Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Porto Alegre
08/2022
HENRIQUE NEHRKE SALERNO
Porto Alegre
08/2022
RESUMO
The Covid 19 pandemic has significantly impacted the reality of all the inhabitants of
the planet since March 2020. From the emergence in Wuhan, capital of Hubei province,
China, at the end of 2019, it was perceived as an outbreak of severe acute respiratory
syndrome, with high transmissibility, has acquired the contours of a planetary
pandemic. Recent studies have shown that this transmission of the SARS-CoV-2 virus
occurs quickly between humans, as it remains viable in the aerosol for hours and on
surfaces for a prolonged time. Pathologies transmitted by interpersonal contact such
as Covid, are the result of contamination that occurs in an internal environment. Or
external if there are agglomerations. The present study aimed to analyze the legislation
that regulates the control of air quality in air-conditioned environments, as well as
demonstrated how different agents acted in preventing the contamination of COVID-
19. It is worth mentioning the collection of data regarding the pandemic,
recommendations legally adopted to combat the proliferation of biological threats and
studies of air quality in different aspects, such as: acceptable levels of temperature,
humidity, air speed and renewal factor. The research results indicate that the
legislation on air conditioning systems, highlighting air renewal, filtration, temperature
and humidity control and air quality monitoring, seem to bring very "timid" and incipient
recommendations to face situations, such as the one presented by the Covid 19
Pandemic. The main initiatives to obtain improvements in indoor air quality seem to be
motivated by civil society, through representative technical bodies.
NR - Norma Regulamentadora.
UV – Ultravioleta.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO 10
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 13
1.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 13
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 14
1.3.1 Objetivo geral 14
1.3.2 Objetivos específicos 14
1.4 JUSTIFICATIVA 15
2 REVISÃO DE LITERATURA 17
2.1 HISTÓRICO DA PANDEMIA NO MUNDO E NO BRASIL 17
2.2 ESTÁGIO ATUAL DA PANDEMIA 21
2.3 FORMAS DE TRANSMISSÃO DA COVID 23
AÇÕES DE CONTENÇÃO DA CONTAMINAÇÃO ATRAVÉS DE AR-
2.4 26
CONDICIONADO
SOLUÇÕES PROPOSTAS PARA PREVENÇÃO EM SISTEMAS DE
2.5 27
VENTILAÇÃO E AR-CONDICIONADO
2.6 TIPOS DE FILTRAGEM 28
2.7 SISTEMA DE AR-CONDICIONADO CENTRAL 30
2.8 SISTEMA DE AR-CONDICIONADO DESCENTRALIZADO 32
2.9 CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTES 34
2.10 CLIMATIZAÇÃO NA PANDEMIA 34
2.11 MARCO LEGAL DAS ADEQUAÇÕES 40
2.12 LUZ ULTRAVIOLETA NO COMBATE AO COVID-19 43
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 45
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 47
3.2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS 47
3.3 DEFINIÇÃO OPERACIONAL DAS VARIÁVEIS 48
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 51
4.1 RENOVAÇÃO DO AR 51
4.2 FILTRAGEM 54
4.3 CONTROLE DA TEMPERATURA E UMIDADE 57
4.4 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR 60
4.5 LUZ ULTRAVIOLETA 64
4.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65
5 CONCLUSÕES 68
5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 70
REFERÊNCIAS 71
1 INTRODUÇÃO
Mesmo com debates que não convergiram para o mesmo ponto, alguns
consensos foram sendo formados ao longo da pandemia de Covid 19. Um desses
consensos, expresso pela Organização Mundial de Saúde, é o de que a transmissão
do vírus ocorre de uma forma particularmente eficaz em espaços confinados e
aglomerados, onde há pouca ou nenhuma ventilação. Nesse sentido, para reduzir o
risco, ficou evidenciado que era essencial garantir ventilação e filtragem como
componentes de um plano abrangente para a reabertura de edifícios e suas
operações.
Silva (2021) ressalta que a transmissão da COVID-19 tem sido descrita
principalmente por contato direto de pessoa a pessoa por gotículas respiratórias,
aerossóis, mãos e superfícies contaminadas, ou pelo contato com as membranas das
mucosas oral, nasal e ocular. A autora pesquisou a transmissibilidade do vírus nos
ambientes odontológicos e enumerou medidas de contingência para adaptar as
necessidades de protocolo sanitário e de biossegurança à realidade e infraestrutura
dos serviços pesquisados.
Mais do que nunca, parece evidente que o sistema de aquecimento, ventilação
e ar-condicionado requer medidas de higiene capazes de minimizar risco à saúde.
Nesse sentido, cabe resgatar as formulações legais colocadas para o setor no sentido
de garantir tal controle. Destacam-se o PMOC, Plano de Manutenção, Operação e
Controle instituído pela Lei 13.589/18, a NBR 16401-3 de 2018 e a Resolução número
9 de 2003 da Agência de Vigilância Sanitária, ANVISA, como salvaguardas do
acompanhamento que garanta a qualidade do ar dentro dos ambientes. Os artigos
desta lei apresentam um check list para os técnicos realizarem seu controle.
1.4 JUSTIFICATIVA
Por fim, a análise da Covid-19 no estado do Rio Grande do Sul até o final de
outubro de 2020 indica que o modelo de distanciamento controlado proposto
pelo governo não se mostrou eficiente na contenção da disseminação do
Sars-Cov-2, pois não contempla questões espaciais fundamentais para a
compreensão das realidades e particularidades regionais, tais como: as
migrações pendulares de trabalhadores e os centros geográficos médios de
incidência de casos no espaço-tempo (...) Fica evidenciada a incapacidade
de entendimento sobre a dinâmica espacial do novo coronavírus
estabelecendo divisões territoriais estanques, que não se relacionam, pois
este recorte não representa a realidade vivida, tampouco age como fator
limitador da locomoção humana sobre o território (RODRIGUES ET AL, 2022,
p.6)
Monte (2020) ressalta que o isolamento social foi, entre todos os meios de
prevenção, aquele que mais impactou a sociedade, inclusive economicamente. Em
especial ao longo de 2020, muitas pessoas experimentaram a perda da renda, quando
não a própria perda do emprego. Ainda que muitos profissionais tenham tido a
oportunidade de exercer seu trabalho em casa, muitos não se beneficiaram dessa
medida.
Nos parágrafos finais desta nota, são referidas preocupações com um tema
que ganha proporções maiores com o cenário de crise hídrica vivenciado pelo país,
bem como com a elevação dos custos de energia elétrica. No decorrer do ano de 2020
e 2021 tem se tornado mais aguda esta crise e, evidentemente, as preocupações com
dispêndio de energia assumem grande relevância. Este tema será retomado em
outros momentos da presente proposta de pesquisa. Na análise da nota da Anvisa,
cabe destacar a preocupação com a operação dos pontos de entrada, como níveis
baixos de ventilação motivados exclusivamente pelo consumo reduzido de energia. E
no final destaca a importância de uma permanente avaliação pelo responsável técnico
nos sistemas de climatização.
Entretanto, é importante destacar a anterioridade da Lei Federal 13.589, de 04
de janeiro de 2018 (BRASIL, 2018) conhecida como Plano de Manutenção, Operação
e Controle, a PMOC. Em linhas gerais, essa determinação legal destaca que todos os
edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes climatizados artificialmente
devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC dos
respectivos sistemas de climatização. Neste plano constam todos os dados da
edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico, bem como
procedimentos e rotinas de manutenção que comprovem sua execução.
Segundo este regramento legal, os sistemas de climatização e seus planos de
manutenção, operação e controle devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar
em ambientes climatizados artificialmente, em especial no que diz respeito a
poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e métodos de
controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua
instalação. Os padrões, valores, parâmetros, normas e procedimentos necessários à
garantia da boa qualidade do ar interior, inclusive de temperatura, umidade,
velocidade, taxa de renovação e grau de pureza, são os regulamentados pela
Resolução 9, desde 16 de janeiro de 2003, da ANVISA.
Nas definições da orientação técnica desta resolução constam as seguintes
conceituações:
Romano (2010, p.1) destaca que “o Brasil tem peculiaridades jurídicas que
ninguém entende, nem os profissionais da área e muito menos a população”. Segundo
a autora, em nossa cultura jurídica e política, algumas leis “pegam” e algumas leis
“não pegam”. Essa variação de possibilidades parece bastante condicionada ao
contexto em que são criadas e aplicadas essas regulamentações. O desrespeito a
essas leis está relacionado, via de regra, à “dificuldade de fiscalização que toda norma
exige e que o Estado não está aparelhado” para que se efetive o cumprimento às
mesmas.
Essa pesquisa pode ser definida como pesquisa aplicada. O objetivo desta
investigação é resgatar orientações, normas de procedimentos, práticas, condutas
técnicas para aplicações práticas e resolver problemas específicos. Levantar dados
(legais) para problemas específicos (qualidade do ar), num contexto de uma pandemia
que trouxe impactos para todas as áreas da sociedade. Segundo Roesch (1996, p.
60), “a fonte dos problemas de pesquisa concentra-se nos problemas e preocupações
das pessoas e o objetivo é fornecer soluções potenciais para os problemas humanos”.
Essa pesquisa pode ser definida como pesquisa qualitativa. Na síntese de Gil
(1999), a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são
fundamentais no processo de pesquisa qualitativa. A partir da coleta de dados, o
pesquisador é instrumento chave. Triviños (1987) afirma que a descrição qualitativa
busca captar a aparência do fenômeno e sua essência. Busca também explicar a
origem, relações e mudanças e tenta intuir suas consequências.
Sá-Silva; Almeida e Guindani (2009) destacam:
A etapa de análise dos documentos propõe-se a produzir ou reelaborar
conhecimentos e criar novas formas de compreender os fenômenos. É
condição necessária que os fatos devem ser mencionados, pois constituem os
objetos da pesquisa, mas, por si mesmos, não explicam nada. O investigador
deve interpretá-los, sintetizar as informações, determinar tendências e na
medida do possível fazer a inferência. (SÀ-SILVA: ALMEIDA, GUINDANI,
2009, p.16)
Essa pesquisa pode ser definida como pesquisa exploratória. Nessa pesquisa,
pretende-se contribuir com o aporte técnico da Engenharia para qualificar os
processos de prevenção à contaminação de COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2,
observando o teor das orientações, normas de procedimentos, práticas, condutas
técnicas para aplicações práticas no período de pandemia, como os que estamos
vivenciando desde 2020.
O método adotado para o desenvolvimento deste estudo foi uma pesquisa que
concilia aspectos bibliográficos e documentais. O procedimento para a coleta de
dados foi a busca em banco de dados digitais, os quais disponibilizam estudo
empíricos e de revisão de literatura sobre o tema abordado no presente estudo.
Segundo Gil (1994), a coleta de dados pode ser feita por meio de diversos
procedimentos como: coleta bibliográfica, análise documental e observações. A
operacionalização da coleta de dados, iniciada na pesquisa bibliográfica, na qual
houve uma aproximação com os dados sobre a pandemia de Covid 19, no município
de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil e em outros países, por
conta dos relatos da Organização Mundial de Saúde, apresenta para a pesquisa
dados importantes que serão melhor analisados em outros momentos desta pesquisa.
Então, nessa fase, tem-se o objetivo de organizar todos os dados que foram
coletados para que, a partir disso, seja possível alcançar os objetivos da pesquisa.
Seja para confirmar ou refutar as hipóteses. Segundo Gil (2002) é importante lembrar
que a análise de dados deve se desenvolver principalmente em alinhamento
à metodologia da pesquisa e à fundamentação teórica.
4.1. RENOVAÇÃO DO AR
4.2 FILTRAGEM
A busca pela climatização dos ambientes parece revelar que o que as pessoas
priorizam é o conforto térmico e nem dimensionam que esse é apenas um pedaço,
possivelmente o mais atrativo, mas não o mais importante, dessa tecnologia. Desde
os primeiros meses de pandemia houve diferentes considerações sobre a forma mais
eficaz de filtrar parte da “sujeira” que veio da rua. Recomendações técnica dos
fabricantes, manifestaram a importância de, nesses casos, o mais aconselhável é
trocar o tempo inteiro o ar do interior, dispersando partículas e poluentes que
comprometem a qualidade do ar. ABRAVA (2020).
BARRETO, Clara. Coronavírus: tudo o que você precisa saber sobre a nova
pandemia. Volta Redonda: PEBMED, 2020. Disponível em:
https://pebmed.com.br/coronavirus-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-nova-
pandemia/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext. Acesso em: 17 abr.
2022.
BERRY, Gentry et al. A review of methods to reduce the probability of the airborne
spread of COVID-19 in ventilation systems and enclosed spaces Gentry Berry, Adam
Parsons, Matthew Morgan, Jaime Rickert, Heejin Cho. Institute for Clean Energy
Technology, Mississippi State University, 205 Research Blvd, Starkville, MS, 39759,
USA. Acessível em:
file:///C:/Users/silvi_000/Downloads/A%20review%20of%20methods%20to%20reduc
e%20the%20probability%20of%20the%20airborne.pdf. Acesso em 14 abr 2022
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antonio Carlos et al. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
2002.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Dois anos depois, pandemia está longe de acabar. 202.
Disponível em: Https://brasil.un.org/pt-br/174501-dois-anos-depois-pandemia-esta-
longe-de-acabar. Acesso em: 10 mar. 2022.
PASSOS, Ursula. Saiba o que os grandes filósofos estão dizendo sobre coronavírus.
Jornal Folha de São Paulo. São Paulo, 12 de abril de 2020.
Shamim JA, Hsu WL, Daiguji H. Review of component designs for post-COVID-19
HVAC systems: possibilities and challenges. Heliyon. 2022;8(3):e09001.
Disponível em 22 fev 2022.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo; BECKER, Grace Vieira; DE MELLO, Maria Ivone.
Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos,
estágios e trabalho de conclusão de curso. Atlas, 1996.
VARELLA, Drauzio. Olha esse vento nas costas, menino! Jornal Folha de São Paulo.
São Paulo, 15 jun. 2002
WHO. Infection prevention and control during health care when COVID-19 is
suspected: interim guidance. Geneva: World Health Organization, 2020b. Disponível
em: https://apps. who.int/iris/handle/10665/332879. Acesso em:02 set. 2021.