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ngkntk.com.br/automotivo/suporte-tecnico/perguntas-mais-frequentes
A vela de ignição fica localizada no cabeçote do motor dos veículos. Sua principal função
é conduzir a corrente elétrica gerada no transformador até a câmara de combustão, e
transformá-la em centelha elétrica de alta tensão, o que dará início a combustão, ou
seja, a queima da mistura ar/combustível.
Apesar de sua aparência simples, a vela de ignição é uma peça altamente complexa,
composta por uma série de componentes internos que requer para sua concepção a
aplicação de tecnologia altamente sofisticada, pois o seu perfeito desempenho está
diretamente ligado ao rendimento do motor, os níveis de consumo de combustível, a
maior ou a menor carga de poluentes nos gases expelidos pelo escape.
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P2. Por que as velas de ignição NGK são superiores?
O grau térmico é a capacidade que a vela tem de dissipar o calor. Em uma vela quente a
dissipação de calor será mais lenta. Em uma vela fria a dissipação de calor será mais
rápida.
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Em função dos motores gerarem cargas térmicas diferentes, cada tipo de motor tem
uma vela com grau térmico específico.
A determinação do grau térmico é realizada através de instrumentos de medição que
são instalados em um motor, que por sua vez, é acoplado a um dinamômetro de motor.
Com o uso de uma vela termométrica é verificada a temperatura da ponta ignífera da
vela dentro da câmara de combustão do motor. Esta medição é realizada para
identificar a condição mais crítica do motor, e então nesta condição é realizado o teste
de pré-ignição o qual irá determinar o grau térmico adequado para o respectivo motor.
Devido a existência de vários tipos de velas com diferentes graus térmicos é muito
importante que o aplicador verifique na tabela de aplicação da NGK o código da vela
correta ou no manual do seu veículo, desta forma você estará garantindo que está
utilizando um produto que foi desenvolvido, testado e aprovado para o seu veículo.
– Gráfico de temperatura X rotação;
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Podemos reconhecer que uma vela que sofreu superaquecimento através de exames da
ponta ignífera da vela. Quando a ponta apresentar-se esbranquiçada, vitrificada com
grânulos ou pontos pretos na superfície é sinal que ocorreu o superaquecimento. Há
casos extremos onde pode ocorrer a fusão do eletrodo central e lateral, podendo chegar
até mesmo a desaparecer completamente os eletrodos.
O superaquecimento pode gerar a pré-ignição. Que é uma condição de queima anormal.
Onde temos um ponto quente na câmara de combustão, quando a mistura ar
combustível entra em contato com este ponto a mistura inflama antes do momento da
centelha da vela. Esta condição de queima pode gerar diversos danos ao motor do
veículo.
Principais fatores que podem gerar o superaquecimento da vela:
– Vela mais quente que a indicada para o veículo;
– Ponto de ignição adiantado;
– Falta de torque de aperto na vela de ignição;
– Instalação de objetos entre a vela e o cabeçote do motor (tuchos mecânicos; roscas
helicoidais, etc);
– Taxa de compressão muito alta;
– Excesso de pressão na câmara de combustão (motores turbos alimentados);
– Problemas de sistema de arrefecimento;
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P7. Qual é a melhor maneira de
selecionar uma vela correta?
As velas de ignição são desenvolvidas
especificamente para cada tipo de motor.
Portanto para cada veículo temos uma vela
específica, não devemos alterar a
especificação da vela que foi desenvolvida em
conjunto com a montadora do seu veículo.
O cliente pode consultar a aplicação da vela
de ignição no manual de seu veículo ou
através da tabela de aplicação da NGK.
Para usarmos corretamente a tabela de
aplicação da NGK devemos ter algumas
informações básicas do veículo tais como:
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P8. Por que é tão importante a aparência da ponta ignífera de uma vela?
O flash over é a passagem de corrente elétrica entre o pino terminal da vela e o castelo
metálico passando por entre o isolador da vela e o cabo de ignição. Normalmente o flash
over ocorre quando a tensão de centelhamento entre os eletrodos é muito alta, tornando
mais fácil a ocorrência de centelha entre o pino terminal e o castelo metálico.
Quando ocorre o flash over podemos observar uma marca característica no isolador da
vela e no cabo de ignição.
Uma vez identificado a ocorrência do flash over, devemos substituir simultaneamente o
jogo de velas e cabos de ignição, se substituirmos somente uma das peças, a peça nova
será danificada pela peça antiga e o defeito retornará em pouco tempo.
Alguns fatores que favorecem a ocorrência do flash over:
– Desgaste excessivo das velas de ignição;
– Mistura ar combustível muito pobre;
– Sujeira entre o isolador da vela e o cabo de ignição;
– Cabos de ignição folgados no isolador da vela;
– Imagem da vela e cabo com flash over;
P13. Que vela se deve usar em uma conversão de gasolina para álcool
combustível?
Além dos materiais utilizados (tratamento superficial devido a corrosão provocada pelo
álcool). A principal diferença entre os motores a álcool e a gasolina está na taxa de
compressão. Normalmente os motores a álcool são mais taxados, usando assim uma
vela mais fria que o motor a gasolina.
Na maioria das conversões realizadas pelo mercado, as alterações realizadas se
consistem em adiantar o ponto de ignição e enriquecer a mistura ar/combustível, ou
seja, aumentar o volume de combustível injetado na câmara de combustão. Nestas
condições não devemos alterar o grau térmico da vela de ignição, podemos manter a
mesma vela que era utilizada quando o motor utilizava gasolina.
Caso o motor tenha sofrido alguma alteração mecânica, como por exemplo a taxa de
compressão, será necessário realizar um teste termométrico para determinarmos qual
vela é mais indicada para o motor.
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vela. Vapores de óleo e combustíveis que estão no cofre do motor são atraídos para o
isolador da vela formando este efeito de mancha.
Lembramos que a mancha corona não afeta o funcionamento da vela de ignição.
Também podemos aplicar o torque angular, onde rosqueamos a vela com a mão até
encostar no cabeçote e então aplicamos o torque:
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O aperto da vela é muito importante, porque a vela dissipa o calor da ponta ignífera
através do isolador da vela e do isolador para o castelo metálico e do castelo para o
cabeçote do motor. A falta de torque afeta esta troca térmica e pode gerar danos severos
ao motor.
Outra falha que está ligada ao aperto da vela é a ruptura da rosca da vela ou da canaleta
por excesso de torque. Quando aplicamos torque em excesso a rosca pode romper no
aperto ou durante o processo de soltura. Em ambos os casos podemos gerar danos ao
motor.
A inclinação da chave durante o processo de aperto pode ocasionar trincas no isolador
cerâmico e provocar falhas de ignição.
P16. Que vela devo utilizar em uma conversão para GNV?
A vela de ignição é desenvolvida para cada tipo de motor, para as condições originais do
veículo. Com a adaptação do GNV em um veículo estamos alterando as suas
características originais.
Os veículos movidos a GNV tem como característica trabalharem com uma mistura
mais pobre que a original e requisitar uma maior tensão para o centelhamento, há um
acréscimo da ordem de 5 kV na tensão.
Se o kit GNV estiver bem dimensionado e bem instalado a vela original deve funcionar
normalmente. Muitos instaladores recomendam a troca da vela original por uma vela de
melhor ignibilidade como as velas Green, platina e Iridium. Esta opção é válida quando
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há recomendação de vela opcional nas tabelas de aplicação da NGK.
O uso do GNV é considerado uma aplicação severa, portanto a recomendação de troca
de velas deve ser reduzida pela metade da recomendação original.
P18. Devo diminuir a folga dos eletrodos em carros convertidos para GNV?
As velas de ignição são desenvolvidas especificamente para cada tipo de motor. Quando
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instalamos um sistema de sobre alimentação (turbo ou compressores mecânicos)
estamos alterando as condições originais de funcionamento do motor, portanto vela
original não atenderá as novas condições de funcionamento.
Ao instalarmos um turbo compressor estamos aumentando o rendimento volumétrico
do motor, portanto gerando mais calor na câmara de combustão e dificultando o
centelhamento da vela devido aumento de pressão interna da câmara de combustão.
Assim, torna-se necessário a aplicação de uma vela de melhor ignibilidade e grau
térmico adequado ao motor. Para determinação do grau térmico de uma vela é
necessário a medição da temperatura da ponta ignífera da mesma, em várias situações
de funcionamento do motor, contudo esses testes e ensaios só podem ser realizados
com equipamentos apropriados.
Portanto não há como indicar uma vela para um motor que foi modificado.
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