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EDUCAÇÃO E INTERSECCIONALIDADES ENTRE


MARCADORES SOCIAIS DA DIFERENÇA
 Aula 1 - Educação, gênero e lutas feministas

 Aula 2 - Educação, diversidade e as pessoas LGBTQIAPN+

 Aula 3 - Educação e arranjos familiares

 Aula 4 - Educação e as lutas anticapacitistas

 Aula 5 - Encerramento da unidade

 Referências

Aula 1

EDUCAÇÃO, GÊNERO E LUTAS FEMINISTAS

PONTO DE PARTIDA

Olá, estudante!

Você já percebeu que, em educação e diversidade, analisa-se a forma com que as interseccionalidades

sobrepõem formas de dominação presentes em nossa sociedade. Elas se refletem no cotidiano das escolas e

da comunidade do seu entorno, composta por famílias daquela realidade. Nesta primeira aula desta unidade

de estudos sobre a educação e as interseccionalidades entre marcadores sociais da diferença, você vai,

inicialmente, estudar sobre a construção do conceito de gênero a partir das mediações com a nossa vivência

em sociedade e os movimentos feministas. Depois disso, se apropriará dos conhecimentos sobre as lutas

contra os estereótipos e a questão da representatividade. No final desta aula, será problematizada a ideologia

de gênero à luz das relações sociais em que estamos inseridos.

Para pensar nas relações entre educação, gênero e lutas feministas, alguns questionamentos iniciais se fazem

necessários para problematizar essas questões: o que é gênero? Qual a contribuição dos movimentos

feministas na construção de uma sociedade mais justa? Quais as formas mais eficazes de luta contra os

estereótipos? Qual a importância da representatividade? O que é ideologia de gênero?

Veja que essas são algumas de muitas das problematizações relacionadas a educação e interseccionalidades.

Você sabe que estudar é preciso, para que se possa vislumbrar (e vivenciar) uma sociedade justa no que tange
às relações de gênero, colocando abaixo e em definitivo a cultura do patriarcado sob nossas relações sociais.

Para isso, aproprie-se dos livros e artigos presentes em nossa Biblioteca Virtual. Bons estudos!

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VAMOS COMEÇAR

Os estudos em educação e diversidade nos levam a compreender as interseccionalidades presentes em nossa

convivência social. Elas sobrepõem formas de dominação e se refletem no cotidiano do contexto escolar.

Sabemos que o papel do educador nesses espaços (instituições sociais) é justamente desnaturalizar quaisquer

formas de injustiça presentes em nossa convivência social. Como anunciado, nesta aula, você vai estudar a

construção do conceito de gênero e os movimentos feministas, e conhecerá a luta contra os estereótipos. Por

fim, a partir das reflexões propostas, você vai estudar as problematizações em torno da ideologia de gênero.

Construção do conceito de gênero e movimentos feministas


Nesta aula, você vai estudar a construção de gênero e os movimentos feministas. Inicialmente, é preciso

definir gênero, como algo construído ao longo do tempo, e está atrelado às noções da identidade social e

cultural. Estudar sobre gênero nos leva a refletir sobre nossas relações sociais e a forma como a sociedade as

constrói. Os lugares e posições sociais são definidos para cada indivíduo em meio à coletividade em que

estamos inseridos.

Esses estudos desempenham um papel crucial na compreensão e na luta por questões relacionadas à

identidade e à igualdade de direitos. No exercício de construção do conceito de gênero, deve-se


primeiramente fazer as devidas distinções entre sexo e gênero: sexo, tem a ver com as características

biológicas; gênero refere-se aos papéis, aos comportamentos, expectativas e identidades sociais atribuídas aos

indivíduos.

O conceito de gênero destaca que as diferenças entre homens e mulheres não são apenas biológicas, mas

socialmente construídas, influenciada por normas, expectativas e valores culturais. O contexto do Pós-

Segunda Guerra Mundial e as mudanças sociais e políticas ao longo das décadas de 1960 e 1970 colocaram em

evidência o debate sobre o determinismo biológico, cujo questionamento foi impulsionado pelo movimento
feminista.

Tratar e debater sobre gênero em nosso meio social, é fazer um verdadeiro enfrentamento de posições, de

relações hierarquizadas de controle e, sobretudo, combater discursos machistas, misóginos e excludentes

(Previtelli; Vieira, 2017). É nesse sentido que a sexualidade precisa ser compreendida como uma construção

cultural e social, e isso tem implicações importantes para pensar as relações de dominação e injustiças que

perpetuam em nossa convivência social. Afinal, a sexualidade é um dado da cultura, não um dado da biologia.

Dizer que é menino por nascer com um aparelho genital nomeado “pênis” ou uma

menina por portar um aparelho nomeado “vulva”, não dá conta de explicar o que

somos e como somos. Se assim o fosse, jamais precisaríamos produzir, nem trabalhar

ou querer viver a vida. Já que tudo está determinado mesmo, caberia apenas ficar

esperando acontecer.
— (Previtelli; Vieira, 2017, p. 125)
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Pode-se perceber que gênero corresponde à construção social que demarca identidades, como de homens,

mulheres e de outros, como elaborações do contexto histórico e social, não decorrentes simplesmente da

diferença anatômica dos corpos (Oliveira; Rocha, 2016, p. 339). Além disso, precisa-se destacar as articulações

com as lutas sociais em torno da construção de gênero, que se reverbera na produção de conhecimento.

Isso auxilia na articulação de uma proposta para o conceito de gênero. A historiadora norte-americana Joan

Scott indica que foram nesses ambientes, onde emergiram as contradições de gênero, que começou a ser

pensada uma produção historiográfica em que as mulheres protagonizassem tanto quanto os homens o papel

de sujeito histórico e pudessem, além de figurar nas páginas dos livros, rever várias abordagens científicas

sobre a produção do conhecimento (Burke apud Previtelli, 2017).

Os questionamentos acerca das contradições e dos conflitos gerados pela inferiorização e a discussão sobre o

que era o feminino no espaço acadêmico, possibilitaram desconstruir nesses campos de saberes os limites de

pensar o homem e a mulher como contraposição de relações, como se fossem validados pela oposição entre

os sexos (Previtelli; Vieira, 2017). Nesse sentido, pode-se perceber que a construção do conceito de gênero

perpassa a discussão acerca da sexualidade.

O filósofo Michel Foucault aponta em seus estudos sobre a sexualidade, investigada a partir da sujeição, que

ela se configura como um processo no qual nos tornamos o que somos a partir de algo produzido para dizer

quem somos e como devemos nos manter para ser o que está definido. Segundo Foucault, nos tornamos quem

somos, fazemos ou nomeamos as coisas de uma forma e não de outra e isso gera efeitos ao tomarmos

determinadas atitudes sobre nós e sobre os outros e o que se produz a partir disso no espaço em que vivemos.

Foucault refletiu acerca da sexualidade em seus estudos sobre os processos de sujeição na modernidade,

procurando criar uma história pela qual diferentes modos tornariam seres humanos em sujeitos. O filósofo

propõe no sentido investigativo um olhar sob a norma e o poder, uma força social múltipla que pode

assimilar ou excluir alguém, inquirir da repreensão à punição, do discriminar até a exclusão.

Os movimentos feministas tiveram origem desde fins do século XIX. Ali se encontra a raiz da problematização

que culminou com a elaboração do conceito de gênero (Previtelli; Vieira, 2017). Esses movimentos lutam por

equidade e igualdade de condições entre homens e mulheres, apontando as desigualdades de gênero

existentes em nossa sociedade. O movimento feminista foi muito importante, pois contribuiu com a

construção de uma sociedade mais justa, a partir do questionamento da cultura do patriarcado e das relações

de dominação a partir do gênero.

Figura 1 | As lutas feministas - Pôster We can do it!, J. Howard Miller (1942)

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Fonte: Wikimedia Commons.

Como se pode ver, não se tolera mais qualquer forma de injustiça e desigualdades que possa haver em meio a

nossas relações, inclusive entre homens e mulheres. A escola deve transmitir esses conhecimentos

relacionados aos direitos humanos e reproduzir práticas que demonstrem relações e condições de igualdade,

não se pode tolerar qualquer forma de violência e de hierarquia nas relações de gênero, e isso deve ser

trabalhado desde cedo, sobretudo com a ajuda das famílias.

Cabe dizer se é necessário estabelecer uma hierarquia para que uns vivam em detrimento de outros, pois só

assim podemos perceber o quanto essas lutas, conhecidas como lutas feministas, que lutaram por direitos e

em busca do reconhecimento dessas desigualdades, trouxeram expressivos ganhos e conquistas para a

ampliação da participação da mulher em todos os espaços da sociedade.

Enfim, esses são estudos sobre o conceito de gênero, abordagem preliminar, especialmente para se pensar nas

relações com a realidade escolar. Como se viu, o gênero deve ser pensado em sua concepção social e cultural e

deve-se levar em conta a diversidade de identidades de gênero e o seu reconhecimento.

Luta contra estereótipos e representatividade


O processo de educação escolar deve ser uma experiência de ensinamentos contra quaisquer estereótipos que

envolvam a questão das diferenças, como as de gênero, de acordo com o que estamos examinando nesta aula.

Mediante o entendimento dialético para a compreensão do fenômeno em si, o nosso ponto de partida é o

ponto de chegada.

É preciso conhecer e combater os diversos estereótipos existentes no convívio social de uma escola, por

exemplo. As pessoas precisam desnaturalizar as formas de vida que as colocam em condição de inferioridade,

por isso precisamos exercer um papel crítico e construtivo no que diz respeito à questão de gênero. Deve-se

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reconhecer a importância da representatividade. A instituição escolar é positivamente fértil para promover a

justiça e a igualdade de condições de gênero, e isso deve se estender para outros arranjos sociais, visando à

construção de uma rede de apoio.

Nesse sentido, como se pode perceber, gênero é algo construído a partir das relações sociais e culturais que

moldam os indivíduos e seus corpos, sobretudo a mulher e as expectativas criadas em relação ao seu

comportamento. Estudar sobre gênero é também pensar na sexualidade humana sob a ótica da natureza

social do fenômeno, ou seja, como algo que a desvincule de um discurso somente biológico: gravidez, métodos

contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis, cuidados e higiene com o corpo. É preciso pensar a

construção do gênero na perspectiva sociocultural.

A principal crítica de Joan Scott se deu justamente pelo caráter descritivo de gênero, sem ir além de questões

envolvendo homens e mulheres, ou seja, gênero é uma forma relacional de saber a respeito das diferenças

sexuais, permeado por relações de poder que dão sentido a um espaço estabelecido, segundo a historiadora.

A pouco vimos o conceito de poder, que engloba as relações de gênero, para Foucault. Como exemplo, a

representação do feminino para a tradição cristã ocidental é algo que remonta os aspectos históricos e

culturais e que estão relacionados às diferenças de gênero. Essa discussão e outras que envolvem a

desigualdade de gênero devem ser sempre incentivadas, de modo que seja possível encontrar os caminhos

para o enfrentamento de estereótipos.

Os estereótipos são clichês, uma imagem preconcebida e padronizada. É preciso desconstruir certos padrões

de comportamento que estão embrenhados em nossa cultura social, nos quais se relega, muitas vezes, um

papel de inferioridade à mulher. Isso tem impactos negativos, pois reforça as formas de discriminação,

aprofundando as desigualdades de gênero.

Visando uma ampliação da educação e da conscientização em relação à igualdade de gênero, família, escola e

sociedade, todos devem saber da importância do seu papel para a construção de uma sociedade mais justa e

igualitária no que diz respeito às questões de gênero. A escola é uma instituição fundamental nesse processo

de conscientização.

A busca pela representatividade significa garantir que diferentes grupos sociais sejam representados de

forma justa, seja na mídia, na cultura, nas artes e em quaisquer outros espaços de relações sociais de todos os

setores da sociedade. A diversidade de representações, nesse sentido, contribui com a ampliação de

narrativas e a quebra de monopólios de histórias únicas e estereotipadas.

Com isso, observa-se a importância da luta conjunta no enfrentamento dessas dificuldades, de justiça social e

de gênero. Para a construção de uma forma mais justa em relação às questões de gênero, deve-se envolver

diferentes vozes, perspectivas e experiências e em mais espaços na escola. A construção (e valorização) desses

espaços é essencial para que se desenvolvam e se realizem políticas inclusivas, equiparação salarial, cargos

de liderança e chefia ocupados por mulheres em toda a sociedade.

As diferenças entre os sexos não podem gerar violência, exclusão e intolerância. O feminismo foi um

movimento de caráter sociopolítico na defesa dos direitos humanos das mulheres ao questionar o tripé da

exploração, discriminação e violência. Com essas ações, buscou-se combater enfaticamente o tratamento

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biológico.

A filósofa francesa Simone de Beauvoir já dizia que não se nasce mulher, mas torna-se mulher. Nos estudos

sobre a condição das mulheres e as relações entre os sexos, Simone de Beauvoir trouxe uma contribuição
significativa para pensar sobre as questões relacionadas ao gênero.

Simone de Beauvoir procurou mostrar que o termo feminilidade foi inventado pelos

homens e tinha como intenção limitar o papel social das mulheres. [...] uma palavra

não é somente uma representação de fonemas, mas carrega consigo valores, modos

de pensar e visões de mundo. A filósofa questionava a ideia de que as mulheres são

inferiores e também questionava a sua posição de subordinação. Para Beauvoir, as

mulheres tinham que superar o ‘eterno feminino’, que as amarrava e formava seu

próprio ser, além de escolher seu próprio destino, libertando-se das ideias pré-

concebidas e dos mitos pré-estabelecidos.


— (Oliveira; Rocha, 2016, p. 339)

Simone de Beauvoir colocava em questão estruturas de dominação relacionadas às questões de gênero, ou

seja, algo que sempre se relegou à posição de subordinação. Discutir essas questões impacta

significativamente a vida em sociedade, pois é preciso ampliar o debate, de modo que todos possam

encontrar meios para a desconstrução de estereótipos relacionados às questões de gênero. Como se pode

perceber, o feminismo não pretende subverter a ordem de poder, trocando mulheres por homens no

comando, mas estabelecer uma luta por equidade social, política, cultural e econômica entre as pessoas

(Previtelli; Vieira, 2017).

Esses debates contribuíram decisivamente para repensar e recriar o que se dizia sobre a identidade do ser

homem e ser mulher. Debater essa questão contribuiu para desestabilizar uma lógica de pensamento binária,

que posiciona de um lado mulheres com características atribuídas como mais próximas da natureza em razão

da reprodução e gravidez, da passividade, do cuidado com o corpo e da paramentação, entre outros

(Previtelli; Vieira, 2017). A luta feminista procura remover para o campo político todo esse discurso ligado à

natureza e trabalhar com o conceito de cultura, argumentando uma construção social dos indivíduos que se

dá a partir das relações sociais.

Problematizando ideologia de gênero


À luz desses estudos e questionamentos para pensar em educação, gênero e lutas feministas, precisa-se

problematizar a ideologia de gênero. Na verdade, pode-se dizer que há estudos de gênero, como uma esfera
presente nas relações sociais, assim como o trabalho, a educação, a religião, entre outros. Essas instituições

sociais apresentam formas e estruturas de dominação e relações de poder. As relações de gênero se

estabelecem em nossa sociedade a partir das questões culturais de acordo com a sexualidade das pessoas.

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No final da década de 1960, os estudos de gênero e sexualidade ligados à educação no Brasil estiveram

presentes em universidades e escolas através das militantes feministas (Louro apud Previtelli; Vieira, 2017).

Naquele contexto, os estudos das mulheres serviram como forma de visibilizar e combater a segregação

social e política a que as mulheres historicamente estiveram condicionadas. Nos últimos anos, esse termo tem

gerado muitos questionamentos por parte da sociedade, sendo que, na maioria das vezes, são acompanhados

de muitos equívocos. É preciso contextualizar este termo que tem sido pejorativamente usado para

desacreditar os movimentos sociais de luta por direitos e igualdade.

São, no entanto, bastante controversas as polêmicas em torno do conceito de ideologia de gênero, sobretudo

na última década, na realidade brasileira, marcada pela ascensão e consolidação das redes sociais e um

período bastante conturbado na política. São muitos os desafios da educação e das políticas públicas no

combate à desinformação e o uso pejorativo do conceito de gênero. Ao contrário, como se pode observar, o

conceito de gênero se constrói a partir de arranjos sociais arquitetados ao longo da história, também nas

condições de acesso ao que a sociedade necessitava para funcionar e o que usava como representação (Louro

apud Previtelli; Vieira, 2017).

Um dos principais aspectos de problematizar ideologia de gênero diz respeito à desconstrução de estereótipos

de gênero que reforçam os padrões binários masculino e feminino. Outro aspecto diz respeito à diversidade

de identidades as quais se pode problematizar nos estudos de gênero. Isso quer dizer que a diversidade de

identidades de gênero deve ser valorizada e ressaltada na escola. Para se pensar na diversidade de

identidades de gênero, deve-se lembrar que gênero é uma construção social e cultural. Nesse sentido, gênero

corresponde a algo em processo de elaboração em meio a nossas trajetórias de vida. Não existe apenas as

identidades de gênero masculino e feminino, mas outras possibilidades que podem ser reveladas pelas

identidades de gênero.

Por fim, espera-se que a educação e a discussão de gênero estejam presentes e vivas nas escolas, sendo

problematizadas junto aos estudantes e comunidade escolar, de modo a tornar a sociedade mais justa e

equitativa. É preciso que haja liberdade de gênero, ou seja, de livre manifestação de identidades e expressões

culturais.

Enfim, como se pode perceber, faz-se necessário problematizar os estudos de gênero nas escolas e envolver ao

máximo toda a comunidade escolar, de modo a combater e desconstruir estereótipos e qualquer outro tipo de

violência de gênero que possa haver em nosso meio social.

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VAMOS EXERCITAR

Em nosso processo de aprendizagem, buscamos nos pautar em uma compreensão lógica e racional da

diversidade. As questões relacionadas a gênero e lutas feministas fazem parte desses estudos. Nesse sentido,

você deve se lembrar dos questionamentos iniciais que se fazem necessários para problematizarmos essas

questões: o que é gênero? Qual a contribuição dos movimentos feministas na construção de uma sociedade

mais justa? Quais as formas mais eficazes de luta contra os estereótipos? Qual a importância da

representatividade? O que é ideologia de gênero?

Você estudou que pensar na construção de gênero nos leva a refletir sobre nossas relações sociais e a forma

como a sociedade constrói essas relações. Você aprendeu que gênero tem a ver com papéis, comportamentos,

expectativas e identidades sociais atribuídas aos indivíduos, diferentemente de sexo, relacionado às

características biológicas. Nesse sentido, o conceito de gênero destaca que as diferenças entre homens e

mulheres não são apenas biológicas, mas socialmente construídas, influenciadas por normas, expectativas e

valores culturais. O gênero, portanto, corresponde à construção social que demarca identidades.

Os movimentos feministas são importantíssimos na luta por equidade e igualdade de condições entre homens

e mulheres, pois as relações sociais que apontam as desigualdades de gênero existentes em nossa sociedade

tiveram origem no movimento iniciado por mulheres desde fins do século XIX. A problematização dessas

questões pelo movimento feminista culminou com a elaboração do conceito de gênero e contribuiu com a

construção de uma sociedade mais justa, a partir do questionamento da cultura do patriarcado e das relações

de dominação a partir do gênero.

O feminismo foi um movimento de caráter sociopolítico na defesa dos direitos humanos das mulheres ao

questionar o tripé da exploração, discriminação e violência. Isso contribuiu na luta contra quaisquer

estereótipos existentes no convívio social de uma escola, por exemplo. Vimos que as pessoas precisam

desnaturalizar as formas de vida que as colocam em condição de inferioridade, por isso precisamos exercer

um papel crítico e construtivo no que diz respeito à questão de gênero. A questão da desigualdade de gênero

deve sempre vir à tona de modo que seja possível encontrar os caminhos para o enfrentamento de

estereótipos. Por isso a necessidade de discutir as questões das desigualdades de gênero que impactam

significativamente a vida em sociedade.

Você estudou que a escola é positivamente fértil para promover a justiça e a igualdade de condições de

gênero, sendo um espaço importante na questão da representatividade. E isso deve se estender para outros

arranjos sociais, visando à construção de uma rede de apoio. Você pode perceber que os estudos de gênero

são fundamentais, e que essas relações pertencem a uma esfera presente em nossas relações sociais na vida
cotidiana, assim como o trabalho, a educação, a religião, entre outros.

No entanto, como discutimos, são controversas as polêmicas em torno do conceito de ideologia de gênero,

sobretudo na última década da realidade brasileira, marcada pela ascensão e consolidação das redes sociais e

um período bastante conturbado na política. Você percebeu que é preciso problematizar ideologia de gênero,

para que se possa desconstruir os padrões binários de gênero, masculino e feminino.

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 Saiba mais
Construção do conceito de gênero e movimentos feministas

Para o aprofundamento dos estudos sobre as relações entre gênero e o seu contexto, recomendamos a

leitura do Capítulo: Um olhar para a socialização na construção das desigualdades de gênero no contexto

escolar, de Sandra Unbehaum, Thais Gava e Elisabete Regina B. Oliveira (in memoriam), do livro Gênero
e educação: 20 anos construindo o conhecimento, de Cláudia Vianna e Marília Carvalho (orgs.). Leia
também outros capítulos desse livro, disponibilizado em nossa Biblioteca Virtual.

Luta contra estereótipos e representatividade

Para o aprofundamento dos estudos sobre a luta contra estereótipos e representatividade,

recomendamos a leitura de capítulos do livro Teorias de Gênero: feminismos e transgressão, de Marlene

Neves Strey e Sabrina Daiana Cúnico. O livro está disponibilizado em nossa Biblioteca Virtual.

Problematizando ideologia de gênero

Para o aprofundamento dos estudos sobre educação e gênero, recomendamos a leitura do Capítulo 1 –

Lutas por educação: gênero, identidade coletiva e organização de mães de alunas/os, do livro Políticas de
educação, gênero e diversidade sexual, de Cláudia Vianna. O livro está disponibilizado em Minha
Biblioteca.

Aula 2

EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E AS PESSOAS LGBTQIAPN+

PONTO DE PARTIDA

Nos estudos em educação e interseccionalidades entre marcadores sociais da diferença, a questão da

diversidade e dos direitos das pessoas LGBTQIAPN+ são fundamentais para se pensar no exercício de uma

educação plural e inclusiva. Isso nos leva a problematizar as formas de dominação que se refletem no

cotidiano da escola.

Pensar nessa questão leva-nos ao reconhecimento da diversidade de identidades e de sexualidades com que

se apresentam em nossa sociedade. Nesse sentido, é preciso que sejam reconhecidos os direitos das pessoas

LGBTQIAPN+, ou seja, direitos de lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo, assexuais, pansexuais,

não-binárias e mais. Ademais, deve-se dar visibilidade a conquistas de espaços importantes na construção de

uma sociedade mais justa. Dessa forma, você vai refletir nesta aula sobre as possibilidades, avanços e

retrocessos em relação ao combate ao bullying e à LGBTfobia nas escolas e na sociedade.

Nesses estudos sobre as relações entre educação, diversidade e pessoas LGBTQIAPN+, alguns

questionamentos se fazem necessários: quais os avanços e retrocessos em relação ao reconhecimento dos

direitos das pessoas LGBT+? Quais as práticas eficazes para combater o bullying relacionado às questões de

gênero e a LGBTfobia? Qual o papel da escola nesse processo? O que é representatividade e visibilidade das

pessoas LGBTQIAPN+?
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Perceba que essas são algumas das problematizações acerca das questões relacionadas à educação e

interseccionalidades como marcadores sociais das diferenças. Nosso recorte desta aula consiste em analisar

essas questões sob o espectro dos direitos das pessoas LGBTQIAPN+. Aprofunde seus conhecimentos sobre o

tema a partir da leitura das referências bibliográficas e de outros materiais. Desejamos excelentes estudos.

VAMOS COMEÇAR

Nesta aula sobre diversidade e os direitos das pessoas LGBTQIAPN+, fundamentais para pensar no exercício

de uma educação plural e inclusiva, como se observa nos estudos em educação e diversidade, você vai

estudar primeiramente o respeito e reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+. Em seguida, vai estudar

as formas de combate ao bullying e à LGBTfobia. Por fim, vai estudar a questão da representatividade e

visibilidade.

Respeito e reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+


Quando você ler LGBT+, entenda que estamos falando de LGBTQIAPN+. Esses elementos são fundamentais

para a garantia de uma sociedade mais justa, inclusiva e igualitária, sem discriminações ou quaisquer outras

formas de violência.

Em educação e diversidade, o respeito é um fator indispensável para o desenvolvimento dos estudos, para

que não haja a discriminação, seja a forma como ela se manifestar. Com isso, busca-se desconstruir estigmas,

ou seja, a desaprovação de características e de preconceitos no ambiente escolar e na sociedade, de modo que

ambientes mais seguros e inclusivos sejam criados. É sempre bom lembrar que o Brasil é um dos países nos

quais se comete mais violência contra homossexuais em todo o mundo, muitas vezes na forma de homicídio.

Isso revela claramente as dificuldades em aceitar a diversidade de gênero em nosso país.

Dessa forma, faz-se necessário o reconhecimento de direitos da população LGBT+, para que essas pessoas

tenham a garantia de direitos legais. Perceba que são direitos básicos e elementares para o exercício e

desenvolvimento da cidadania, como o direito de acesso à saúde, à educação e à adoção de crianças, e que são

considerados avanços para a sociedade brasileira. O direito ao casamento gay, por exemplo, também

corresponde a um dos avanços para que a população LGBT+ possa ter garantidos alguns dos direitos

fundamentais. É preciso continuar trabalhando nas escolas e junto à comunidade escolar, para que as

práticas discriminatórias e o bullying sejam extintos de nosso convívio social.

Um avanço conquistado pela população LGBT+ é com relação às políticas de proteção e inclusão. A questão da

representatividade das pessoas LGBT+ na política e em demais centros tomadores de decisão deve ser

consolidada e ampliada em nossa sociedade.

Figura 1 | Registros da Parada do Orgulho LGBT, Mídia Ninja (2017)

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Fonte: Wikimedia Commons.

Como você estudou na aula anterior, a sexualidade é uma construção sexual mediada por relações sociais que

determinam o que pode ou não existir. Essa construção está intimamente ligada às relações de poder que se

estabelecem na constituição de cada indivíduo em nossa sociedade. A ideia dos estudos em educação e

diversidade é justamente lançar olhar acerca da sexualidade, entendendo-a como uma construção social

(Previtelli; Vieira, 2017), o que vai na contramão do senso comum ou do julgamento de valor de muitas

pessoas.

A consolidação dos estudos de gênero se dá principalmente a partir da década de 1990, no contexto em que se

denunciaram falsas oposições entre natureza/cultura e real/construído. Os estudos de gênero ganham

impulso a partir da vertente do Queer Studie’s, estudos oriundos dos movimentos de gays e lésbicas nos EUA,

outro campo emergente que começou a discutir a construção do corpo travesti/transgênero, entendendo

gênero como forma de poder social, que produz um campo de inteligibilidade dos sujeitos, em um dispositivo

pelo qual se produz o saber sobre ser masculino e também feminino (Toneli apud Previtelli; Vieira, 2017).

Devemos pensar a questão de gênero como forma de poder social que se estabelece historicamente no campo

das relações sociais e de dominação política e cultural. É preciso que haja o respeito e o reconhecimento e

direitos para todas as pessoas. Para tanto, precisamos desconstruir as normatizações, muitas delas

representando formas de violência de gênero que estão naturalizadas em nossa sociedade.

Como se viu, não existem apenas as identidades masculino e feminino. A criação dessas distinções funciona

como mecanismos que retiram direitos e dificultam acessos aos espaços públicos para lésbicas, gays,

transgêneros, transexuais, indivíduos não binários, drag queens e tantas outras que possam se classificar

atualmente, inclusive assexuais (Previtelli; Vieira, 2017).

É preciso retomar a teoria queer para lançar algumas reflexões. Segundo Judith Butler, é preciso desconstruir

a identidade de gênero (aquilo que somos direcionados a nos identificar, cujas opções transitam entre “ser

feminino” ou “ser masculino”), justamente por esse fenômeno ser pensado ainda de forma binária e linear
(Previtelli; Vieira, 2017).

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Nesse sentido, precisamos caminhar e avançar no âmbito do respeito e do reconhecimento dos direitos das

pessoas LGBT+, fundamental para construir uma sociedade mais inclusiva, respeitosa e justa. Isso envolve

ações que vão desde a promoção da igualdade legal até a desconstrução de estigmas e preconceitos, visando a

criação de ambientes seguros e acolhedores para todas as pessoas, independentemente da orientação sexual

dos indivíduos pertencentes a uma sociedade.

Combate ao bullying e à LGBTfobia


Sabemos que o conhecimento proporciona imensuráveis conquistas à humanidade e que conhecer e

entender o outro em suas próprias condições é uma forma bastante interessante de praticar a tolerância em

relação às questões de gênero.

Figura 2 | Biscoito de gênero

Fonte: Previtelli e Vieira (2017).

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A escola é um espaço muito importante para o desenvolvimento de uma pedagogia da sexualidade (Louro

apud Previtelli; Vieira, 2017), e isso envolve todos os atores da escola para que seja possível estabelecer uma
cultura mais acessível e mais inclusiva em relação às questões de gênero, sobretudo aos professores que, em

parte, apresentam uma grande resistência em discutir temas e tabus como a questão de gênero e sexualidade

nas escolas.

A escola, como se viu, é reflexo das relações da sociedade. Isso não quer dizer que deva ser ela a estar na

vanguarda no processo de lutas políticas em relação à questão de gênero, mas ela é importantíssima,

podendo a escola ser o motor para o estabelecimento de algumas pautas e demandas para que se diminua a

prática do bullying e da violência de gênero.

As noções de gênero, sexualidade e educação, nesse sentido, são entendidas como construtos sociais que se

fundamentam por meio da historicidade e do caráter provisório das culturas. E as culturas estão em

constante processo de mudança e de adaptação. Classificar alguém como masculino ou feminino,

homossexual, heterossexual ou bissexual está intimamente ligado a o que o gênero e a sexualidade produzem

como saberes e verdades na sociedade como um todo (Previtelli; Vieira, 2017).

O combate ao bullying é dever da escola, para que se estenda ao entorno da comunidade escolar e de toda a

sociedade. Quando falamos em combater o bullying, inclui-se também o combate à LGBTfobia, ou seja, as

discriminações oriundas das relações sociais de convivência com identidades diversas de gênero.

Uma das formas de eliminar esses tipos de violência consiste na inclusão, no acolhimento e no apoio à

população LGBT+ e a qualquer outra minoria sociológica, de modo que se possa compreender os seus anseios

e angústias.

A escola é uma instituição que tem por finalidade educar para a cidadania, igualdade

e ampliação dos direitos. Presenciamos muitas escolas reproduzindo práticas sexistas,

que, através de normas, formas de avaliação, livros didáticos, currículos, disciplinas,

etc., não problematizam e/ou não abordam as questões de gênero assim como outras

produções discursivas e linguísticas que hierarquizam as diferenças produzindo as

desigualdades no ambiente escolar. Os estudos de gênero contribuem para a educação

na medida em que oferecem proposições políticas implicadas por relações de poder

que produzem outro olhar e possibilitam inúmeras articulações entre masculinidades

e feminilidades.
— (Teixeira; Magnabosco apud Previtelli; Vieira, 2017)

As práticas sexistas relacionadas a alguma forma de violência devem ser evitadas e cotidianamente

desconstruídas nas escolas, de modo que sejam construídos ambientes mais plurais. As escolas precisam

acompanhar tais mudanças. As relações de gênero são oriundas das relações de poder em nossa sociedade, e

elas produzem hierarquias, hegemonias e exclusões a partir dos dispositivos de gênero e sexualidade. Isso

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ocorre porque esses dois dispositivos de poder são atravessados pela noção da diferença, e a diferença que

existe, quer queiramos ou não, mas o que a sociedade faz com ela é justamente o ponto a refletir (Previtelli;

Vieira, 2017).

O que nos leva a dizer, por exemplo, que a homossexualidade sempre é vista como diferente, anormal?

Partimos do entendimento de que as relações de gênero são construídas cultural e socialmente. É o contexto

cultural quem define a classificação binária, a partir de um mecanismo sociocultural entendido como um

processo de distinção e do estabelecimento de privilégios para alguns. Os marcadores de gênero atuam nesse

sentido, não apenas no campo simbólico, mas também no campo material e social.

A diferença conduz a normatização em regulamentar quem seriam esses normais, ou seja, há

disciplinamento de comportamentos, códigos culturais, controle do corpo, consensos que vão dizendo

reiteradamente quem eles são os normais (Previtelli; Vieira, 2017). Historicamente, esses processos têm

produzido formas de violência por meio de práticas de discriminação e de violência simbólica com LGBT+,

mesmo na escola, que reproduz a estrutura de dominação e padronização normativa em relação a questão de

gênero.

A configuração do que é ser homem e ser mulher passa pela socialização de códigos de roupas,

comportamentos, movimentos do corpo, voz, presença/ausência de pelos, postura, sentimentos e outros, que

fazem um quadro de tramas sobre o qual vai se dizendo quem é quem e o que pode ou não fazer para ser

considerado esse alguém (Previtelli; Vieira, 2017). Não se trata dizer das cores das roupas que meninos e

meninas devam usar, mas problematizar essa questão a partir de uma perspectiva mais abrangente sobre a

forma com o gênero é construído.

O combate ao bullying em relação às questões de gênero e a outras expressões de minorias sociais, portanto, é

necessário na escola e em toda a sociedade. Sabemos que existe um longo caminho a ser trilhado em busca da

igualdade de gênero, o que leva à necessidade de um árduo processo de conscientização e de políticas

públicas que reduzam as formas de preconceito e de discriminação para reconhecer a dignidade e o direito

de todas as pessoas.

Representatividade e visibilidade
Diante do que estamos estudando, vimos a importância do reconhecimento da população LGBT+ e a

eliminação de toda forma de preconceito e discriminação que possa haver na escola e em todo o meio social,

ou seja, é inaceitável a LGBTfobia. Para isso, a questão da representatividade e da visibilidade das pessoas

LGBT+ torna-se um instrumento importante para a inclusão dessa população e para o desenvolvimento de

uma sociedade mais democrática, tendo a escola um papel fundamental nesse processo.

A questão da representatividade e da identificação se verifica no empoderamento de personalidades LGBT+

que ocupam espaço na representação política ou na cultura de massa (mídia), assim como em outros espaços

importantes. Com isso, se exacerba a diversidade, validando a construção social e cultural múltipla de gênero,

representando uma variedade de identidades e experiências. A visibilidade da população LGBT+ promove a

conscientização e a empatia, de modo que as pessoas aceitem e possam vivenciar as diferenças, contribuindo

com a luta contra a LGBTfobia.

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A necessidade de representação e inclusão em diferentes espaços, o que leva a criação de oportunidades,

corresponde aos desafios e avanços dessa pauta, ainda mais quando se percebe que as relações sociais que se

estabelecem são permeadas por diferentes poderes, tanto investidos como processos de normatização da

escola quanto criados pela subjetividade do sujeito (Previtelli; Vieira, 2017). A escola acredita que pode

determinar a representação de quem somos. Há uma relação entre produzir saberes e também de ser
produzido enquanto sujeito por esses mesmos saberes.

A escola exercita suas pedagogias a partir de um referencial cultural e histórico e, dependendo das relações

estabelecidas na escola, exercitamos diferentes pedagogias no que se refere à sexualidade e também ao

gênero (Louro apud Previtelli; Vieira, 2017). Nesse sentido, tanto gênero quanto sexualidade são dispositivos

que constituem o sujeito dentro de determinadas relações sociais em contextos específicos, e o mesmo ocorre

com o tempo histórico nas diferentes sociedades, que atribuem características específicas a esse fenômeno

em épocas diferentes (Previtelli; Vieira, 2017).

Podemos perceber que a questão da representatividade na cultura e na política é muito importante para a

desconstrução de estereótipos e de formas de discriminação em relação à heteronormatividade. Mesmo com

a complexidade das questões relacionadas ao gênero e à sexualidade, podemos identificar caminhos que

possibilitem a mudança social. Por isso, é necessário evitar que a escola e outros ambientes continuem a

excluir, segregar e diferenciar homossexuais, lésbicas, travestis, transexuais e todas outras pessoas que não se

adequam às normas de gênero e sexualidade (Previtelli; Vieira, 2017).

Com isso, entendemos que a escola pode e deve ocupar um papel importante na atualidade, desmistificando e

desconstruindo as diferenças sexuais, combatendo a segregação, a violência e a exclusão, especialmente no

que tange às questões de gênero. Nesse sentido, é necessário demarcar a diferença, de modo a incentivar o

reconhecimento das diferenças sociais e culturais com que nos constituímos enquanto população brasileira.

Em suma, é preciso que haja mais mecanismos de representatividade e de visibilidade de pessoas

LGBTQIAPN+, ajudando na desconstrução de estigmas e preconceitos, elementos fundamentais para a

construção de sociedades mais justas, respeitosas e inclusivas.

VAMOS EXERCITAR

É chegado o momento de exercitarmos as questões relacionadas à questão da educação, diversidade e direitos

de pessoas LGBT+. Nesse sentido, devemos pensar na educação a partir de categorias teóricas e analíticas

sobre a questão da diversidade. Vamos então retomar os questionamentos propostos no começo da aula:

quais os avanços e retrocessos em relação ao reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+? Quais as

práticas eficazes para se combater o bullying relacionado às questões de gênero e a LGBTfobia? Qual o papel

da escola nesse processo? O que é representatividade e visibilidade das pessoas LGBTQIAPN+?

Você estudou que se faz necessário o reconhecimento de direitos da população LGBT+, para que essas pessoas
possam ter a garantia de direitos legais, ou seja, direitos básicos e elementares para o exercício e

desenvolvimento da cidadania. Como exemplo, você pode perceber que o casamento gay corresponde a um

dos avanços para que a população LGBT+ possa ter garantidos alguns dos direitos fundamentais. As políticas

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de proteção e de inclusão são conquistas importantes para a garantia de direitos. Reconhecemos a

importância de avançar em relação ao reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+, fundamental para

que se possa construir uma sociedade mais inclusiva, respeitosa e justa.

Você estudou que a escola é muito importante nesse processo, pois dali saem pautas e demandas

fundamentais para que sejam discutidas as questões de gênero e sua construção social, para que se diminua a

prática do bullying, que deve ser combatido, assim como a LGBTfobia e todas as formas de violência de

gênero em nossa sociedade. O combate ao bullying é também dever da escola, para que se estenda para toda

a comunidade e a sociedade.

Você estudou sobre a importância do reconhecimento da população LGBT+ e a eliminação de qualquer forma

de preconceito e de discriminação. A questão da representatividade e da visibilidade de pessoas LGBT+ é um

instrumento importante na construção de uma sociedade mais democrática. Enfim, você percebeu que a

visibilidade da população LGBT+ promove a conscientização e a empatia, contribuindo com a luta contra a

LGBTfobia.

 Saiba mais
Respeito e reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+

Para o aprofundamento de seus estudos sobre os direitos das pessoas LGBT+ e as relações com a

educação, recomendamos a leitura do Capítulo – Um breve histórico do conceito de gênero, do livro

Gênero e diversidade: formação de educadoras/es, de Cíntia Maria Teixeira e Maria Madalena


Magnabosco.

Combate ao bullying e à LGBTfobia

Para o aprofundamento dos estudos sobre a questão da diversidade sexual e o reconhecimento dos

direitos das pessoas LGBT+, recomendamos a leitura do Capítulo – As sexualidades, o preconceito contra

LGBT e a escola, do livro A diversidade sexual na educação e os direitos de cidadania LGBT na escola, de
Marco Antonio Torres. O livro está disponível em nossa biblioteca virtual.

Representatividade e visibilidade

Para que você possa aprofundar seus estudos sobre a questão da representatividade e visibilidade e as

relações com as questões de gênero, recomendamos a leitura do Capítulo – A compreensão da

sexualidade por meio da diversidade sexual, também do livro A diversidade sexual na educação e os
direitos de cidadania LGBT na escola, de Marco Antonio Torres. Como você sabe, o livro está disponível
em nossa biblioteca virtual.

Aula 3

EDUCAÇÃO E ARRANJOS FAMILIARES

PONTO DE PARTIDA
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Nos estudos em educação e diversidade, estamos percebendo a questão das interseccionalidades como

marcadores sociais da diferença. Nesse exercício reflexivo, estamos examinando o modo como as

interseccionalidades sobrepõem formas de dominação que são refletidas no cotidiano do contexto escolar.

Dando continuidade aos estudos sobre educação e interseccionalidades entre marcadores sociais da

diferença, precisamos reconhecer a importância da família no entendimento dessas questões. Por isso, é

preciso compreender as características dos arranjos familiares e o processo de socialização, primário e

secundário, que ocorrem nas relações sociais. Sabemos que, quanto mais estreitas forem as relações entre

família e escola, mais construtivo é para o estudante e seu desenvolvimento socioemocional e acadêmico. A

rede de apoio e bem-estar proporcionada pela escola e a família é, portanto, objeto de estudos e reflexões

desta aula. Você também vai analisar a família moderna, sua classificação e mudanças ocasionadas ao longo

do tempo.

As relações entre educação e arranjos familiares possibilitam-nos tecer algumas questões para começarmos

as discussões: o que é socialização primária? O que é socialização secundária? Quais as relações com

educação e diversidade? De que modo é possível definir a construção da família moderna? Quais as

mudanças? O que elas implicam? Qual a importância da escola e da família na construção de uma rede de

apoio e bem-estar?

Veja que essas são algumas de muitas das problematizações das questões relacionadas à educação e arranjos

familiares, o que demonstra a abrangência dos estudos sobre educação e interseccionalidades entre

marcadores sociais da diferença. Ajeite a sua poltrona, organize sua mesa e aprofunde os seus conhecimentos

sobre as relações entre educação e arranjos familiares. Bons estudos.

VAMOS COMEÇAR

Nesta aula sobre educação e arranjos familiares, você vai examinar alguns aspectos importantes que

envolvem as relações familiares. Primeiramente, você vai conhecer as características (e as diferenças) da

socialização primária e da socialização secundária. Em seguida, você vai estudar a construção da família

moderna, classificação e mudanças que ocorreram ao longo do tempo. Por fim, você vai estudar as relações

entre escola e família para a construção de uma rede de apoio e bem-estar.

Socialização primária e socialização secundária


A socialização é um aspecto fundamental para pensarmos no processo de formação e desenvolvimento das

pessoas. É algo que prepara (forma) o indivíduo, ou seja, molda-o para a vida em sociedade, em outras

palavras, é o que a sociedade espera dele. Nesse sentido, entendemos que refletir a respeito da socialização

dos indivíduos na disciplina de educação e diversidade é fundamental para compreender o papel dos

indivíduos e das instituições sociais.

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A socialização ocorre em diversas situações de nossa vida, a partir do momento em que nos relacionamos

com outras pessoas. Quando falamos em socialização dos indivíduos, estamos dizendo que somos resultados

de um processo de convivência com outros seres humanos a partir de fazeres diversos e comuns, ideias,

valores, isto é, a realização da cultura em nosso cotidiano.

Podemos definir o processo de socialização dos indivíduos em primária e secundária. A socialização primária,

como o próprio termo sugere, é aquela que acontece nas famílias, ou seja, é aquela que está presente na

quase totalidade do tempo do indivíduo, desde o seu nascimento. Tem como objetivo o ensinamento de

normas e regras de comportamento para a vida em sociedade.

No entanto, um aspecto interessante que precisamos levar em consideração, conforme você vai estudar mais

adiante, tem a ver com o fenômeno da modernização da família, especialmente quando o pai e, sobretudo, a

mãe precisam trabalhar para complementar os rendimentos da família, “cada vez mais, no entanto, na

medida em que o pai e a mãe trabalham fora, a socialização primária pode ocorrer também nas creches, onde

nós, quando crianças, passamos a maior parte do dia” (Oliveira; Costa, 2016, p. 20-21).

A socialização secundária acontece na etapa seguinte, ou seja, quando o indivíduo ingressa e passa a conviver

com outros grupos sociais e em outros ambientes que não a própria família. Ou seja, estamos falando da

socialização que ocorre fora da família, aquela que se realiza com os amigos da rua, do clube, grupo de jovens

da igreja e na escola, quando os indivíduos ingressam nas séries iniciais do ensino fundamental. Perceba que,

para uma parcela significativa da população, a socialização primária ocorre mediante instituições sociais

públicas e/ou filantrópicas, o que revela aspectos das desigualdades sociais e econômicas com que nos

constituímos.

Figura 1 | A socialização dos indivíduos – Happy Days, Edward Henry Potthast (1910)

Fonte: Wikimedia Commons.

Quando a assistimos aos canais de TV, também estamos falando do processo de socialização. Isso ocorre

também com os celulares, tablets e computadores, mediante o advento das tecnologias de informação e

comunicação, a partir da interação com vídeos, redes sociais e outros aplicativos.

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Os dois tipos de socialização condicionam nossas relações com outros indivíduos e, dependendo da forma, do
ambiente social e da educação que recebemos, adotamos ou abandonamos uma série de papéis sociais. Um

papel social é um comportamento esperado de um indivíduo que ocupa uma determinada posição na

sociedade.

Há relações entre o processo de socialização e o que estamos estudando em educação e diversidade, pois o

processo de socialização implica também os ensinamentos sobre valores justos, democráticos e inclusivos em

nosso meio social, para que os indivíduos possam chegar mais preparados nas escolas. Como temos estudado,

a socialização primária e secundária não são processos isolados, ou seja, estão interligados.

A base estabelecida na socialização primária influencia e interage com a socialização secundária ao longo da

vida do indivíduo, por isso é importante que as famílias e a escola caminhem juntas no processo de

socialização. Enfim, a socialização primária e secundária desempenham papéis significativos na formação da

identidade, valores, crenças e comportamentos de um indivíduo, moldando sua integração na sociedade e seu

entendimento das dinâmicas sociais ao longo do tempo.

A família moderna: classificação e mudanças


Nos estudos em educação e interseccionalidades, a respeito das relações entre educação e os arranjos

familiares, precisamos falar sobre a construção da família moderna. Como já foi dito nos estudos sobre o

processo de socialização, muitas crianças têm sido inseridas (e socializadas) inicialmente em creches e/ou

centros de educação infantil, pois muitas mães precisam trabalhar e estão cada vez mais atuantes no

mercado de trabalho.

Isso revela outro problema, o das desigualdades de gênero, pois ocorre a sobrecarga de trabalho da mulher

(mãe), que assume uma dupla jornada de trabalho quando acumula as tarefas domésticas em conjunto ao

trabalho externo. Diferentemente de algumas décadas atrás, quando se observava uma cultura do

patriarcado mais predominante na sociedade (pois é verdade também que muitos pais têm assumido um

papel importante no processo de educação dos filhos em casa) esse fenômeno revela mudanças nas atitudes

em relação às funções de gênero, como a maior participação da mulher no mercado de trabalho, que tem

influenciado as dinâmicas familiares da contemporaneidade.

As diferenças que ocorrem com o passar do tempo são muitas, pois se reconfigurou a normatividade de que

famílias são constituídas apenas por pai, mãe e filhos. Diante das mudanças e dos avanços sociais

relacionados à inclusão e ao respeito às diferenças, percebem-se mudanças na composição das famílias

modernas, como por exemplo, o aceite de casais homoafetivos e adoção de filhos nessas famílias. Obviamente

que muitas coisas ainda precisam mudar para melhorar o nosso meio social, tornando-o mais justo, inclusivo
e democrático, no qual as práticas de discriminação e de intolerância sejam eliminadas.

O que se sabe é que a família dos tempos atuais vem passando por muitas adaptações em relação à dinâmica

cultural em que estamos inseridos. Além da questão de gênero e de uma recomposição para se pensar no

quadro da família, existem outros aspectos importantes a serem considerados. Como vimos, a televisão e a

internet são fatores que explicam aspectos de novas relações na atualidade, que têm nosso comportamento

nos dias atuais.

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O principal aspecto que se deve levar em consideração para pensar na família moderna é com relação aos

novos arranjos familiares que se verificam mais frequentemente em nossa sociedade. Atualmente, as famílias

modernas podem ser classificadas da seguinte forma: família nuclear ou conjugal, composta por pais e filhos,

geralmente considerada a unidade básica da sociedade moderna; monoparental, quando há uma única figura

parental com responsabilidade pelos filhos, ou seja, um pai, uma mãe ou uma avó, por exemplo;

reconstituída, como aquela família que surge a partir do divórcio ou da separação; ou homoparental,

composta por casais do mesmo sexo que optam por ter filhos, seja por adoção ou outros métodos de

reprodução assistida.

Outro aspecto que deve ser considerado para se pensar na construção da família moderna é com relação às

menores restrições sociais quando comparadas às das famílias tradicionais. Isso ocorre, por exemplo, com

relação à decisão de não ter filhos ou da adoção de um estilo de vida não convencional.

Contudo, percebe-se que são muitos os elementos e desafios quando falamos na composição das famílias

modernas e, um deles, certamente, é o de conciliar as demandas profissionais e familiares e lidar com as

novas configurações, bem como seus papéis e expectativas. A constante evolução da sociedade demanda uma

reflexão contínua sobre as necessidades, valores e estruturas que definem uma família nos tempos modernos.

Por isso é importante compreender, reconhecer e valorizar a diversidade de arranjos familiares presentes na

realidade contemporânea.

Escola e família: rede de apoio e bem-estar


Como vimos, é importante compreender, reconhecer e valorizar a diversidade de arranjos familiares e os

diferentes modelos de organização familiar que refletem a nossa realidade na contemporaneidade. Para que

se possa pensar em uma sociedade mais inclusiva e solidária, a família, nesse sentido, precisa estender os

braços e acolher os indivíduos, independentemente de sua orientação e/ou escolhas para a vida. Obviamente

que isso não exime a família de cobrar certas responsabilidades de seus filhos para com a relação dinâmica

em casa.

A escola é igualmente importante para acolher os estudantes e suas famílias, independentemente da maneira

como se constituem, pois é nesse espaço onde mais se deve valorizar e reconhecer a diversidade cultural.

Sabemos que as famílias modernas apresentam arranjos socioculturais diversos, não existindo julgamentos

ou juízos de valores. Estudou-se em aulas anteriores que é preciso desconstruir estereótipos e práticas

discriminatórias, para que se possa vivenciar uma sociedade melhor e mais justa.

Nesse sentido, sabemos da importância da família e da escola para a construção de uma rede de apoio e de

bem-estar para os indivíduos e para toda a sociedade. Isso se torna ainda mais importante, especialmente

quando escola e família atuam em parceria na educação dos filhos/estudantes. Com isso, estima-se que as

responsabilidades sejam compartilhadas, de modo que a educação seja mais efetiva e completa para os

alunos e comunidade escolar.

Outro aspecto importante na solidificação de uma rede de apoio é com relação à comunicação constante que

deve ser proposta entre família e escola, sobretudo no acompanhamento e desenvolvimento da

aprendizagem dos estudantes. Nos dias atuais, mediante o advento das tecnologias da informação e

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comunicação, isso pode se dar de maneira mais efetiva e dinâmica, com o uso das redes sociais e dos meios de

interação presentes na contemporaneidade.

A escola continua sendo uma instituição importante para trazer as reflexões sobre a constituição da família

moderna e deve atuar no sentido de promover a construção de uma rede de apoio e bem-estar, promovendo o

desenvolvimento integral dos estudantes e se adaptando constantemente para atender às necessidades

emocionais, sociais e educacionais.

A parceria entre escola e família, a partir de uma boa comunicação e do estreitamento das relações, promove

inúmeros benefícios para o bem-estar dos estudantes, da escola e da comunidade de modo geral, pois gera

segurança e estabilidade para todos, os alunos se sentem acolhidos e apoiados. Maior motivação certamente

vai resultar em melhoria do desempenho acadêmico e satisfatório dos alunos, ou seja, é preciso que escola e

família, na construção de uma rede de apoio, ofereçam o bem-estar emocional e social dos alunos, além do

aprendizado formal.

Superar os desafios é essencial para o sucesso educacional das crianças. Como se viu, a parceria escola-

família é essencial para promover um ambiente de aprendizagem acolhedor, inclusivo, no qual o aluno é o

centro.

VAMOS EXERCITAR

O desenvolvimento de uma abordagem holística para a educação, a partir de categorias teóricas e analíticas

sobre a diversidade, leva-nos a pensar na família e nos arranjos familiares e as relações com a educação. As

relações entre educação e arranjos familiares possibilitam-nos tecer algumas questões para problematizar o

estudo em questão: o que é socialização primária? O que é socialização secundária? Quais as relações com

educação e diversidade? De que modo é possível definir a construção da família moderna? Quais as

mudanças? O que elas implicam? Qual a importância da escola e da família na construção de uma rede de

apoio e de bem-estar?

Você aprendeu que a socialização primária é aquela que acontece nas famílias, ou seja, está presente na

quase totalidade do tempo de vida do indivíduo, desde o seu nascimento, e tem como objetivo o ensinamento

de normas e regras de comportamento para a vida em sociedade. Por sua vez, a socialização secundária

acontece quando o indivíduo ingressa e passa a conviver com outros grupos sociais e em outros ambientes

que não a própria família. Você também estudou sobre as relações entre o processo de socialização, educação

e diversidade. Afinal, o processo de socialização implica também os ensinamentos sobre valores justos,

democráticos e inclusivos em nosso meio social, para que os indivíduos possam chegar mais preparados nas

escolas.

Você estudou sobre a construção da família moderna e pôde perceber que essa instituição vem passando por

muitas, rápidas e dinâmicas mudanças no contexto em que estamos inseridos. Em educação e diversidade,

deve-se levar em consideração a cultura, a sociabilidade e o papel das novas tecnologias de comunicação para

pensar nos novos arranjos familiares da contemporaneidade.

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Você estudou que as famílias podem ser classificadas da seguinte forma: família nuclear ou conjugal,

monoparental, reconstituída ou homoparental. Outro aspecto que você percebeu e que deve ser considerado

para se pensar na construção da família moderna é que esta apresenta menores restrições sociais quando

comparada às famílias tradicionais.

Por fim, você estudou a importância da família e da escola para a construção de uma rede de apoio e de bem-

estar para os indivíduos e toda a sociedade. Por isso a importância de uma comunicação eficiente e constante

no acompanhamento e desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes. Como discutimos, a escola deve


promover a construção de uma rede de apoio e de bem-estar, promovendo o desenvolvimento integral dos

estudantes e se adaptando constantemente para atender as necessidades emocionais, sociais e educacionais

do aluno.

 Saiba mais
Socialização primária e socialização secundária

Para o aprofundamento dos estudos sobre o processo de socialização, recomendamos a leitura do

Capítulo 6 – Socialização do livro Sociologia Geral, de Antonio C. Gil. O livro está disponível na

plataforma Minha Biblioteca.

A família moderna: classificação e mudanças

Para que você possa aprofundar os seus estudos sobre família e as relações com educação e diversidade,

recomendamos a leitura do Capítulo 2 – Família do livro Relações familiares intergeracionais, de

Andressa Ignácio da Silva. Você encontra o livro em nossa Biblioteca Virtual.

Escola e família: rede de apoio e bem-estar

Para o aprofundamento dos estudos sobre escola, família e filhos/estudantes, recomendamos a leitura do

livro Família e educação: quatro olhares, de Julio Groppa Aquino, Rosely Sayão, Sérgio Rizzo e Yves De

La Taille. O livro encontra-se disponível em nossa Biblioteca Virtual.

Aula 4

EDUCAÇÃO E AS LUTAS ANTICAPACITISTAS

PONTO DE PARTIDA

Nossa competência de estudos consiste em examinar o modo como as interseccionalidades sobrepõem

formas de dominação e se refletem sobre o cotidiano do contexto escolar, o que nos leva a pensar nas

condições das pessoas com deficiência. As lutas anticapacitistas são, nesse sentido, essenciais para darmos

continuidade aos estudos sobre educação e diversidade, pois elas são também consideradas marcadores

sociais da diferença.

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Nesta aula, vamos analisar a importância dos estudos da temática marcador social da diferença, para pensar

a escola como meio para o exercício de práticas de acessibilidade e recursos e a criação de ambientes

inclusivos, de modo a envolver toda a escola, a família e a comunidade escolar. Por isso, a sensibilização, a

conscientização e o apoio de uma rede articulada em prol desses objetivos se fazem necessários.

Vejamos alguns questionamentos iniciais necessários: como devemos buscar entender (no sentido de se

colocar no lugar do outro) a necessidade de acessibilidade e de recursos para as pessoas com deficiência? De

que modo podemos contribuir para a criação de ambientes inclusivos voltados à população com deficiência?

Como podemos incentivar a utilização de recursos tecnológicos para tal ação? Qual a importância da

sensibilização e da conscientização e apoio para uma educação anticapacitista? De que modo a escola pode

ser a protagonista para a sensibilização e a conscientização da comunidade escolar e da sociedade?

Você pode perceber a importância das lutas anticapacitistas visando uma educação mais inclusiva e

democrática nas escolas e em nossa sociedade. Nesse sentido, convidamos você para que aprofunde os seus

estudos e leituras sobre o tema e que tenha uma excelente aula. Bons estudos.

VAMOS COMEÇAR

Nesta aula sobre a educação e as lutas anticapacitistas, você vai compreender e perceber a importância da

inclusão das pessoas com deficiência no processo educacional e no desenvolvimento da sociedade como um

todo. Você vai estudar primeiramente sobre a acessibilidade e recursos e, em seguida, sobre a criação de

ambientes inclusivos, envolvendo a parceria entre escola, família e comunidade escolar. Por fim, você vai

estudar sobre a necessidade de uma maior sensibilização, conscientização e apoio para essas causas

fundamentais no exercício do desenvolvimento da diversidade e da inclusão.

Acessibilidade e recursos
Em educação e diversidade, como temos visto até aqui, prioriza-se a perspectiva da inclusão e de uma

sociedade (e escola) plural, que valorize o reconhecimento, a diferença, e a multiplicidade sociocultural com

que nos constituímos historicamente. Com isso, tem-se como um dos objetivos desta aula, a desconstrução de

qualquer forma de preconceito, discriminação e de intolerância contra quaisquer pessoas e povos, suas

especificidades e diferenças que demarcam a sua identidade.

Pode-se perceber que, em nosso percurso, estamos reconhecendo e valorizando a diversidade sociocultural,

étnico-racial, de gênero, entre outras. As pessoas com deficiência, da mesma forma, precisam de

reconhecimento e de inclusão em nosso meio, e mais que isso, é necessário um mínimo de empatia para

compreender as necessidades específicas para a inclusão no convívio social. Em todos os espaços, seja em

casa, na escola, espaço público ou privado, a liberdade de ir e vir não pode ser cerceada.

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Mais que reconhecimento e inclusão, falar em educação e lutas anticapacitistas é falar nos direitos das

pessoas com deficiência que devem ser exercidos por todos. São os direitos relacionados à saúde, educação,

transporte, trabalho, entre outros. A educação é fundamental para que a pessoa com deficiência supere

barreiras e consiga exercer seus direitos e liberdades individuais em condições de igualdade com as demais

pessoas (Muzy, 2022, p. 97).

A escola, nesse sentido, é um espaço importantíssimo de criação de uma cultura de mudanças para uma

sociedade mais inclusiva e acessível a todas as pessoas que nela frequentam, independentemente das suas

condições físicas, psicológicas ou sociais. Um dos eixos fundamentais da disciplina de educação e diversidade

consiste, portanto, na educação e conscientização das lutas anticapacitistas. Esse é, sem dúvida, um marcador

social da diferença, portanto deve ser pauta de todos nós.

Sendo a educação um direito da pessoa com deficiência, é implícito, mas mesmo

assim, foi determinado no Estatuto da Pessoa com Deficiência a garantia de sistema

educacional inclusivo. Além disso, a discussão se a regra é a pessoa com deficiência

frequentar o ensino regular ou não, já poderia estar reduzida pela disposição do

artigo 27 do citado diploma legal, pois ao assegurar sistema educacional inclusivo,

subtende-se que será dentro do sistema regular de ensino.


— (Muzy, 2022, p. 97)

Temos como premissa fundamental nesses estudos buscar entender, colocando-se no lugar do outro, das

pessoas com alguma deficiência, a importância da acessibilidade e recursos em quaisquer espaços em que se

convive socialmente. Você deve se lembrar do conceito de alteridade, ou seja, que o eu se constrói também

em contato com o outro, e isso é importante ser tomado como premissa elementar em nossos estudos sobre

educação anticapacitista. Acresce-se a isso o exercício da empatia, colocando-se no lugar do outro, no sentido

de procurar enxergar de que modo é possível se inserir na convivência social.

A escola serve, portanto, para construção de mecanismos e dispositivos de acessibilidade e de inclusão das

pessoas com deficiência, por um lado, e para desconstrução do preconceito e da discriminação ou de

qualquer outra forma de violência contra as pessoas com deficiência, ou seja, em uma cultura de luta

anticapacitista.

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Uma pesquisa realizada em 2009 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

(Fipe) com 501 escolas públicas do país, apontou as formas de preconceito no

ambiente escolar brasileiro. Das 18,5 mil pessoas entrevistadas, entre alunos,

educadores, funcionários e pais, 99,3% demonstram algum tipo de preconceito:

etnorracial, socioeconômico, de gênero, geracional, orientação sexual ou territorial ou

em relação às pessoas com algum tipo de necessidade especial. A discriminação

relacionada aos portadores de deficiências é a mais frequente (96,5% dos

entrevistados), seguido pelo preconceito etnorracial (94,2%), de gênero (93,5%), de

geração (91%), socioeconômico (87,5%), com relação à orientação sexual (87,3%) e

75,95% têm preconceito territorial.


— (Piacentini, 2015 apud Previtelli; Vieira, 2017, 49)

Perceba que as práticas de discriminação estão mais relacionadas às pessoas com deficiência, e ela está

presente também na escola. Por isso a importância de uma educação inclusiva para as pessoas com

deficiência, considerando que a escola pode contribuir para uma educação inclusiva de modo a proporcionar

um acesso equitativo e a valorização das diferenças.

Criação de ambientes inclusivos


A educação anticapacitista transforma realidades fazendo com que escolas e outros espaços sejam

modificados e adaptados para o atendimento de necessidades múltiplas de pessoas com deficiência.

Sabe-se que a escola precisa ter acessibilidade e recursos disponíveis para que tais ações sejam

implementadas, não apenas no que tange à ordem física ou de acessibilidade, mas é preciso que haja meios

para a inclusão sociocultural, de modo que todos possam participar em condições de igualdade no espaço

escolar. A ideia é que isso seja espraiado para toda a comunidade, sendo a escola a instituição de referência. A

utilização de recursos tecnológicos é igualmente fundamental nesse processo, oferecendo tecnologias mais

acessíveis para as pessoas com necessidades diversas.

A criação de ambientes inclusivos e acolhedores é importante para que se possa incluir a diversidade de

populações e suas necessidades múltiplas. O ambiente que tem estrutura para receber o deficiente já

representa parte do acolhimento necessário, assim, quando falamos na adequação da infraestrutura para o

atendimento das pessoas com deficiência referimo-nos à adaptação da estrutura física das escolas, como

rampas, banheiros, sala com recursos específicos e sinalização adequada, para que seja garantida a

participação de todos.

Os recursos e as tecnologias assistivas são igualmente importantes no desenvolvimento de uma educação

anticapacitista, por isso a escola precisa aprimorar e disponibilizar recursos didáticos e tecnológicos de modo

a atender às necessidades individuais dos alunos com deficiência.

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A formação docente e profissional é um pilar importante para contemplar essa demanda da diversidade

sociocultural. Por isso, deve-se preparar o pessoal, oferecer formação contínua para professores e

profissionais da educação, capacitando-os a trabalhar de maneira inclusiva e atendendo às necessidades

variadas dos alunos.

Figura 1 | Parte da obra de Stephen Wiltshire do desenho de uma paisagem da Cidade do México (2016)

Fonte: Wikimedia Commons.

Com isso, permite-se que pessoas com deficiência sejam incluídas nas relações sociais, espaços de construção,

tomadas de decisão e de desenvolvimento na escola, na comunidade e na sociedade. Espera-se, com o tempo,

que seja eliminadas as diversas formas de discriminação em relação às pessoas com deficiência.

Sensibilização, conscientização e apoio


A criação de ambientes inclusivos tem levado à construção de espaços mais acessíveis, plurais e

democráticos, portanto, com mais diversidade. A sensibilização e a conscientização de toda a sociedade nas

lutas anticapacitistas tende a promover uma educação que se propõe a superar os preconceitos, estereótipos

e barreiras que limitam a participação plena e igualitária de pessoas com deficiência.

A conscientização promove a inclusão, o respeito à diversidade e a igualdade de oportunidades para todos,

independentemente de suas condições ou habilidades físicas ou psicológicas. A escola pode ser a protagonista

na sensibilização e conscientização da comunidade escolar e da sociedade, por isso é importante que a

comunidade escolar se organize e se envolva em programas educacionais de sensibilização, articulando ao

máximo a família e a comunidade escolar (uma espécie de prática extensionista).

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Todos os estudantes são muito importantes nesse processo, e podem exercer o protagonismo estudantil no

desenvolvimento de projetos (confecção de cartazes, por exemplo). Esse tipo de atividade pode garantir a

construção de uma rede de apoio, buscando envolver todos os atores da escola, órgãos colegiados, como

equipes multidisciplinares, grêmio estudantil, a escola e a comunidade escolar, além de buscar parcerias com

ONG e outros institutos e instituições de apoio.

Promover ambientes inclusivos e uma educação anticapacitista requer um esforço contínuo, colaborativo e

multifacetado, visando criar espaços nos quais todas as pessoas sintam-se valorizadas, respeitadas e

plenamente integradas à sociedade. Isso faz com que todos nós saiamos da zona de conforto, para tentar

entender o outro, colocando-se em seu lugar, a fim de lutar e trabalhar em conjunto.

VAMOS EXERCITAR

Em nosso percurso de desenvolvimento de uma abordagem holística para a educação a partir de categorias

teóricas e analíticas sobre a diversidade, especificamente nas questões voltadas a uma educação

anticapacitista vamos retomar alguns questionamentos realizados no começo da aula: como devemos buscar

entender (no sentido de se colocar no lugar do outro) a necessidade de acessibilidade e de recursos para as

pessoas com deficiência? De que modo podemos contribuir para a criação de ambientes inclusivos voltados à

população com deficiência? Como podemos incentivar a utilização de recursos tecnológicos para tal ação?

Qual a importância da sensibilização e da conscientização e apoio para uma educação anticapacitista? De que

modo a escola pode ser a protagonista para a sensibilização e a conscientização da comunidade escolar e

sociedade?

Você estudou que as pessoas com deficiência precisam de reconhecimento e de inclusão em nosso meio. Aliás,

mais que isso, é necessário um mínimo de empatia para que se compreendam as necessidades específicas

para a inclusão no convívio social, e isso em todos os espaços, sem que a liberdade de ir e vir seja cerceada.

Você estudou a importância de se colocar no lugar das pessoas com alguma deficiência.

Você estudou que a escola é importante na construção de mecanismos e dispositivos de acessibilidade e de

inclusão das pessoas com deficiência e na desconstrução do preconceito e da discriminação, ou de qualquer

outra forma de violência.

A sensibilização e a conscientização de toda a sociedade nas lutas anticapacitistas são fatores importantes,

pois tendem a promover uma educação que se propõe a superar os preconceitos, estereótipos e barreiras que

limitam a participação plena e igualitária de pessoas com deficiência. A conscientização promove a inclusão,

o respeito à diversidade e a igualdade de oportunidades para todos, independentemente das condições ou

habilidades físicas ou psicológicas.

Enfim, de acordo com o que se estudou, a inclusão de pessoas com deficiência na convivência social é muito

importante e a escola pode ser uma instituição protagonista na sensibilização e conscientização da

comunidade escolar e da sociedade.

 Saiba mais
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Acessibilidade e recursos

Para o aprofundamento dos estudos sobre as pessoas com deficiência e as relações com educação e

diversidade, recomendamos a leitura do Capítulo 3 do livro Direito das pessoas com deficiência, de

Evandro Muzy. A obra está disponível em nossa Biblioteca Virtual e pode ser acessada por você.

Criação de ambientes inclusivos

Para o aprofundamento dos estudos sobre os direitos das pessoas com deficiência, recomendamos a

leitura do Capítulo 9 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência: modificações substanciais,

de Luciana Fernandes Berlini, no livro Direito das pessoas com deficiência psíquica e intelectual nas

relações privadas, de Joyceane Bezerra de Menezes. A obra está disponível em nossa Biblioteca Virtual.

Sensibilização, conscientização e apoio

Para que você reflita sobre a questão da sensibilização, conscientização e apoio à pessoa com deficiência,

recomendamos dois filmes bastante interessantes.

Um deles é O oitavo dia. O filme aborda temas relacionados à diferença, aceitação e beleza da

diversidade humana. É uma obra que nos toca profundamente ao explorar a jornada emocional e

espiritual dos personagens principais em direção à compreensão e ao respeito mútuo.

Outro filme é Uma aula de harmonia, que traz a história de um boxeador problemático que vai morar

com a mãe e o irmão autista, mas precisa se encaixar em uma família com a qual não convive há anos.

Muito próprio para pensarmos na sensibilização de nossa sociedade.

Aula 5

ENCERRAMENTO DA UNIDADE

PONTO DE CHEGADA

Educação, gênero e lutas feministas


Os estudos em educação e gênero são importantes porque possibilitam uma reflexão e desconstrução de

hábitos e práticas historicamente construídos em nossa formação social. Isso nos leva a pensar na construção

de gênero e em nossas relações sociais, bem como na forma com que são construídas as bases de nossa

sociedade. O conceito de gênero destaca que as diferenças entre homens e mulheres não são apenas

biológicas, mas socialmente construídas, influenciadas por normas, expectativas e valores culturais. Como

estudamos, os movimentos feministas foram importantes para as lutas das mulheres, pois problematizaram

essas questões que culminaram com a elaboração do conceito de gênero. O feminismo objetiva a construção

de uma sociedade mais justa, contribuindo significativamente para a desconstrução de quaisquer formas de

estereótipos existentes em nosso convívio social. Por isso a questão da desigualdade de gênero deve sempre
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vir à tona de modo que seja possível encontrar os caminhos para o enfrentamento de estereótipos. A escola é,

nesse sentido, um espaço fértil para que se possa promover a justiça e a igualdade de gênero. Em suma, os

estudos de gênero são fundamentais para a construção de condições mais igualitárias.

Educação, diversidade e pessoas LGBTQIAPN+


Nos estudos em educação e diversidade, é importante lembrarmos da importância das conquistas de direitos

das pessoas LGBTQIAPN+, para uma educação plural e inclusiva e essenciais para o exercício da cidadania.

Nesse sentido, as políticas de proteção e de inclusão são conquistas importantes, resultados de lutas contra a

discriminação que demarcam avanços legais e culturais para a comunidade LGBT+. Também deve-se
combater eficazmente toda forma de bullying qualquer forma de preconceito e de discriminação na escola,

como um exercício diário de todos nós. A questão da representatividade e da visibilidade de pessoas LGBT+ se

torna, nesse sentido, um instrumento importante para a construção de uma sociedade mais democrática e

inclusiva nas questões relacionadas ao gênero. Enfim, a visibilidade da população LGBT+ promove a

conscientização e a empatia de modo mais efetivo, para que as pessoas aceitem e vivenciem as diferenças.

Educação e arranjos familiares


Quando falamos em socialização, precisamos diferenciar a primária da secundária. A socialização primária é

aquela que acontece nas famílias e tem como objetivo o ensinamento de normas e regras de comportamento

para a vida em sociedade. A socialização secundária acontece quando o indivíduo passa a conviver com

outros grupos sociais e em outros ambientes que não a própria família. O processo de socialização é

fundamental para os estudos em educação e diversidade, afinal, isso implica os ensinamentos sobre valores

justos, democráticos e inclusivos em nosso meio social, para que os indivíduos possam chegar mais

preparados nas escolas.

A construção da família moderna vem passando por muitas, rápidas e dinâmicas mudanças. Deve-se levar em

consideração a cultura, a sociabilidade e o papel das novas tecnologias de comunicação para pensar nos

novos arranjos familiares da contemporaneidade. Nesse sentido, as famílias podem ser classificadas da

seguinte forma: nuclear ou conjugal, monoparental, reconstituída ou homoparental. A família moderna

também oferece menos restrições sociais se comparadas às famílias tradicionais. A família e a escola são

importantes para a construção de uma rede de apoio e de bem-estar para os indivíduos e toda a sociedade.

Isso contribui por promover o desenvolvimento integral dos estudantes.

Educação e as lutas anticapacitistas


Nos estudos sobre as pessoas com deficiência e as relações com a educação, é válido sabermos que essas

pessoas precisam de reconhecimento e de inclusão em nosso meio. Além disso, é preciso um mínimo de

empatia, colocar-se no lugar das pessoas com alguma deficiência, auxiliando na luta por acessibilidade e

recursos em quaisquer espaços em que se convive socialmente. A escola é importante na construção de

mecanismos e dispositivos de acessibilidade e de inclusão das pessoas com deficiência e de desconstrução do

preconceito e da discriminação ou de qualquer outra forma de violência contra as pessoas com deficiência. A

sensibilização e a conscientização de toda a sociedade para a questão anticapacitista são importantes para

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que se possa superar os preconceitos, estereótipos e barreiras que limitam a participação plena e igualitária

de pessoas com deficiência. A conscientização promove a inclusão, o respeito à diversidade e a igualdade de

oportunidades para todos, independentemente das condições ou habilidades físicas ou psicológicas.

 Reflita
1. De que modo proporcionar uma abordagem inclusiva na educação a partir das intersecções entre

marcadores sociais da diferença?

2. Por que a aproximação entre família e escola é tão importante para o desempenho acadêmico e

inteligência emocional do estudante?

3. Qual a importância da conscientização e da sensibilização de toda a sociedade nas lutas


anticapacitistas?

É HORA DE PRATICAR

Para o estudo de caso desta unidade, imagine-se trabalhando como educador que recentemente assumiu o

cargo de coordenação da área de ciências humanas de uma escola que atende uma população diversificada
social e culturalmente, composta por alunos de diferentes origens étnicas, culturais e socioeconômicas. A

escola vem tendo muitos desafios relacionados à questão da diversidade social e cultural, especialmente nos
últimos anos, diante do agravamento de conflitos relacionados ao preconceito, discriminação e intolerância.

Nos últimos meses, houve aumento de relatos de ocorrência e até de evasão, por parte de alunos que se
sentiram discriminados pela forma como se expressam a partir de suas identidades. Além disso, tem-se

observado a prática do bullying na escola contra essas pessoas.

Sabemos da importância do reconhecimento das diferenças de gênero, da população LGBT+, das pessoas com

deficiência, entre outras interseccionalidades como marcadores sociais da diferença, que estudamos ao longo
desta unidade, e que é preciso dialogar e propor uma educação nas escolas mostrando os marcadores sociais

da diferença.

Diante de tal contexto, a diretoria da escola pediu-lhe a elaboração de uma atividade no sentido de se

promover a inclusão e o combate à discriminação na escola. Nesse caso, de que modo você atuaria para
melhorar a questão da inclusão e da aceitação da diversidade e da diferença na escola? Quais seriam as suas

propostas e ações, buscando envolver toda a equipe da escola e comunidade escolar?

Para a resolução deste estudo de caso, lembre-se sempre de que os estudos em educação e diversidade

promovem um olhar para a compreensão das identidades socioculturais e sua diversidade, e a educação tem
aí um papel fundamental.

Para a ação na escola, inicialmente, você pode fazer um diagnóstico participativo, a partir da realização de
conversas e grupos focais com alunos, professores, funcionários e família, buscando identificar os desafios e

as demandas para uma atuação mais eficaz no combate ao bullying e a outras práticas discriminatórias

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contra a população marginalizada.

Em meio a esses trabalhos, você pode promover campanhas e atividades interdisciplinares diversas em toda
a escola, de modo que se contemple a questão de gênero, de pessoas com deficiência, entre outras. Para uma

ação eficiente, você pode articular com o grêmio estudantil da escola e toda equipe de professores e
funcionários, de modo que a reflexão e o diálogo entre os estudantes sejam incentivados. Nessa ação, é

importante que se faça o uso de uma rede de apoio eficaz para o atendimento especializado com os
estudantes da escola mediante palestras, oficinas e workshops.

Você pode propor ações que efetivem a adaptação curricular e as práticas pedagógicas, para que se inclua nos
materiais didáticos, bem como em matrizes curriculares, experiências e contribuições das mulheres, da

população LGBT+ ou de pessoas com deficiência para a sociedade como um todo, reconhecendo a
importância da diferença e da diversidade social e cultural.

Com isso, espera-se melhorar o ambiente escolar, de modo que diminua as formas de preconceito, de
discriminação e de intolerância contra essas pessoas, diminuindo assim as ocorrências da escola e os casos de

evasão como se tem percebido nos últimos meses. Além disso, espera-se que a escola, tornando-se um
ambiente ainda mais acolhedor, possa contribuir para a melhora dos rendimentos dos alunos e o

desenvolvimento da inteligência socioemocional de todos.

Enfim, é muito importante levar em consideração as interseccionalidades entre marcadores sociais da

diferença, para que seja possível promover ações específicas no sentido de buscar a inclusão e a
desconstrução de práticas de dominação na escola, criando um ambiente mais justo, igualitário e acolhedor

para todos os alunos, independentemente de suas condições ou vivências.

DÊ O PLAY!

ASSIMILE

O infográfico proposto tem como objetivo ilustrar as interseccionalidades entre marcadores sociais da

diferença e a educação.

Figura 2 | Representação das camadas do blastocisto

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Fonte: elaborada pelo autor.

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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