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Fórum Ramisson 2024

Apresentação

Nome: Ernesto Ramisson

Código: 708237486

Profissão: Professor

Morada: Nmpula-Mecuburi

Contacto: 866044855

HISTÓRIA DAS SOCIEDADES II

1° FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

É comum afirmar que durante a idade média a religião católica era tida como a religião de
toda Europa e a igreja representava quase tudo para o homem medieval.

Discuta a afirmação acima.

RELIGIÃO NA IDADE MÉDIA

De acordo com Ramos (1994), a Idade Média teve início na Europa com as invasões
germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época
estendeu-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade
Média se caracterizou, principalmente, pela economia ruralizada, enfraquecimento
comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal (feudalismo) e
sociedade hierarquizada.

O autor diz que na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso, mas a
paisagem religiosa era mais complexa do que uma única fé monolítica. A Igreja detinha
um poder espiritual significativo, influenciando o pensamento, a psicologia e o
comportamento. Seu poder económico também era substancial, possuindo vastas terras e
empregando servos. Monges em mosteiros forneciam a "proteção espiritual" para a
sociedade, dedicando tempo à oração e à transcrição de textos religiosos (Ramos, 1994).
No entanto, o ambiente religioso incluía uma variedade de crenças e práticas. Costumes
pagãos persistiam ao lado do cristianismo, incluindo adivinhação, amuletos e feitiços, que
a Igreja procurava suprimir. Seitas heréticas apresentavam alternativas ao cristianismo
ortodoxo, e estudiosos e comerciantes judeus contribuíam para a diversidade religiosa da
Europa medieval. Após a Primeira Cruzada, as interacções entre cristãos e muçulmanos
também influenciaram o contexto religioso.

De acordo com este autor, o cristianismo, o judaísmo e o islamismo eram as principais


religiões após a queda do Império Romano, com o cristianismo sendo a religião principal
nas casas reais, na nobreza e na população em geral da Europa. O islamismo, estabelecido
em 622 d.C., era dominante no Oriente Médio e em partes da Europa, particularmente na
Espanha e em Portugal. O judaísmo, embora sempre minoritário, tinha comunidades por
toda a Europa. Crenças pagãs também persistiam, com deuses associados a elementos
naturais (Ramos, 1994, p.24).

Assim pode-se crer que o domínio da Igreja cresceu após a queda do Império Romano,
tornando-se a única religião reconhecida na Europa medieval. Ela desempenhou um papel
significativo tanto na vida dos camponeses quanto da nobreza, e as instituições religiosas
tornaram-se ricas e influentes. A influência da Igreja se estendia a questões políticas e era
uma fonte de educação, particularmente na Inglaterra, onde mosteiros irlandeses serviam
como centros de aprendizado.

Ramos (1994, p.24) afirma ainda que catedrais, grandes realizações arquitectónicas da
Idade Média, avançaram a arte e a arquitectura, e eram adornadas com belos trabalhos em
madeira, pinturas, murais, tapeçarias e esculturas. Elas abrigavam acessórios religiosos
valiosos feitos de metais preciosos.

Diante disso podemos afirmar que o poder da Igreja Católica no mundo feudal deu-se
através da sua forte estrutura política e económica. Essa estrutura tinha como tarefa
difundir a fé cristã; tarefa que executou de maneira efectiva e eficaz. A Instituição era a
responsável pela vida cultural e religiosa e procurava controlar os valores. A Igreja
Católica teve papel preponderante na formação do feudalismo; além de grande proprietária
de terras, estruturou a visão de mundo do homem medieval. Na realidade, foi a instituição
que sobreviveu às inúmeras mudanças ocorridas na Europa no século V e, ao promover a
evangelização dos bárbaros, concretizou a simbiose entre o mundo romano e o bárbaro.
Referências bibliográficas

Ramos, J. E. M. (1994). Idade Média: religião,sociedade e economia medieval. São Paulo


– USP.

2° FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

O Iluminismo foi um movimento intelectual inspirado no ressurgimento das ciências na


Europa do século XVII. As suas doutrinas principais consistiam em que o homem é por
natureza um “ser racional e pode alcançar a perfeição através do uso da razão”.

 Justifique toda a afirmação acima dando maior ênfase a frase que está entre aspas.

Para mim este trecho significa um dos itens de maior importância para o pensamento
iluminista foi a valorização da razão. isto, da a enteder que os iluministas acreditavam que
o progresso da humanidade aconteceria por meio da razão, considerando que ela deveria
ter valor maior do que a fé.

Em seus fundamentos Mota (1996, p.209), admite que a valorização da razão pelos
iluministas fez com que eles enaltecessem o conhecimento científico, e eles sempre
procuravam estudar os fenômenos da natureza a fim de dar-lhes uma explicação racional.

Assim, as crenças populares e lendas eram vistas com menosprezo, pois os iluministas
prezavam pelo racionalismo, e não pelas crendices. Por conta disso, eles teciam fortes
críticas à Igreja, questionando a forma como essa instituição controlava a vida das pessoas
naquele período. Além disso, os iluministas eram críticos da intolerância religiosa, que
motivava conflitos por diversas partes da Europa.

O que daa para entender que os iluministas acreditavam que a aplicabilidade da razão
levaria a humanidade a um progresso que seria capaz de formar uma sociedade perfeita.
Nessa sociedade, haveria justiça e não haveria espaço para a tirania (representada pelo
poder absolutista) e para a superstição (representada pelo controle da Igreja).

Rezende e Didier (1996, p.368), admitem que esses intelectuais também acreditavam em
ideias que falavam de liberdade e igualdade entre os seres humanos. Os iluministas
propunham a superação do modelo absolutista e do mercantilismo e também defendiam a
separação entre Estado e Igreja para estabelecer o que conhecemos atualmente como
Estado laico.

Em suma, o Iluminismo incluiu uma série de ideias centradas na razão como a principal
fonte de autoridade e legitimidade e defendia ideais
como liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação
Igreja-Estado.

Referências bibliográficas

Mota C.G. (1996). História e civilização. O mundo moderno e contemporâneo. (3ª ed). São
Paulo, Ática. 208p.

Rezende, A. P. & Didier, M. T. (1996). Rumos da história. Vol.3. São Paulo: Atual. 368p.

3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

O processo da colonização em África foi acompanhado por uma preparação ideológica.


Nesse contexto, vários autores são unânimes em afirmar que a "colonização ideológica" é
a mais perigosa do que qualquer outra colonização, seja ela material ou económica.

 Comente a expressão destacada no texto

Acho óbvio também afirmar que a a "colonização ideológica" é a mais perigosa do que
qualquer outra colonização, seja ela material ou económica. Para tal podemos recorrer ao
Charles Darwin (biologista e naturalista britânico do século XVIII) contribuiu
abundantemente ao campo da biologia evolucionista. O evolucionismo se tornou temático
em diversas discussões sociológicas e antropológicas no século XIX e fora abordado por
intelectuais sociais de forma etnocêntrica e colonialista como forma de justificar uma
suposta supremacia intelectual e racial do Ocidente sob o continente Africano e Asiático.

para este facto, Silvério (2013, p.370), diz que a Europa, diante de diversos avanços pós
Revolução Industrial, materializou o discurso de progresso e nutrificou o Neocolonialismo
Afro-Asiático através da afirmação de que era essencialmente superior à Africa e Ásia por
ter produzido novas tecnologias materiais e conteúdos científicos, dando suposto aval às
potências capitalistas de invadirem territórios Afro-Asiáticos com a justificativa de que
estariam levando cultura e desenvolvimento sócio-tecnológico a esses povos tidos como
primitivos.

Assim, admite-se que o Darwinismo Social fugiu abominavelmente do que Charles Darwin
desenvolveu ao construir um idealismo equivocado e etnocentrista sobre a cultura de
outrem. Darwin em seus estudos sobre espécies nunca afirmou a proeminência de uma
espécie sob a outra.

Ranger (2010, p.54) fala do Neocolonialismo do século XIX que prejudicou o continente
Africano de diversas formas, inclusive cientificamente ao edificar uma abnegação à ciência
produzida por Africa e pessoas pretas em diásporas africanas. Frantz Omar Fanon
(psiquiatra, filósofo, cientista social e revolucionário francês) propõe a descolonização
como forma de posição anti-colonialista e afirma que ‘’A civilização europeia e seus
representantes mais qualificados são responsáveis pelo racismo colonial’’. Há uma
naturalização fruto do colonialismo ocidental do que é ciência e de quem produz ciência, a
colonização, que tem seu lado ideológico, é a representação do Fardo do Homem Branco e
sua dominação.

Através da Descolonização do Imaginário como disserta Ranger (2010, p.54),


compreende-se que o colonizado que não mais está preso materialmente em trancas e
correntes, todavia continua escravo ideológico da colonização ocidental. Descolonizar-se é
desnaturalizar uma ideia etnocentrista do ocidente como único e legítimo produtor de
ciência, é contestar o positivismo do homem branco e se auto reconhecer para além da
reafirmação do eu, poder existir.

Referências bibliográficas

Ranger, T. O. (2010). Iniciativas e resistência africanas em face da partilha e da


conquista. História Geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935.
Brasília: UNESCO. p. 51-54.

Silvério, V. R. (2013). Síntese da colecção História Geral da África: século XVI ao século
XX. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar. p. 370.

DIDÁCTICA DE HISTÓRIA I - TURMA G


1º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 As fontes usadas param a reconstituição da história do continente africano.

Durante muito tempo perdurou a ideia de que não havia obras que abordassem a história da
África, e um dos argumentos é que não haveria fontes históricas para serem pesquisadas. A
África era vista pelos europeus como um continente bárbaro, de iletrados e por isso não
teria produzido os documentos citados. Segundo devido ao fato dos ocidentais traçarem
uma linha no deserto do Saara que separaria as sociedades alfabetizadas e alfabetizadas, e
promoviam uma separação que inexiste na realidade entre uma África do Norte e uma
subsariana.

De acordo com Silva, (2003, p.229), há três tipos de fontes que se destacam na feitura da
História da África: a escrita, tradição oral e os vestígios arqueológicos.

Convém ressaltar que na feitura da História da África há a necessidade de uma


interdisciplinaridade, a linguística e a arqueologia são alguns dos campos de saber que têm
contribuído de forma imensurável, principalmente pós anos setenta. Saliento que com a
Escola de Annales houve um alargamento do conceito de fontes e a tradição oral passou a
ser aceita dentre as mesmas. E lembrando que todos os elementos produzidos pelo homem
passam a ser fontes históricas.

Os primeiros tipos de fonte, as escritas, não são tão raras, nem tão dispersas no tempo e no
espaço como se defendeu durante muito tempo. Elas são inúmeras e muitas ainda
aguardam historiadores para pesquisarem. Elas estão arquivadas na Argélia, Marrocos, na
Europa e até mesmo na América. Ki-Zerbo (1972, 15) divide-as em fontes antigas
(egípcias, núbias e Greco-latinas), fontes árabes, europeias ou soviéticas dentre essas há as
narrativas ou as de arquivo, fontes africanas recentes, as meroíticas, etíopes, os africanos
que escreverem em árabe e os africanos que redigiram nas línguas europeias e por fi m as
fontes africanas e asiáticas que também há as narrativas e as de arquivo (Ki-Zerbo, 1972,
p.15).

O segundo tipo, a oral, é de extrema importância para a história da África. Priore e


Venâncio (2004) adiantam que os guardiões da tradição oral são os anciãos. E quando um
deles falece leva consigo um fi o da tradição oral da localidade. Essa fonte mostra os
valores e costumes de algum povo; assim como alguns fatos históricos. Na África as
palavras não são usadas inutilmente, quando uma pessoa exerce um cargo, ela pouco falará
em público.

Ki-Zerbo, (1972, p.15), diz que alguns historiadores como ainda não consideraram o
funcionamento interno das tradições orais africanas, não compreenderam que elas são
discursos históricos que possui como meta narrar uma história. E como ocorrem as
selecções das tradições, como algumas são reactivadas de acordo com as necessidades
contemporâneas ou como também são esquecidas. Muitas das narrativas da tradição oral
têm sido confirmadas através dos documentos escritos ou dos achados arqueológicos. E,
elas permitem uma visualização da África na perspectiva dos africanos. Um das críticas
que se faz ao uso das tradições é o fato da oralidade ter uma função na África.

No entanto, as fontes escritas também não possuem uma função? Outra crítica que se faz
ao uso dessas fontes é o fato delas terem rupturas e serem descontínuas e a ausência de
uma cronologia.

O terceiro tipo são os vestígios arqueológicos. Nesses tem encontrado cerâmicas,


artefactos de ferro e bronze. Esses achados têm confirmado tradições orais e reveladas
várias características das civilizações africanas. Os achados arqueológicos têm permitido
informações de Estados como Kush, Axum ou ainda Gana. E contribuído aos africanos
com uma construção da história africana numa perspectiva dos africanos. Dentre alguns
dos arqueólogos temos Clark, Dart, Leakey, Zaki dentre outros (Silva, 2003).

Contudo, os problemas das fontes citadas acima são: a falta de recursos financeiros e suas
pesquisas, geralmente, demandam grandes somas de dinheiro, as dificuldades de acesso de
alguns sítios arqueológicos, fragilidade de alguns materiais utilizados e por fi m, o solo
úmido de algumas regiões que contribuem com o desgaste dos artefactos ou ainda a erosão
que provoca uma desarrumação nos estratos. Outro aspecto são os turistas que em
expedições acabam destruindo alguns desses artefactos. Outras fontes históricas que são
pouco citadas pelos especialistas em História da África são as visuais, como fotografias e
os filmes. Os africanos têm produzido inúmeras películas que da mesma maneira que a
literatura pode ser visualizado representações dos africanos feita pelos mesmos dentre
outros pontos.

Referências bibliográficas
Ki-Zerbo, J. (1982). Introdução Geral. UNESCO - História geral da África: I.

Metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ática: UNESCO,. pp. 21-42.

Priore, M. D. & Venâncio, R. P. (2004). Ancestrais: uma introdução a História da

África Atlântica. (3 ªed). Rio de Janeiro: Elsevier. pp.53-70.

Silva, A. R. (2003). A História da África nos bancos escolares: representações e

imprecisões na literatura didática. Estud. afro-asiát. vol.25, no.3, p.421-461.

2º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

Diferença entre o currículo e o programa

Ribeiro (1990) diz que o Currículo é uma teoria que parte de pressupostos sociológicos e
psicológicos, que agrupa conteúdos, objectivos, estratégias que são postos em prática
através de um plano curricular.

Programa é uma lista de matérias acompanhada de “instruções metodológicas” que


eventualmente a justificam e dão indicações sobre o método ou sobre a abordagem que os
seus autores julgam a melhor, ou a mais pertinente, para ensinar essas matérias (Pacheco,
1996).

Assim, um Programa não pode ser considerado ou confundido com o Currículo, pois o
primeiro está inserido no segundo como unidade formadora. Enquanto o Currículo se
constitui em todas as acções realizadas no ambiente educacional, sejam elas
administrativas ou pedagógicas, que definem a identidade e subjectividade da produção
histórica, cultural e social na construção dos modos de ensino, formação e instrução da
sociedade, o Programa está ligado à selecção dos conteúdos programáticos, dos saberes e
conhecimentos inerentes ao processo de ensino-aprendizagem, organizados e sequenciados
de acordo com aprendizagens anteriores e o que se pretende ensinar posteriormente
informações contidas no currículo escolar.

Portanto, a escola pode transformar informação em conhecimento através da


contextualização dos conteúdos seleccionados, da articulação entre os saberes das diversas
áreas do conhecimento, do incentivo à produção cultural e aproximação da instituição
escolar com as demais instâncias sociais.

Pacheco (1996) admite que a contextualização dos conteúdos se relaciona com a atitude
pedagógica de considerar a bagagem cultural do educando assim como seu contexto social,
fazendo a transposição didáctica e a transferência dos conhecimentos escolares de maneira
significativa para o quotidiano do aluno.

O mesmo autor diz que a articulação dos saberes também é de suma importância, pois
quando o educando não consegue relacionar os conhecimentos e usar de maneira
inteligente o que aprendeu na resolução de problemas diversos, ele não compreende a
utilidade de uma área ou outra, podendo desenvolver aversão ou dificuldade em disciplinas
específicas devido a esse distanciamento (Pacheco, 1996, p.7).

Ribeiro (1990, p.34) referencia que concebendo o currículo como o conjunto de todas as
actividades da instituição escolar amplia o campo de actuação da mesma na sociedade,
tornando-a peça-chave na construção de uma sociedade mais justa e democrática sim
através da educação.

É preciso que muito mais do que mera repetição de conteúdos desconectados com a
realidade, obediência a regras e normas educacionais, pouca relação com a vida e o
contexto social e o tratamento burocrático da educação, a escola passe a considerar a
subjectividade dos atores sociais, suas necessidades, vontades e interesses e articulando o
ensino e a emancipação crítica, forme a transforme seres humanos para intervir no seu
contexto social de forma activa, autónoma e transformadora.

Percebo esse distanciamento entre as reais necessidades educacionais e o currículo


adoptado pelas escolas diariamente, e isso me incomoda muito.

Sempre há o dilema entre o cumprimento da proposta curricular, assim como os prazos,


tarefas e resultados e o aproveitamento de momentos e ambientes favoráveis ao
aprendizado. Oportunidades únicas muitas vezes são desperdiçadas devido às exigências
desnecessárias das instituições escolares ou até mesmo dos sistemas de ensino. Repensar a
educação e o tipo de cidadão que estamos formando é preciso antes mesmo de decidir o
que se deve ensinar e o que se espera aprender.

Referências bibliográficas
Pacheco, J (1996). Currículo: Teoria e Práxis. Porto Editora.

Ribeiro, A (1990). Desenvolvimento Curricular. Texto Editora.

3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 Uma na bordagem em torno da Distinção da pesquisa do pesquisador

De acordo com Minayo (1993, p.23), o pesquisador e pesquisadora são pessoas que
desenvolvem pesquisas, a partir de um método científico. Em outras palavras, a partir de
uma metodologia, testam e comprovam hipóteses para chegar em conclusões nas diversas
áreas do conhecimento. Ou seja, o pesquisar significa, de forma bem simples, procurar
respostas para indagações propostas.

O autor diz que para se tornar pesquisador, é necessário ter uma formação acadêmica na
área de interesse, como graduação e, preferencialmente, pós-graduação (mestrado e/ou
doutorado).

Minayo (1993, p.23), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como
“actividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e
uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado
e permanente. É uma actividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se
esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.

Demo (1996, p.34) insere a pesquisa como actividade quotidiana considerando-a como
uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção
competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido
teórico e prático”.

Para Gil (1999, p.42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e
sistemático de desenvolvimento do método científico.

Diante do disposto a cima pode dizer os pesquisadores são indivíduos dedicados ao


desenvolvimento de estudos, utilizando métodos científicos. Por meio de metodologias
específicas, eles investigam e confirmam hipóteses, gerando conclusões valiosas em
diversas áreas do conhecimento e a Pesquisa é um conjunto de acções, propostas para
encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e
sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se têm informações
para solucioná-lo.

Executar o projecto de pesquisa e realizar e/ou acompanhar as actividades de campo


previstas no projecto de pesquisa.

Referências bibliográficas

Demo, P. (1996). Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo


Brasileiro.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

Minayo, M. C. S. (1993). O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec.

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HISTÓRICO - TURMA G

1º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 A IDADE MÉDIA PARA O PENSAMENTO HISTÓRICO

Durante a Alta Idade Média, a Europa passava pelas transformações derivadas da


desagregação do Império Romano e o feudalismo estava em formação. A Baixa Idade
Média foi o período auge do feudalismo e no qual a Europa começou a sofrer
transformações oriundas do renascimento urbano e comercial.

Desse período destacam-se o processo de ruralização que a Europa viveu entre os séculos
V e X; o fortalecimento da Igreja Católica; a estruturação do sistema feudal, não apenas
economicamente mas também política e socialmente. A partir do século XI, o
renascimento urbano e comercial abre caminho para a crise do século XIV, que determina
o fim da Idade Média.

Le Goff (2011) afirma que a transição da Idade Média para a História Moderna envolveu
uma série de factores que alterou as estruturas do período. A mudança está relacionada
com a ascensão das monarquias nacionais europeias, a recuperação demográfica após a
Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a redescoberta da cultura clássica e a
contestação à Igreja Católica. Mas o evento político determinante que marcou o fim do
período Medieval foi a queda de Constantinopla, em 1453.

O autor reafirma que A Idade Média é também frequentemente relacionada como a Idade
das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma estagnação da humanidade,
principalmente por estar situada entre dois períodos tão ricos culturalmente. Mas as
pesquisas mostraram que o período é rico em cultura e tem muito a oferecer e esclarecer
sobre a humanidade tanto quanto os outros (Le Goff, 2016, p.17).

A Idade Média foi muito longa e, logicamente, impactada por diferentes acontecimentos
importantes para a história humana. A Idade Média, em si, é fruto do fim do Império
Romano do Ocidente, após o qual uma série de reinos germânicos estabeleceu-se na
Europa Ocidental.

O caso mais simbólico foi o dos francos, povo germânico que se estabeleceu na Gália e
formou um reino governado, primeiro, pelos merovíngios e, depois, pelos carolíngios.
Estes foram a primeira grande dinastia a governar um reino na Europa, e, por meio de
Carlos Magno, seu principal rei, formaram um império com um território bastante vasto.

Para Júnior (2006), o surgimento do islamismo no século VII marcou um rompimento do


Ocidente com o Oriente, sobretudo quando os muçulmanos conquistaram a Península
Ibérica. O avanço muçulmano na Europa só foi interrompido por Carlos Martel, em 732.
Séculos depois, a Igreja Católica encontrou na guerra contra os muçulmanos uma forma de
estender sua riqueza até o Oriente.

A Inquisição foi um dos eventos mais importantes da Idade Média. Nela, todos aqueles que
não seguiam a doutrina da Igreja eram perseguidos e mortos.

As Cruzadas ocorreram do século XI ao século XII e mobilizaram tropas cristãs contra os


muçulmanos, na Palestina e no norte da África. Ao todo foram nove cruzadas, sendo a
primeira delas convocadas pelo Papa Urbano II, em 1095. A nona Cruzada foi encerrada
em 1272, e o objectivo inicial dos cristãos (conquistar Jerusalém) não foi alcançado.

Outros destaques que podem ser feitos sobre a Idade Média são o Império Bizantino e o
estabelecimento da Inquisição. Assuntos também relevantes são a cultura e a ciência
medievais, geralmente pouco estudadas.
Para Júnior (2006), o fim da Idade Média tem relação com o renascimento urbano e
comercial que a Europa experimentou a partir do século XI. Novas técnicas agrícolas
permitiram o aumento da produção de víveres, gerando um excedente que pôde ser
comercializado. O aumento na produção de alimentos garantiu um aumento populacional,
mas também do comércio e, consequentemente, da circulação de moeda.

Com o aumento populacional, o número de pessoas mudando-se para as cidades aumentou


e a quantidade de comerciantes ao redor delas também. O século XIII intensifica esse
processo de êxodo rural, pois as produções agrícolas ruins fizeram com que muitos
buscassem sobreviver nas cidades.

A Peste Negra causou a morte de cerca de 1/3 da população europeia ao longo do século
XIV.

O século XIV é quando os historiadores estipulam a fronteira final da Idade Média. Trata-
se de um século de crise, caracterizado por guerras que causaram destruição e geraram
mais fome, e isso resultou na Peste. O século XIV é marcado pela famosa Peste Negra
surto de peste bubónica responsável pela morte de 1/3 da população europeia ao longo
desse período (Júnior, 2006).

Assim, olhando para este posicionamento pode dizer a fome gerou grandes revoltas de
camponeses, sobretudo a partir do século XIII, e o crescimento urbano colocou fim no
isolamento feudal. Revoltas também aconteceram nas grandes cidades, principalmente pela
falta de empregos. Novas estruturas de poder começaram a surgir, a organização política
dos reinos modificou-se e, assim, surgiram os Estados nacionais.

O enfraquecimento do feudalismo e o fortalecimento do comércio resultaram no


mercantilismo. Quando Constantinopla cai e o comércio com o Oriente fecha-se, a Europa
volta-se para o Oeste. A exploração do Oceano Atlântico abriu novas fronteiras e
consolidou o fim da Idade Média.

Referências bibliográficas

Júnior, H. F. (2006). A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense.

Le Goff, J. (2011). As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes.

Le Goff, J. (2016). A civilização do Ocidente medieval. Petrópolis: Vozes.


2º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

O ILUMINISMO E A HISTÓRIA

De acordo com Mota (1996, p.209), o Iluminismo se iniciou como um movimento cultural
europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e
sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do
conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso.

Assim, admite-se que o iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma
menoridade que estes mesmos se impuseram a si. Tem coragem para fazer uso da tua
própria razão. O próprio nome do movimento nos remete a luz – não é à toa que esse
período é conhecido como “Século das Luzes” -, que pretende se contrapor a herança
medieval que ficou conhecida como “Idade das Trevas”, quando todo o conhecimento era
subordinado à religião.

A valorização da razão pelos iluministas fez com que eles enaltecessem o conhecimento
científico historico, e eles sempre procuravam estudar os fenômenos da natureza a fim de
dar-lhes uma explicação racional.

Assim, as crenças populares e lendas eram vistas com menosprezo, pois os iluministas
prezavam pelo racionalismo, e não pelas crendices. Por conta disso, eles teciam fortes
críticas à Igreja, questionando a forma como essa instituição controlava a vida das pessoas
naquele período. Além disso, os iluministas eram críticos da intolerância religiosa, que
motivava conflitos por diversas partes da Europa.

O que daa para entender que os iluministas acreditavam que a aplicabilidade da razão
levaria a humanidade a um progresso que seria capaz de formar uma sociedade perfeita.
Nessa sociedade, haveria justiça e não haveria espaço para a tirania (representada pelo
poder absolutista) e para a superstição (representada pelo controle da Igreja).

Rezende e Didier (1996, p.368), admitem que esses intelectuais também acreditavam em
ideias que falavam de liberdade e igualdade entre os seres humanos. Os iluministas
propunham a superação do modelo absolutista e do mercantilismo e também defendiam a
separação entre Estado e Igreja para estabelecer o que conhecemos atualmente como
Estado laico.

Por fim, esse movimento também merece ser lembrado pelas consideráveis conquistas
nos âmbitos sociais e nas liberdades individuais, pois a sua crença buscava uma
maior igualdade entre as pessoas, pondo um fim nas sociedades estamentais –estrutura
social em que não era permitido ascensão social e cada grupo tinha a sua função para a
sociedade pré-determinada. Além disso, os ideais iluministas acabaram guiando diversas
nações para o fim de governos absolutistas e para a busca da independência dos países que
ainda estavam sob controle de uma nação estrangeira. Em suma, o Iluminismo incluiu uma
série de ideias centradas na razão como a principal fonte de autoridade e legitimidade e
defendia ideais como liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo
constitucional e separação Igreja-Estado.

o seu contributo na historia

Rezende e Didier (1996, p.369), aceveram que as ideais iluministas foram pontos centrais
na Revolução Francesa, de 1789. Os conceitos de igualdade, liberdade e fraternidade,
desenvolvidos pelos iluministas, foram aplicados durante o processo revolucionário
francês.

A França vivia sob o Antigo Regime, em que o governo era absolutista e o conhecimento
era pautado pelo clero. Não havia liberdade política, econômica e social. Os burgueses,
formados por profissionais liberais, em sua maioria, pagavam altos impostos para sustentar
as classes dominantes e não viam nenhuma possibilidade de mobilidade social, além disso
havia também uma população que sofria pela crise fiscal que assolava o país (Rezende &
Didier, 1996, p.369).

Assim, a burguesia conseguiu a adesão das camadas mais populares, especialmente a dos
camponeses, na revolta contra esse regime obsoleto. Esse momento histórico foi marcante
para a sociedade francesa, assim como para todo o mundo, pois ali se via uma grande
nação rompendo com uma estrutura social e com o pensamento oriundo da Idade Média.

De acordo com Mota (1996, p.210), em 1776, a Revolução Americana, que culminou na
independência dos Estados Unidos, também foi inspirada nos ideais iluministas. Os
americanos que viviam sob forte controle britânico começaram a questionar os impostos e
a presença militar em seu território.

Impulsionados pelos ideais de liberdade dos iluministas, os nativos resolveram expulsar os


ingleses após consecutivos problemas originados pelas leis fiscais criadas para beneficiar
os colonizadores. Após a vitória na guerra pela independência, os Estados Unidos
instituíram uma república presidencialista, o federalismo e as liberdades individuais.

Na primeira eleição, George Washington (1732 – 1799) venceu a votação e se tornou o


primeiro líder americano eleito democraticamente.

Referências bibliográficas

Mota C.G. (1996). História e civilização. O mundo moderno e contemporâneo. (3ª ed). São
Paulo, Ática. 208p.

Rezende, A. P. & Didier, M. T. (1996). Rumos da história. Vol.3. São Paulo: Atual. 368p.

3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 A HISTORIOGRAFIA AFRICANA: TENDÊNCIA AFROCENTRISTA

Historiografia

Segundo a Enciclopédia Moradora Internacional (1981), “é o conjunto de obras


concernente a um assunto histórico ou produção histórica de uma época”.

A historiografia africana é a história da história de África; a maneira como a história


africana é escrita e interpretada ao longo dos tempos. Ela visa analisar e avaliar as várias
fases pelas quais passou a investigação, o ensino e as formas de abordagem da história de
África.

Os primeiros trabalhos sobre a história da África são tão antigos quanto o início da história
escrita. Os historiadores do velho mundo mediterrânico e os da civilização islâmica
medieval tomaram como quadro de referência o conjunto do mundo conhecido, que
compreendia uma considerável porção da África (Ki-Zerbo, 2010).

Tendenciaa afrocentrica
Surge em reacção à corrente eurocêntrica. Critica radicalmente a colonização, afirmando
que influenciou negativamente a evolução histórica africana. É uma corrente que valoriza
excessivamente as realizações africanas. Recusa influência que os outros povos
exerceram sobre a história de África. Para eles, a história é o que graças ao esforço
exclusivo dos africanos, sem concorrência de nenhum factor externo (Ki-Zerbo, 2010).

Como diz Ki-Zerbo (2010), o afrocentrismo defende que se deve interpretar e estudar as
culturas não europeias, nomeadamente a africana, e os seus povos do ponto de vista de
sujeitos ou agentes e não como objectos ou destinatários.

Estes não defendem que o mundo seja interpretado sob uma única perspectiva cultural,
como foi o caso do eurocentrismo, mais que seja reconhecida a existência de uma cultura e
a sua avaliação em termo de pensamento e conhecimento através da sua própria
perspectiva, nesse caso, mais concretamente a cultura africana seja analisada, por si,
enquanto sujeito e não através de modelos culturais que por vezes não só a entendem como
a desprezam e desvalorizam. (Farias, 2003).

Em resumo, percebemos que a história de África foi por muitos pensadores ignorados na
medida em que viam a África como se fosse um continente sem história devido a forte
presença da oralidade e da ausência de escritos sobre ela. Outro passo foi dado na
historiógrafa africana, quando Malinowski e Radcliffe Brown começaram a influenciar as
obras sobre a África, pois eles criticavam uma história que não tivesse um lastro de fontes.
Essa influência fez sair algumas obras de cunho mais histórico, como as de Leo Frobernius
que era etnólogo, antropólogo cultural, arqueólogo e historiador camuflado.

Referências bibliográficas

Enciclopédia Miradora Internacional. São Paulo 1981

Farias, P. F. (2003). De Moraes. Afrocentrismo: entre Uma Contranarrativa histórica


Universalista e o Relativismo Cultural. São Paulo.

Ki-Zerbo, J. (2010). História Geral de África I: metodologias e pré-historia de


África. Brasília: Unesco.

INTRODUÇÃO A FILOSOFIA

1º FÓRUM DE DEBATE
TEMA DE DEBATE:

Explicação do conceito de Bioética e identificar os problemas tratados pela bioética.

O conceito de bioética pode ser bastante complexo, por isso, é importante ter em mente
que não existe uma única definição. Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências
humanas, a bioética procura dar respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida
de seres que podem sofrer, ou seja, dos seres vivos.

O conceito de bioética pode ser bastante complexo, por isso, é importante ter em mente
que não existe uma única definição.

Transitando entre a filosofia, o direito e as ciências humanas, a bioética procura dar


respostas sobre a justa manipulação e tratamento da vida de seres que podem sofrer, ou
seja, dos seres vivos.

A bioética tem aplicações que vão do nascimento ao fim da vida, e afecta directamente
tanto os pacientes quanto os prestadores de cuidados.

Sendo assim, a bioética é um campo de estudo no qual são abordadas questões de


dimensões morais e éticas, que relacionam pesquisas, decisões, condutas e procedimentos
da área da biologia e da medicina ao direito à vida.

Como se pode ver, o objetivo da bioética é garantir o equilíbrio justo entre a ciência e o
respeito à vida, reconhecendo as vantagens que os avanços científicos e biológicos
proporcionam, mas permanecendo alerta para os possíveis danos que eles representam para
a sociedade.

Os problemas tratados pela bioética

Ferry (1996) diz que o debate bioético actual sobre o início da vida pode ser apreciado à
luz de dois princípios morais distintos, o Princípio da sacralidade da vida e o Princípio do
respeito à autonomia da pessoa. De acordo com o primeiro, habitualmente bem aceito no
na maioria das pessoas, quiçá em virtude da predominância religiosa cristã, cujo qual, a
vida consiste em um bem de origem divina ou natural, possuindo um estatuto sagrado e
que não pode ser interrompida (a vida humana é indisponível), nem mesmo com a
autorização de quem quer que seja por exemplo, o próprio ou o responsável legal; ademais,
a vida é sempre digna de ser vivida, independentemente de suas condições ou de quaisquer
sofrimentos.

Em contraste está o Princípio do respeito à autonomia da pessoa, o qual considera,


definitivamente, as livres escolhas dos sujeitos nas questões morais. Neste domínio, a
autonomia da mulher (ou do casal) ou seja, o autogoverno ou a autodeterminação dos
sujeitos envolvidos, seria suficiente para justificar que se respeite a escolha da pessoa,
decidindo por sua própria competência aquilo que considera importante para viver sua
vida, incluindo a sexualidade e a reprodução (Levinas, 2000).

Contudo, ponderar sobre a Bioética do início de vida é remeter-se a alguns dos temas mais
polêmicos da actualidade: o aborto. O aborto, de maneira geral, caracteriza-se como a
interrupção da gestação antes de ser possível ao concepto sobreviver no meio extrauterino.

Outros assuntos que Kant (1995), são mais requerem a intervenção da bioética são:

1. Clonagem;
2. Engenharia genética;
3. Eutanásia;
4. Fertilização in vitro;
5. Uso de células-tronco;
6. Uso de animais em experimentos;
7. Suicídio

Através da bioética, podemos adoptar práticas sustentáveis, considerando a


interdependência entre seres humanos e o meio ambiente. Adicionalmente, buscando
soluções inovadoras que reduzam o consumo excessivo e promovam o equilíbrio
ecológico.

Referências bibliográficas

Ferry L. (1996). L’Homme-Dieu-ou le sense de la vie. Paris: Grasset.

Kant I. (1995). Fundamentos da metafísica dos costumes. Rio de Janeiro: Ediouro. Levinas
E. (2000). Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70.

2º FÓRUM DE DEBATE
TEMA DE DEBATE:

Níveis de conhecimento

 Analisar os níveis de conhecimento e descrever a importância, limites e perigos


do conhecimento científico.

Os Níveis de conhecimento

Chambisse e Cossa (2017) relancam que a existência humana caracterizou-se sempre por
um querer saber sobre a realidade que circunda o Homem. Assim, principais respostas a tal
inquietação foram no princípio mitológicas; depois seguiram-se as respostas dos filósofos
chamados naturalistas; como terceira tentativa, apareceram os filósofos da Idade Média,
que deram respostas teológicas; finalmente, apareceram os que, descontentes com as
respostas teológicas, enveredaram os seus estudos exclusivamente pelo campo da razão, ou
seja, o campo científico.

Senso comum

O senso comum, no sentido habitual desta expressão, é a faculdade do espírito, um


instrumento de julgar; é, objectivamente, um conjunto de opiniões recebidas, uma maneira
comum de sentir e agir e não implica qualquer ideia ou juízo teórico (Chambisse & Cossa,
2017).

É um conjunto de ideias, costumes e maneiras de pensar que o Homem tem na sua Vida
prática e diária. É constante, comum e universal.

É a razão no seu estado bruto, sem ciência nem filosofia. É a razão mais simples, sem
desenvolvimento ou aperfeiçoamento. Este é o primeiro nível de conhecimento.

São características deste nível de conhecimento:

 Imediato e directo – parte de uma apropriação imediata do real; por outras


palavras, a realidade é tida ou tomada tal como ela se apresenta diante do sujeito.
 Subjectivo – baseado em interpretações objectivas do real a partir dos esquemas
culturais do sujeito; isto é, a realidade é encarada de acordo com a experiência do
sujeito.
 Diverso e heterogéneo – conhecimento não organizado, construído a partir da
captação espontânea da multiplicidade do real.
 Dogmático/não critico – baseia-se em esquemas fechados da interpretação da
realidade e apresenta uma tendência para se cristalizar em sistemas de crenças.

Conhecimento filosófico

Para Chambisse e Cossa (2017), os conhecimento filosófico tem por origem a capacidade
de reflexão do Homem e é um instrumento exclusivo do raciocínio. Como a ciência não é
suficiente para explicar o sentido geral do universo, o Homem tenta essa explicação através
da Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência - delimitado pela necessidade
da comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade na sua totalidade.
Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.

Conhecimento científico

De acordo com Chambisse e Cossa (2017), o nível científico dá-nos um conhecimento da


Natureza, mas já interpretado pelo cientista, construído e reproduzido no laboratório. É um
conhecimento racional.

A ciência é um conhecimento objectivo, que estabelece entre os fenómenos relações


universais e necessárias, autorizando a previsão de resultados que somos capazes de isolar
pela observação da causa ou de dominar experimentalmente.

A ciência estuda fenómenos (factos definidos e classificados pelo Homem de ciência). A


linguagem da ciência é a matemática, embora nem todo o real seja susceptível de ser
medido; quanto mais complexa é a realidade, menos matematizável se apresenta.

Importancia do conhecimento cientifico

À medida que as descobertas científicas avançam, a Vida do Homem também muda de


ritmo: muda a mentalidade, a maneira de ser, de conceber a realidade e de se relacionar
com o mundo exterior. Tais sucessos científicos levaram alguns filósofos a ganhar maior
confiança nas ciências físico-matemáticas, depreciando todo o tipo de saber que não é
empírico.

Com fundamenta Godoy (1995), Auguste Comte (1798-1857), inspirado pelo ambiente do
século XVII, fez um estudo geral do evoluir da história. Com base nos seus estudos, ele
sentiu-se autorizado a formular a chamada lei dos três estádios, segundo a qual, a
humanidade, assim como o psiquismo humano, atravessa três estádios, a saber: o teológico,
o metafísico e o positivo.

O estádio teológico corresponde à infância, o metafísico à juventude e o positivo sua


maturidade. No estádio positivo não se admite a justificação teológica, nem a filosófica da
realidade, mas a científica. O científico está ligado ao empírico e ao prático.

Não nos admiraremos, então, se os estudos de realidades não empíricas forem


negligenciados. O único conhecimento é o positivo. Este critério de cientificidade deita por
terra todo o discurso relativo à religião e aos sentimentos que são constitutivos do Homem.
A ciência, então, mostra-se como aquela que vem emancipar o Homem do obscurantismo,
da tradição, da cultura, etc., tornando-o mais racional, procurando, cada vez mais, o seu
bem-estar.

Limites e perigos do conhecimento científico

1. Limites contingentes do conhecimento científico

Godoy (1995) diz que na percepção popular, a imagem da ciência é tão exaltada que
certamente parecerá estranho falar-se em limites do conhecimento científico. Sendo tão
poderosa, a ciência desconheceria limites. No entanto, há diversos sentidos em que se pode
dizer que o conhecimento científico é limitado. Indicar e comentar brevemente esses
sentidos é o objetivo desta aula.

Num sentido fácil de entender, o conhecimento científico exibe limites simplesmente pelo
fato de que nem tudo no mundo foi investigado pela ciência. Parece certo, ao contrário,
quando se considera a riqueza imensa de fenômenos no universo, desde o micro até o
macrocosmo, que a porção já investigada pela ciência, em seus diversos ramos, é diminuta.
Mesmo quanto aos tópicos em que já há algum progresso feito – o estudo da luz, por
exemplo é evidente que muita coisa ainda é desconhecida, muitos processos não são
previstos e muito menos explicados por nossas melhores teorias científicas.

Nesse primeiro sentido, os limites do conhecimento científico são contingentes, isto é,


dependem de circunstâncias diversas que, se fossem outras, os limites seriam outros. Entre
essas circunstâncias podem-se enumerar o interesse efetivo que os cientistas tiveram em
investigar tais e tais fenômenos, mas não outros; o talento que eles tinham; os recursos
financeiros e tecnológicos a seu dispor; a sorte; as pressões externas à ciência, e muitos
outros fatores que fizeram com que o conhecimento científico tenha, atualmente, os
contornos que tem. Em cada momento histórico, a ciência está limitada por esses
contornos, que vão se modificando gradualmente à medida que ela progride.

2. Limites intrínsecos do conhecimento científico

Há, porém, outra classe de limites que não são contingentes, e sim intrínsecos ao próprio
conhecimento científico. São limites em princípio incontornáveis. Um dos mais
importantes desses limites já foi mencionado de passagem no início da seção 2.2: as teorias
científicas não podem, por princípio, ser provadas a partir de fenômenos, da mesma forma
em que, na matemática, podem-se provar teoremas a partir de conjuntos de proposições
básicas, os chamados axiomas.

A conclusão é que o conhecimento científico encapsulado em teorias nunca é


absolutamente seguro, estabelecido de uma vez por todas. Ele está permanentemente
exposto a possível evidência experimental contrária, que obrigue os cientistas a rejeitarem
ou, ao menos, ajustarem suas teorias. Isso desfaz a idéia de infalibilidade usualmente
associada à ciência. Mas tal constatação não deve levar ao erro oposto, de desqualificar o
conhecimento científico, igualando-o a formas menos sistemáticas e cuidadosas de
obtenção de conhecimento.

Minayo (2009), diz que esse equívoco pode ter consequencias tão nefastas como o da
crença na infalibilidade da ciência, conduzindo, por exemplo, a uma posição que ganha
espaço hoje em dia em certos círculos intelectuais, e que os filósofos chamam
de relativismo. Segundo essa perspectiva, a crença em teorias científicas estaria no mesmo
nível que qualquer outra crença. Exagerando um pouco, o argumento seria: como não
são absolutamente seguras, as teorias científicas não são nada seguras; vão e vêm ao sabor
de circunstâncias fortuitas e variadas (Hempel, 1996, p.26).

Portanto, a ciência especialmente seus ramos mais maduros, como a física – possui um
arsenal de critérios e métodos de avaliação de teorias que, embora não estabeleça verdades
definitivas e completas no campo teórico, tem efetivamente permitido uma filtragem
severa das teorias propostas, de forma que a ciência não é, como pensam alguns de seus
críticos, uma terra de ninguém, onde qualquer coisa valha. Isso significa que, embora
limitado, nesse sentido epistemológico, não contingente, a ciência oferece garantias
bastante razoáveis, que permitem que, em cada momento da história da ciência, o
conhecimento científico se apresente como o melhor de que dispomos para nos guiar tanto
na predição como na explicação dos fenômenos naturais.

Para Hempel (1996), o que caracteriza o conhecimento científico não é sua infalibilidade,
mas o cuidado permanente que há (ou deve haver), na ciência, em explorar ao máximo as
implicações experimentais das teorias, em busca quer de confirmação, quer de refutação, e
a tomada de providências resolutas neste último caso, rejeitando-se ou modificando-se a
teoria, de forma a que se compatibilize com todos os fenômenos conhecidos.

Em suma o conhecimento científico se faz importante uma vez que ele é o grande
responsável por descobertas que tange tanto à níveis de saúde, comportamento humano,
química, além de muitos outros conhecimentos que permitem o desenvolvimento da
humanidade.

Entretanto, a ciência precisa de limites para que não atinja as condições de dignidade
humana, além da aplicação e experimentos que podem botar em risco a vida humana, do
ecossistema e de tudo que vive ao nosso redor. Portanto, nas mãos erradas, ela se torna um
perigo.

Referências bibliográficas

Chambisse, E. D. & Cossa, J. F. (2017). Fil11 - Filosofia 11ª Classe. (2ª Ed). Texto
Editores, Maputo.

Godoy, A. S. (1995). Introdução á pesquisa qualitativa e suas possibilidades.


RevistadeAdministração de Empresas. São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63, Mar./Abr.

Hempel, C. G. (1996). Filosofia das Ciências Naturais. Trad. P. S. Rocha. Rio, Zahar.

Minayo, M. C. de L. (2009). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 28. Petrópolis:


Vozes.

3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

Filosofia Política na Idade Média


 Características dos pensamentos políticos de diferentes filósofos durante a
Idade a Média.

Começamos por afirmar que a filosofia medieval, como aponta o nome, é toda a produção
filosófica que ocorreu durante a Idade Média. Nesse momento, os questionamentos
racionais tornaram-se mais evidentes na sociedade, e muitos estudiosos se dedicaram a
entender a vida e suas nuances, sem abandonar os preceitos religiosos.

As explicações mais tradicionais, como os mitos, não satisfaziam mais os pensadores.


Aqui, o ser humano sofre um crescimento exponencial do senso crítico argumentativo, com
o desejo de entender o que está por trás dos fenómenos quotidianos.

Patrística

De acordo com Rodriguês (2008), a primeira fase da filosofia medieval é a patrística, em


que ocorre uma estruturação da fé cristã, com maior elaboração dos dogmas católicos e
intensificação da perseguição aos pagãos, ou seja, aos não cristãos.

A ideia principal dos patrísticos era de que a união da fé com a lógica humana fornece a
realidade. Note, então, que eles apoiam uma crença racional: a fé é construída a partir de
mecanismos lógicos (Rodriguês, 2008).

O pensador mais conhecido foi o padre filósofo Santo Agostinho, também conhecido como
Agostinho de Hipona.

Em sua teoria, ele defendia que o mal é a ausência do bem. Assim, todas as coisas da vida
são baseadas em escolhas, para o bem ou para a falta dele. Em termos religiosos, isso
significa que o Sto. Agostinho acreditava no livre arbítrio afirma Ramos (1994, p.17).

Em relação às decisões erradas, ele considera que as confissões são uma forma do
indivíduo se responsabilizar por suas acções e consequências. No momento de falar sobre
suas falhas, o cidadão teria a capacidade de entender e raciocinar sobre elas e, então,
assumir um papel ético.

Por sua vez Mota (1996, p.210), explica que envolvido nessa relação igreja e sociedade,
Santo Agostinho criou a teoria de que existe uma cidade de Deus, onde há harmonia,
consciência e serenidade divina. Ao mesmo tempo, a cidade dos homens é marcada por
conflitos, disputa de poderes e falta de consenso nas decisões.
Acredita-se também que essa teoria tinha influência dos poderes eclesiásticos, pois
justificava a unificação entre o clero e a sociedade, afinal, um povo de harmonia só poderia
ser estabelecido em união com Deus.

Existe ainda a Teoria da Iluminação, que afirma que “Deus é a luz e o caminho para a
razão”, ou seja, o conhecimento só pode ser racionalmente acessado se Deus iluminar esse
processo.

Todas essas ideias têm um fundamento na filosofia platónica, principalmente, pela divisão
do mundo entre duas categorias distintas.

Escolástica

A segunda fase da filosofia medieval é contemporânea ao nascimento das universidades na


Europa, na época do Império Carolíngio. Essas escolas eram voltadas para o estudo
teológico e relacionadas com a Igreja.

Diferentemente do que vimos na patrística, a escolástica teve maior influência dos


conhecimentos aristotélicos.

Mota (1996) diz que a principal marca dessa influência foi o desenvolvimento de
argumentos que defendem a religião cristã. Esse trabalho esteve nas mãos de São Tomás
de Aquino, que utilizou a razão para justificar a fé, como uma forma de unificar as duas
ideias.

O pensador desenvolveu muitas ideias, como a Teoria das Quatro Causas e da Ato-
potência e a Teoria das Cinco Vias.

Ele acreditava que, para todo efeito, existe uma causa. Nesse sentido, tudo que foi criado
no mundo é um efeito (humanos, animais, plantas e etc). Para que isso acontecesse, era
necessário a existência de uma causa primeira, que surgiu antes de tudo. Para ele e outros
escolásticos, o motor para todos os efeitos é Deus (Mota, 1996, p.211).

Tomás de Aquino ainda reúne informações para afirmar que Deus é perfeito, e quem
define os propósitos de vida de cada um, além de ser capaz de transformar todas as coisas.
Dessa forma, ele acredita que Deus permite que os humanos acessem algumas verdades,
como a afirmativa de que Deus existe e é único. Algumas outras verdades, como as
questões da trindade, estão fora do alcance humano e precisam ser aceitos por nós.

Referências bibliográficas

Mota C.G. (1996). História e civilização. O mundo moderno e contemporâneo. (3ª ed). São

Paulo, Ática. 208p.

Rodriguês M. (2008). O livre-arbítrio. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar.

Ramos, J. E. M. (1994). Idade Média: religião, sociedade e economia medieval. São


Paulo.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS II - TURMA G

1º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

A falta de leitura e domínio dos documentos normativos da escola pode criar um causas
do mal-estar entre um docente e seu director na instituição, sobretudo no que tange as
faltas e dispensas’’.

 Como estudante e docente qual é o seu posicionamento perante estas duas


realidades?

As aceleradas mudanças sociais, económicas, políticas e culturais, o advento de novos e


importantes meios de comunicação de massa, as mudanças na organização das famílias e
nas formas de vida ocorridas na sociedade contemporânea afectam directamente a escola e
o trabalho do professor Kullok (2000, p. 19).

Esteve (1999, pp. 144-145) admite que o mal-estar docente é uma doença social produzida
pela falta de apoio da sociedade aos professores, tanto no terreno dos objectivos do ensino
como no das recompensas materiais e no reconhecimento do status que lhes atribui.
Assim, podemos acreditar que na escola, esse mal-estar fica evidente quando professores,
direção e pedagogos não sabem o que fazer para lidar com aqueles que não se encaixam na
“norma” geral que a escola apresenta nas suas propostas pedagógicas. Além dessa primeira
constatação, há outra que se refere ao tema da formação, também de grande repercussão no
debate educacional, acerca, sobretudo, da formação de professores, a falta de leitura e
domínio dos documentos normativos também pode ser um dos factores.

Essas constatações têm como paradoxo o facto de que a formação desse professor não tem
acompanhado essas novas exigências de desenvolvimento profissional. Diante deste
cenário, talvez nossa sociedade se dê conta de que tem de apoiar os professores da para
evitar um processo de socialização divergente, sem que produzam grandes interferências
na aquisição de conhecimento instrumental mínimo e dos valores básicos, sem o qual a
convivência torna-se muito difícil.

Para evitar esse tipo de situações os gestores devem se optar pela apropriação de
tecnologias digitais na escola, tais recursos podem ser didáticos, formas de relacionamento
interpessoal e também de acesso às melhores condições físicas para a realização das
práticas de aprendizagem. Gerir recursos e elementos que compõem novas formas de
ensinar e aprender são desafios aos professores no século XXI, isso inclui como utilizar
recurso diversos, que possam dinamizar a apreensão do conteúdo e minimizar conflitos na
instituição.

De acordo com Gomes e Silva (2016), o atual contexto cultural traz a imersão tecnológica
como parte fundamental de um cenário, que se intitula cultura digital, que já é percebido
diariamente ao utilizarmos os recursos tecnológicos e digitais para facilitar as tarefas
diárias.

Do ponto de vista das mudanças na vida escolar Gomes e Silva (2016) descrevem os
conflitos resultantes da mudança de paradigma de uma escola construída e vivenciada
como tradicional, que enfrenta um momento de transição para uma nova configuração
invadida pela cultural digital.

Assim, é importante que os professores e os seus gestores tenham em sua posse e com alto
grau de domínio os documentos normativos da escola, caso de Regimentos Interno, PPP da
escola, Planos de Acção Anual, Estatutos do funcionário e dos professores, para evitar
aspectos conflitantes e causar um mal-estar na instituição entendidos e conflitos com a
direcção da escola.

Em sua, transformar a leitura em um hábito é tão urgente quanto necessário desde a


infância. Isso permite o desenvolvimento intelectual e ensina o caminho mais curto para o
conhecimento. Torna essa atividade um prazer imensurável e de valor incalculável para o
resto da vida. Em meio ao bom tecnológico, à essa revolução digital e a quase
incorporação dos smartphones ao corpo humano e não ache exagero, lembre-se que você
dorme com o celular, acorda com ele, almoça com ele do lado e vai ao banheiro com ele, e
faz muitas outras coisas com esse aparelhinho, é ou não é assim? – a frequência da leitura
tem diminuído vertiginosamente.

Referências bibliográficas

Esteve, J. M. (1995). Mudanças sociais e função docente. (2ª ed). Professor.


Lisboa: Porto Celebra.

Gomes, A. S. & Silva, P. A. (2016). Design de Experiências de Aprendizagem:


criatividade e inovação para o planejamento de aulas. Recife: Pipa Comunicação.

2º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 Envolvimento ou participação dos pais encarregados de educação na vida


escolar dos seus educandos de modo a combater essa prática nociva a escolar.

Conforme Cosme e Trindade (2002), indica que a educação é uma obrigação da família e
também do Estado, de um modo geral, cita que é um dever e responsabilidade para ambas
as partes, família e escola. Diante desse facto, entende-se que a escola não é somente
responsável pelo progresso dos alunos na sua vida, seja ela educacional ou profissional,
assim, as duas instituições são cumpridoras dessas obrigações.

Já o estudo de Gimeno (2001) sublinhou a importância do envolvimento dos pais na


educação dos filhos e das relações familiares em casa com o objetivo de aferir se estes
factores interferiam no desempenho académico dos alunos.
Assim, o envolvimento dos pais na educação dos filhos é positivamente associado ao
desempenho académico sendo a socialização acadêmica 1, aquela que se apresenta como o
proditor mais forte durante o ensino. Indiscutivelmente, a família tem um papel
predominante no aprendizado de seu filho, pois sendo a família o primeiro grupo de
convivência da criança. No entanto, a família é um elemento primordial na formação desse
indivíduo, cabendo a mesma, motivar e ajudar nas actividades extra classe para o bom
desempenho escolar.

A família é considerada o primeiro agente de socialização, é nela que são transmitidos e


construídos normas, princípios e valores. É essencial a participação da família no
acompanhamento dos filhos nas atividades escolares no processo de educação construído
em casa. A literatura aponta como a dinâmica familiar pode refletir nos comportamentos da
criança no âmbito educacional, como também, no seu desempenho escolar (Soares, 2000).

É importante que haja vínculos afetivos e emocionais entre a família, pois a presença
participativa da família é essencial para o desenvolvimento saudável da criança nos
aspectos cognitivos, afetivo, emocionais, comportamentais e sociais. Neste sentido,
compreende-se que a família é considerada o primeiro agente de educação do indivíduo e
tem o papel de construir vínculos afetivos e de confiança para que dessa forma haja uma
potencialização na dinâmica familiar e contribua na educação dos filhos frente ao âmbito
educacional (Soares, 2000).

Sendo assim, cabe à escola e a família fornece as ferramentas necessárias para uma
transição suave a fim de não provocar rupturas na construção cognitiva e social das
crianças ao longo de sua jornada estudantil. Portanto, acredita-se que a presença da família
activamente pode auxiliar de maneira efectiva no processo de aprendizagem das crianças
dessa etapa.

Referências bibliográficas

Cosme, A. & Trindade Rui, (2002), Manual de sobrevivência para os professores. Edição
ASA.

Gimeno, A. (2001). A família o desafio da diversidade. Lisboa.

Soares, J. M. (2000). Família e Escola: parceiras no processo educacional da criança. São


Paulo.
3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

 A importância de um plano de aula no processo de ensino e aprendizagem

É um detalhamento do plano de ensino, ou seja, é a sequência de tudo o que vai ser


desenvolvido num período lectivo, onde as unidades e subunidades (tópicos) que foram
previstas em linhas gerais são especificadas e sistematizadas para uma situação didáctica
real. Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração em primeiro lugar,
que a aula é um período de tempo variável. (Libâneo, 2008, p. 241).

Candau (1999), diz que o planejamento de aula é de fundamental importância para que se
atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como
consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos
pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulastes.

De acordo com Libâneo (2008, p. 241), o planejamento escolar é uma tarefa docente que
inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos de organização e coordenação
em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o
professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser
criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite
de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam


por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois
muitas vezes as actividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo
assim, compatibilidade com o tempo disponível.

Ou seja, com um plano de aula, o professor consegue compreender e ensinar o necessário,


além de entender quais objectivos precisa alcançar e como trazer resultados positivos.
Planejamento de aula é essencial para garantir qualidade no ensino, pois ele ajuda na
preparação dos conteúdos, temas e objectivos do professor.

Referências bibliográficas
Candau, V. M. (1999). A Didáctica em questão. (17ª ed). Petrópolis, Editora Vozes.
Libâneo, J. C. (2008). Didáctica. S. Paulo, Cortez Editora.

Miguel, A. Z. (2006). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. (6ª ed). ASA


editores.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA II

1º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

A pesquisa é uma actividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de


processos científicos. Ela parte de uma ou mais dúvidas ou problemas e, com o uso de
métodos científicos adequados, busca respostas e soluções. A solução somente poderá
ocorrer quando o problema levantado tiver sido trabalhado com instrumentos científicos e
procedimentos adequados. Ao se desenvolver um projecto de pesquisa, deverá ser levada
em consideração a sua inovação científica e tecnológica e a sua condução por pesquisador
qualificado, contribuindo para geração de novos conhecimentos.

A elaboração de um projecto de pesquisa indica para o pesquisador (ou para as instituições


às quais se encaminha o projecto) quais são os aspectos e questões estabelecidos em
relação à investigação de um determinado tema. No texto a seguir são apresentados de
forma sintética os elementos constitutivos de um projecto de pesquisa. O guia foi
elaborado a partir da sistematização de obras principalmente dos seguintes autores
Deslandes (1995), Gil (1995) e Laville (1999).

O projecto é um documento através do qual se articula e se organiza uma proposta de


pesquisa

e que se elabora, conforme Deslandes (1996), orientado pelos seguintes aspectos:

a) Definição de um conjunto de recortes na realidade social.


b) Cartografia das escolhas para abordar a realidade, ou seja,
 O que pesquisar;
 Por que pesquisar;
 Como pesquisar.
As finalidades do projecto de pesquisa, na perspectiva proposta por Deslandes (1996), são
as seguintes:

a) Mapear o caminho a ser seguido durante a investigação;


b) Orientar o pesquisador durante o percurso de investigação;
c) Comunicar os propósitos da pesquisa para a comunidade científica.

O objetivo principal, como aponta Deslandes (1996, p. 146), é o “avanço do conhecimento


científico sem nenhuma preocupação, a priori, com a aplicabilidade imediata dos
resultados a serem colhidos.

A pesquisa académica é uma ferramenta para:

 Construir conhecimento e facilitar o aprendizado;


 Responder questões e aumentar a conscientização pública;
 Criar negócios bem-sucedidos;
 Refutar mentiras e apoiar verdades;
 Encontrar, avaliar e aproveitar oportunidades;
 Promover a leitura, escrita, análise e compartilhamento de informações valiosas;
 Fornecer fomento e exercício para a mente.

Referências bibliográficas

GIL, A. C. (1991). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

Deslandes, S. F. (1995). O projecto de pesquisa. Petrópolis: Vozes.

Laville, C. (1999). A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em


Ciências humanas.

2º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

Referências bibliográficas
3º FÓRUM DE DEBATE

TEMA DE DEBATE:

Referências bibliográficas

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