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FACULDADE DEHONIANA
Aluno: Thiago Santos Souza
Disciplina: Raízes Judaicas do Cristianismo
Data: 09/09/2019
Tópicos:
1) Quem eram os Zelotas: Caracterísitcas Gerais
2) Contexto histórico, origem e formação...
3) Como se formaram?
4) Como funcionavam enquanto grupo político...
5) Repercussões de sua presença/existência...
6) Como chegaram ao fim?
7) Curiosidades acerca deles...
- Militantes patriotas judeus, que respeitavam o Templo e a Lei, porém criam ser justificável a
violência, se esta libertasse a nação dos opressores estrangeiros.
- Eram também conhecidos como sicários, pelo fato de levarem um punhal escondido, com o qual
atacavam os inimigos.
- Surgiram durante o governo de Quirino (próximo, ou na mesma época do nascimento do Senhor
Jesus) como um.
- Inicialmente, atuaram mais na Galiléia, porém na Guerra Judaica (66 a 70 d.C.) tiveram atuação
destacada na Judéia.
- Partido clandestino, que fazia oposição a Roma... opunham-se ao pagamento de impostos a Roma e
ao uso da língua grega.
- Acreditavam no Messias que, segundo eles, deveria ser um líder político que libertasse Israel da
ocupação romana.
- Seu desejo intenso por uma nação livre e independente poderá ter atraído alguns de seus militantes
ao Senhor Jesus.
- Pelo menos um deles tornou-se discípulo (Lc 6.15; At 1.13).
- Em seu extremismo, acabaram por provocar e encabeçar a guerra contra Roma no ano 66, que
culminou com a destruição completa de Jerusalém no ano 70, a dissolução do “estado” judeu e a
dispersão de seu povo.
- ENTRETANTO... Há certa confusão quanto a quem, de fato, era este grupo:
- Demasiada abrangência do conceito abarcou grupos que na realidade eram diferentes.
- Apresentação deste grupo na perspectiva de Josefo (Horsley e Hanson, 1995).
- Numa escala ascendente de perversidade e criminalidade os zelotas são vistos como os grandes
vilões da história.
zelosos pelo que era correto, seja escarnecendo dos feridos, tipos brutais que eram, seja
considerando os piores males como bem” (G. J. 7.268-70).
A) Origem e formação:
- Produto da reconquista romana da Judéia.
- Origem datada de 67-68;
- Eminencia do começo da reconquista da Judeia pelos exércitos romanos;
- Depois da Galileia, o General Romano Vespasiano, volta sua atenção para a Judéia.
- Com o avanço do seu exército no noroeste da Judeia, numerosos camponeses fugiram na frente,
buscando escapar das tropas.
“Ânio (o oficial romano) tomou a cidade de assalto, matou mil jovens – Todos aqueles
que não tinham escapado – aprisionou mulheres e crianças e permitiu que os soldados
saqueassem os bens. Finalmente incendiou as casas e marchou contra as aldeias
circunvizinhas. Os que podiam fugiram, os inválidos pereceram e tudo o que restou foi
destruído pelas chamas” (G.J. 4.488-89).
“Tais grupos eram “menores que um exército, porém maiores que uma quadrilha
armada...” (Horsley e Hanson, 1995).
- Numa segunda onda, mais outros bandos de salteadores provenientes da zona rural
engrossaram as fileiras dos primeiros.
- Dessa maneira, nessa aglutinação de bandos de refugiados salteadores, forma-se o grupo maior
chamado Zelotas.
- Irônia e retroalimentação: Aquilo que os romanos tentava suprimir acabou aumentando...
“eles não mais restringiam sua audácia a incursões e assaltos nas estradas. Agora eles
tinham chegado ao ponto de cometerem assassínios não apenas de noite ou
secretamente, ou de matar um transeunte casual, mas abertamente em plena luz do dia,
e começando pelos cidadãos mais notáveis...” (G.J. 4.139-41).
- 2 grandes motivos:
- Primeiro: Tinham antigas desavenças com eles.
- Revolta fruto dos conflitos de classe.
- Reação após anos de passividade, submissão e sofrimento.
“agiam com os quais tinham antigas rixas... e ninguém escapou, exceto aqueles cuja
origem humilde ou destino os tornara totalmente insignificantes” (G. J. 4.364-65).
“Costobar e Saul (Irmãos) reuniram alguns bandos de maus elementos por sua iniciativa.
Eram de descendência real e respeitados por causa de suas relações de família com Agripa
(II), mas eram criminosos e dispostos a squear os bens daqueles que não podiam
defender-se” (Ant. 20.214).
b) Segunda ação: Elegem por sorteio pessoas comuns para os cargos do sumo sacerdócio;
- Junto, Zelotas e Idumeus eliminam ainda mais jovens da nobreza e em seguida os Idumeus
deixam a cidade.
- A Terceira onda: O revide dos Zelotas, após a reação dos sumo sacerdotes contra eles.
- Tendo o controle efetivo da cidade, os zelotas iniciam mais um tempo de expurgo, incluindo
pessoas ocupantes de cargos de poder e também membros restantes da nobreza.
A) A rachadura interna:
- Iniciam-se tensões internas entre as lideranças do grupo:
- A maioria dos zelotas não aceita submeter-se a liderança de João de Gíscala.
- João de Gíscala, não aceitando esta condição, reúne aqueles que lhes eram favoráveis e se
separa do grupo principal.
- Neste interim começa a se fortalecer um outro movimento messiânico comandado por Simão
bar Giora.
- Começou a aumentar seu numero e sua influencia na zona rural da Judeia e Iduméia.
- Temendo que tal movimento ameaçasse seu regime em Jerusalém o grupo maior dos Zelotas
se unem de novo a João de Gíscala para combater e bloquear o avanço do movimento de
Simão bar Giora.
A) O contra-ataque na fraqueza...
- Na primavera de 69 – Conspiração dos Idumeus junto aos sumos sacerdotes e os
Jerosomilitanos.
- Como estratégia convidam Simão bar Giora para se unir a eles, invadindo a cidade como seu
“libertador”.
- Estas três frentes, Simão comandou a maior força de ataque na cidade até então.
- A cena se repete, porém dessa vez os zelotas estavam enfraquecidos devido a sua rachadura
interna, o que acaba provocando uma sedimentação das forças, configurando uma espécie de
“luta tripla”:
- Os zelotas (grupo principal) se refugiam e ocupam o pátio interno do templo.
- João de Gíscala ficam no pátio externo do templo.
- Simão bar Giora fica no controle da maior parte do resto da cidade.
- Na oportunidade da Páscoa, João consegue reunir e tomar o comando total dos Zelotas.