UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO TEEXTUAL

AMÁLIA THAYNAR SERÊJO MORAIS

ENSAIO

Texto: A época clássica da Era Moderna

BARREIRINHAS
2023
 A Era Moderna foi um momento marcado por profundas transformações
sociais, econômicas e políticas. A partir do Renascimento, a cultura clássica e
valores abandonados por um determinado tempo puderam ressurgir. As
reformas religiosas que ocorreram no século XVI na Europa, dispersaram a
população que até então se concentrava em torno de somente uma religião, a
católica.

O Humanismo também foi um movimento artístico e filosófico de suma

importância na Era Moderna, pois tinha como características o
Antropocentrismo, o Racionalismo e o Cientificismo, sendo a base do
Renascimento, que marcou a transição entre a Idade Média e a Idade
Moderna.

No século XVI houve a transição do Feudalismo para o Mercantilismo na

Europa, aumentando então as atividades comerciais e o fluxo de dinheiro, que
favoreceram o surgimento de uma nova classe social: a burguesia. Além disso,
o mundo estava expandindo com a invenção da imprensa e a difusão do saber.
Todas essas mudanças vieram questionar os valores medievais, que
ocasionaram um dilema entre o Teocentrismo (onde Deus era o centro de tudo)
e o Antropocentrismo (onde o ser humano passou a ser considerado o centro
do conhecimento).

Para o poeta e filósofo francês Jean Paul Sartre, “o Existencialismo é

Humanismo”, mas discordo, pois nem tudo pode ser explicado pelo homem, a
exemplo da Origem do Universo, mesmo que existam teorias como a do Big
Ban, a fé, o pensar espiritual e os costumes conservadores contribuem para
que boa parte dos seres humanos continue acreditando no Criacionismo como
única e verdadeira explicação para nossa existência. Por mais polêmico que
seja discutir ciência e religião, ambas sempre fizeram parte da vida humana.

Acredito que a relação com o Humanismo perdeu-se no tempo e na

sociedade atual. O reforço da mídia e da cultura digital determina na sociedade
em geral, mas especialmente nos jovens, uma corrida por resultados
exclusivamente centrada no ter, com perda da dimensão do ser. Ao invés do
jovem, nos momentos da crise, sair em busca do autoconhecimento e da
conquista da própria identidade, apoiam-se em valores externos a si.