
sistemas de talha ou com a combinação de todos estes métodos, a missão deve ser
cumprida.
Abaixo, veremos alguns exemplos práticos de execução de manobras de força, de forma
a ilustrar alguns procedimentos citados e facilitar a compreensão de certos assuntos já
mostrados neste Caderno de Instrução. Preste bastante atenção, eles podem ajudá-lo em
várias ocasiões.
a. Situação nr 1:
Um carro de combate de sua fração atolou-se até a altura das rodas de apoio, em
terreno alagadiço. A única forma de tirá-lo desta situação é tracioná-lo para trás, pois há
risco de piorar ainda mais a situação. Quando carros de combate, da mesma fração, você
utilizará para retirar o CC do atoleiro, levando-se em conta que o mesmo auxiliará com sua
tração e você não dispõe de cadernais ou cordas?
Resposta: Você utilizará apenas um carro de combate, pois ele está atolado até a
altura das rodas de apoio, o que equivale dizer que o carro está com o seu peso inicial.
Haverá 10% de redução de resistência, pois o CC será tracionado no sentido contrário ao
que entrou no atoleiro, mais 40% de Rr devido ao fato do mesmo auxiliar com sua tração,
perfazendo um total de 50% de redução de resistência. Seria bem provável que até uma
viatura menor tiraria o CC desta situação desfavorável.
b. Situação nr 2:
Um M113-B atolou-se até a metade do carro, o que equivale, em um M113-B, aos pára-
lamas. Com a inexistência de meios naturais na região ou artificiais em sua fração, quantas
VBR necessitará para rebocar a atolada, uma vez que ao permitir que o motorista ficasse
girando as lagartas sem mover a viatura, ela atolou-se ainda mais e veio a abrir uma de suas
lagartas? Devido ao terreno, não há meio de tracionar a viatura para o sentido contrário ao
que ela entrou no atoleiro.
Resposta: A VBR atolou até a altura dos pára-lamas e está com um peso equivalente a
duas vezes o seu próprio. Você necessitará de duas viaturas blindadas de sua fração para
retirar a VBR desta situação, pois no exemplo acima não há nenhuma redução de
resistência, pois a lagarta abriu e não é possível tracioná-la para a retaguarda.
c. Situação nr 3:
Uma VBC Leopard 1A1 atolou-se até seus pára-lamas, em terreno pantanoso. Sua
fração não dispões de equipamentos de manutenção para manobras de força. Você decidiu,
acertadamente, tracioná-lo para a retaguarda e com auxílio da tração do CC atolado.
Quantos Leopard, no mínimo, necessitará para executar tal operação?
Resposta: No caso acima, você precisará do auxílio de apenas um CC para a sua
manobra de força. A redução de resistência foi equivalente a 50%, pois você irá tracioná-lo
para retaguarda (Rr = 10%) e utilizando de sua tração (Rr = 40%). Como a resistência
oferecida pelo Leopard foi de duas vezes o peso do carro, com esta redução apenas um CC
poderá retirá-lo do pântano.
d. Situação nr 4:
Ao ligar o motor de sua viatura atolada, você notou que apenas a lagarta da esquerda
estava sem aderência sobre o solo. A mesma, portanto, continuava girando sem atrito
enquanto que a lagarta da direita permanecia estática. Você só estava fazendo um
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1. GENERALIDADES
a. Toda operação de manobra de força requer cuidados específicos e redobrados no que
se refere à segurança. Lembre-se que estamos trabalhando com pesos da ordem de
toneladas e nada justifica a perda de uma vida humana, quer por negligência, imperícia ou
imprudência.
b. Para toda manobra de força, tenha em mente que haverá sempre alguém em sua
fração que já executou alguma operação parecida com a atual e seu conhecimento será de
vital importância.
2. SEGURANÇA NA EXECUÇÃO
a. Instruções básicas:
1) Inspeção do equipamento
Inspecione sempre todo o equipamento a ser utilizado em uma manobra de força, a
sua adequação à manobra proposta e, particularmente, as condições dos cabos de aço.
Estes últimos devem receber uma atenção redobrada, pois são causadores da maioria dos
acidentes fatais neste tipo de operação.
2) Colisões
Tome cuidado com possíveis colisões entre a viatura rebocada e aquela que a
traciona. Os motoristas têm uma responsabilidade especial para que isto não aconteça. Não
há motivos para velocidades altas no reboque de viaturas, principalmente porque a viatura
tracionada pode estar sem freio.
Nos carros de combate, cuidado com a colisão entre os tubos dos canhões.
Direcione-os de forma que não haja a mínima possibilidade dos tubos colidirem. Não deixe
que um problema único venha a se tornar duplo.
Figura 1
3) Vazamentos de combustível
Verifique se há algum vazamento de combustível que possa vir a comprometer a
segurança da operação. Se o vazamento não puder ser contido, chame pessoal
especializado. Não corra riscos desnecessários.
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4) Cabos de aço
Faça uma inspeção nos cabos de aço dos blindados antes de utilizá-los. Escolha,
dentre os cabos de aço de sua fração, aqueles que apresentem menos sinais de
envelhecimento e que estejam bem manutenidos. A manutenção dos cabos de aço é o item
mais importante para a segurança de uma manobra de força.
Verifique se todos possuem sapatilhas e se não há sinal de fissura no aço ou ferro.
Os cabos de aço não podem em hipótese alguma ser mau utilizado, sob pena de um
acidente futuro com o nosso próprio pessoal.
5) Áreas perigosas
Determine as áreas consideradas perigosas para o pessoal envolvido. Verifique o
raio de ação dos cabos de aço caso venham a se arrebentar e proíba que qualquer
elemento adentre nesta área. As áreas à retaguarda dos blindados também devem ser
consideradas de alto risco, pois, no arrebentamento de um cabo de aço ou corda, eles
podem descer ribanceiras ou voltar à condição de atolado, agora levando vítimas com ele.
6) Motoristas
Os motoristas devem estar sempre atentos na execução de manobras de força. Se
não houver a mínima necessidade de colocá-los dentro de suas viaturas atoladas, deixe-os
fora da operação. É melhor quebrar um material do que perder uma vida.
Quando estiverem em suas viaturas, tracionando ou sendo tracionados, os
motoristas devem estar com as escotilhas fechadas ou com capacete, minimizando os
riscos.
7) Comando
A operação de manobra de força deve ter um comando único. Quando muitos
comandam, ninguém comanda. Lembre-se que, na hora do acidente, aqueles que davam
dicas irão se calar.
b. Lembretes:
1) Treinamento do motorista
Um motorista bem treinado e conhecedor de técnicas de manobra de força é quase
sinônimo de operação bem sucedida. Tenha sempre na sua fração dois ou mais elementos
especializados em manobras de força e motoristas sempre adestrados no assunto. Se o
motorista souber progredir no terreno, conhecendo suas características e evitando atolar,
nossos problemas serão minimizados.
O BOM MOTORISTA:
- Progride com a maior atenção nas baixadas;
- Sabe reconhecer a vegetação característica dos charcos e lamaçais;
- Não faz curvas em terrenos pantanosos, pois sabe que o arrasto lateral de suas
lagartas irá revolver a lama, tirando a resistência do terreno;
- Não segue as marcas das lagartas do CC que o estava à sua frente;
- Entra em um terreno pantanoso com a maior velocidade possível, sem deixar a
segurança de um exercício em segundo plano.
2) Verificação do material, amarrações e terreno
O comandante da operação deve estar atento ao material utilizado e às amarrações
feitas. Siga sempre os ítens abaixo:
- Os cabos de aço devem estar manutenidos;
- As cordas não podem estar puídas;
- As anilhas devem estar em bom estado de conservação;
- Os cadernais devem ser novos ou em bom estado de manutenção;
- Nunca invente, tentando prender cabos de aço em outros locais que não sejam as
anilhas dos blindados;
80
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Figura 2
3) Verificação constante
Como responsável pela manobra de força, esteja sempre atento a cada detalhe da
operação. Por vezes, se for o caso, mande parar tudo: não arrisque. Faça suas verificações
sempre com as cordas ou cabos frouxos. Não se aproxime de um cabo retesado.
LEMBRE-SE
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1. GENERALIDADES
a. A manutenção do material de manobra de força é uma atividade tão importante quanto
a própria execução desta operação, uma vez que nada justifica um acidente, por vezes fatal,
por falta de zelo pelo material sob nossa responsabilidade.
b. Os Equipamentos de Manutenção nr 03 e 08, assim como as cordas e cabos de aço,
necessitam de manutenção periódica pois ficam estocados ou guardados por longos
períodos em reservas, nos blindados sob a ação do meio ambiente ou enrolados, no caso
das viaturas que possuem guincho. Neste capítulo, você aprenderá a manuteni-los, de forma
que seu material esteja sempre em condições de emprego.
2. EXECUÇÃO DA MANUTENÇÃO
a. Manutenção do equipamento para sistema de talha:
Cadernais
Os cadernais devem estar limpos e secos. Apenas nos eixos das roldanas é que
deve haver uma pequena camada de óleo fino, para lubrificação.
1) Cordas
As cordas devem estar sempre limpas. Evite o seu contato com o terreno, sobretudo
regiões arenosas ou com lama. Verifique o seu estado de conservação e locais em que ela
pode estar puindo.
2) Âncoras
Não há manutenção específica para âncoras. Mantenha-as limpas e sem ferrugem.
3) Estacas
As estacas devem estar afiadas, de forma a facilitar a sua colocação no terreno e
limpas, lubrificadas, para evitar a oxidação. Deixe-as sempre retas, sem possíveis futuros
locais de ruptura.
b. Manutenção dos cabos de aço
1) Faça uma inspeção a fim de desfazer pequenos nós e dobras, assim como verificar
a existência de algum ponto fraco. Não falhe em considerar qualquer cabo de aço
indisponível, isto chama-se segurança.
2) Limpe e lubrifique os seus cabos de aço semanalmente ou, após o uso, diariamente.
Siga sempre a seguinte ordem de manutenção de forma a facilitar o seu trabalho:
a) Desenrole totalmente o cabo até ficar o máximo sob tensão;
b) Um primeiro combatente limpa o cabo com escova de aço;
c) O segundo homem, com um pequeno pincel, passa bastante óleo fino ou óleo de
lavagem no cabo;
d) Um terceiro elemento passa um pano ou estopa (mais desaconselhável) para
retirar o excesso de óleo;
e) Logo após, passa-se um lubrificante no cabo, que pode ser óleo queimado, de
engrenagem ou graxa anti-óxido (GAO);
f) Enrole novamente o cabo de aço e coloque-o na reserva ou estique-o e deixe-o no
seu compartimento na viatura.
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Figura 1
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REFERÊNCIAS
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