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ARTE – AULA 1 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO
 

ARTE MEDIEVAL: Românica e Gótica

Analisando as imagens já temos de modo perceptível que a Idade Média teve o


teocentrismo como principal característica. Mantendo a inspiração, mas
mudando as formas, quais diferenças básicas você percebe em relação à igreja
Romântica (1) e a Gótica (2)?

ARTE MEDIEVAL

A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do


século V ao século XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano
do Ocidente, em 476, e o fim, pela tomada de Constantinopla pelos turcos em
1453.
Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade
das Trevas. Afirmavam que havia ocorrido na Europa, um retrocesso artístico,
intelectual, filosófico e institucional, em relação à produção da Antiguidade
Clássica.

Características da Idade Média

O período medieval foi dividido em duas partes: a Alta Idade Média e a


Baixa Idade Média.
Veja abaixo as principais características de cada período:

Alta Idade Média


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A Alta Idade Média foi um período de instabilidade e insegurança
generalizada, que se estendeu do século V ao século IX. Nesse período
destacam-se:
~Os Reinos Germânicos – os germânicos eram povos árias
estabelecidos ao longo das fronteiras do Império Romano. Os romanos os
chamavam de ”bárbaros”, por serem estrangeiros e não falarem o latim. Os
germanos formaram vários Reinos Germânicos dentro do território romano;
~O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituíram o reino
mais poderoso da Europa Ocidental;
~A Igreja e o Sacro Império – A Igreja Medieval teve importante papel na
sociedade. Foi nessa época que começou a organizar-se, com o objetivo de
zelar pela homogeneidade dos princípios da religião cristã e promover a
conversão dos pagãos.
~O Sistema Feudal – o feudalismo começou a se formar no século V, na
~Europa Ocidental, com a crise do Império Romano.
~O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império
Bizantino sobreviveu à invasões bárbaras e perdurou por todo o período
medieval.
~Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica,
nasceu em 630 o Islão, como resultado das Guerras Santas empreendidas por
Maomé. Aos poucos, o Islamismo se expandiu por um extenso território,
conquistando terras da Ásia, África e Europa.

Baixa Idade Média

A Baixa Idade Média é o período que vai do século X ao século XV.


Destacam-se nessa época:
~Crise do feudalismo
~As cruzadas e a expansão das sociedades cristãs;
~O ressurgimento urbano na Europa;
~O renascimento comercial europeu;
~A formação das monarquias nacionais europeias;
~A cultura medieval.

Durante a Baixa Idade Média, com a expansão dos turcos-otomanos no


século XIV, tomando os Balcãs e a Ásia Menor, o Império Bizantino acabou
reduzido à cidade de Constantinopla.
A queda em 1453, foi um fato histórico que marcou o fim da Idade Média
na Europa. A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano sob o
comando do sultão Maomé II, marcou o fim do Império Romano no Ocidente.

E a arte? A arte medieval está associada a religiosidade, uma vez que


nesse período a Igreja tinha grande poder e influência na vida das pessoas.
Assim, o teocentrismo (Deus como centro do mundo) foi a principal
característica da cultura medieval.


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A Idade Média teve início com a queda do Império romano do Ocidente,
em 476. Seu fim foi marcado com a tomada de Constantinopla pelos turcos em
1453.
Na Idade Média (ou medievo) poucas pessoas sabiam ler. Essa
atividade era exclusiva dos membros da Igreja (clero) e dos nobres.
Portanto, a arte religiosa da Idade Média tinha o intuito de aproximar as
pessoas da religiosidade e, portanto, apresentava um caráter didático.
A principal organização político-administrativa desse período estava
baseado no sistema feudal. Nessas grandes extensões de terra, a mobilidade
social era inexistente.
A sociedade feudal era exclusivamente rural e autossuficiente. A
estrutura social era estamental e fixa, dividida em rei, clero, nobreza e povo.
Foi nesse contexto que a arte medieval se desenvolveu em diversos
campos como a arquitetura, pintura, música, escultura e literatura. Dois estilos
foram predominantes nesse período: o Estilo Românico e o Estilo Gótico.

O Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro", que


significa literalmente "Deus como centro do mundo") é a doutrina calcada nos
preceitos da Bíblia, donde Deus seria o fundamento de tudo e responsável por
todas as coisas.
Esse pensamento vigorou durante o período da Idade Média, e torna-se
oposto à doutrina posterior, o antropocentrismo bem como ao humanismo
renascentista, cujo foco está sobre o homem como o centro mundo. Destarte, o
teocentrismo esteve focado sobretudo na valorização do pensamento sagrado
de forma que o prazer era visto como pecado. Assim, o desejo divino
sobrepõe-se à vontade e racionalidade humana.
Sem espanto, o Teocentrismo Medieval representou a relação entre o
divino (religião) e os cidadãos do medievo, ou seja, a existência de uma única
verdade, inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia. Foi dessa maneira,
refutando ideias científicas e empiristas, que a religião e consequentemente
Deus, permaneceu durante séculos como a figura central e salvadora, presente
na mentalidade da população, bem como nos aspectos sociais, políticas,
culturais e econômicos da época.
Vale ressaltar que durante o período da Idade Média (século V ao século
XV), a Igreja detinha grande poder ao lado da Nobreza, as quais acreditavam
numa única verdade e controlavam a vida da população seja no âmbito cultural
ou político. Diante disso, os indivíduos que criticassem ou questionassem os
dogmas da Igreja, eram tratados como “filhos do diabo”, merecedores de
castigos ou até mesmo a morte.
Diante dessa mentalidade teocêntrica que vigorou durante séculos na
Europa, a Igreja e a religião detinham grande poder e assim, eram centrais na
vida do povo. No entanto, muitas pesquisas cientificas desenvolvidas na época,
tornaram-se fundamentais para a mudança da mentalidade europeia, donde a
mais conhecida é o Heliocentrismo de Copérnico (1473-1543).
O modelo matemático do astrônomo e matemático polonês Copérnico,
apresentado em 1514, desenvolvia uma nova teoria cuja Terra girava em torno
do sol, que por sua vez estaria no centro do sistema solar, ao mesmo tempo

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que refutava o modelo geocêntrico defendido pela Igreja, levando assim a
muitas inquietações do ser.
Além do heliocentrismo, a crise da Idade Média e da Igreja já
despontava e com ela se aproximava uma nova mentalidade e ânsia da
população europeia. Um dos grandes exemplos de incertezas e ao mesmo
tempo de ambição humana, foi o período das grandes navegações, cujos
países ibéricos foram os precursores das conquistas realizadas além mar,
desenvolvendo o comércio, bem como o surgimento da burguesia.
Note que junto à isso, a Reforma Protestante (1517) de Martinho Lutero,
refutava e questionava diversas ações desenvolvidas pela Igreja como a venda
de indulgências e a autoridade eclesiástica. Assim, aos poucos a população foi
tomando consciência e se abrindo mais para as questões relativas ao ser, o
que levou ao fortalecimento do renascimento cultural (século XIV a XVI), e
consequentemente do humanismo italiano (século XV e XVI), deixando de lado
a visão teocêntrica de mundo.
Para os humanistas, essa visão unilateral desenvolvida na Idade Média
e ressaltada pelo teocentrismo, esteve relacionada a um grande período do
retrocesso artístico, intelectual e filosófico, denominado por eles de “Idade das
Trevas”, em referência ao obscurantismo do medievo.

ARTE – AULA 2 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO

ARTE ROMÂNICA

Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o


período histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas
raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no
comportamento humano e com o Cristianismo a arte se voltou para a
valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os
aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de
Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus).
Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas. A igreja como
representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.
O termo românico para indicar a arte surgida durante a Alta Idade Média
na Europa Ocidental foi empregada, pela primeira vez em 1824, pelo
arqueólogo francês De Caumont, e logo imediatamente adotada. A palavra
pretendia exprimir de maneira sintética dois conceitos: a semelhança entre o
processo de formação das línguas “romanço” (espanhol, francês, italiano, entre
outros) construídas pela mistura do latim vulgar aos idiomas dos invasores
germânicos e o das artes figurativas, realizadas, nos mesmos países e mais ou
menos ao mesmo tempo, através da ligação de tudo que restava da grande
tradição artística romana com as técnicas e tendências bárbaras e, segundo o
conceito, a suposta aspiração desta nova arte de se ligar à da Antiga Roma.


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Na arte Românica, de fato foram trazidos elementos romanos e
germânicos, mas também, bizantinos, islâmicos e armênios. Mas, sobretudo, o
que ela criou foi essencial.
Anteriormente o período que compreendia a Arte Românica era muito
amplo, e hoje aplicamos a designação de Românico para o período entre o
século XI e o século XIII.

Arquitetura

Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de


igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram
elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos. No entanto,
como os prédios romanos tinham tetos de madeira, fáceis de incendiarem, os
artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas com abóbadas de
pedra. Abóbadas essas que podiam ser cilíndricas ou com arestas apoiadas
em pilastras o que resultava em grandes espaços, livres de colunas e
obstáculos.
Nesse período a peregrinação estava muito em moda e a arquitetura das
igrejas era adequada para receber as multidões de visitantes. A sua planta
cruciforme, com longa nave atravessada por um transepto mais curto,
simbolizando o corpo de Cristo crucificado. As arcadas permitiam aos
peregrinos andar pelos corredores sem atrapalhar os serviços religiosos na
nave central. O “chevet” travesseiro em francês é a parte atrás do altar, capelas
semicirculares onde se guardam os relicários.
O exterior das igrejas românicas é bastante despojado, exceto pelos
relevos esculturais em volta do portal principal.

As características mais significativas da arquitetura românica são:

~abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;


~pilares maciços e paredes espessas;
~aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
~torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
~arcos em 180 graus.

A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu


tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas

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de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e
duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado
da nobreza nem das ideias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo
essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada
como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.

 
 
 

 

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Pintura e Mosaico

Na Idade Média, as várias atividades artísticas não eram consideradas


independentes entre si. Pelo contrário, elas contribuíam para as realizações e
decorações daquele que era a obra fundamental, a grande igreja com que a
comunidade exaltava o verdadeiro Criador.
Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à
pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores
religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura.
Embora muitos edifícios fossem construídos aproveitando as
propriedades decorativas da pedra ou dos tijolos, a decoração colorida, obtida
com os afrescos ou então, com os mosaicos, era uma decoração que
procurava efeitos impressivos, que amava as cores vivas e os desenhos
fortemente caracterizados. Tais ornamentações, profusas sobre as paredes
das igrejas, revestiam, por vezes, outras partes do edifício.
Por isso, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes
decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma
técnica de pintar sobre a parede úmida.
Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As
características essenciais da pintura românica foram a deformação e o
colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a
interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por
exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-
se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos
de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza.
A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de
vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho,
conheceu seu auge na época do românico. Usado desde a Antiguidade, é
originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e dourado, para
representar o próprio céu.


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Escultura

A escultura românica, embora sempre de uma imaginação excepcional,


está ao serviço da arquitetura.
A escultura surge, principalmente, para decorar os elementos principais
dos edifícios. Decoração essa, que já não é entendida como fim em si mesma,
mas sim com o objetivo didático, para instruir os que a veem.
Por exemplo, na porta das igrejas a área mais ocupada pelas esculturas
era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos
arcos que arrematam o vão superior da porta.
As esculturas eram imitação de formas rudes, curtas ou alongadas,
ausência de movimentos naturais.

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ARTE – AULA 3 EAD– 2°ANO
 
ARTE GÓTICA
 
A arte gótica, ou o estilo gótico, surgiu no norte de onde hoje se localiza
a França, no século XII, e difundiu-se inicialmente como um estilo arquitetônico
para diversas localidades da Europa até o século XV. A arte gótica é
considerada como uma expressão do triunfo da Igreja Católica durante a Idade
Média, já que era uma expressão artística notadamente religiosa.
O estilo gótico era contraposto ao estilo arquitetônico românico,
anteriormente em voga nas construções medievais, principalmente em
mosteiros e basílicas. Essas construções eram caracterizadas pelos arcos de
volta perfeita, redondos, e por abóbodas de arestas (constituídas pela
penetração de duas abóbodas) feitas em estruturas maciças e com poucos
vãos.

 

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No estilo gótico, as estruturas das construções são mais leves, formadas
por vãos mais amplos, cujo objetivo é conseguir uma maior luminosidade no
interior das edificações, auxiliada pela utilização de janelas delicadamente
trabalhadas e de vitrais em forma de rosáceas.

As naves das catedrais, principais expoentes da arquitetura gótica, eram


construídas em formato ogival, ação possibilitada por avanços técnicos na
construção dos arcos de sustentação. Esses arcos em formato de ogivas,
agulhas e capitéis, somados ao uso dos arcobotantes, possibilitaram às
edificações serem mais altas, com formas arquitetônicas mais verticalizadas,
indicando um direcionamento para o céu, o que caracterizava também sua
perspectiva religiosa.

 
As paredes e as colunas eram mais finas e leves, apresentando
nervuras que as reforçavam. A entrada das catedrais possui três portais, ao
contrário de um único portal presente nas construções românicas. A
grandiosidade das construções oferece ainda a impressão da pequenez do
homem frente à suntuosidade das edificações.
O nome gótico foi possivelmente cunhado por Giorgio Vasari (1511-
1574), um dos expoentes do Renascimento, que o considerava como um estilo
artístico monstruoso e bárbaro. Gótico possivelmente deriva de godos, povo
bárbaro que invadiu o Império Romano no período de sua decadência. Essa
perspectiva pejorativa dada à arte gótica somente seria superada no século
XVIII, quando uma nova forma de olhar a arte gótica passou a ser desenvolvida
na Inglaterra, irradiando-se, posteriormente, para outros países.

Mas o estilo gótico não se resumiu à arquitetura. Nas representações


escultóricas houve também mudanças, caracterizadas principalmente com a
intenção de dar vida às figuras humanas através da expressão de sentimentos.
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Colocadas nos pórticos das catedrais, as esculturas góticas parecem
movimentar-se e olhar uma para as outras, carregando ainda símbolos que
permitiam a identificação dos personagens bíblicos, por exemplo. Um dos
nomes de destaque na escultura gótica foi Nicola Pisano.

Na pintura é de se destacar as iluminuras realizadas nos manuscritos


religiosos, onde mais uma vez a intenção de retratar os sentimentos humanos
foi expressa. Na pintura gótica, o nome de Giotto di Bondone (1267-1337)
destacou-se, apesar de o pintor italiano representar uma transição para o
Renascimento, desenvolvendo novas concepções e métodos de trabalho,
buscando um realismo cada vez maior. Ele pretendia transpor para seus
afrescos e murais os objetivos e as concepções desenvolvidas pelos escultores
góticos, em uma criação de ilusão de profundidade em uma superfície plana.

Outro pintor de destaque foi o holandês Jan Van Eyck (1390-1441) que
pretendeu registrar os aspectos da vida urbana e da nascente sociedade
burguesa de sua época, buscando trabalhar também com a noção de
perspectiva e com a representação dos detalhes em suas obras.
A arte gótica acompanhou o período do renascimento urbano e
comercial na Europa, disseminando-se com o poder econômico da nascente
burguesia do continente. Não eram somente as catedrais que eram trabalhadas
pelos arquitetos, escultores e pintores, mas também os edifícios seculares, não
religiosos. Um exemplo foi a construção do Palácio dos Doges, iniciada, em
1309, em Veneza, no auge do poder econômico da cidade portuária italiana. A
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partir de finais do século XV, o gótico foi sendo paulatinamente superado pelo
estilo artístico desenvolvido com o Renascimento.

 
 
ARTE – AULA 4 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO

ILUMINURAS MEDIEVAIS

Na Idade Média, todo conhecimento e cultura da Europa cristã estavam


guardados nos mosteiros. Em uma sala especial chamada scriptorium (do
latim, scribere, “escrever”), monges e monjas copiavam os evangelhos e os
textos de autores gregos e romanos. Os copistas escreviam sobre pergaminho,
material feito da pele delicada de cabra, carneiro ou ovelha. Com caneta,
usavam a ponta de uma pena que mergulhavam na tinta.
Os trabalhos eram ilustrados com iluminuras, pinturas que recebiam
folhas de ouro que “iluminavam” a imagem. As cores eram obtidas de plantas,
minerais, sangue e insetos. O pigmento era misturado com clara,gema de ovo
e cera de abelha para deixá-lo mais consistente e permanente. A tinta preta
vinha do carvão; o branco, da cal ou das cinzas de ossos de pássaros; a cor
azul, muito apreciada pelos monges, era extraída das sementes de uma planta

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ou da azurita e lápis-lazuli moídos; o verde se obtinha da malaquita; o amarelo
do açafrão.
A tinta vermelha, obtida da argila misturada com púrpura, só era
empregada nos títulos, nas iniciais maiúsculas e nomes importantes o que deu
origem ao termo rubrica (derivado do latim ruber, vermelho). Hoje rubrica se
refere a uma assinatura abreviada, a uma observação ou indicação.

A letra inicial do parágrafo ou do capítulo tinha tamanho maior do que o


restante do texto e era decorada com arabescos, ramagens, flores ou mesmo
ilustrações de cenas em miniaturas. Era chamadas de letra capitular ou letra
capital – termo ainda hoje empregado na impressão de livros. Veja abaixo
alguns exemplos de capitulares em manuscritos medievais.

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Prontas as páginas, elas eram encadernadas e protegidas com uma


capa de couro que podia ser decorada com pedras preciosas, pérolas e ouro.
Em uma época onde ainda não existia a imprensa, foi graças ao trabalho dos
monges copistas que centenas de documentos da Antiguidade foram
preservados e puderam chegar até nós.

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EXERCÍCIOS

1- Quando se iniciou a Idade Média?


2- O que é Teocentrismo?
3- Quais as principais características da arquitetura Românica?
4- Quais as principais características da arquitetura Gótica?
5- Como eram produzidas as tintas coloridas das Iluminuras?

https://www.todamateria.com.br/idade-media/
https://www.todamateria.com.br/teocentrismo/
https://www.todamateria.com.br/arte-medieval/
https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/arte-romanica/
http://brasilescola.uol.com.br/historiag/arte-gotica.htm
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/iluminuras-medievais/

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