UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DE

GUARULHOS

HISTÓRIA MODERNA DO ORIENTE MÉDIO

Professor Youssef Alvarenga Cherem

CARINA ZDUNIAK (6º termo/vespertino – 167.367)

FICHAMENTO com citação:

Tema – Islã e Modernidade

CLEVELAND, William L.; BUTON, Martin. A History of the Modern Middle East.
4ª ed. Boulder, Colorado: Westview Press, 2009. pp 119 - 132

GUARULHOS

2023
CLEVELAND, William L.; BUTON, Martin. A History of the Modern Middle East.
4ª ed. Boulder, Colorado: Westview Press, 2009. pp 119 – 132

A abordagem de Cleveland e Buton no capítulo 7, nos elucidará que, a

resistente ordem otomano-islâmica do Médio Oriente se tornou instável frente às
reações e desafios do domínio europeu, na entrada do século XX. É notório, que
a necessidade da comunidade islâmica de encontrar suas próprias tradições nos
meios de regeneração, era consciente, do contrário destituiria o Estado de suas
tradições, e essa não era uma opção.

Muslim intellectuals and political activists argued that Islamic

practices had become degenerate and had deviated from the true path
as set forth in the revelations. In this atmosphere of self-criticism, a
current of reaction against the adoption of European ways
accompanied a reassertion of Islamic values. Especially prominent in
Egypt was a movement of intellectual inquiry that sought to rediscover
the essential principles of Islam and to explain their application to the
changing world of the twentieth century. (P.119)

Afirmarão que, por outro lado, ou melhor, no centro, a autocracia califal

pan-islâmica do sultão Abdul Hamid II gerou o apoio dos elementos da sociedade
otomana, impactados negativamente pelo Tanzimat, foi endossada, nas
dimensões políticas pan-islâmicas, por Jamal al-Din al –Afegão, no mínimo.
Ocupado pelos britânicos, no Egito, os sentimentos de distinção nacional e
exigências de independência política eram crescente e se misturaram com o
papel de longa data do país no universo cultural islâmico, tal como representado
pelas ideias reformistas de Muhammad Abduh

The activist political dimension of Islamic revival was embodied

in the person of Jamal al-Din al-Afghani (1839–1897), who has been
described “as a man whose life touched and deeply affected the whole
Islamic world in the last quarter of the nineteenth century.”2 Al-Afghani’s
pronounced influence on Islamic opinion was due less to the originality
of his theological formulations than to the appeal of his call for direct
action in the name of Islamic solidarity. He was a complex individual,

1
 but at one basic level he may be characterized as an itinerant
antiimperial activist blessed with exceptional personal magnetism.
Raised and educated in Iran, he took up residence in Egypt in 1871 and
attracted a group of young men to his ideas of political and religious
reform. His activities were unwelcome to Khedive Tawfiq, who ordered
him deported to India in 1879. Al-Afghani resurfaced in Paris in 1884;
he and one of his disciples, Muhammad Abduh, published an Arabic
newspaper, al-Urwah al-Wuthqa (The Indissoluble Bond), that
emphasized the importance of religiously based political solidarity. (p.
125)

Continuamente, os grupos políticos de Wahhabi, Sanusi, Mahdiyyah e

outros movimentos semelhantes, na fronteira tribal, permaneceram gerando a
agitação contra a corrupção local e a invasão europeia e a oferecer programas
atraentes de militância de base islâmica como soluções para os problemas.

A nahdah, no centro árabe, movimentou o movimento árabe cristão de

solidariedade cultural que também atraiu árabes muçulmanos e despertou
memórias do papel central árabe na criação de uma das maiores civilizações da
história. Sobre al—nahdah o capítulo 7 vai dizer que

During the second half of the nineteenth century, the Arab

Christians of Syria and Lebanon experienced an economic and literary
renaissance that is known as al-nahdah, the awakening. This
resurgence also affected the Arab Muslims of the region, but its greatest
impact was on members of the Christian communities. The main
catalysts for the awakening were foreign Christian missionary activity
and the printing press. Beginning at the time of the Egyptian occupation
of Syria (1831–1840), activity by US Protestant, French Catholic, and
Russian Orthodox missionaries increased dramatically. (p. 129)

Os conspiradores e investidores dos Jovens Turcos que derrubaram Abdul

Hamid, em 1909, tentaram impor uma solução única a todas as demandas que
existiam, assim, colocando-os em conflito interno e dando fim ao sistema
otomano no Médio Oriente, ainda que não intencionalmente.