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UESB – Universidade Estadual Do Sudoeste Da Bahia

CURSO : Especialização em Gestão Educacional

ALUNA: Verônica Souza dos Santos

A escola pública é um local onde de uma forma geral visa a


transformação da sociedade, o papel dessa instituição no contexto social é de
real importância pois, através da mesma que práticas sociais, processos de
socialização, cultura, produção e apropriação de saber acontecem segundo
LIBÂNEO (2012). Atuantes que de forma direta ou indireta os que estão no
ambiente escolar precisam constantemente se questionarem sobre qual seu
papel para a melhoria desse setor. Para Silva Júnior (1995), a educação está,
pois, no ponto de partida e no ponto de chegada da ação administrativa. No
ponto de chegada, sob a forma da intervenção processada nas práxis com o
auxílio às administrações. No ponto de partida, sob a forma do subsídio teórico
que respalda a ação administrativa a ser elaborada. Em sentido estrito, a
administração é sempre da educação, que lhe determina o substrato e a
direção da prática.

Nessa perspectiva, um fator relevante a ser considerado é que


muitos administradores não-educadores determinam a ação de professores e
supervisores não muito educativos, proporcionando assim o fracasso da
administração da educação, que significa inevitavelmente o fracasso da
educação, ou seja, o sucesso da administração da educação é o sucesso da
educação. Para isto, necessário se faz formar o educador com conhecimentos
técnico-educativos, preparando-o para trabalhar com a realidade das escolas
públicas de nosso país. Por isso é que se justifica a preparação dos
professores voltados para os conhecimentos acerca da gestão escolar.

Sobre toda essa ênfase dada às atividades administrativas na


escola, o profissional de educação se faz fundamental para que o processo
político educacional se complete. Infelizmente o que se vê ainda em alguns
lugares de nosso país é o distanciamento destes professores do processo
administrativo da escola. Talvez a formação profissional do gestor educacional
(que deve ser acima de tudo a de um educador), ou do professor que almeja
assumir este cargo, seja um recurso que concretamente procure superar os
problemas históricos relacionados à formação e prática profissional. Ao mesmo
tempo, é relevante que se considere o estágio atual dos profissionais que estão
nas escolas, bem como a diversidade dessa formação nas diversas regiões do
país

A LDB (Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional) é a lei que


define os princípios da gestão democrática nela e dita que todos os
profissionais da educação, comunidade escolar e local devem participara de
forma ativa na elaboração do Projeto Político Pedagógico para melhorar,
sugerir e criar novas metas para suas unidades educacionais superando
segundo LÜCK (2006) as acomodações, alienações e marginalidades,
construído um espírito de equipe para alcançar objetivos.

Uma das principais finalidades da escola é construir cidadãos com


autonomia, cada educando precisa adquirir uma linguagem de um sujeito
histórico e que participe ativamente de questões políticas e sociais não apenas
dentro dos muros da escola mais especialmente fora desses muros, ou seja na
sociedade onde estão inseridos. De acordo com as teorias críticas da
educação se faz necessário os questionamentos acerca de “quem são os
sujeitos da escola pública, de onde eles vêm; que referências sociais e
culturais trazem para escola”, analisando os indivíduos enquanto sujeitos que
são singulares, fruto de seu tempo histórico e das relações sociais que
mantém. Sendo assim, almeja-se a formação de todos os indivíduos
independente de sua condição econômica e social que participarão da
sociedade em que estão inseridos, serão agentes sociais em prol de uma
sociedade igualitária.

A fim de estruturar a análise de um espaço escolar sociocultural


deve-se primeiramente desmembrar todo o corpo escolar, as particularidades,
as expectativas, as funções sociais, entre outros. A homogeneização dos
sujeitos e da escola é incompatível a essa análise por uma vertente
sociocultural, ambos são compostos por experiências e vivências que as
tornam multifacetada e que essas múltiplas faces devem ser levadas em conta
e colocadas em prática no cotidiano escolar.

Segundo (DAYRELL, 1996)) os alunos já chegam à escola com um


acúmulo de experiências vivenciadas em múltiplos espaços, através das quais
podem elaborar uma cultura própria, uns "óculos" pelo qual vêm, sentem e
atribuem sentido e significado ao mundo, à realidade onde se inserem.

Os valores que orientam as ações do meio escolar devem estar


pautados na ética, solidariedade, equidade, compromisso, não apenas levando
em consideração a hierarquia e regras já predeterminadas nesse espaço com
as questões matérias e estruturas, mais também com a questão imaterial que
são os alunos, principal foco da educação, professores, funcionários, levando
em consideração que cada uma tem uma vida individual, cultura e ideologia
diferente fora da escola.

A vivencia da democracia na escola é de verdadeiro valor para


promover a ação e reflexão, poder compartilhado, e alcance de resultados nos
aspectos políticos, pedagógicos e técnicos, tanto de educando, educadores,
coordenadores, gestores e funcionários de outros setores que integram a
educação.

REFERÊNCIAS :

DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sociocultural. In: _____ (org)


Múltiplos olhares sobre educação e cultura. 2ª. reimpressão. Belo
Horizonte:

SILVA, Celestino Alves S.J. A escola pública como local de trabalho. São
Paulo: Cortez e Autores Associados, 1990.d. UFMG, 2001.

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