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MODELO DE FICHAMENTO DE ARTIGO

FICHAMENTO
Referência:

CASAGRANDE, Eduardo Marcelo. A influência do Instagram na identidade de


adolescentes. 2022.

 (Questões de pesquisa/Objetivo)

 Referencial teórico

INTRODUÇÃO

Conceito de identidade

A identidade é uma narrativa que você faz de si próprio a partir das características
que te define. Não é imutável, e a cada definição as características vão se
alterando (CIAMPA, 1989).

“O conhecimento de si é dado pelo reconhecimento reciproco dos indivíduos


identificados através de u m determinado grupo social que existe objetivam ente,
com sua história, suas tradições, suas normas, seus interesses, etc. (Um grupo
pode existir objetivamente, por exemplo, um a classe social, m as seus
componentes podem não se identificar com o seus membros, e nem se
reconhecerem reciprocam ente, Ê fácil, parece, perceber as consequências d e tal
fato, seja p a ra o indivíduo, seja para o grupo social.) Mas, se é verdade que
minha identidade é constituída pelos diversos grupos de que faço parte, esta
constatação pode nos levar a um erro, qual seja o de pensar que os substantivos
com os quais nos descrevem os (“ sou brasileiro”, “ sou homem ”, etc.) expressam
ou indicam um a substância ("brasilidade”, “ masculinidade” , etc.) que nos tornaria
um sujeito imutável, idêntico a si mesmo, manifestação daquela substância.”
(CIAMPA, 1989. P. 64)

CIAMPA, Antônio da Costa. Identidade. In: LANE, Silvia T. M.; CODO, Wanderley
(orgs.) Psicologia Social: O Homem em Movimento. 8. Ed. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1989. p. 58 – 75.
Identidade adolescente

Além de todas as transformações físicas e hormonais, a adolescência é marcada


pela busca de uma identidade própria, distanciando-se da identidade dos pais. Um
maior contato com pessoas da mesma idade, com as mesmas predisposições,
leva a formação de novos grupos de coletividade, e consequentemente, a criação
de novas formas de identidade. (PAPALIA; FELDMAN, 2013).

PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento Humano. 12. Ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013.

Utilização das Redes Sociais

Em 2022, cerca de 149 milhões de brasileiros, (86%) da população de 10 anos ou


mais tiveram acesso a internet. Destes, (74%) utilizam regularmente às redes
sociais, sendo (99%) pelo telefone celular. Entre crianças e adolescentes de 10 a
15 anos, uma a cada cinco acessam as redes sociais na escola. (CETIC.BR,
2022).

CETIC.BR. TIC Domicilios: pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação


e comunicação nos domicílios brasileiros. Pesquisa Sobre o Uso das Tecnologias
de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros. 2022. Disponível em:
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20230825143720/tic_domicilios_2022_liv
ro_eletronico.pdf. Acesso em: 24 dez. 2023

O uso das redes sociais, sendo assim, já é parte do cotidiano de boa parte
dos adolescentes brasileiros. Estar em contato constante com amigos e familiares,
fazer pesquisas escolares, assistir conteúdos de interesse são exemplos de
atividades online mais praticadas pelos adolescentes cotidianamente, assim como
seguir influenciadores digitais, interagir com estranhos e fazer parte de grupos de
jogos online, lives e fóruns.
Toda esta variação de atividades disponíveis na internet também coloca os
adolescentes em contato constante com diferentes grupos sociais, visões políticas
e valores morais e sociais, e como nossa identidade é culturalmente moldada a
partir dos grupos sociais aos quais pertencemos, toda essa exposição ao mundo
virtual certamente pode influenciar nessa construção.
Seguindo esta linha de raciocínio, se as redes sociais hoje, por serem as
mídias mais utilizadas pelos adolescentes tem uma grande influência para a
formação de suas identidades, também as outras mídias tradicionais, anteriores às
redes sociais, também o tiveram na formação da identidade das gerações
anteriores. O autor passa, então, a argumentar sobre a influência da globalização
nos processos de construção e transformação da identidade cultural.

O Papel da Globalização nas Identidades Contemporâneas

Para Casagrande (2022), assim como acontece no campo econômico, a


dominação cultural também se origina no centro do capitalismo, se expandindo,
num movimento centrífugo, para suas periferias. Através da globalização a “[...]
formação da identidade já não é definida de maneira local, pelas práticas das
comunidades locais ou por fronteiras definidas, permitindo o surgimento de
identidades globais.” (CASAGRANDE, 2022, p 24).
O autor também trabalha com a importância da nacionalidade na
construção da identidade dos indivíduos, e de como ela é reforçada culturalmente
pela mídia globalizada, por exemplo, através exploração dos mitos fundadores de
uma nação. Quando Hollywood exalta, num filme, o mito dos “pais fundadores”
dos EUA, ele está projetando, subjetivamente ou não, elementos culturais
ufanistas que se integram à identidade norte americana. O mesmo não ocorre,
tampouco, quando a mesma indústria cinematográfica retrata a história de países
periféricos ou hegemonicamente rivais (Hall, 2006).

O Papel da Redes Sociais nas Identidades Contemporâneas

O primeiro aspecto a ser discutido, a partir de Martino (2010), é a da


natureza pública das interações nas redes sociais, que leva a construção de uma
identidade virtual autobiográfica, uma persona criada a partir de narrativas sobre si
mesmo, transformando-se na representação de uma identidade de quem se quer
ser, ou quem se pensa ser.

A partir do debate de como se configuram as redes sociais, aponta como


nas redes sociais se constituem as representações. Para o autor, nas redes
sociais de comunicação se constroem personagens, organizados em torno das
autobiografias que apresentam a representação de identidades através de
narrativas. Assim, Martino destaca como acontece uma nova forma de comunicar
a partir da utilização dessas redes.
Ao contrário de um diário, as postagens online se dão de maneira pública,
sendo direcionadas para um outro, que, a princípio, pode ser qualquer pessoa. Se
apresentando como identidade pública eletronicamente mediada. Com as ideias
de íntimo e público sendo opostas, isto cria um problema para a representação da
identidade, sendo criada uma espécie de transparência artificial de si mesmo.
Martino (2010) escreve:
Mas até que ponto essa narrativa é verdadeira? Em certa medida, nunca.
E, a rigor, tanto faz: a narrativa de si, como vista nos primeiros capítulos
do livro, é uma construção subjetiva que, ao selecionar fatos e costurar
histórias, cria uma representação que chamamos de “identidade”. O
quanto essa representação está ligada à realidade nem sempre faz
diferença, sobretudo quando se está no ambiente virtual. O blog se
apresenta como uma possibilidade de criação de personas, identidades
paralelas e alternativas, decorrentes das formas narrativas de si mesmo,
(MARTINO, 2010, p. 181).

 Método
 participantes
 forma de coleta de dados

 Resultados/conclusões mais importantes

 Contribuições do estudo

 Limitações

 Sugestões para futuras pesquisas

Palavras-chave: Identidade; Instagram; Psicologia.

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