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SÍNTESE CURRICULAR DO PROFISSIONAL (INSTRUTOR)

 Nome: Elias José Inaldo Almeida Costa;


 Idade: 34 anos;
 Formação: Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de
Alagoas-UFAL e Pós graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela
União das Faculdades de Alagoas-UNIFAL;
 Atuações: Obras públicas (Programa Minha Casa Minha Vida do Governo
Federal, obras de infraestrutura e construção da nova sede do DETRAN pelo
estado e construção de escolas e hospitais por alguns municípios) e privadas
(CESMAC e AMBEV). Coordenador do setor de QSMS (Qualidade,
Segurança, Meio ambiente e Saúde ocupacional) da Empresa Conenge-SC na
construção do novo CDD Ambev Maceió, onde ministrava cursos e
treinamentos na área de Segurança do Trabalho; Construção do loteamento
Veredas da Barra Residence no Município da Barra de São Miguel.
 E-mail: elias.inaldo@gmail.com/ elias_inaldo2@hotmail.com;
 Contato: (82) 98727-0684/ 99830-7988 (Whats App).
Sumário

1- DEFINIÇÕES.................................................................................................................6
2- TIPOS DE ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS..........................................................6
3- CONHECENDO A ESCAVADEIRA HIDRÁULICA................................................7
4- DICAS IMPORTANTES PARA O OPERADOR DA ESCAVADEIRA...................9
5- ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS..........................................................................9
6- MANUTENÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA NA ESCAVADEIRA..............10
7- CAPACITAÇÃO PARA OPERADOR DE ESCAVADEIRA HIDRÁULICA........11
7.1- NR’s PARA OPERADOR DE ESCAVADEIRA HIDRÁULICA.............................11
8- NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS – APH.....................................................16
8.1- ORIGEM DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.............................................16
8.2- PERFIL DO PROFISSIONAL SOCORRISTA.........................................................17
8.3- CONCEITOS E TERMOS TÉCNICOS.....................................................................17
8.4- AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA............................................................19
9- NOÇÕES DE COMBATE À INCÊNDIO..................................................................23
10- NOÇÕES DE DIREÇÃO DEFENSIVA.....................................................................24
11- ACIDENTE DE TRABALHO.....................................................................................26
12- SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO................................................................................26
13- INSPEÇÃO DO EQUIPAMENTO – ESCAVADEIRA HIDRÁULICA..................28
14- CONDIÇÕES EXISTENTES DA ÁREA....................................................................29
15- CONDIÇÕES ADVERSAS..........................................................................................29
16- ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO – APR...........................................................29
17- CREDENDIAIS E ACESSÓRIOS PARA OPERAR A ESCAVADEIRA
HIDRÁULICA.........................................................................................................................31
18- MEDIDAS DE SEGURANÇA ANTES DA OPERAÇÃO........................................31
ANEXO A (APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO)...........................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................34
Objetivo
Capacitar todos os profissionais que queiram operar o equipamento industrial
escavadeira hidráulica, de forma segura, eficiente, seguindo todos os procedimentos de
segurança conforme a legislação vigente (Normas Regulamentadoras, principalmente a
NR-11 – Transporte e Manuseio de Materiais e a NR-12 - Segurança com Máquinas e
Equipamentos).

Conteúdo Programático Teórico


Definições;

Tipos de Escavadeira;

Conhecendo a Escavadeira hidráulica;

Dicas importantes para condutor de Escavadeira hidráulica;

Atos inseguros e Condições inseguras;

Manutenção Corretiva e Preventiva em Escavadeira hidráulica;

Capacitação para operador de Escavadeira hidráulica;

EPI’s, EPC’s para operar a Escavadeira hidráulica;

Noções de primeiros socorros – APH (atendimento pré-hospitar);

Noções de combate a incêndio;

Noções de Direção Defensiva;

Acidente de Trabalho;

Sinalização de Trânsito;

Inspeção de Equipamento (Escavadeira hidráulica);

Condições existentes da área;

Condições Adversas;

Análise Preliminar de Risco ou Análise de Risco;

Credenciais e acessórios para operar a escavadeira hidráulica;

Medidas de segurança para operar a escavadeira hidráulica;

Obrigatoriedade e exigência em segurança do trabalho para escavadeira
hidráulica
1- DEFINIÇÕES
Escavadeira hidráulica é a definição dada aos equipamentos que têm a função de
escavar, remover ou retirar aterro. Também conhecido como escavador, escavadora ou
pá mecânica. Esse equipamento é utilizado em larga escala, principalmente na indústria
da construção civil e atividade de extração de minérios.
O material que é escavado mecanicamente é transferido para um equipamento que o
transporta para seu destino final, caso o material seja minério, é transportado para
instalações de beneficiamento, caso seja estéril (“bota fora” da construção), é
transportado para um depósito ou aterro de estéril.

2- TIPOS DE ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

 CASE*;
 CAT/CATERPILLAR*;
 COMBATD;
 DOOSAN;
 FOTON;
 HYUNDAI*;
 JCB;
 JOHN DEERE*;
 KOMATSU*;
 LIEBHERR;
 LINK-BELT;
 LISHIDE;
 LIUGONG;
 LONKING;
 MAXXOR;
 NEW HOLLAND*;
 VOLVO*.

Observação: as marcadas com (*) são as mais utilizadas nas indústrias brasileiras.

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Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6: Modelos de escavadeiras hidráulicas mais usadas no Brasil.

3- CONHECENDO A ESCAVADEIRA HIDRÁULICA

Observação: O anexo A mostra todos os componentes citados abaixo.


 Caçamba ou concha: é a concha do equipamento que pode variar de 0,60 à 2,60
m³ de volume;
 Articulação da caçamba: é o controle de tração hidráulica da caçamba;
 Articulação intermediária: Também faz parte do sistema hidráulico de tração da
caçamba;
 Cilindro da caçamba: onde está localizado o amortecedor hidráulico do sistema;
 Braço de penetração: é a lança que auxiliará nos movimentos de escavação.
 Cilindro do braço de penetração: sistema hidráulico da lança.
 Braço de elevação: também faz parte da lança.
 Cilindro do braço de elevação: sistema hidráulico também da lança.
 Cabina: local onde o operador ficará.
 Distribuidor rotativo: alimentação dos dispositivos hidráulicos.
 Motor de giro: aquele que fornece o torque para movimento do equipamento.
 Reservatório de combustível: é o local de armazenamento de óleo diesel.
 Reservatório de óleo hidráulico: lubrifica as partes hidráulicas do equipamento.
 Comando hidráulico (distribuidor): todo comando de válvulas.
 Silencioso do motor: evitar um ruído maior.
 Bombas hidráulicas: sistema hidráulico que movimenta o equipamento.
 Motor térmico: sistema de propulsão do equipamento.
 Contrapeso: ajuda a manter o equipamento estável.
 Radiador do motor: serve para resfriar o líquido do arrefecimento.
 Motor de translação: controle automático de rotação do motor.
 Esteiras: servem para dar tração no deslocamento do equipamento.
 Baterias: serve para dar a ignição no equipamento e partes elétricas.
 Rolete superior: tem a função de guiar e apoiar a esteira no seu movimento.

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 Guia da esteira: função similar ao da roda guia.
 Rolete inferior: apoia o equipamento sobre o restante da estrutura.
 Filtro de ar: serve para reter as impurezas provenientes do ambiente externo.
 Mola tensora: função de manter tensionado o sistema da esteira.
 Roda guia: mantém a esteira alinhada.
 Sapata: serve m para resistir as elevadas trações submetidas pela esteira.

5 4

6 3

7
2
1

1. Esteira;
2. Cabine;
3. Braço;
4. Primeira Lança;
5. Segunda Lança;
6. Concha ou caçamba;
7. Motor Hidráulico.

7
JOSTICK
PAINEL DE COMANDOS
ALAVANCA

RETROVISORES LATERAIS
CHAVE DE SEGURANÇA

CHAVE DE IGNIÇÃO

DISPOSITIVO DE SEGURANÇA

AR CONDICIONADO

4- DICAS IMPORTANTES PARA O OPERADOR DA ESCAVADEIRA

 Sempre vistoriar o equipamento antes e depois de sua operação;


 Ler o manual do equipamento fornecido pelo fabricante;
 Ter a curiosidade de aprender todas as peças e partes do equipamento;
 Saber a hora de fazer a manutenção do mesmo seja ela preventiva ou corretiva;
 Saber sinalizar a área em que estiver trabalhando;
 Nunca levar a chave de ignição para casa.

5- ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS

Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do


trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da
execução de tarefas de forma contrárias as normas de segurança existentes. Já a
condição insegurança está ligada ao meio onde está sendo realizada determinada tarefa.
Como exemplos podem ser citados:

 Falta de atenção;
 Autoconfiança;
 Estar operando o equipamento sem cinto de segurança, com fone de
ouvido ou ao celular;
 Não estar utilizando os EPI’s pertinentes à função;
 Não respeitar as sinalizações, principalmente as de advertência;
 A cabina só foi feita para o operador, jamais colocar outra pessoa quando
estiver a operando.

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Figuras 7, 8 e 9: atos e condições inseguras.

6- MANUTENÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA NA ESCAVADEIRA

Nos dias atuais a redução das despesas operacionais tornou-se uma prioridade para a
maioria das empresas. Uma das medidas objetivando essa redução é a utilização de
métodos eficazes de manutenção, visando atender às necessidades específicas que
ajudam a evitar gastos onerosos com reparos não esperados e com trocas precoces de
equipamentos e peças. Tais medidas resultam na maximização da produção e redução
dos gastos nas empresas. A manutenção preventiva permite a identificação precoce de
problemas e aumenta significativamente o ciclo de vida das máquinas, além disso, reduz
as necessidades de despesas de capital e permite um melhor planejamento dos
orçamentos.
Já a manutenção corretiva é um evento indesejado e não planejado que trás diversos
transtornos para as empresas, pois mexe com o orçamento e dependendo da gravidade,
pode inviabilizar alguns trabalhos. Abaixo estão listados alguns eventos de manutenção
preventiva e corretiva:
 Troca de óleo no período certo (preventiva);
 Lubrificação das partes hidráulicas (preventiva);
 Lubrificação dos rolamentos (preventiva);
 Verificação dos faróis e sistemas sonoros (preventiva);
 Limpeza do sistema de ar-condicionado (preventiva);
 Substituição de mangote danificado (corretiva);
 Troca dos dentes da caçamba danificados (corretiva);
 Substituição do sistema de ar-condicionado (corretiva).

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7- CAPACITAÇÃO PARA OPERADOR DE ESCAVADEIRA HIDRÁULICA

Operador de máquinas não é apenas mais uma profissão do setor de construção e


mineração, mas é também o sonho de muitas pessoas que têm ou tiveram contato com
máquinas pesadas e desenvolveram uma verdadeira paixão por estes equipamentos.
Muitas empresas possuem certificações que dependem da colaboração de todos os
envolvidos e operadores qualificados são essenciais para o sucesso e qualidade dos seus
serviços e produtos. Mesmo as empresas menores e/ou que não possuem certificação de
qualidade e segurança, exigem profissionais qualificados para operação de máquinas e
caminhões, pois o capital envolvido é elevado demais para arriscarem permitir
acidentes que causem danos ao próprio equipamento, às construções, aos produtos
manipulados (no caso da escavadeira hidráulica) e principalmente à integridade das
pessoas.
É para isso que existem diversos cursos para capacitação e especialização de
operadores de máquinas. O operador de máquinas deve estar preparado para operar o
equipamento com total controle de suas funções e estar preparado para lidar com as
mais diversas situações sendo capaz de desempenhar suas funções e superar obstáculos
de forma eficaz e com segurança.
Geralmente os requisitos mínimos para se tornar um operador de máquinas é ter
pelo menos 18 anos de idade, ser habilitado com CNH categoria B e possuir ensino
fundamental, embora quanto maior o grau de instrução do indivíduo, mais fácil e
melhor o aprendizado no curso de operador de máquinas. Para se inscrever em cursos
de operador de máquinas o interessado deverá entrar em contato com a instituição mais
próxima ou que mais lhe agradar e verificar a disponibilidade de turmas para
matricular-se e agendar o início das aulas. Abaixo estão listadas as exigências mínimas
para se operar uma escavadeira hidráulica:

 Ter 18 anos de idade;


 CNH categoria “C”, pois a máquina excede o peso bruto de 3.500 Kg;
 Ter curso com noções das NR’s (Normas regulamentadoras) 6, 11, 12 e 26;
 Não ter nenhuma doença preexistente inabilitar o profissional para a função.

7.1- NR’s PARA OPERADOR DE ESCAVADEIRA HIDRÁULICA

 NR 6 (Equipamento de proteção individual - EPI)


Regulamento pela NR 6, é um dispositivo de uso individual e intransferível
utilizado pelo trabalhador para protegê-lo de eventuais riscos que possam trazer danos à
sua segurança e saúde. Quando estiver sendo utilizado não pode ser emprestado e nem
vendido. Todo EPI possui um CA (certificado de aprovação) que pode ser checado no
site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A escolha do EPI é feita de acordo com a necessidade de uso no trabalho e a
parte do corpo que precisa ser protegida. Um profissional capacitado (Ex:. técnico de
segurança do trabalho), através da análise dos riscos (APR) verá qual será o adequado
para a atividade.
A utilização do EPI será sempre obrigatória quando não for possível diminuir ou
eliminar um risco com medidas de proteção coletiva - EPC. E nem sempre o uso do EPI
ou EPC acabará com o risco, podendo apenas reduzi-lo.

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Figura 10: modelos de EPI’s.

 EPC (Equipamento de proteção coletiva)


São dispositivos ou sistemas de âmbito coletivo, destinados à preservação da
integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. Abaixo estão
alguns exemplos de EPC’s:

Figura 10: modelos de EPC’s.

 NR 11 (Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais)


Abaixo estão listados os itens mais importantes dessa norma para operadores de
escavadeira hidráulica e para as empresas que a possuem:

 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho


permitida;
 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá
receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função;
 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e
só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de
identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível;
 O cartão terá a validade de um (1) ano, salvo imprevisto e para a revalidação, o
empregado deverá passar por exame de saúde completo (novo ASO), por conta do
empregador;

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 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência
sonora (buzina);
 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados (fazer o
CHECK LIST);
 Em todo equipamento deve ser indicado, em lugar visível, a sua identificação, carga
máxima de trabalho permitida, nome e CNPJ do fabricante e responsável técnico;
 Peças defeituosas ou que apresentem deficiências deverão ser imediatamente
substituídas;
 O fabricante do equipamento deve fornecer manual de instrução, atendendo aos
requisitos estabelecidos na NR-12, objetivando a correta operação e manutenção,
além de subsidiar a capacitação do operador;
 A empresa deve manter registro, em meio físico ou eletrônico, de inspeção periódica
e de manutenção dos equipamentos e elementos de sustentação utilizados na
movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de rochas ornamentais;
 Após a inspeção do equipamento ou elemento de sustentação, deve ser emitido
“Relatório de Inspeção”, com periodicidade anual, elaborado por profissional
legalmente habilitado (Engenheiro Mecânico) com ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica – recolhida, que passa a fazer parte da documentação do
equipamento;
 As inspeções rotineiras e manutenções devem ser realizadas por profissional
capacitado ou qualificado;
 A empresa deve manter no estabelecimento nota fiscal do equipamento adquirido
ou, no caso de fabricação própria, os projetos, laudos, cálculos e as especificações
técnicas;
 A capacitação deve ocorrer após a admissão do trabalhador, dentro dos horários
normais de trabalho e ser custeada integralmente pelo empregador;
 As instruções visando à informação e à capacitação do trabalhador devem ser
elaboradas em linguagem compreensível e adotando-se metodologias, técnicas e
materiais que facilitem o aprendizado;
 As aulas teóricas devem ser limitadas a quarenta participantes por turma;
 As aulas práticas devem ser limitadas a oito participantes para cada instrutor;
 Deve ser realizada nova capacitação, com carga horária e conteúdo programático
que atendam às necessidades que a motivou, nas situações previstas abaixo: a) troca
de função; b) troca de métodos e organização do trabalho; c) retorno de afastamento
ao trabalho ou inatividade, por período superior a seis meses; d) modificações

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significativas nas instalações, operação de máquinas, equipamentos ou processos
diferentes dos que os trabalhadores estão habituados a operar.
 NR 12 (Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos)
Essa norma busca garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores nas fases de
projeto e de utilização de máquinas e equipamentos. Abaixo estão listados os itens mais
importantes dessa norma para operadores de escavadeira hidráulica e para as empresas
que a possuem:

 É permitida a movimentação segura de máquinas e equipamentos fora das


instalações físicas da empresa para reparos, adequações, modernização
tecnológica, desativação, desmonte e descarte;
 O empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e
equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com
deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho;
 São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de
prioridade: a) medidas de proteção coletiva; b) medidas administrativas ou de
organização do trabalho; e c) medidas de proteção individual;
 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir todas as orientações relativas aos procedimentos seguros de operação,
alimentação, abastecimento, limpeza, manutenção, inspeção, transporte, desativação,
desmonte e descarte das máquinas e equipamentos;
b) não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos
de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa colocar em risco a sua
saúde e integridade física ou de terceiros;
c) comunicar seu superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi
removido, danificado ou se perdeu sua função;
d) participar dos treinamentos fornecidos pelo empregador para atender às
exigências/requisitos descritos nesta Norma;
e) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta
Norma;
 Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu
tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e
doenças relacionados ao trabalho;
 São proibidas nas máquinas e equipamentos: a) a utilização de chave geral como
dispositivo de partida e parada; b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos
elétricos; e c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que
utilizam energia elétrica;
 Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser
projetados, selecionados e instalados de modo que: a) não se localizem em suas
zonas perigosas; b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência
por outra pessoa que não seja o operador; c) impeçam acionamento ou
desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
d) não acarretem riscos adicionais; e e) não possam ser burlados;
 O acionamento e o desligamento simultâneo por um único comando de um
conjunto de máquinas e equipamentos ou de máquinas e equipamentos de
grande dimensão devem ser precedidos de sinal sonoro de alarme;

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 Os sistemas de segurança devem ser selecionados e instalados de modo a atender
aos seguintes requisitos:
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas
técnicas oficiais vigentes; b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional
legalmente habilitado; c) possuir conformidade técnica com o sistema de comando a que
são integrados; d) instalação de modo que não possam ser neutralizados ou burlados; e)
manterem-se sob vigilância automática, ou seja, monitoramento, de acordo com a
categoria de segurança requerida, exceto para dispositivos de segurança exclusivamente
mecânicos; e f) paralisação dos movimentos perigosos e demais riscos quando
ocorrerem falhas ou situações anormais de trabalho;
 As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de
emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes
e existentes;
 Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como
dispositivos de partida ou de acionamento;
 As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e
seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de
matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e
intervenção constante;
 Os transportadores de materiais somente devem ser utilizados para o tipo e
capacidade de carga para os quais foram projetados;
 É proibida a permanência e a circulação de pessoas sobre partes em movimento,
ou que possam ficar em movimento, dos transportadores de materiais, quando
não projetadas para essas finalidades;
 As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e
corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as
normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas
internacionais;
 O registro das manutenções deve ficar disponível aos trabalhadores envolvidos
na operação, manutenção e reparos, bem como à Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA, ao Serviço de Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT e à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.

 NR 26 (Sinalização de seguranaça)
Essa norma trata das diversas formas de sinalizações para alertar os trabalhadores e
os terceiros que estiverem em ambientes sujeitos a acidentes. Abaixo algumas
observações necessárias:

 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de


trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de
segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução
de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas
normas técnicas oficiais.
 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de
acidentes.
 O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de
segurança dos produtos químicos (FISQP) que utilizam no local de trabalho.
 Os trabalhadores devem receber treinamento:

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a) para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do
produto químico. b) sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e
procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico.

8- NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS – APH

8.1- ORIGEM DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

NO MUNDO
A ideia de socorrer pessoas acidentadas ao mesmo tempo em que provia à vítima
de cuidados iniciais com o objetivo de manter-lhe a vida até um hospital mais próximo
com maiores recursos, foi de um francês, o medico, Dominique Jean Larrey.

NO BRASIL

O sistema do APH iniciou-se em 1981 no Distrito Federal, logo depois foi


iniciado no Rio de Janeiro 1986 e Paraná 1989. No ano de 1990 entrou em
funcionamento o Sistema Resgate de São Paulo e posteriormente em todo Brasil.

EM ALAGOAS

Em 1986 houve a criação do SIATE (SISTEMA INTEGRADO DE


ATENDIMENTO A TRAUMA E EMERGÊNCIA), com sede no SGSE - QCG,
posteriormente no GBS atualmente denominado GSE, no bairro da Serraria - 03 vtr de
suporte básico na capital e 03 no interior com profissionais especializados em todo
Brasil.

8.2- PERFIL DO PROFISSIONAL SOCORRISTA


- TÉCNICO

 Ter conhecimento em Atendimento Pré-Hospitalar;


 Ter uma boa apresentação pessoal, sempre com roupas limpas, evitando gírias,
respeitando as vítimas usar uma linguagem simples ao dirigir-se as pessoas
envolvidas nos eventos;
 Ser educado mostrando segurança, clareza e ética profissional, limitando-se a
usar apenas o conhecimento capaz.
- FÍSICO

Ter e manter um bom preparo físico. Lembrando que todo o exercício devera ser
feito corretamente, pois há um desgaste físico considerável nessa atividade.

- PSICOLÓGICO

 Ter controle emocional estando sempre preparado;


 Ter iniciativa mantendo a calma e fazer as avaliações;
 Estar preparado para os desagrados da vitima envolvidas;

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 Ser criativo. Improvisar se necessário;
 Não fumar dentro da vtr. Controlar os hábitos;
 Evitar gírias e exageros técnicos.

8.3- CONCEITOS E TERMOS TÉCNICOS


Ocorrência – é definida como um evento causado pelo homem ou por um
fenômeno natural, que requer ações de prevenção e redução de perda de vidas humanas
bem como danos ao patrimônio e ao meio ambiente.

Atendimento Pré-hospitalar – é a prestação de suporte básico ou avançado da


vida, dado à vítima de acidente ou doença, executado por pessoal habilitado oriundo ou
não da área de saúde.

Suporte Básico da Vida – São atividades que consiste em medidas de primeiros


socorros básicos, excluindo-se as manobras invasivas, com finalidade de minimizar o
sofrimento da vítima, evitando o agravamento das lesões ou manter a vida até a chegada
do Suporte Avançado da Vida.

Suporte Avançado da Vida – Atividade médica e de enfermagem que serve de


apoio ao Suporte Básico da Vida, indicada no local de ocorrência, através de medidas
que combinam Suporte Básico da Vida e manobras invasivas.

LEGALIDADE, LEGITIMIDADE E ÉTICA NO ATENDIMENTO DA


OCORRÊNCIA.

 CONSTITUICAO FEDERAL
 CONSTITUICAO ESTADUAL
 PORTARIA MINISTERIAL GM/MS Nº 2048 DE 05NOV02
 PORTARIA CVS N 9 DE 16MAR94

NEGLIGÊNCIA
Descumprimento dos deveres elementares correspondentes à determinada arte ou
profissão.

Ex: Quebra de protocolo no atendimento.

IMPRUDÊNCIA
Expor a si próprio e/ou a outrem a um risco ou perigo sem as precauções
necessárias para salvá-las.

Ex: Não sinalizar o local da ocorrência.

IMPERÍCIA
Falta de conhecimento técnico ou destreza em determinada arte ou profissão.
Ex:. Conduzir o veículo sem habilitação - Correr na UR sem especialização.

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CONSENTIMENTO NO ATENDIMENTO - Adulto quando conscientes e
mentalmente capazes, podem recusar os cuidados de emergências.

CONSENTIMENTO IMPLÍCITO:

 Adulto consciente mentalmente capaz que não recuse formalmente o


atendimento;
 Vítima inconsciente ou por qualquer meio seja incapaz de dar sua concordância;
 Vitima menor de idade e que seus pais ou tutores legais concitam no
atendimento ou não estejam no local da ocorrência;
 Vitimas com deficiência mental e emocionalmente perturbada.

OMISSÃO DE SOCORRO

Desde que você apresente-se para ajudar a alguém que esteja necessitando de
cuidados médicos você legalmente iniciou o tratamento. Caso deixe-a antes de
completar os procedimentos legais, será considerada omissão de socorro.

A OCORRÊNCIA

A chamada de emergência, geralmente e feita através do numero 193 (Corpo de


Bombeiros), mas também via rádio transmissor, ou mesmo pessoalmente.
No deslocamento da vtr ate o local do acidente, o condutor deve observar e
respeitar os sinais de transito, bem com o limite de velocidade. Lembre-se que a
guarnição só poderá atuar se estiver em condições para tal.
Na saída do quartel na esquecer de colher informações importantes que servirão
de subsídio para o atendimento são eles:
 Tipo/natureza da ocorrência;
 Local exato do acidente;
 Problemas presentes e os riscos potenciais;
 Número de vítimas;
 Gravidade das vítimas;
 Necessidade de apoio.

8.4- AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA


(ABCDE DA VIDA)

A – Vias aéreas, estímulo verbal e ao toque, consentimento;


B – Respiração com administração de oxigênio;
C – Circulação com controle de hemorragia severa;
D – Estado neurológico – escala de coma de glasgow e trauma score;
E – Exposição do paciente com controle de hipotermia.
 Avaliar visualmente se a vítima está ou não consciente;

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 Tocar no ombro e chamar pela vítima no mínimo 3 vezes;
 Estabilizar a cabeça da vítima manualmente;
 Efetuar a abertura de VAS com manobra de elevação de mandíbula ou extensão
da cabeça;
 Efetuar a inspeção visual da cavidade oral no momento de abertura das vias
aéreas superiores;
 Observar movimentos torácicos e abdominais;
 Ouvir o som da respiração;
 Sentir o ar sendo expelido contra a sua face. Se os sinais vitais (pulso,
circulação, respiração, temperatura) estiverem presentes, segue-se para a análise
secundária, caso contrário, poderá existir uma PR/PCR;
 Observar a temperatura relativa da pele;
 Expor o dorso da mão enluvada e encostar na face da vítima com traumatismo
frontal de crânio;
 Buscar por hemorragias no corpo da vítima, iniciando pela inspeção do couro
cabeludo;

NAS VÍTIMAS COM PARADA OU OBSTRUÇÃO

No adulto proceder a avaliação ABC da vida, verificar se reage a estímulo


verbal, caso não responda verificar pulso central (carotídeo) no adulto e braquial em
criança, na ausência de pulso iniciar 30 (trinta) compressões torácicas (massagens) para
02 ventilações (insuflações), com frequência de 100 a 120 movimentos por minuto, e
profundidade de 05 cm em adulto, utilizando as duas mãos(independente se um ou
dois socorristas).
Entretanto, em criança e bebê, proceder 30 massagens para 02 insuflações (um
socorrista) e 15 massagens para 02 insuflações (dois socorristas) com uma das mãos, e
bebê com dois dedos; tanto adulto, criança ou bebê, centro do peito no osso esterno
(linha dos mamilos). Vítima com suspeita de trauma de coluna cervical, proceder a
elevação da mandíbula ou tríplice manobra;
Obstrução de adulto consciente, realizar (manobra de Heimillich), caso se torne
inconsciente, iniciar cinco compressões abdominais até sair o corpo estranho, se puder
falar normalmente ou chegar ao hospital, o mesmo para crianças; em bebês, 5 pancadas
nas costas, 5 compressões no peito, verifique a boca, tente ventilar, repita o processo até
chegar ao hospital.

REANIMAÇÃO CÁRDIOPULMOMAR (RCP)

Quando devemos parar a RCP?

 Reanimação da vítima;
 Ser substituído por outro socorrista;
 Exaustão física do socorrista;
 Chegada de pessoal mais capacitado.

Quando não devemos iniciar a RCP?

 Carbonização, decapitação e etc.

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Figura 11 e 12: simulação de RCP e insuflação.

INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO

VENENO
Veneno ou tóxico é qualquer substância que afeta a saúde ou causa morte por
sua ação química quando introduzida no organismo ou absorvida através da superfície
da pele.

INTOXICAÇÃO / ENVENENAMENTO
Emergência médica caracterizada por distúrbios funcionais ou sintomáticos
causados pelo contato, ingestão, injeção ou aspiração de substâncias tóxicas de natureza
diversas.

SUBSTÂNCIAS ENVOLVIDAS
 Medicamentos: antidepressivos, estimulantes, analgésicos etc.;
 Derivados de petróleo: gasolina, óleo diesel, graxa, naftalina etc.;
 Cosméticos: esmalte, acetona, talcos etc.;
 Pesticidas: raticidas, mata-baratas, mata-moscas etc.
Um veneno ou agente tóxico pode ingressar no organismo por quatro diferentes
vias:
 Ingestão: alimentos contaminados, medicamentos, agrotóxicos, plantas
venenosas, limpadores domésticos, raticidas etc.;
 Inalação: drogas, gases produzidos por motores a gasolina, solventes, gases
industriais, aerossóis etc.;
 Absorção: agrotóxicos, pesticidas, pomadas, cremes, plantas venenosas (urtiga),
insetos (taturana) etc.
 Injeção: picada de insetos, acidentes ofídico, drogas injetáveis etc.
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DAS INTOXICAÇÕES

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 Queimaduras ou manchas ao redor da boca;
 Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes da vítima;
 Respirações rápidas e superficiais;
 Pulso alterado na frequência e ritmo;
 Sudorese;
 Alteração do diâmetro das pupilas;
 Formação excessiva de saliva ou espuma na boca;
 Dor abdominal;
 Náuseas;
 Vômito;
 Diarreia.

TRATAMENTO PRÉ – HOSPITALAR DAS INTOXICAÇÕES

 Garantir a segurança pessoal e da equipe (uso de EPI e EPR);


 Remover a vítima do local de risco, especialmente quando exposta à atmosfera
gaseada;
 Realizar a avaliação primária e tratar os problemas em ordem de prioridade:
 Liberar vias aéreas e aspirar secreções, se necessário;
 Utilizar cânula orofaríngea nas vítimas inconscientes
 Administrar oxigênio umidificado.
 Remover vestes contaminadas imediatamente;
 Nos casos de contato da pele da com substâncias químicas, lavar com água
limpa, ou soro fisiológico, a fim de remover o máximo de substância possível;
 Manter a vítima aquecida;
 Vítimas inconscientes devem ser posicionadas e transportadas em posição de
coma;
 Vítimas conscientes, apresentando dificuldade respiratória, devem ser
posicionadas e transportadas na posição semi-sentada e lateralizadas;
 Transportar junto com a vítima: resto de substâncias, recipientes e aplicadores de
drogas ou vômito.

QUEIMADURA

A definição de queimadura é bem ampla, porém basicamente é a lesão causada


pela ação direta ou indireta produzida pelo calor ou frio no corpo.

A sua manifestação varia desde uma pequena bolha (flictena) até formas mais
graves capazes de desencadear respostas sistêmicas proporcionais à gravidade da lesão e
sua respectiva extensão.

De acordo com o agente causador, a queimadura pode ser:

1. TÉRMICA-provocada por calor ou frio, líquidos quentes, objetos aquecidos e


vapores.
2.QUÍMICA-provocada por ácidos e bases provenientes por exemplo da gasolina.
3.ELÉTRICA-quando provocada por raios e corrente elétrica.
4.POR RADIAÇÃO-quando provocada por radiação nuclear ou até mesmo pelo sol 
(raios ultravioletas).

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Quanto à profundidade da queimadura (número de camadas de pele atingidas):

1. PRIMEIRO GRAU: atinge somente a epiderme. Nessa queimadura, a pele


apresenta-se em hiperemia (avermelhada), edemaciada (inchada) e há ardor no local
dessa queimadura.

2. SEGUNDO GRAU: Atinge a epiderme estendendo-se até a derme. Caracteriza-se


pela presença das flictenas (bolhas). A vítima também apresenta dor local intensa,
hiperemia e pele edemaciada.

3. TERCEIRO GRAU: Atinge todas as camadas da pele e hipoderme. É considerada


grave, pois pode provocar lesões que vão desde músculos até ossos. Caracteriza-se por
apresentar coloração escura ou esbranquiçada, uma lesão seca, dura e indolor.

OBS.: a queimadura não é obrigatoriamente uniforme! Podem ocorrer em diversos


graus e ao mesmo tempo.

PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS:

 Interromper imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água
gelada para apagar as chamas no corpo da vítima);
 Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica, não
toque na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos e
água no chão;
 Para vítimas de choque elétrico, observe se há parada cárdio- respiratória, em
caso afirmativo proceda com a R.C.P. Transporte imediatamente a vítima para o
hospital;
 Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão da
queimadura.

A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite ao
máximo contaminá-la.

Retirar pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam aderidos a pele da vítima.

 Caso a queimadura seja de 1º grau, retire a pessoa do sol,  utilize hidratante  de


pele e faça a administração por via oral de líquidos;
 Caso a queimadura seja de 2º ou de 3º graus, lembre-se de cobrir a área
queimada com pano limpo;
 NÃO furar as flictenas (bolhas);
 NÃO utilizar manteiga, creme dental, manteiga, gelo, óleo, banha, café, etc. na
queimadura;
 Remover a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa, ou seja,
de 2º ou 3º graus.

21
9- NOÇÕES DE COMBATE À INCÊNDIO

Classificamos os incêndios de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como


a situação em que se encontram. Essa classificação determina a necessidade do agente
extintor adequado para o combate. Abaixo estão descritas as classes:

 CLASSE A: Composto por combustíveis sólidos (ex:. plástico, madeiras, papel,


tecido, borracha etc.) caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como
resíduos, sendo que a queima se dá na superfície e em profundidade.
 CLASSE B: Composta pelos líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis
(Ex:. álcool, diesel, querosene, gasolina, GLP etc.), caracterizados por não
deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta.
 CLASSE C: Composto por materiais e equipamentos energizados (Ex:.
instalações elétricas, transformadores, quadros de distribuição etc.),
caracterizado pelo risco de vida que oferece.
 CLASSE D: Composto por metais combustíveis (ex. magnésio, selênio,
antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio)
caracterizados pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes
extintores comuns principalmente os que contêm água.

TIPOS DE EXTINTORES

Gás Carbônico (CO2) - Classe B e C.


Pó Químico Seco - Há várias composições de pós, divididas em tipo BC, ABC e D.
Agua Pressurizada - Específica para classe A.
Espuma Mecânica - Ideal - para classe B e eficiente na classe A.

Figura 13: Tipos de extintores.

10- NOÇÕES DE DIREÇÃO DEFENSIVA

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Direção Defensiva

É o conjunto de medidas utilizadas para prevenir ou minimizar as possíveis


consequências de um acidente de trânsito, apesar das ações incorretas dos outros e das
condições adversas.
Não podemos cometer certos de tipos de abusos ao volante como:
 Cometer infrações;
 Abusar do veículo;
 Sem faltar com a cortesia.

Normalmente nos casos de acidentes, as pessoas procuram identificar ou perguntam


quem é o culpado pelo acidente, quando a pergunta correta seria quem poderia ter
evitado o acidente? Os acidentes podem ser conceituados em acidentes evitável que é
aquele em que você deixou de fazer tudo que razoavelmente poderia ter feito para evitá-
lo, e inevitável, que é aquele que se esgotando todas as medidas para impedi-lo, este
veio a acontecer.
A filosofia da Direção defensiva é este, não importa se outro condutor esteja errado
ou se esta sendo egoísta, o que importa é que você, a todo custo deve evitar esse tipo de
situação.

Elementos da Direção Defensiva


 Conhecimento;
 Atenção;
 Previsão;
 Habilidade;
 Ação.

Conhecimento – Implica no domínio das informações necessárias envolvendo:


 As leis de Trânsito;

 O veículo e equipamentos de transporte;

 As condições adversas que podem ser encontradas durante a condução.

Atenção - O princípio da atenção implica que o condutor do veículo esteja atento e em


permanente alerta a uma série de elementos que possam vir a interferir, seja no sentido
de prevenir acidentes, no caso da sinalização, seja no sentido de criar situações de

23
perigo, no caso de outros motoristas, pedestres, ciclistas, animais, além de todas as
condições adversas.
Previsão - A previsão implica que o condutor antecipe situações, preparando-se para
agir caso estas venham a se consumar, de maneira que não seja tomado de surpresa.
Habilidade - Habilidade é a destreza necessária que um condutor treinado adquire para
conduzir seu veículo corretamente, capacitando-se a executar as Manobras necessárias
assim como a evitar colocar-se a si ou a terceiros em situação de risco.
Ação - É estar pronto para fazer qualquer manobra perigosa ou não. E também estar
preparado para dirigir defensivamente evitando acidentes, mortes e ferimentos.

11- ACIDENTE DE TRABALHO

Falar de segurança do trabalho é tema que deve ser tratado diariamente dentro
das empresas, principalmente aquelas que trabalham com inflamáveis, combustíveis e
produtos perigosos. Além de representar um item relevante na política trabalhista
nacional, que recebe atenção especial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
também quando suas diretrizes e procedimentos são seguidos, a saúde e a segurança do
trabalhador estarão sempre protegidas.
Quando falamos em segurança logo ligamos a palavra a risco. No caso do posto
de combustível a exposição aos riscos de incêndio, explosões e outros agentes nocivos à
saúde podem ocorrer em função de eventuais falhas operacionais ou nos sistemas de
abastecimento. Existe também a possibilidades de intoxicações e contaminações, seja
pela inalação, seja pelo contato dos produtos com a pele dos colaboradores. 
Quando se faz a análise do risco é possível antecipar, reconhecer e avaliar as
possibilidades de ocorrências e, por consequência, controlá-las ou minimizá-las. 
Para o empregado as perdas podem ser a Invalidez permanente ou temporária, perda
financeira, autoestima, qualidade de vida, privações e até a morte.
Para o empregador as perdas podem ser financeiras, aumento de despesas, queda de
produção, paralisação, atrasos, perda de material, de tempo, etc. Para o Governo as
perdas podem ser despesas com o acidentado, menos um contribuinte, insatisfação das
empresas, aumento dos impostos.

Figura 14: Acidente de trabalho.

12- SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO


O Código de Brasileiro de Trânsito define sinalização de trânsito como sendo um
conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados em via pública com

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o objetivo de garantir que o condutor seja informado do que pode ou não fazer ao
transitar por aquela via, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos
veículos e pedestres que nela circulam.

Figura 15: Placas de sinalização do Brasil.

Figura 16: Placas de regulamentação de trânsito.

13- INSPEÇÃO DO EQUIPAMENTO – ESCAVADEIRA HIDRÁULICA

25
Antes do início de qualquer atividade com o equipamento, é necessário que o
operador saiba que tudo está do jeito que ele deixou ou se o equipamento é locado, no
ato do recebimento fazer um check list do mesmo para ver se todos os comandos estão
operantes. Vale salientar, que o check list seja realizado diariamente antes do início das
atividades pelo operador. Abaixo estão alguns modelos:

Figuras 17, 18 e 19: Modelos de check list.

14- CONDIÇÕES EXISTENTES DA ÁREA

26
Antes do início de qualquer atividade, seja onde ela for, é necessário que o operador
da escavadeira hidráulica faça uma pré-análise do local, pois só ele é que está
capacitado para informar se tem ou não condições de executar a atividade.
Normalmente os superiores da área (Engenheiro, mestre de obra, supervisor da área
etc.) irão forçar a barra, mesmo cientes dos perigos que a atividade oferece ao operador
e demais funcionários próximos, assim o operador nessas situações é quem dará a
palavra final para executar ou não a atividade.

15- CONDIÇÕES ADVERSAS

Condições adversas são fenômenos ou acontecimentos que façam com que o cenário
da atividade fique mais complexo de ser executado, podendo ocasionar a paralização
parcial ou total. Abaixo estão listadas algumas situações adversas:

 Mudança no procedimento de execução da atividade;


 Terreno acidentado e com muitos obstáculos;
 Outras máquinas trabalhando em paralelo;
 Terreno instável e com muitos atoleiros;
 Chuvas e ventos fortes;
 Atividade noturna.

16- ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO – APR

É necessário que seja elaborada análise de riscos das operações, ou seja, todos os
possíveis acidentes, com o uso de metodologia apropriada, definida em função dos
propósitos da análise, das características e complexidade da atividade. As análises de
riscos precisam passar por revisões no prazo recomendado na própria atividade e na
renovação da licença de operação, ou caso ocorram modificações significativas no
processo ou processamento, ou por solicitação do SESMT ou da CIPA, ainda por
recomendação decorrente da análise de acidentes ou incidentes relacionados ao processo

27
ou processamento e quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir.

Figura 20: Modelo de APR.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5

Físico Químico Biológico Ergonômico Acidentes

Esforço
Ruído Poeiras Vírus Físico Arranjo físico
inadequado
.

Levantament
Vibrações Fumos Bactérias o e Máquinas e
transporte manual equipamentos
de peso. sem proteção.

Radiação Névoas Protozoários Exigência de Ferramentas


Ionizantes postura inadequadas ou
inadequada. defeituosa.

Radiação Não Neblinas Fungos Controle rígido de Iluminação


produtividade Inadequada
Inonizantes . .

Frio Gases Parasitas Imposição de Eletricidade


ritmos excessivos.

Probabilidad
Calor Vapores Bacilos Trabalho em e de
turno e noturno Incêndio e/ou
Explosão.

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Pressão Produtos -------- Jornadas de Armazenamento
inadequado
Anormais Químicos em trabalho .
Geral prolongadas.

Umidade --------- -------- Monotonia e Animais


repetitividade peçonhento
. s

Figura 21: Mapa de risco.

17- CREDENDIAIS E ACESSÓRIOS PARA OPERAR A ESCAVADEIRA


HIDRÁULICA

Para ser um operador de escavadeira hidráulica não basta saber ligar e mover o
equipamento, antes disso existe uma preparação que vai desde a capacitação do
operador com aulas teóricas e práticas sobre o equipamento, até sua habilitação com a
CNH e normas regulamentadoras inerentes à função, como também saber o que usar
para se proteger e ser identificado como operador.
Poucas são as empresas que capacitam seus operadores, pois o custo é elevado e
quando capacitam querem repassar os custos para o funcionário, um erro grave, já que
por lei é responsabilidade do empregador.
Por isso, os profissionais que têm interesse em capacitar-se, saem na frente dos
demais, pois o mercado está cada vez mais exigente e a fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego também. Abaixo estão listados o passo a passo para o
credenciamento e também os acessórios exigidos para operação de uma escavadeira
hidráulica:
 Possui CNH “C”;
 Possuir certificado que fez curso de operador;
 NR’s 6, 11, 12 e 26;
 Utilizar crachá de identificação e constando suas capacitações;
 Uso de EPI’s obrigatórios (luvas, capacete, botina e óculos de proteção).

18- MEDIDAS DE SEGURANÇA ANTES DA OPERAÇÃO


Abaixo estão listadas algumas medidas de segurança que devem ser tomadas pelo
operador antes do início, durante e ao finalizar as atividades:

 Checar a área da atividade;


 Dar uma volta de 360° em torno do equipamento para tentar detectar alguma
irregularidade;
 Fazer o check list da mesma;
 Está usando os EPI’s;
 Está em mãos com a APR;
 Caso exista PT (permissão de trabalho) estar com o nome na mesma e com a
assinatura;

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 Durante a atividade estar usado o cinto de segurança;
 Não operar a máquina ouvindo som ou com algum dispositivo de som no
ouvido;
 Ao sair da máquina durante o horário de almoço e ao término do expediente,
tirar a chave da ignição e a entrega-la ao responsável;
 Nos trabalhos noturnos lembrar-se de estar com a APR correta e revalidar a
PT;
 Nunca deixar o equipamento ligado ao sair do mesmo.

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ANEXO A (APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO)

31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Norma Regulamentadora NR- 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de Materiais, Edição 66, São Paulo, Editora Atlas, ano 2010.
 Norma Regulamentadora NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção Civil, Edição 66, São Paulo, Editora Atlas, ano 2010.
 MATTOS, U. A. de O. Higiene e Segurança do Trabalho. Rio de Janeiro:
Elsevier/Abepro, 2011. 408p.
 SIMONETTI. M.J. A manutenção centrada na confiabilidade. Revista Sapere v.2, n.01
jan a jun 2010.p.1-5. Disponível em:. Acesso em: 14 maio 2012.
 XENOS, H. G. Gerenciando a Manutenção Preventiva: o caminho para eliminar falhas
nos equipamentos e aumentar a produtividade. Belo Horizonte: Desenvolvimento
Gerencial, 1998. 302 p.
 SOUZA, Valdir Cardoso. Organização e Gerência da Manutenção: Planejamento,
Programação e Controle da Manutenção. 4. ed. São Paulo: All Print, 2011. 266 p.
 CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Relatório Final Projeto Interdisciplinar
Maquinas HidráulicasArthur barros Maxy Mateus M. Lopes Coronel Fabriciano, 17 de outubro de
2012 SUMÁRIO 1. 
 Normas Regulamentadoras 6, 11,12 e 26.

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