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ROTEIRO N.

º 047

ARREPENDIMENTO
E REMORSO

COLABORADORES RESPONSÁVEIS: UM PROJETO GRATUITO:


TEMA

ARREPENDIMENTO E REMORSO

OBJETIVO GERAL
Entender que o arrependimento é fundamental para obtenção do perdão divino.

CARGA HORÁRIA
1 hora e 30 minutos (90 minutos)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Explicar a importância do remorso e do arrependimento.
2. Observar a importância do sofrimento para o arrependimento.
3. Compreender que o verdadeiro arrependimento, que leva ao progresso espiritual, é
aquele que surge do sofrimento quando o indivíduo entende que transgrediu a lei de Deus.

Palavras-chaves: arrependimento; criminosos; perdão; remorso ; sofrimento.

Imaginemos a seguinte situação: uma pessoa percebe o que acabou de fazer e pensa:
“Fiz errado!”. A razão continua: “Você contrariou a lei divina, prejudicou alguém.”. O coração
acelera, e uma angústia aperta a alma e invade o corpo todo, gerando náusea, dor de cabeça,
início de vertigem! O coração bate acelerado… “Não devia ter feito! Meu Deus, perdoa-me!
Como me arrependo de tê-lo feito!” Fazer errado e se lamentar, com sofrimento, por tê-lo fei-
to: arrependimento, remorso.

Mas, serão inevitáveis os sentimentos de remorso e arrependimento? Vejamos o que


ensina Allan Kardec:

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O que é o Espiritismo? > Capítulo I — Pequena conferência espírita > Terceiro diálogo — O padre
Eis, demais, o que avança a doutrina espírita a tal respeito:
A duração do castigo é subordinada ao melhoramento do Espírito culpado. Nenhuma con-
denação por tempo determinado é pronunciada contra ele. O que Deus exige, para pôr
um termo aos sofrimentos, é o arrependimento, a expiação e a reparação; em uma
palavra, um melhoramento sério e efetivo, uma volta sincera ao bem. O Espírito é assim
o árbitro de sua própria sorte; sua pertinácia no mal prolonga-lhe os sofrimentos; seus es-
forços para fazer o bem os minoram ou abreviam. Sendo a duração da pena subordinada
ao arrependimento, o Espírito culpado, que não se arrependesse e nunca se melhorasse,
sofreria sempre, e para ele então a pena seria eterna. Essa eternidade de penas deve ser
entendida no sentido relativo e não no absoluto. Uma condição inerente à inferioridade
do Espírito é não ver o termo da sua situação e crer que há de sofrer sempre — o que é
para ele um castigo. Desde que, porém, sua alma se abra ao arrependimento, Deus lhe faz
entrever um raio de esperança.

Na “Revista espírita” de agosto de 1867, Kardec analisa o remorso:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1867 > Agosto > Jean Ryzak, a força do remorso
OBSERVAÇÃO: Sem ir procurar aplicações do remorso nos grandes criminosos, que são
exceções na Sociedade, podemos encontrá-las nas mais comuns circunstâncias da vida. É
esse sentimento que leva todo indivíduo a afastar-se daqueles em relação aos quais sente
que tem reproches a se fazer; em sua presença ele se sente mal; se a falta não for conhe-
cida, ele teme ser desmascarado; parece-lhe que um olhar pode penetrar o fundo de sua
consciência; em toda palavra, em todo gesto, ele vê uma alusão à sua pessoa. Eis por que,
se ele se sente desmascarado, retira-se. O ingrato também foge de seu benfeitor, porque
a presença dele é uma censura incessante, da qual em vão ele procura desembaraçar-se,
porque uma voz íntima lhe grita no fundo de sua consciência que ele é culpado.

Continua Kardec na mesma obra, agora vinculando o remorso ao progresso moral:

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Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1867 > Agosto > Jean Ryzak, a força do remorso
O remorso é uma consequência do desenvolvimento do senso moral; ele não existe
onde o senso moral ainda se acha em estado latente. É por isto que os povos selvagens
e bárbaros cometem sem remorso as piores ações. Aquele, pois, que se pretendesse ina-
cessível ao remorso assimilar-se-ia ao bruto. À medida que o homem progride, o senso
moral torna-se mais apurado; ofusca-se ao menor desvio do reto caminho. Daí o remor-
so, que é o primeiro passo para o retorno ao bem.

Junto com o remorso vem o arrependimento: vejamos o que nos diz Kardec a respeito
das comunicações de um criminoso que houvera sido cruel, Jacques Latour:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1864 > Novembro > Um criminoso arrependido (Jacques
Latour)
Além disso, ele diz: “Eu sofro esse arrependimento que me mostra a enormidade de
minhas faltas.” Há nisto um pensamento profundo. O Espírito não compreende, real-
mente, a gravidade de seus erros senão quando se arrepende. O arrependimento traz
o pesar, o remorso, sentimento doloroso que é a transição do mal para o bem, da do-
ença moral para a saúde moral. É para escapar disto que os Espíritos perversos resistem
à voz da consciência, como esses doentes que repelem o remédio que deve curá-los.
Eles procuram iludir-se e atordoar-se, persistindo no mal. Latour chegou à fase em que o
endurecimento acaba cedendo, e o remorso entrou em seu coração. Em seguida veio o
arrependimento. Ele compreende a extensão do mal que fez, vê a sua abjeção e a sofre.
Eis por que ele diz: “Eu sofro esse arrependimento.”

Compreender a extensão do mal que fez, perceber o quanto foi ignóbil, desprezível,
desperta o arrependimento e a dor. Prossegue Kardec, agora destacando, na mesma análise,
que o arrependimento levará o criminoso a uma nova vida, moralmente melhor.

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1864 > Novembro > Um criminoso arrependido (Jacques
Latour)
Em sua existência precedente, ele deve ter sido pior que nesta, porque se se tivesse arre-
pendido como faz agora, sua vida teria sido melhor. As resoluções que ele toma agora in-

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fluirão sobre sua futura existência terrena. A que ele acaba de deixar, por mais criminosa
que tenha sido, marcou-lhe uma etapa do progresso. É mais do que provável que antes
de iniciá-la ele fosse, na erraticidade, um desses maus Espíritos rebeldes, obstinados no
mal, como se veem tantos.

A responsabilização pelas infrações às leis divinas, entretanto, não são do mesmo grau
para todos, como ensina Kardec:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1869 > Março > A carne é fraca
A responsabilidade moral dos atos da vida, portanto, permanece íntegra. Mas, diz a ra-
zão que as consequências dessa responsabilidade devem ser proporcionais ao desenvol-
vimento intelectual do Espírito, pois quanto mais esclarecido ele for, menos escusável
será, porque, com a inteligência e o senso moral, nascem as noções do bem e do mal,
do justo e do injusto. O selvagem, ainda vizinho da animalidade, que cede ao instinto do
animal, comendo o seu semelhante, é, sem contradita, menos culpável que o homem
civilizado que comete uma simples injustiça.

“Com a inteligência e o senso moral, nascem as noções do bem e do mal, do justo e


do injusto”. Quando o senso moral já permite, o criminoso não resiste e surge o remorso, e
busca ansiosamente a forma de livrar-se daquela dor. Vejamos uma história como exemplo:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1867 > Agosto > Jean Ryzak, a força do remorso
(...) Levado ante o burgomestre, esse operário, que declarou chamar-se Jean Ryzak, fez a
seguinte confissão:
“Há cerca de doze anos eu era empregado nos trabalhos de dessecamento do lago de
Harlem, quando um dia o cabo, pagando a minha quinzena, entregou-me o soldo devido
a um de meus camaradas, com ordem de entregá-la a este último. Gastei o dinheiro e,
querendo evitar aborrecimentos de investigações, resolvi matar o amigo a quem acabara
de roubar. Para isso, precipitei-o num dos abismos do lago e, vendo-o voltar à superfície e
fazer esforços para nadar para a margem, dei-lhe duas facadas na nuca.

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“Logo que cometi o crime, o remorso começou a fazer-se sentir. Em breve tornou-se intole-
rável e foi-me impossível continuar no trabalho. Comecei por fugir do teatro do meu erro,
e não achando em parte alguma do país nem paz nem trégua, embarquei para as Índias,
onde me alistei no exército colonial. Mas lá também o espectro de minha vítima me per-
seguiu noite e dia; minhas torturas eram incessantes e incríveis e, assim que terminou o
meu período de engajamento, uma força irresistível impeliu-me a voltar a Winschoten e a
pedir à justiça o apaziguamento de minha consciência. Ela mo dará, impondo-me a expia-
ção que julgar conveniente, e se ordenar que eu morra, prefiro esse suplício ao que me faz
experimentar, há doze anos, a toda hora do dia e da noite, o carrasco que trago no peito.”

As leis de Deus são escritas na nossa consciência, então o senso moral se sustenta nelas
para separar o certo do errado.

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1867 > Agosto > Jean Ryzak, a força do remorso
“A consciência produz dois efeitos diferentes: a satisfação de haver agido bem, a paz
que deixa o sentimento do dever cumprido; e o remorso que penetra e tortura quando
se praticou uma ação reprovada por Deus, pelos homens ou pela honra. É, propriamen-
te falando, o senso moral. O remorso é como uma serpente de mil voltas, que circula em
redor do coração e o devasta; é o remorso que sempre vos faz ouvir os mesmos brados
e vos grita: Fizeste uma ação má; deverás ser punido; teu castigo não cessará senão de-
pois da reparação.
“Crede-me, escutai sempre essa voz que vos adverte quando estais prestes a falir; não a
abafeis pela revolta do vosso orgulho, e se falirdes, apressai-vos em reparar o mal, pois
do contrário o remorso seria vossa punição. Quanto mais tardardes, mais penosa será a
punição e mais prolongado o suplício.” — Um Espírito.

Deus concedeu o livre arbítrio ao ser humano, e as escolhas que o homem faz ocorrem
em seu mundo íntimo, sem possibilidades de o Espírito ocultar de Deus os erros que o levam
ao remorso e ao arrependimento.

São duas coisas distintas arrepender-se porque se está sofrendo e arrepender-se pela co-
brança do senso moral: vejamos um pouco das comunicações de Lisbeth em “O Céu e o Inferno”:

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O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo IV —
Espíritos sofredores > Lisbeth
Quereis dar-me alguns detalhes sobre vossa posição e a causa de vossos sofrimentos?
“Sê humilde de coração, submissa à vontade de Deus, paciente nas provações, caridosa
para com o pobre, encorajadora para com o fraco, quente de coração para com todos os
sofrimentos, e não sofrerás as torturas que aguento.”
Se as faltas opostas às qualidades que assinalais vos arrastaram, pareceis lamentá-las.
Vosso arrependimento deve aliviar-vos?
“Não; o arrependimento é estéril quando não é senão a consequência do sofrimento.
O arrependimento produtivo é aquele que tem por base o pesar de ter ofendido Deus,
e o ardente desejo de reparar. Ainda não cheguei lá, infelizmente. Recomendai-me às
preces de todos os que se dedicam aos sofrimentos; preciso delas.”

Importante ensinamento de Lisbeth: só o arrependimento que tem por base o pesar de


ter ofendido a Deus e o ardente desejo de reparar são produtivos. Na sequência Kardec vai
comentar:

Isso é uma grande verdade; o sofrimento arranca por vezes um grito de arrependimento,
mas que não é a expressão sincera do pesar de ter feito mal, pois se o Espírito não sofresse
mais, estaria pronto para recomeçar. Eis por que o arrependimento nem sempre traz a liber-
tação imediata do Espírito; dispõe a ela, eis tudo; mas é-lhe preciso provar a sinceridade e a
solidez de suas resoluções por novas provas que são a reparação do mal que cometeu.

O arrependimento pode ocorrer apenas como forma de escapar do sofrimento. Prosse-


gue o texto sobre Lisbeth, primeiro mostrando que gerar um ensinamento útil pode tornar
produtivo o arrependimento, e que por mais afastado de Deus que esteja um Espírito, ele
não será abandonado pelo seu anjo guardião:

Farei o que desejais. Quereis dar-me alguns detalhes sobre vossa última existência? Pode
resultar daí um ensinamento útil para nós, e tornareis assim produtivo vosso arrependi-
mento. (O Espírito mostra uma grande indecisão em responder a esta pergunta e a algu-
mas das seguintes.)

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Como viestes aqui hoje?
“Um Espírito que me segue com frequência me conduziu aqui.”
Há quanto tempo vedes esse Espírito?
“Não há muito tempo.”
E há quanto tempo vos dais conta das faltas que cometestes?
(Após uma longa reflexão.) “Sim, tens razão; foi quando o vi.”
Não compreendeis agora a relação que existe entre vosso arrependimento e a ajuda
visível que vos presta vosso Espírito protetor? Vede como origem desse apoio o amor de
Deus, e como objetivo seu perdão e sua misericórdia infinita.
“Oh! como eu gostaria!”
Creio poder vos prometer pelo nome sagrado daquele que nunca permaneceu surdo à voz
de seus filhos em perigo. Chamai-o do fundo de vosso arrependimento, ele vos ouvirá.
“Não posso; tenho medo.”

A importância do arrependimento fica muito clara na proposta de Kardec: “Chamai-o


do fundo de vosso arrependimento, ele vos ouvirá”. É o que Deus deseja, o nosso arrependi-
mento profundo, que nos coloca desejosos da reparação dos males que causamos.

Outro exemplo de Espírito que tem consciência dos erros, mas não se arrepende é
Claire, em “O Céu e o Inferno”:

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo IV —
Espíritos sofredores. Claire
“O que te direi, a ti que me escutas? Vela sem cessar por ti; ama os outros mais do que a
ti mesmo; não te demores nos caminhos do bem-estar; não engordes teu corpo à custa
da tua alma; vela, como dizia o Salvador aos seus discípulos. Não me agradeças por estes
conselhos, meu Espírito os concebe, meu coração nunca os escutou. Como um cão chi-
coteado, o medo me faz rastejar, mas ainda não conheço o livre amor. Sua divina aurora
tarda muito a erguer-se! Ora pela minha alma ressequida e tão miserável!”

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“Dou rugidos de dor; vagueio sem repouso, sem asilo, sem esperança, sentindo o eter-
no aguilhão do castigo se cravar na minha alma revoltada. Rio-me quando ouço vossos
lamentos, quando vos vejo abatidos. O que são vossas pálidas misérias! o que são vossas
lágrimas! o que são vossos tormentos que o sono suspende! Será que eu durmo?”

Apesar de todas as suas dores, Claire não se arrependeu de seus erros, e embora os
reconheça, falta-lhe ainda o sentimento do amor. São Luís comenta essa comunicação de
Claire, no mesmo texto da “Revista espírita”:

“Perguntar-se-á talvez o que fez essa mulher para ser tão miserável. Cometeu algum crime
horrível? Roubou, assassinou? Não; não fez nada que merecesse a justiça dos homens. Ela
se deleitava, ao contrário, com tudo o que chamais a felicidade terrestre; beleza, fortuna,
prazeres, adulações, tudo lhe sorria, nada lhe faltava, e dizia-se ao vê-la: ‘Que mulher
feliz!’ E invejava-se sua sorte. O que ela fez? Foi egoísta; tinha tudo, exceto um bom
coração. Se não violou a lei dos homens, violou a lei de Deus, pois ignorou a caridade,
a primeira das virtudes. Não amou senão a si mesma, agora não é amada por ninguém;
nada deu, não lhe dão nada; está isolada, desamparada, abandonada, perdida no espaço
onde ninguém pensa nela, ninguém se ocupa com ela: é isso o que constitui seu suplício.
Como não procurou senão gozos mundanos, gozos que não mais existem, fez-se o vazio
em torno dela; ela não vê senão o nada, e o nada lhe parece a eternidade. Não sofre tor-
turas físicas: os diabos não vêm atormentá-la, mas isso não é necessário: ela se atormenta
a si mesma, e sofre muito mais, pois esses diabos seriam ainda seres que pensariam nela.
O egoísmo constituiu sua alegria na terra: ele a persegue; é agora o verme que lhe rói o
coração, seu verdadeiro demônio.” — São Luís.

Podemos ser levados a pensar que o sofrimento só alcançará os grandes criminosos; no


entanto, não é assim. Claire tinha sido egoísta, e agora colhia a solidão dos egoístas, e tinha
muita dificuldade de se arrepender. Orgulho, egoísmo, ciúme são crimes sérios, mas poucos
percebem isso, e a sociedade convive com eles! Seria mais fácil à pessoa compreender que
errou ao cometer grandes crimes, do que um que é plenamente aceito pela sociedade?

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Claire continua contando sua situação em outra comunicação, transcrita no mesmo
texto em estudo, em que se depreende o efeito positivo do arrependimento das faltas co-
metidas contra Deus:

“Agora estou calma e resignada à expiação das faltas que cometi. O mal está em mim e
não fora de mim; sou, portanto, eu que devo mudar e não as coisas exteriores. Nós carre-
gamos em nós nosso céu e nosso inferno, e nossas faltas, gravadas na consciência, leem-
-se fluentemente no dia da ressurreição, e somos então nossos próprios juízes, visto que
o estado da nossa alma nos eleva ou nos precipita.”

Para mais detalhes deste caso, veja o roteiro “Ganhar a vida e perder a alma n.º 11: o
relato de Claire”.

Também temos muito a aprender com Lemaire, um Espírito que na encarnação ante-
rior fora um assassino cruel condenado à decapitação:

(Excertos.) Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1858 > Março > Palestras familiares de
além-túmulo
(Condenado à pena máxima pelo Tribunal do Aisne, foi executado a 31 de dezembro de
1857. Evocado a 29 de janeiro de 1858.)
Imediatamente após a tua execução, tiveste consciência de tua nova existência?
“Eu estava mergulhado numa perturbação imensa, da qual ainda não saí. Senti uma gran-
de dor; parece que meu coração a sentiu. Vi qualquer coisa rolar ao pé do cadafalso. Vi o
sangue correr e minha dor tornou-se mais pungente.”
Era uma dor puramente física, semelhante à causada por uma ferida grave, como, por
exemplo, a amputação de um membro?
“Não. Imagina um remorso, uma grande dor moral.”
Quando começaste a sentir essa dor?
“Desde que fiquei livre.”

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Lemaire refere-se à perturbação comum após a morte, mas já reconhece que após
tornar-se livre, já passada a perturbação espiritual, começou a sentir forte dor moral: o re-
morso. Continuemos com o mesmo caso:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1858 > Março > Palestras familiares de além-túmulo
A dor física causada pelo suplício foi sentida pelo corpo ou pelo Espírito?
“A dor moral estava em meu Espírito. O corpo sentiu a dor física, mas, separado, o Espí-
rito ainda a ressentia.”
Viste teu corpo mutilado?
“Vi qualquer coisa informe, que aparentemente eu havia deixado, entretanto sentia-me
inteiro. Eu era eu mesmo.”
Que impressão te causou essa visão?
“Eu sentia demais a minha dor. Estava dominado por ela.”
Qual o primeiro sentimento que experimentaste ao entrar na nova existência?
“Um sofrimento intolerável. Uma espécie de remorso pungente, cuja causa ignorava.”

Ver o corpo disforme não chegou a afetá-lo, tamanha a dor moral que sentia! Curioso
que já tenha voltado à vida espiritual com essa dor moral tão acentuada, sem que a asso-
ciasse aos crimes que cometera! O que poderia levá-lo a fazer essa associação? Prossigamos
com Lemaire:

Encontras as tuas vítimas?


“Eu as vejo… São felizes… Seu olhar me persegue, e eu o sinto penetrar até o fundo do
meu ser... Em vão procuro fugir.”
Que sentimento experimentas à sua vista?
“Vergonha e remorso. Eu as elevei com minhas próprias mãos e ainda as odeio.”
Que sentimento elas experimentam quando te veem?
“De piedade!”
Elas têm ódio e desejo de vingança?
“Não. Suas preces atraem para mim a expiação. Não podeis avaliar que horrível suplício
é tudo dever àquele a quem se odeia.”

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O que leva Lemaire a vincular o seu sofrimento aos crimes que cometera é a visão de
suas vítimas, mas ainda não conseguira se livrar de um sentimento forte em relação a elas: o
ódio. Será um caso típico de quem se arrepende apenas porque o sofrimento é muito inten-
so, e não por ter transgredido a lei de Deus?

Entretanto, as preces de suas vítimas fazem-lhe bem, e aproximam-no da nova reen-


carnação, na qual poderá expiar suas faltas. Mas o fato de suas vítimas o perdoarem não o
livra do remorso, arrependimento, expiação e reparação. Terá que passar pelos sofrimentos
todos até se arrepender de verdade, e estar pronto para a reparação. Vejamos a sequência
da comunicação:

Lamentas a vida terrena?


“Só lamento os meus crimes. Se o fato ainda dependesse de mim, eu não mais sucumbiria.”
Como foste conduzido à vida criminosa que levaste?
“Escuta! Eu me julgava forte; escolhi uma rude prova e cedi às tentações do mal.”
A tendência para o crime estava em tua natureza ou foste arrastado pelo meio em que
viveste?
“A tendência para o crime estava em minha natureza, porque eu era um Espírito inferior.
Quis elevar-me rapidamente, mas pedi mais do que comportavam as minhas forças.”
Se tivesses recebido bons princípios de educação, poderias desviar-te da vida do crime?
“Sim, mas eu escolhi a posição em que nasci.”
Terias podido agir como um homem de bem?
“Como um homem fraco, tanto incapaz para o bem quanto para o mal. Eu poderia impe-
dir, durante a minha existência, o avanço do mal que estava em minha natureza, mas não
poderia elevar-me a ponto de praticar o bem.”

O criminoso sabia da necessidade de elevar-se espiritualmente, mas exagerou na esco-


lha das provas! Lemaire tem clareza que sucumbiu às provas que ele mesmo havia escolhido.
E isso, provavelmente, tornava mais fácil compreender a justiça divina, e não se revoltar con-
tra Deus. Também tinha clareza do significado de homem de bem, ao reconhecer que não
poderia elevar-se ao ponto de praticar o bem. Prossegue:

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Agora é mais sincero o teu arrependimento?
“Ah! Vejo aquilo que fiz!”
Que pensas agora de Deus?
“Eu o sinto e não o compreendo.”
Achas justo o castigo que te foi infligido na Terra?
“Sim.”

Agora o criminoso havia compreendido seus erros, tinha entendido que agira mal (“Ah!
Vejo aquilo que fiz!”). Começou a aceitar a existência e a justiça de Deus, embora não a com-
preendesse! Tão absorto estava Lemaire em sua dor, que compreendeu mal uma pergunta
de Kardec:

Onde te achas agora?


“Em meu sofrimento.”
Pergunto em que lugar te achas agora…
“Perto de Ermance.”
Poderíamos dar algum alívio aos teus sofrimentos?
“Fazei votos para que chegue a expiação.”

A expiação, e aqui Lemaire se refere à reencarnação (ver item 37 na “Revista espírita”),


seria um alívio para ele, depois de tanto sofrimento com o remorso e o arrependimento! A
reencarnação traz a misericórdia de Deus com o esquecimento temporário do passado!

Também temos muito a aprender com outro criminoso, Jacques Latour. Aqui veremos,
pelo seu emocionante arrependimento, por que Deus nunca desiste de seus filhos transvia-
dos, e por que Jesus se dispôs a vir ensinar-nos o caminho da redenção.

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1864 > Novembro > Um criminosos arrependido
“Sim, oremos juntos. A prece faz tanto bem!… Estou mais aliviado; já não sinto tanto o

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peso do fardo que me esmaga. Vejo um clarão de esperança brilhar aos meus olhos, e
cheio de arrependimento exclamo: Bendita seja a mão de Deus. Que seja feita a sua
vontade!” — Jacques Latour.
O guia espiritual do médium dita o seguinte:
“Não tomes os primeiros gritos do Espírito que se arrepende como sinal infalível de suas
resoluções. Ele pode estar de boa-fé em suas promessas, porque a primeira impressão que
ele sente ao se ver mergulhado no mundo dos Espíritos é de tal modo fulminante que, ao
primeiro testemunho de caridade que recebe de um Espírito encarnado, entrega-se às efu-
sões do reconhecimento e do arrependimento. Mas, por vezes, a reação é igual à ação, e
muitas vezes esse Espírito culpado, que a um médium ditou tão boas palavras, pode voltar
à sua natureza perversa, a seus pendores criminosos. Como uma criança que tenta cami-
nhar, ele precisa ser ajudado para não cair.”

Mais uma vez, o arrependimento apenas decorrente do sofrimento, sem estar voltado con-
tra a transgressão à Lei de Deus. Continua Latour em outra comunicação, algum tempo depois:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1864 > Novembro > Um criminoso arrependido
“Estou mais tranquilo, contudo ainda sofro. Deus teve piedade de mim, porque viu o
meu arrependimento. Agora sofro esse arrependimento que me mostra a enormidade
de minhas faltas.”
Comenta Kardec:
Há nisto um pensamento profundo. O Espírito não compreende, realmente, a gravidade
de seus erros senão quando se arrepende. O arrependimento traz o pesar, o remorso,
sentimento doloroso que é a transição do mal para o bem, da doença moral para a saúde
moral. É para escapar disto que os Espíritos perversos resistem à voz da consciência, como
esses doentes que repelem o remédio que deve curá-los. Eles procuram iludir-se e atordo-
ar-se, persistindo no mal. Latour chegou à fase em que o endurecimento acaba cedendo,
e o remorso entrou em seu coração. Em seguida veio o arrependimento. Ele compreende
a extensão do mal que fez, vê a sua abjeção e a sofre. Eis por que ele diz: “Eu sofro esse
arrependimento”.

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Às vezes consideramos perdida uma encarnação de um criminoso, mas nos equivoca-
mos. Apesar dos crimes que cometeu, Latour se arrependeu, garantindo uma nova encarna-
ção para o futuro, com novas expectativas de vida! Isso só é possível graças ao esquecimento
do passado, como comenta Kardec, ainda no caso Latour:

Quando se considera a dificuldade, durante a vida, da reabilitação do culpado mais arre-


pendido, da reprovação de que ele é objeto, deve-se agradecer a Deus por haver lança-
do um véu sobre o passado. (…) Malgrado o seu arrependimento, quem o teria admitido
na intimidade? Os sentimentos que hoje manifesta como Espírito nos dão a esperança de
que, na próxima existência terrena, será um homem honesto, estimado e considerado.
Mas suponde que se saiba que ele foi Latour! A reprovação ainda o perseguirá. O véu lan-
çado sobre o passado lhe abre a porta da reabilitação. Ele poderá assentar-se sem receio
e sem acanhamento entre as mais decentes pessoas. Quantas pessoas não gostariam de
apagar da memória dos homens, a todo custo, certos anos de sua existência!
(...) Há algo de mais empolgante, de mais moral, de natureza a impressionar mais viva-
mente que o quadro desse grande criminoso arrependido, manifestando seu desespe-
ro e seu remorso, que, em meio às torturas, perseguido pelo olhar incessante de suas
vítimas, eleva o pensamento a Deus para implorar misericórdia? Não está aí um salutar
exemplo para os culpados? Tudo é sensato em suas palavras.

Jacques Latour é um exemplo da eficácia dos castigos morais previstos no código penal
da vida futura (“O Céu e Inferno”) para a recuperação de infratores da lei divina. De crimino-
so cruel, tornou-se Espírito arrependido.

Vejamos pequena parte do relato do Espírito de Castelnaudary sobre o arrependimento:

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo VI —
Criminosos arrependidos > O Espírito de Castelnaudary
“Hoje em dia sinto muito mais remorsos, e não sou mais coagido a ficar nessa casa fatal;
é-me permitido vaguear na terra, e procurar esclarecer-me pelas minhas observações;

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mas então compreendo melhor a enormidade de meus crimes horrendos; e se sofro me-
nos por um lado, minhas torturas aumentam do outro pelo remorso; mas ao menos tenho
esperança.”

Note-se que ao Espírito é permitido vaguear pela Terra, com o objetivo de esclarecer-se
ele sobre a gravidade de seus crimes. Já não sofre pelos castigos de antes, mas agora toma
consciência de que transgrediu a Lei de Deus, e o remorso fá-lo sofrer. A única saída é a re-
encarnação, o perdão de Deus. A respeito disso, vejamos texto da Revista Espírita de Janeiro
de 1861:

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1861 > Janeiro > Carta sobre a incredulidade > I
A diferença é que os bons desfrutam na outra vida de uma felicidade desconhecida na
Terra, o que é bem compreensível, pois não têm necessidades materiais a satisfazer, nem
obstáculos do mesmo gênero a vencer.
Se viveram bem, isto é, se nada têm ou se pouco têm a lamentar de sua última existência
corpórea, gozam em paz do testemunho de sua consciência e do bem que fizeram.
Se viveram mal, se foram maus, como lá estão a descoberto, pois não podem se dissimu-
lar sob o envoltório material, sofrem a vergonha de se verem conhecidos e apreciados;
sofrem a presença daqueles a quem ofenderam, desprezaram, oprimiram, bem como a
impossibilidade, em que se acham, de subtrair-se aos olhares de todos. Sofrem, finalmen-
te, pelo remorso que os rói, até que o arrependimento venha aliviá-los — o que acontece
mais cedo ou mais tarde — ou que uma nova encarnação os subtraia, não às vistas de
outros Espíritos, mas às próprias vistas, tirando-lhes momentaneamente a consciência de
sua identidade.
Então, perdendo a lembrança do passado, sentem-se aliviados. Mas é aí que para eles
começa uma nova prova. Se tiveram a sorte de sair dela melhorados, gozam o progresso
realizado; se não se melhorarem, reencontram os mesmos tormentos, até que, por fim,
se arrependam ou tirem proveito de uma nova existência.

Todos os Espíritos se arrependem de seus crimes ao desencarnar? Vejamos:

ARREPENDIMENTO E REMORSO 16
O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo VII —
Espíritos endurecidos > Angèle — Nulidade sobre a terra
Vós vos arrependeis de vossas faltas?
“Não.”
Então por que vindes a mim?
Para fazer uma tentativa.
Então não sois feliz?
“Não.”
Estais sofrendo?
“Não.”
O que vos falta então?
“A paz.”
Observação: Certos Espíritos não consideram como sofrimentos senão os que lhes lem-
bram as dores físicas, embora convindo que seu estado moral é intolerável.
Como pode faltar-vos a paz na vida espiritual?
“Um arrependimento do passado.”
O arrependimento do passado é um remorso; vós vos arrependeis então?
“Não; é por temor do futuro.”
Que temeis vós?
“O desconhecido.”
Como se passou vossa vida?
“A divertir-me enquanto solteira, a aborrecer-me casada.”
Quais eram vossas ocupações?
“Nenhuma.”
Então quem cuidava de vossa casa?
“A doméstica.”
Não é nessa inutilidade que é preciso procurar a causa de vossos arrependimentos e de
vossos temores?
“Talvez tenhas razão.”

ARREPENDIMENTO E REMORSO 17
Não basta convir. Quereis, para reparar essa existência inútil, ajudar os Espíritos culpa-
dos que sofrem à vossa volta?
“Como?”
Ajudando-os a se aperfeiçoarem pelos vossos conselhos e vossas preces.
“Não sei rezar.”
Nós o faremos juntos, aprendereis; quereis?
“Não.”
Por quê?
“Fadiga.”

Angèle passou a encarnação inutilmente, mas ainda não encontrava forças para se
modificar.

É muito frequente que os sofredores peçam preces para melhorarem. Mas serão as
preces sempre eficientes?

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1860 > Fevereiro > História de um danado
Malgrado a sua inferioridade, esse Espírito sente os bons efeitos da prece. O mesmo
vimos quanto a outros Espíritos igualmente perversos e da mais bruta natureza. Como
é que Espíritos mais esclarecidos, de inteligência mais desenvolvida, mostram completa
ausência de bons sentimentos; riem-se de tudo quanto há de mais sagrado; numa pala-
vra, nada os toca e não deixam nunca o seu cinismo?
“A prece só tem efeito sobre o Espírito que se arrepende. Aquele que, levado pelo orgu-
lho, se revolta contra Deus e persiste nos seus desvios, ainda os exagerando, como fa-
zem os Espíritos infelizes, sobre esses nada pode a prece e nada poderá, senão quando
um clarão de arrependimento neles se manifestar. Para eles, a ineficácia da prece é um
castigo. Ela só alivia os não totalmente endurecidos.”
Quando vemos um Espírito inacessível aos bons efeitos da prece, há uma razão para nos
abstermos de orar por ele?
“Não, sem dúvida; pois cedo ou tarde ela poderá vencer o seu endurecimento e despertar
nele pensamentos salutares.”

ARREPENDIMENTO E REMORSO 18
Devemos orar mesmo que o Espírito se mostre obstinado, “pois cedo ou tarde ela po-
derá vencer o seu endurecimento e despertar nele pensamentos salutares”.

Para encerrar, vejamos um trecho de texto de Kardec sobre os Espíritos que já experi-
mentaram longamente os prazeres das paixões mais violentas e sórdidas, e após arrepende-
rem-se de seus atos modificam-se rapidamente para melhor:

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo IV —
Espíritos sofredores — Claire
Esses Espíritos, quando estão desencarnados, não podem adquirir instantaneamente a
delicadeza do sentimento, e, durante um tempo mais ou menos longo, ocuparão os lu-
gares mais miseráveis do mundo espiritual, como ocuparam os do mundo corpóreo; aí
ficarão enquanto forem rebeldes ao progresso; mas com o tempo, com a experiência, as
atribulações, as misérias das encarnações sucessivas, chega um momento em que eles
concebem algo melhor do que aquilo que têm; suas aspirações elevam-se; eles começam
a compreender o que lhes falta, e então fazem esforços para o adquirir e elevar-se. Uma
vez nessa via, caminham por ela com rapidez, porque provaram uma satisfação que lhes
parece bem superior, perto da qual as outras, não sendo senão grosseiras sensações,
acabam por lhes inspirar repugnância.

OBRAS UTILIZADAS
1. O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo
2. O Evangelho Segundo o Espiritismo
3. O Livro dos Espíritos
4. O que é o Espiritismo?
5. Revista espírita, jornal de estudos psicológicos

REFERÊNCIAS E LINKS PARA ACESSO NA KARDECPEDIA


O que é o Espiritismo? > Capítulo I — Pequena conferência espírita > Terceiro diálogo — O padre

Revista espírita , jornal de estudos psicológicos — 1867 > Agosto > Jean Ryzak, a força do remorso

ARREPENDIMENTO E REMORSO 19
Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1864 > Novembro > Um criminosos arrependido

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1869 > Março > A carne é fraca

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo IV —
Espíritos sofredores > Lisbeth

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo IV - Es-
píritos sofredores > Claire

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1858 > Março > Palestras familiares de além-túmulo > O
assassino Lemaire

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte - Exemplos > Capítulo VI - Crimi-
nosos arrependidos > O Espírito de Castelnaudary

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1861 > Janeiro > Carta sobre a incredulidade — I

O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda parte — Exemplos > Capítulo VII —
Espíritos endurecidos > Angèle — Nulidade sobre a terra

Revista espírita, jornal de estudos psicológicos — 1860 > Fevereiro > História de um danado

ROTEIRISTAS
Rui Gomes Carneiro, Engenheiro Agrônomo pela ESALQ, USP, Mestre em Agronomia pela Uni-
versidade Federal de Viçosa, Doutor em Agronomia pela USP. Pesquisador aposentado do Insti-
tuto de Desenvolvimento Rural do Paraná — IAPAR-EMATER. Presidente da Casa Espírita Fabia-
no de Cristo, em Londrina. Participante do IDEAK.

Solange Monteiro de Toledo Piza Gomes Carneiro, Engenheira Agrônoma pela ESALQ, USP,
Mestre e Doutora em Agronomia pela USP. Pesquisadora do Instituto de Desenvolvimento Rural
do Paraná — IAPAR-EMATER. Secretária da Casa Espírita Fabiano de Cristo, em Londrina. Partici-
pante do IDEAK.

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