COMO AVERBAR TEMPO RURAL NO INSS PARA FINS DE APOSENTADORIA

A primeira coisa que precisamos entender é que o tempo a ser reconhecido e averbado no
CNIS do cliente é aquele tempo exercido na qualidade de segurado especial rural. Ou seja,
aquele tempo em que ele exerceu atividade rural individualmente ou em regime de economia
familiar em até 04 módulos fiscais sem a utilização de empregados permanentes.

Inicialmente o servidor vai analisar aquele requerimento (tarefa) e, ficando comprovado o

tempo de atividade rural através da autodeclaração e dos documentos rurais, ele vai
reconhecer e averbar esse período no CNIS do cliente.

QUAL A FORMA DE COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL? A atual forma de comprovação da

atividade rural se dá através de um formulário denominado AUTODECLARAÇÃO DO
SEGURADO ESPECIAL RURAL. Os documentos rurais hoje têm força complementar a
autodeclaração.

Fundamento: Art. 38-B, Lei 8.213/91 Art. 106, Lei 8.313/91.

COMO O SERVIDOR DO INSS VAI RATIFICAR/RECONHECER O TEMPO RURAL, DEPOIS QUE NÓS
PROTOCOLAMOS O PEDIDO? ATRAVÉS DO OFÍCIO-CIRCULAR 46/2019. Esse ofício é um
verdadeiro manual que traz todas as diretrizes para análise e reconhecimento do tempo rural
do segurado especial, para a via administrativa do INSS. Ele estipulou os instrumentos
ratificadores (provas rurais e cadastros em bases governamentais) que tem um período de
abrangência probante de 90 meses e servem para validar as informações escritas na
autodeclaração.

TEMPO RURAL NO CNIS

O tempo rural de segurado especial que está disponível no CNIS não significa necessariamente
que ele já foi devidamente reconhecido pelo INSS. Muitas vezes aquele tempo consta no CNIS
de meramente forma declaratória, ou mesmo porque foi oriundo da migração de dados de
outros sistemas, como da Receita Federal. Há alguns anos, por exemplo, todos os proprietários
de imóveis rurais que tinham NIRF tiveram seus dados migrados da Receita para o CNIS e
consta lá esse tempo de segurado especial, mas ele é a confirmar. Não está devidamente
averbado

TEMPO RURAL NO CNIS

Para você ter certeza de que o tempo rural já foi devidamente reconhecido e averbado pelo
INSS procure por uma tarefa ou requerimento anterior em que o servidor tenha de forma
expressa reconhecido esse período. Por exemplo, foi feito um pedido de Aposentadoria Rural,
que foi indeferido. Ainda assim o servidor pode ter reconhecido tempo parcial de segurado
especial que será válido para todos os fins. 4. COMO AVERBAR TEMPO RURAL NO INSS NA
PRÁTICA a) ATRAVÉS DE UM REQUERIMENTO DE BENEFÍCIO RURAL b) ATRAVÉS DE UM
ACERTO DE VÍNCULOS E REMIUNERAÇÕES NO CNIS • no segundo caso é necessário ligar para o
135 e pedir esse serviço com base na Portaria 123 de 2020, pois não dá para entrar com ele
diretamente no site do Meu INSS. Fazendo isso, o atendente vai abrir uma tarefa no site Meu
INSS do cliente e então você junta toda a documentação necessária, como os documentos
pessoais, autodeclaração e provas rurais.

COMO AVERBAR TEMPO RURAL NO INSS NA PRÁTICA

 a) ATRAVÉS DE UM REQUERIMENTO DE BENEFÍCIO RURAL b) ATRAVÉS DE UM ACERTO
DE VÍNCULOS E REMIUNERAÇÕES NO CNIS
• no segundo caso é necessário ligar para o 135 e pedir esse serviço com base na
Portaria 123 de 2020, pois não dá para entrar com ele diretamente no site do Meu
INSS. Fazendo isso, o atendente vai abrir uma tarefa no site Meu INSS do cliente e
então você junta toda a documentação necessária, como os documentos pessoais,
autodeclaração e provas rurais.

(DICA EXTRA!) AVERBAÇÃO DE TEMPO RURAL REMOTO Tempo rural remoto pode ser muito
benéfico para o seu cliente sobretudo para aposentadoria por tempo de contribuição e
aposentadoria por idade híbrida. Isso porque nem sempre o cliente vai ter qualidade de
segurado especial na DER ou mesmo tempo de atividade rural imediatamente anterior a essa
DER (que são necessários para a aposentadoria rural pura).

AS MELHORES PROVAS RURAIS

Conforme narrado na aula em questão elenquei aqui alguns pontos importantes. EXIBIDO DIA
14/12/2021 ÀS 21:21 1. INTRODUÇÃO Quando o assunto é início de prova material, para
comprovação de atividade rural, a Lei 8.213/91 traz no seu art. 106 um rol exemplificativo de
documentos que servem para essa finalidade. Na aula de hoje estudaremos os três primeiros
incisos desde artigo, uma vez que essas provas são muitos boas, na prática, para comprovar
atividade rural. Lei 8.213/91 - Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural será
feita, complementarmente à autodeclaração de que trata o § 2º e ao cadastro de que trata o §
1º, ambos do art. 38-B desta Lei, por meio de, entre outros: (Redação dada pela Lei nº 13.846,
de 2019.

TOP 3 DAS MELHORES PROVAS

2.1 CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO OU CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA
SOCIAL; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) A CTPS será a principal prova de atividade
rural para o empregado rural. Observe que o empregado rural também tem direito a
aposentadoria rural com idade reduzida, desde que comprove 60 anos se homem e 55 anos se
mulher e 15 anos de trabalho rural como empregado.

2.1 CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO OU CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA

SOCIAL; (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008) Nesse caso, o empregador é responsável
pelos recolhimentos e a função que está disposta na CTPS (empregado rural, trabalhador rural,
boia-fria, lides agrícolas etc.) será essencial para essa caracterização. Para o Segurado Especial
Rural uma CTPS sem vínculos empregatícios (ou com vínculos urbanos curtos e espaços) acaba
sendo uma boa prova também, pois sugere que ele passou a vida toda exercendo atividade
rural em regime de economia familiar.

2.2 CONTRATO DE ARRENDAMENTO, PARCERIA OU COMODATO RURAL; (Redação dada pela

Lei nº 11.718, de 2008) Os contratos agrários são documentos certeiros na comprovação da
atividade rural, quando confeccionados de acordo com as normas e regras do INSS. O próprio
ofício-circular 46/2019 estabelece no seu item 7, I, c, o seguinte: “os documentos de caráter
permanente, como documentos de propriedade, posse, ou um dos tipos de outorga, são
válidos até sua desconstituição, até mesmo para caracterizar todo o período de carência”.

2.2 CONTRATO DE ARRENDAMENTO, PARCERIA OU COMODATO RURAL; (Redação dada pela

Lei nº 11.718, de 2008)

2.3 - DECLARAÇÃO DE APTIDÃO AO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA

AGRICULTURA FAMILIAR, de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de
janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de
2019) A DAP é um importantíssimo instrumento ratificador pois o ofício-circular 46/2019
estabeleceu que ela será a primeira base governamental (site oficial) que o servidor do INSS
deverá acessar para verificar se existe ou não algum cadastro do segurado.

3.3.1. O acesso à base de dados da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estará disponível aos servidores do INSS
por intermédio da ferramenta denominada “InfoDAP”, disponível no Painel Cidadão do Portal
Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS.

3.3.2. Não havendo êxito na consulta ao InfoDAP, as demais bases, relacionadas abaixo,
deverão ser consultadas, conforme Anexo VI:

4.3. A DAP é o documento que identifica e qualifica os beneficiários do Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, sendo instituída pela da Portaria MDA nº 154,
de 2 de agosto de 2002, e atualmente regulada pela Portaria MAPA nº 1, de 29 de janeiro de
2019

2.3 - DECLARAÇÃO DE APTIDÃO AO PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA

AGRICULTURA FAMILIAR, de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de
janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de
2019)

4.4. A DAP possui os seguintes períodos de validade: I - 6 (seis) anos para as DAPs emitidas até
30 de março de 2013; II - 3 (três) anos para as DAPs emitidas entre 30 de março de 2013 e 3 de
abril de 2017; III - 2 (dois) anos para DAPs emitidas entre 4 de abril de 2017 e 23 de agosto de
2018: IV - 1 (um) ano para DAPs emitidas entre 24 de agosto de 2018 e 28 de janeiro de 2019;
e V - 2 (dois) anos a partir de 29 de janeiro de 2019.

4.4.1. A DAP produz efeito durante o seu período de validade, ainda que este já tenha se
expirado na data da consulta, independentemente do que constar preenchido nos campos
“DAP válida”, “DAP Expirada”, “Enquadramento”, “Categoria” e “Condição e posse de uso da
terra”.

4.4.2. A DAP somente será considerada se, no campo "Status", constar "DAP Ativa" ou "DAP
Expirada". Se, no campo "Status", constar "DAP Cancelada" ou "DAP Suspensa" a mesma
deverá ser desconsiderada. (inserido pelo Ofício SEI Circular nº 62 /DIRBEN, de 19/12/2019