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- Militantes patriotas judeus, que respeitavam o Templo e a Lei, porém criam ser justificável a
violência, se esta libertasse a nação dos opressores estrangeiros.
- Eram também conhecidos como sicários, pelo fato de levarem um punhal escondido, com o qual
atacavam os inimigos.
- Inicialmente, atuaram mais na Galiléia, porém na Guerra Judaica (66 a 70 d.C.) tiveram atuação
destacada na Judéia.
- Partido clandestino, que fazia oposição a Roma... opunham-se ao pagamento de impostos a Roma e
ao uso da língua grega.
- Acreditavam no Messias que, segundo eles, deveria ser um líder político que libertasse Israel da
ocupação romana.
- Seu desejo intenso por uma nação livre e independente poderá ter atraído alguns de seus militantes
ao Senhor Jesus.
- Pelo menos um deles tornou-se discípulo (Lc 6.15; At 1.13).
- Em seu extremismo, acabaram por provocar e encabeçar a guerra contra Roma no ano 66, que
culminou com a destruição completa de Jerusalém no ano 70, a dissolução do “estado” judeu e a
dispersão de seu povo.
- ENTRETANTO... Há certa confusão quanto a quem, de fato, era este grupo:
- Demasiada abrangência do conceito abarcou grupos que na realidade eram diferentes.
- Apresentação deste grupo na perspectiva de Josefo (Horsley e Hanson, 1995).
- Numa escala ascendente de perversidade e criminalidade os zelotas são vistos como os grandes
vilões da história.
A) Origem e formação:
- Produto da reconquista romana da Judéia / Origem datada de 67-68;
- Depois da Galileia, o General Romano Vespasiano, volta sua atenção para a Judéia.
- Com o avanço dos exércitos na Judeia, muitos camponeses fugiram para escapar das tropas.
“Ânio (o oficial romano) tomou a cidade de assalto, matou mil jovens – Todos aqueles que
não tinham escapado – aprisionou mulheres e crianças e permitiu que os soldados
saqueassem os bens. Finalmente incendiou as casas e marchou contra as aldeias
circunvizinhas. Os que podiam fugiram, os inválidos pereceram e tudo o que restou foi
destruído pelas chamas” (G.J. 4.488-89).
“Tais grupos eram “menores que um exército, porém maiores que uma quadrilha
armada...” (Horsley e Hanson, 1995).
- Em busca de maior segurança, muitos desses bandos convergiam para a “cidade-fortaleza” de
Jerusalém formando uma coalizão, depois de entrar na cidade.
- Numa segunda onda, mais outros bandos de salteadores provenientes da zona rural engrossaram
as fileiras dos primeiros.
- Dessa maneira, nessa aglutinação de bandos de refugiados salteadores, forma-se o grupo maior
chamado Zelotas.
“eles não mais restringiam sua audácia a incursões e assaltos nas estradas. Agora eles
tinham chegado ao ponto de cometerem assassínios não apenas de noite ou secretamente,
ou de matar um transeunte casual, mas abertamente em plena luz do dia, e começando
pelos cidadãos mais notáveis...” (G.J. 4.139-41).
- 2 grandes motivos:
- Primeiro: Tinham antigas desavenças com eles / entrega da cidade nas mãos dos romanos.
- Revolta fruto dos conflitos de classe / Tempo de passividade, submissão e sofrimento.
“agiam com os quais tinham antigas rixas... e ninguém escapou, exceto aqueles cuja origem
humilde ou destino os tornara totalmente insignificantes” (G. J. 4.364-65).
“Costobar e Saul (Irmãos) reuniram alguns bandos de maus elementos por sua iniciativa.
Eram de descendência real e respeitados por causa de suas relações de família com Agripa
(II), mas eram criminosos e dispostos a saquear os bens daqueles que não podiam
defender-se” (Ant. 20.214).
b) Segunda ação: Elegem por sorteio pessoas comuns para os cargos do sumo sacerdócio.
“Os salteadores tornaram-se tão furiosos que tomaram a si a função de eleger os sumos
sacerdotes. Deixando de lado as famílias que na sucessão normal sempre tinham fornecido
os sumos sacerdotes... nomearam pessoas obscuras e de origem humilde, para ganharem
parceiros no sacrilégio... Além disso, provocaram discórdia entre as pessoas que detinham o
poder por meio de várias artimanhas e falsidades... Transforamaram o templo de Deus na
sua fortaleza e um lugar de refúgio... o santuário tornou-se o centro de sua tirania... Para
testar o medo do povo e demonstrar a sua própria força, tentaram escolher os sumos
sacerdotes por sorteio, apesar do fato da sucessão ser hereditária...” (G. J. 4.147-56)
- Zelosos e respeitadores das leis / Revolucionários convictos / Radicais e violentos / Dispostos a tudo
A) A rachadura interna:
- Iniciam-se tensões internas entre as lideranças do grupo:
- A maioria dos zelotas não aceita submeter-se a liderança de João de Gíscala.
- João de Gíscala não aceitando a rejeição se separa do grupo principal levando seguidores.
- Começa a se fortalecer outro movimento messiânico comandado por Simão bar Giora.
- Começou a aumentar seu numero e sua influencia na zona rural da Judeia e Iduméia.
- Temendo que tal movimento ameaçasse seu regime em Jerusalém o grupo maior dos Zelotas
se unem de novo a João de Gíscala para conter o avanço do movimento de Simão bar Giora.
A) O contra-ataque na fraqueza...
- Na primavera de 69 – Conspiração dos Idumeus junto aos sumos sacerdotes e os Jerosomilitanos
- Convidam Simão bar Giora para se unir a eles / Simão comanda a maior força de ataque na
cidade até então.
- Luta “luta tripla”:
- Os zelotas (grupo principal) se refugiam e ocupam o pátio interno do templo.
- João de Gíscala ficam no pátio externo do templo.
- Simão bar Giora fica no controle da maior parte do resto da cidade.
- Na oportunidade da Páscoa, João consegue reunir e tomar o comando total dos Zelotas.
B) Unidos apesar das diversidades
- Quando o exercito de Roma começou a se consolidar e estava bem instalado, os grupos rivais
canalizaram suas energias na resistência aos romanos, ao invés de lutarem entre si.
- Apesar de um numero insignificante de combatentes (João com 6.000, Simão com 10.000 e os
Idumeus com 5.000), os Zelotas combateram corajosamente o exercito romano, constituindo-se
num grupo de resistência, ao lado dos outros grupos revolucionários camponeses rivais contra o
grande e esmagador poderio militar romano.
- Em seu extremismo, acabaram por provocar e encabeçar a guerra contra Roma no
ano 66, que culminou com a destruição completa de Jerusalém no ano 70,
a dissolução do “estado” judeu e a dispersão de seu povo;
- O ultimo lampejo de zelotismo de que temos conhecimento foi a rebelião frustrada de Barkochva,
em 135 d.C sob o império de Adriano (Gonçalves, 1974)
Em seu extremismo, acabaram por provocar e encabeçar a guerra contra Roma no
ano 66, que culminou com a destruição completa de Jerusalém no ano 70, a dissolução
do “estado” judeu e a dispersão de seu povo;