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Normas Constitucionais - lei 8.

112/90
30/08/2023

FORMAS DE PROVIMENTO - LEI 8.112/90


• Formas de provimento originário:
○ Nomeação: ato adminsitrativo que materializa/concretiza o provimento originário. É quando sai o nome
na lista que sabemos que passamos no concurso público. É a única forma de provimento originário.
Desde que foi nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Nesses 30 dias, geralmente, deve correr atras de
documentação, por isso a administração dá esse prazo para o candidato. Depois de tomar posse, tem 15
dias para entrar em exercício. Acesso via concurso público.
▪ Os cargos de comissão tem ato solene, sai uma publicação e a partir da publicação pode assumir,
mas não se trata de provimento originário.
• Formas de provimento derivado: quando já está dentro da administração pública:
○ Promoção: sai de um cargo e ingressa em outro cargo (carreira). Se promove de um cargo para o outro,
mas continua dentro da mesma estrutura administrativa.
○ Readaptação: compatibilizar nova função pública (mesma carreira). Adapta o servidor a um novo
cargo compatível com suas limitações, sejam elas físicas ou psicológicas. Houve uma mudança de
cargo, mas dentro da mesma estrutura. Normalmente, decorrente de acidente ou situação que ocorreu
com o servidor. É um evento/força maior ou caso fortuito que fica afastado e depois retorna adaptando.
○ Reingresso: por alguma razão o servidor saiu da administração pública e agora está voltando. Apresenta
algumas formas:
▪ Reversão: específica para o servidor inativo (invalidez) ou aposentado. Utilizado nos casos de
aposentadoria. Ex.: aposentou o servidor por invalidez, mas depois a adm entendeu que não era
mais por invalidez -> reverte para a situação anterior.
▪ Reintegração: retorno do servidor verificada ilegalidade (demissão). Ocorre quando um servidor
comum é demitido (houve alguma ilegalidade para ser demitido, pois isso é punição), ele sai da
administração pública, mas depois a adm entendeu que ela errou. Se houve ilegalidade na sua
demissão, ele deve ser reintegrado para a administração, retomando ao seu cargo.
▪ Recondução: retorno do servidor estável (estágio ou reintegração) por passar aprovação em
estágio probatório ou por casos de reintegração. Ex.: Junior ocupa um cargo na administração e o
Chico trabalha com ele -> estava correndo processo contra o Junior, pois estava sendo negligente
com a administração pública -> Junior é demitido -> tem cargo vago -> Chico é chamado para
ocupar o cargo do Junior -> um terceiro assume a função de Chico -> mas é permitido uma
ilegalidade na demissão do Junior -> Junior precisa voltar -> Chico será reconduzido para o seu
cargo de origem. Junior foi reintegrado. A recondução é o retorno. Sempre que tem que voltar um
servidor para o cargo de origem, ele será reconduzido.
▪ Aproveitamento: retorno do servidor que está em disponibilidade, por extinção do cargo ou por
declaração de desnecessidade do cargo. Ex.: cargo do servidor, por alguma razão, foi extinto ->
servidor não pode ser prejudicado por isso -> é colocado em aproveitamento até a adm pública
criar um outro cargo para ele. O aproveitamento é obrigatório.

VACÂNCIA
• Art. 33, Lei 8.112/90: A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão;
III - promoção; IV - ascensão; V - transferência; VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro
cargo inacumulável; IX - falecimento.

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cargo inacumulável; IX - falecimento.
• hipótese de desocupação do cargo público: falecimento; aposentadoria; exoneração.
• Algo que está vago.
EXONERAÇÃO
• Art. 34, Lei 8.112/90: A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório; II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
• dissolução do vínculo com o Poder Público (lei) -> forma que o servidor tem de se desligar da administração
pública sem nenhuma penalidade.
• sem caráter de penalidade.
DEMISSÃO
• Art. 132, Lei 8.112/90: A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração
pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V -
incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII -
ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII -
aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal
de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
• servidor comete uma infração funcional
• penalidade disciplinar aplicada: perda do cargo
CESSÃO DE SERVIDORES
• Empréstimo temporário do servidor, em uma forma de parceria, entre as esferas governamentais.
• Pessoa administrativa ou órgão em temporária cooperação com outra pessoa administrativa ou órgão.
• Tira uma pessoa de determinado órgão, empresta para outro órgão na medida da necessidade temporária, e
depois volta para o órgão anterior.
RESPONSABILIDADE CIVIL DOS SERVIDORES PÚBLICOS
• Pode ser civil, penal e administrativa -> em regra, são responsabilidades independentes, mas podem ser
conjugadas. Art. 121, lei 8.112/90 -> acumulam-se as sanções. Ex.: servidor pode tomar uma multa, reparar o
dano e cumprir PPL. Pode ter tríplice responsabilização.
○ 121: O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
• Responsabilidade Civil:
○ É a imputação, ao servidor público, da obrigação de reparar o dano que tenha causado à AP ou a
terceiro, em decorrência de conduta culposa ou dolosa, de caráter comissivo ou omissivo.
○ Responsabilidade é subjetiva (tem que fazer um processo administrativo para provar que foi o agente
que causou o dano). Requisitos:
▪ Comprovação do dano causado foi com a administração pública ou com terceiro
▪ Agiu com culpa civil -> seja doloso ou culposo
• Responsabilidade Penal:
○ Conduta que a lei tipifica como infração penal. É típica do direito penal
○ Responsabilidade é subjetiva, podendo ser por culpa ou dolo
○ Crimes pertinentes à função pública: arts. 312 a 326, CP. -> dentro do CP há os crimes funcionais,
reservados a conduta dos servidores públicos.
• Responsabilidade Administrativa:
○ Ocorre a prática de um ilícito administrativo, assim como a violação dos deveres e vedações funcionais
(estão dispostos nos estatutos). As violações podem ser de forma comissiva ou omissiva.
○ Apuração em processo administrativo: apura a infração por processo administrativo e condena o
servidor em sanção administrativa
○ Princípio da adequação punitiva: a sanção aplicada deve ser proporcional à infração cometida pelo
agente.
○ Motivação: o ato, a decisão do processo administrativo deve ser motivada -> deve dizer o porquê está
aplicando essa condenação ao servidor.
▪ Se houver abuso e o servidor acha injusta a sua infração administrativa, ele pode recorrer à esfera
judicial e o juiz apreciará critérios de legalidade -> juiz não pode interferir nas questões de
discricionariedade administrativa, somente nas questões de legalidade.
• Efeitos da decisão penal nas esferas civil e administrativa:
○ Civil:
▪ Decisão for condenatória na esfera penal: o ilícito penal acaba englobando o ilícito civil, pois o
que já é crime, exige, geralmente, uma responsabilização no civil, tendo em vista que pode lesar
os cofres públicos. Ex.: destruição de bens públicos -> crime de dano (163, CP) e repara o dano
para a AP. Assim, é condenado na penal e na civil
▪ Decisão for absolutória na esfera penal: absolvido na esfera penal, não respondendo por lá, mas

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▪ Decisão for absolutória na esfera penal: absolvido na esfera penal, não respondendo por lá, mas
continua respondendo na esfera civil. Mantem-se a reparação do dano. A instância penal não
obriga (não vincula) a instância civil. Se é absolvitória na esfera penal, não vincula na civil, pois
posso responder civilmente. Ex.: absolvido na esfera penal, pois o crime exigia dolo e a conduta
foi culposa -> não condenado no penal, mas repara civilmente o dano que causou a AP.
○ Administrativa:
▪ Devemos separar se é crime funcional ou não funcional. Funcional é aquele pertinente com a
função pública exercida pelo agente. Não funcional é quando comete crime que não tem
vinculação/pertinência com a função pública exercida.
▪ Crime funcional:
□ Decisão penal condenatória: responde pelo crime e responde administrativamente -> ilícito
penal = ilícito administrativo. Sempre haverá reflexo na AP. Ex.: crime de corrupção passiva
(317, CP) -> implicitamente pratica art. 117, XII, lei 8.112/90. A decisão condenatória na
esfera penal obriga a administrativa.
□ Decisão penal absolutória:
 Absolvido por inexistência do fato atribuído ao servidor ou excluída a condição de
autor do fato -> repercute na esfera administrativa, não haverá punição para o servidor.
A instância penal obriga a instância administrativa.
 Se absolvido por insuficiência de provas na esfera penal quanto à autoria ou provas
insuficientes -> não vincula a esfera administrativa. O servidor pode ser absolvido pelo
crime, mas punido na esfera administrativa. A instância penal não obriga a instância
administrativa (pode ser que não tenha prova suficiente para provar o crime, mas tenha
prova suficiente para responder administrativamente).
◊ Ex.: absolvido por falta de provas por peculato (312, CP) -> nada impede que na
esfera adm o servidor seja responsabilizado -> responde administrativamente por
ilícito administrativo de proceder de forma desidiosa (117, XV, 8.112/90).
Tipificação do peculato: “Crime de apropriação por parte do funcionário público,
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou privado de que tenha
a posse em razão do cargo, ou desviálo em proveito próprio ou alheio”.
▪ Crime não funcional:
□ Decisão penal condenatória: crime não tem correlação com a função -> nada ocorrerá na
esfera administrativa quando a pena não impuser a perda de liberdade. Mas se tem a perda de
liberdade com aplicação da PPL:
 PPL menor que 4 anos: afastado do cargo/função (auxílio reclusão)
 PPL maior que 4 anos: perda do cargo/função/mandato
□ Decisão penal absolutória: nenhum efeito ocorrerá na esfera administrativa
 Quando tem absolvição na esfera administrativa, isso não impede a instauração de
processo no âmbito penal, ou seja, são esferas autônomas. O STF já decidiu que pode
ser aplicada a pena de demissão ao servidor em processo disciplinar, mesmo se ainda
em curso a ação penal em que responde pelo mesmo fato -> correm processos em
tempos =/=, por isso, pode ocorrer essa situação.

• Art. 37, CF: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
○ I: os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (se a CF/88 não fala lei
complementar, se trata de lei ordinária)
○ II: a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, (tem alguns concurso que quando apresenta títulos e provas há uma
pontuação pra esses títulos, como mestre e doutor) de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão (exceção)
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
○ III: o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período; (não pode ter concurso público de 2 anos prorrogados por 1 ano, tem que ser prorrogado uma
vez por igual período, ou seja, prorrogado por 2 anos)
○ IV: durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira; (ex.: concurso pra analista do TRT que tem validade de 2 anos,
no edital diz que pode prorrogar uma vez por igual período, ou seja, prorrogar por 2 anos - esse período
de prorrogação por 2 anos é improrrogável, pois só pode prorrogar uma vez e depois não pode prorrogar
mais. No período improrrogável, se for aberto a possibilidade de novo concurso, aqueles aprovados no

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mais. No período improrrogável, se for aberto a possibilidade de novo concurso, aqueles aprovados no
período em prorrogação terá prioridade)
▪ Cadastro de reserva: abre concurso com vaga reserva -> quando abre vaga, chama as pessoas. É
uma expectativa. Quando abre concurso público e coloca no edital um determinado número de
vagas, esse número de vagas vincula (tem que ser respeitado - tem que esgotar essas vagas
garantidas pelo edital). Quando o edital coloca um determinado número de vagas e cadastro de
reserva, quer dizer que o número de vagas vincula, mas o cadastro de reserva não vincula (o órgão
chama quantas pessoas quiser a medida que necessita - se trata de uma expectativa de direito)
○ V: As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
○ VI: é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
○ VII: o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; => servidor
público não é livre para exercer direito de greve, está limitado a regulamentação de lei especifica (mas
lei não existe e não tem regulamentação do direito de greve do servidor público - garante o direito, mas
é limitado por lei especifica - tem se aplicado subsidiariamente a lei de greve dos trabalhadores
comuns - não é direito amplo e irrestrito - não se trata de lei complementar, mas sim lei especifica). É
garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; (não inclui o militar aqui,
somente o civil)
○ VIII: a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
○ IX: a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público; (legitima a contratação temporária)
○ X: a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
○ XI: (pulou o inciso XI - teto remuneratório)
○ XII:os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo; (trazer paridade) => art. 39, parag. 1 - A fixação dos padrões de
vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: A fixação dos padrões de
vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará (brecha que quebra o inciso
XII que tenta justificar salários diferenciados)
○ XIII: é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público; (constituição veda pq as vezes tem o mesmo nome, mas não
tem as mesmas atribuições)
○ XIV: é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público; (acaba com um privilegio chamado "efeito cascata" -
qualquer adicional ou agregação a remuneração ia agregando sobre o que estava agregado, ganhando
benefícios em cima de benefícios e o salário ficava imenso)
○ XV: o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,
I; (subsidio/remuneração não pode ser reduzidos)
○ XVI: é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (nunca pode superar o teto
remuneratório - em regra não pode cumular remuneração de cargo público, pode fazer isso se tiver
compatibilidade de horários e permite em dois cargos: dois cargos de professor, cargo de professor com
outro técnico ou cientifico, dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde)
○ XVII: a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público;
• Art. 38, CF: Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
○ I: Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função;
○ II: investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
○ III: investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
○ IV: Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
• Art. 39, CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua

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• Art. 39, CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta,
das autarquias e das fundações públicas
○ § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados.
○ § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,(direitos sociais) podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
○ § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
○ § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da
remuneração dos cargos e empregos públicos. (questão da transparência)
• Art. 41, CF: São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Só tem estabilidade quem tem efetividade - esses 3 anos
é a fase de estágio probatório)
○ § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
i. em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
ii. mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa
iii. mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
○ § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço
○ § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
○ § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho
por comissão instituída para essa finalidade.

20/09/2023 - SEGUNDA PARCIAL

TETO REMUNERATÓRIO

• Temos o piso que é o mínimo e o teto que é o máximo (CF estabelece limites para o subsídio e para a
remuneração). O teto trata-se de um paradigma/referência/máximo que os agentes públicos podem ganhar, a
ideia do teto é que haja uma limitação do máximo que a remuneração pode chegar. Se o agente está
recebendo acima do teto, tem que diminuir a remuneração. CF impôs limites para que tenha uma
proporcionalidade nas remunerações e para evitar gastos excessivos.
• CF, art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e
nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
○ Quem está incluído no teto: quem recebe por remuneração e subsídio. Aplica-se para ocupantes de
cargo, função e emprego público da adm direta, em relação a indireta é autárquica e fundacional.
○ Temos o piso que é o minimo e o teto que é o maximo (CF estabelece limites para o subsidio e
remuneração paga)
○ Teto nacional: valor que ministros do STF recebem por subsídio (em tese, ninguém do país pode
receber mais do que os ministros do STF), mas a CF cria subtetos. "cumulativamente ou não, incluídas
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal"
○ A partir do teto nacional, subtetos são criados:
▪ Subteto municipal: em relação ao município, o teto municipal é o subsidio do prefeito (os

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▪ Subteto municipal: em relação ao município, o teto municipal é o subsidio do prefeito (os
servidores públicos municipais não podem receber mais que o prefeito - limite é a remuneração do
prefeito) -> "Municípios, o subsídio do Prefeito"
▪ Subteto Estadual e do DF: no subteto estadual teve um desmembramento entre poder executivo,
legislativo e judiciário.
□ No poder executivo: o teto é o subsídio do Governador (servidores estaduais ligados ao
poder executivo não podem receber mais que o Governador - limite é a remuneração do
Governador)
□ No poder legislativo: o teto é o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais (servidores
estaduais ligados ao poder legislativos não podem receber mais que os Deputados Estaduais
ou DF)
□ No poder judiciário: o teto é o subsídio do Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado
a 90,25% do que recebem os ministros do STF (servidores estaduais ligados ao poder
judiciário não podem receber mais que os desembargadores do TJ, que é limitado a 90,25%
do teto nacional) -> 90,25% do que recebem os ministros do STF (90,25% do teto nacional):
aplicável esse limite de 90,25% do teto nacional aos membros do MP, procuradores e aos
defensores públicos (CF estendeu para eles -> "membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos").
□ aplicável esse limite (de 90,25% do teto nacional - CF estendeu esse teto remuneratório) aos
membros do MP, aos procuradores e aos defensores públicos

• Situação do vereador (Art. 29, inciso VI da CF/88) => "o subsídio dos Vereadores será fixado pelas
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta
Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites
máximos" (quem vota o subsidio e aumento do subsidio dos vereadores são as câmaras municipais, ou seja,
são os próprios vereadores). Tem-se uma regra própria:
○ Vereadores tem teto diferente, que não é o do prefeito, mas segue a ordem do art. 29, VI com base no
subsidio dos deputados estaduais => a ideia é que quanto maior o município, maior a complexidade e,
por isso, recebem uma porcentagem maior (vereador não segue a regra do teto que é do subsidio do
prefeito, segue a lógica do subsidio dos deputados estaduais - até porque está no âmbito legislativo)
▪ a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a
vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; b) em Municípios de dez mil e um a
cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do
subsídio dos Deputados Estaduais; c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes,
o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados
Estaduais; d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; e) em
Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; f) em Municípios de
mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e
cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;
▪ Os vereadores votam nos próprios salários, observando a regra dos deputados estaduais
• Subsidio dos deputados estaduais: art. 27, § 2º "O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de
iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido,

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iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido,
em espécie, para os Deputados Federais" (deputados estaduais só podem receber 75% do deputado federal)
▪ os estaduais só podem receber até 75% do que ganham os deputados federais -> sistema de
limitação. A ideia do teto é sempre limitar um valor que não pode ser ultrapassado.
▪ Regra abate teto: denúncia de que algum político está recebendo acima do teto, pode ter a
remuneração diminuída.
• Caso do governador: tem a emenda n 47/05 (parágrafo 12 do art. 37 da CF, que foi acrescentado com a
emenda): § 12. "Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos
Vereadores." =>
○ no caso do governador, se o Estado ou o DF como paradigma 90,25% do teto nacional fica a faculdade
deles (essa faculdade seria um aumento do teto)
• A CF estabelece teto remuneratório para alguns agentes públicos, não pra todos. Quando não existe o
estabelecimento, aplica a regra do 90,25% do teto nacional (pois nunca pode ultrapassar o teto nacional)
• Art. 37, § 11. "Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei."
○ parcelas de caráter indenizatório -> gasta, pega a nota fiscal e depois reembolsa. O que gasta de
despesa, deve ser indenizado. O problema é quem controla esses gastos, porque, geralmente, são eles
mesmo que definem => vários penduricalhos foram criados ao subsidio com isso, chamando de verbas
indenizatórias. Ex.: auxilio palito, moradia...
• Artigos importantes relacionados ao teto remuneratório do serviço público:
○ Constituição Federal de 1988:
▪ art. 37, XI: já colocado
▪ XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; (semelhante = paridade)
▪ XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público;
▪ XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
▪ § 9º: O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e
suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
□ as empresas pública e sociedade de economia mista (API de forma geral) se submetem ao
teto remuneratório, mas não são todos, somente aquelas que recebem custo público, porque
entra dinheiro público (se for de capital exclusivamente privado não tem teto)
▪ § 12: Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios
dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
▪ § 11: já colocado
▪ art. 27, § 2º: já colocado
▪ art. 29, VI: já colocado
▪ art. 32, § 3º: Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27 =>
Estado e Distrito federal faz remissão ao art. 27
○ Resolução nº 13 CNJ, art. 8º, II, “a” => Art. 8º Ficam excluídas da incidência do teto remuneratório
constitucional as seguintes verbas:
▪ I - de caráter indenizatório, previstas em lei: a) ajuda de custo para mudança e transporte; b)
auxílio-moradia; c) diárias; d) auxílio-funeral; e) (Revogada pela Resolução nº 27, de 18.12.06) f)
indenização de transporte; g) outras parcelas indenizatórias previstas na Lei Orgânica da
Magistratura Nacional de que trata o art. 93 da Constituição Federal
▪ II- de caráter permanente: "remuneração ou provento decorrente do exercício do magistério, nos
termos do art. 95, parágrafo único, inciso I, da Constituição Federal (única outra função que o
magistrado pode ter é docencia, então ele pode cumular as remunerações)
○ ADIN nº 3.854 => Entraram com a ação pois o juiz estadual recebia menos do que o federal ->
argumentaram a inconstitucionalidade -> hoje é equiparado, não tem =/= remuneratória entre ambos no
sentido de observar o teto. Não significa que recebem o mesmo salário, mas sim que o teto é o mesmo.
• Aspectos gerais do teto remuneratório

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• Aspectos gerais do teto remuneratório
○ O teto remuneratório é chamado de “teto remuneratório constitucional” porque tem previsão
constitucional;
○ o “teto remuneratório geral” (teto nacional) corresponde ao subsídio mensal dos ministros do STF
(Supremo Tribunal Federal);
○ há tetos específicos nos Estados, do Distrito Federal e nos Municípios.
○ o teto remuneratório abarca somente a remuneração e seus componentes, seja ela subsídio (dos
políticos), vencimento (dos funcionários públicos), salário (dos empregados públicos) ou proventos (o
pagamento dos aposentados);
○ submetem-se ao teto remuneratório as remunerações e os proventos acumuláveis, exceto em caso de
magistrados que acumulam cargo no magistério público;
○ as verbas indenizatórias (diárias, auxílio alimentação, auxílio moradia, ajuda de custo, etc.) ficam de
fora do teto remuneratório, pois têm natureza indenizatória e não fazem parte da remuneração
• Não se submetem ao teto remuneratório:
○ as verbas indenizatórias; (surge como penduricalhos)
○ as remunerações e os proventos acumuláveis de magistrado que exerça o magistério;
○ os salários dos empregados das empresas estatais independentes.
▪ Uma empresa estatal independente é aquela que não recebe recursos do ente federativo
controlador para pagar despesas de pessoal e despesas de custeio.
▪ Em contraponto, uma empresa estatal dependente é aquela que recebe recursos do ente federativo
controlador para o pagamento de despesas de pessoal e despesas de custeio

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