Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE FÍSICA
Lucas Alves Cunha de Queiroz - 231013752
Gabriel de Oliveira Pires Mendes - 222008646
Pedro Siqueira da Costa – 231013814
Grupo 8

Física experimental I
Relatório 3

Brasília, 8 de novembro de 2023

1
1. INTRODUÇÃO

Neste experimento, estudamos a colisão de um carro em um trilho de ar inclinado com uma


mola. Observamos a colisão antes, durante e depois do impacto. Em Física, colisão abrange
interações entre corpos em movimento relativo, sendo fundamental para entender desde
choques simples até eventos subatômicos.

Colisões são classificadas como elásticas (sem perda de energia) ou inelásticas (com perda
de energia). O coeficiente de restituição (ε) quantifica a elasticidade da colisão. No
experimento, se a colisão é elástica (0 < ε < 1), o carro tem velocidade de afastamento menor
que a de aproximação, retornando para posições menores ao longo do trilho em colisões
subsequentes. Isso exemplifica um decaimento exponencial, representado por Y = C e^(-nX),
e a construção de gráficos em escala logarítmica ajuda na análise dessa função.

2. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO
Investigar se a posição de recuo de um carrinho, que se choca com uma mola na
extremidade de um trilho de ar inclinado, diminui de maneira exponencial com o número
de colisões. Avaliar o coeficiente de restituição em diferentes cenários de colisão e
examinar as variações na energia mecânica em cada situação.

3. MATERIAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADO


01 trilho de 120cm conectado a uma unidade de fluxo de ar

01 bloco cilíndrico para inclinar o trilho

01 Y de final de curso com fixador U para elástico

01 carrinho para o trilho

01 elástico circular

01 tubo de ensaio

2
01 suporte para acoplar o tubo de ensaio ao carrinho

01 fita métrica

01 Água para encher o tubo de ensaio

3. PROCEDIMENTOS

O procedimento consiste basicamente em soltar o carrinho de uma posição ao longo do trilho


e registrar a posição para a qual ele retorna.

O pesquisador identifica todos os itens da relação de materiais na montagem da bancada do


laboratório e completa a montagem conforme necessário. Uma fita métrica é fixada ao longo
do trilho, mais próxima da região onde o carrinho desliza, facilitando a leitura das posições
do carrinho. O cuidado é tomado para que a fita não atrapalhe o movimento do carrinho.

1 Utiliza-se o bloco cilíndrico para inclinar o trilho de ar.

2 Verifica-se se o elástico na base, onde ocorrerá o choque, está dobrado em quatro tiras.

3 A unidade de fluxo de ar é ligada, e a posição do seletor é ajustada no meio da escala.

4 Registra-se a posição onde ocorrerá a colisão na base do trilho de ar (Xe = posição do


elástico).

5 Realiza-se uma sequência de medidas, com o tubo de ensaio totalmente vazio, da seguinte
maneira:

(a) Com a pista inclinada, escolhe-se uma posição inicial para soltar o carro. Anota-se o valor
dessa posição inicial X0 e solta-se o carro. Ele colidirá com a mola na base do trilho de ar e
retornará até uma posição X1. Anota-se o valor dessa posição X1.

(b) Em seguida, coloca-se o carro na posição X1 e solta-se novamente. Após a colisão, ele
atingirá uma nova posição X2, e a posição X2 é anotada.

(c) Solta-se o carro da posição X2, anota-se a posição X3 para a qual ele retorna. O processo
é repetido para o maior número possível de colisões, e os dados são registrados usando o
modelo da tabela 1.

6 repete o procedimento mencionado anteriormente utilizando o tubo de ensaio com ¼ do


volume preenchido com água, em seguida, com ½ do volume com água, posteriormente com
¾ do volume com água e, finalmente, com o tubo de ensaio completamente cheio.

3
4. DADOS

Dados experimentais:

Posição no trilho onde ocorre a colisão, Xe = 142 cm

Posição do carrinho em função do número da colisão para quantidades distintas de água no


tubo de ensaio.

N de Tubo vazio Tubo ¼ Tubo ½ Tubo ¾ Tubo cheio

colisões cm cm cm cm cm

1 33 38 40 41 38

2 53 55 59 57 52

3 69 69 71 72 65

4 79 80 82 83,5 75

5 83 88 91 93 85

6 89 96 98 99,5 90

7 95 100 103 104,5 95,5

8 100 104 107 109,5 100

9 104 107 111 112 103,5

10 108 110 114 114 106,5

11 110 113 117 116 110

12 113.5 115 119 119 112,5

13 115 116,8 120,5 120,5 113,5

14 117 118 122 122 114

5.ANÁLISES DE DADOS

4
1) O gráfico da distância ΔX = (X – Xe) versus o número n da colisão

(2) a curva obtida sugere que a posição decai exponencialmente com o número de colisões.
A relação entre a restituição e o No de colisões (n) pode ser representado sim na forma
X=X0e -an

(3) Gráfico vazio em mono-log:

4) Se o gráfico em escala monolog apresentar uma linearidade, essa linha pode ser expressa
pela equação logarítmica log10 ΔX = log10 ΔX0 – α n log10 e. Nesta equação, log10 ΔX0
representa o coeficiente linear e (–α log10 e) é o coeficiente angular. Se o gráfico em escala
monolog não se apresenta como uma reta perfeita, é comum identificar regiões que podem
ser ajustadas por retas com inclinações distintas. Isso implica que a mola não consegue
rebater o carrinho com a mesma eficiência em todas as situações, e, consequentemente, o

5
coeficiente de restituição passa a depender da distância na qual o carro é solto. Nesse
cenário, é recomendável considerar a reta desenhada para as menores distâncias entre o
ponto de soltura e o ponto de colisão a fim de determinar os parâmetros ΔX0 e α.

Análise do gráfico- O gráfico em mono-log que foi exposto, apresenta uma curva que se
assemelha fortemente a uma reta. Entretanto existe um pequeno desvio nos pontos com
menor distância entre o ponto de soltura e o de colisão.

A relação entre o parâmetro α da equação ΔX = ΔX₀e^(-αn) e o coeficiente de restituição ε


pode ser explorada considerando a forma da equação do coeficiente de restituição.

O coeficiente de restituição ε é definido como a razão entre a velocidade final após uma
colisão (v') e a velocidade inicial (v), mas pode ser calculado em termos de deslocamentos
(ΔX' e ΔX) como ε = √(ΔX'/ΔX).

A equação dada, ΔX = ΔX₀e^(-αn), sugere que ΔX diminui exponencialmente com o aumento


de n. Se interpretarmos ΔX' como o deslocamento após uma colisão e ΔX como o
deslocamento inicial, podemos relacionar ε com a equação dada:

ε = √(ΔX'/ΔX)

ε = √(ΔX₀e^(-αn)/ΔX)

Aqui, ε está relacionado ao termo exponencial e^(-αn). A mudança em ε dependerá de como


α afeta ΔX com o aumento de n. A interpretação precisa dessa relação dependerá da forma
específica da equação e das condições do experimento.

(7) O coeficiente de restituição é obtido a partir de E=e^-a/2

=0.867

(8) / (9)

6
-Conjuntos de dados (1/4 de V, ½ de V, ¾ de V e tubo cheio):

Gráfico - ¼ de água linear :

Gráfico - ¼ de água mono-log:

Gráfico - ½ de água linear :

7
Gráfico - ½ de água mono-log:

Gráfico - 3/4 de água linear:

8
Gráfico - 3/4 de água mono-log:

Gráfico - Cheio de água linear:

9
Gráfico - Cheio de água mono-log:

Gráfico - Coeficiente de Restituição por Volume de água :

10
11

Você também pode gostar