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MÉTODO GRISA RJ
CURSO DE PARAPSICOLOGIA
A Paranormalidade no Tempo
Nome: _________________________________
www.metodogrisarj.com.br
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SUMÁRIO
1. A Paranormalidade no Tempo……………..………………........................................3
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1. A Paranormalidade no Tempo
A Paranormalidade na
Pré-História e na Antiguidade
Conceitos da Pré-história
Na Pré-história, o homem, cujas informações eram muito limitadas, concebeu a
existência de uma outra vida após a morte do corpo físico. Tem início o culto pelo misterioso,
pelo sobrenatural. O mundo invisível é então povoado por espíritos, que podem interferir no
mundo dos vivos, segundo o imaginário próprio da época. O homem procura, então, por meio
de vários processos, uma conciliação com o mundo dos espíritos. Surge assim o culto aos
mortos. Às pessoas daquela época parecia que os mortos permaneciam vivos; pois, se
manifestariam pelos sonhos. Os fenômenos da natureza, que também constituem um mistério,
são divinizados. A concepção da divindade (Ser Supremo) dá origem à religião e ao
ritualismo, que são todas as formas pelas quais o homem busca ajuda e reverência à
divindade.
Nas civilizações antigas, religião e magia se confundem. A dependência do homem
dos poderes superiores leva-o a utilizar a magia, que em última análise é uma troca, um
intercâmbio. O homem faz a oferenda e espera-se que a divindade faça a sua parte.
Entretanto, para promover a comunicação com as divindades e obter sua benevolência,
é necessário sabedoria, sutileza, um dom especial. É aqui que entra a paranormalidade. Então,
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aparece o feiticeiro, o sacerdote, as pitonisas, os adivinhos, os profetas, que são os
intermediários entre o mundo real e o sobrenatural.
Conceitos da Antiguidade
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adivinhação, cuja especialidade era interpretar a vontade dos deuses pelo exame das
entranhas dos animais sacrificados, principalmente o fígado, considerado o órgão mais vital.
(aruspicina).
A magia na pré-história
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Conceitos:
Magia – em seu processo busca dominar as forças superiores e colocá-las a serviço do
homem. É um saber subjetivo, autoritário, reservados aos seus adeptos.
Religião – reconhece a existência de uma força superior, que não pode dominar e que
terá que se submeter e respeitar.
Ciência – é a descoberta da verdade objetiva das leis da natureza, que podem ser
comprovadas por qualquer pessoa que repita a experiência.
Sumérios
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A Suméria é a civilização mais antiga que se conhece. Surgiu por volta de 5.000 a C.
Se atribui aos sumérios a invenção da escrita. Os mais antigos achados são tabuinhas em
escrita cuneiforme.
Deram início à vida urbana. O templo era o edifício mais importante. Era a casa da
divindade mas servia também de observatório, biblioteca, escola, celeiro e residência para os
sacerdotes e juizes.
O sacerdote representava a divindade padroeira. Respeitado pelos dons especiais. Suas
funções eram: administrador, astrólogo, profeta. Exercia grande influência política.
Religião – adotada por outros povos mesopotâmicos.
Os fenômenos da natureza eram atribuídos aos deuses. Não ensinava preceitos morais,
éticos ou espirituais. A vida após a morte não constituía preocupação. Não existia crença num
céu ou num inferno.
- Politeísta – havia duas trindades
1 – ANU (o céu) pai de todos os deuses; ENLIL (a terra) deus da terra; EA (a água)
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Propiciando-se aos espíritos bons, os magos encantadores procuram fazer o bem magia
benéfica; propiciando aos espíritos maus magia maléfica.
Qualquer fenômeno, trivial que fosse, eram indicativos de eventos futuros;
comportamento de animais, aves, anomalias em crianças ou animais.
Usavam elementos vários dos quais tiravam presságios: água, azeite, cera, folhas,
pedras preciosas, cristais, anéis.
Exemplos:
Para se proteger da ação maléfica dos espíritos usavam: fórmulas de esconjuro, varinhas
mágicas, círculos mágicos, água, fogo, danças rituais, amuletos, talismãs e rituais solenes
oficiais.
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Astrologia – Concepção dos Caldeus: a vontade dos deuses podia ser interpretada pela
posição dos astros no céu. Identificam os deuses nos astros. Divididos em três grupos:
Hebreus
O primeiro patriarca hebreu – Abraão, nasceu na cidade de Ur dos sumerianos. Teria
partido para Harã no ano 1926 a C.
Religião – a princípio, misto de animismo e fetichismo. Havia várias divindades. A
adoração se dirigia a um só: Javé (monolatria)
Moisés – revelação no Monte Sinai (a personalidade de Deus).
Isaias – monoteísmo universalista.
A convivência dos hebreus com os povos mesopotâmicos e posteriormente os judeus no
“Cativeiro da Babilônia”, influenciou de certo modo suas crenças.
Persas
Religião
Politeístas, adoravam muitos deuses, representativos das forças da natureza, em
especial o fogo. Não construíram templos. O fogo, conservado permanentemente sobre uma
torre, representava a luz. Os rituais de adoração eram dirigidos pelos sacerdotes magos.
No séc. VII a C. surge uma nova religião, reforma pregada pelo profeta Zoroastro
Monoteísta, baseada no dualismo entre o Bem e o Mal, princípios antagônicos e inimigos.
Aura-mazda é o deus verdadeiro, caminho da verdade, da luz, da justiça. Ormuz é o criador
do céu e da terra, dos homens, e tudo quanto é bom e agradável no Universo. Outras
divindades menores auxiliam Ormuz na tarefa de governar o mundo. Destas , o mais
importante é Mitra, o Sol, responsável pelo equilíbrio universal. Mas Ormuz é combatido pelo
deus do mal, Ahrimã, responsável por todas as desgraças – o crime, a dor, a seca, as trevas, as
doenças, o pecado.
Mitraismo – rituais secretos só permitido para os homens, visava sobretudo preparar
bons guerreiros.
A palavra mago deriva de magh ou mahhindu de sânscrito Maha = grande, que
significa homem sábio. Mag ou Maha é também raiz da palavra magia.
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Egito
Considerado a terra dos mistérios, dos segredos, entretanto em relação a magia dos
caldeus, os egípcios tiveram muito mais a aprender do que ensinar. A cultura egípcia foi
profundamente marcada pela religião. As artes (pintura, escultura, arquitetura) se
desenvolveram em função da religião, na crença da imortalidade.
Religião
Politeísta, zoomórfica, antropozoomórfica e antropomórfica.
Monoarquianismo – (Médio Império) entre muitas divindades havia um deus principal - RÁ.
Preocupação com a vida além-túmulo.
Crença na imortalidade.
Espiritualidade – concepção.
O homem compõe-se de três elementos:
1- o corpo visível.
2- alma ou Ba (elemento afetivo).
3- o duplo do corpo – Ka (imagem igual a do corpo constituída por um fluido). O Ka
sobrevive a morte do corpo. Necessária a mumificação (a conservação do corpo garante a
imortalidade).
Nova concepção – o morto deve comparecer ao Tribunal de Osiris para ser julgado de
acordo com seus feitos na vida terrena.
Livro dos mortos – coletânea de textos de fundo moral. Devia ser recitado pelo morto
no julgamento.
Sacerdotes – classe privilegiada de grande poder e influência. Eram preparados nas
“Casas da Vida”, escolas nas quais lhes era revelada a ciência mágica secreta.
Templos – magníficas construções. Era a morada do deus. Os fiéis não tinham acesso.
Somente o Faraó e a classe sacerdotal.
Mistérios – (assim denominado pelos gregos) Cerimônias iniciáticas. Revelavam as verdades
relativas entre a vida e a morte. Mistério Osiriano vinculado a teoria do Ká.
Grécia
Função da religião
- Explicar os fenômenos da natureza.
- Justificar as fraquezas humanas.
- Obter favores e proteção.
Cultos – cantos, oferendas libações e sacrifícios. Não tinham o costume de prostrar-se.
Consideravam indigno de homem livres. Religião de pouco conteúdo ético. Não apresentava
dogmas de fé ou mandamentos morais. O culto não tinha a finalidade de espiar os pecados.
Acreditavam no destino (Moira).
Culto dos antepassados – culto doméstico. Acreditavam que os mortos continuavam
suas vidas no além, com as mesmas necessidades dos vivos.
Templos – símbolo da grandeza e prosperidade das cidades. Os fiéis não tinham
acesso.
Sacerdote – não constituía uma classe privilegiada, não exercia influência moral.
A religião não era livre de superstição. A crença em augúrios e predição da sorte era
especialmente forte e alguns deuses se notabilizaram por seus poderes proféticos.
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No século, V a.C., Ciro conquistou a Lídia, o reino de Creso na Ásia Menor e algumas
cidades gregas foram anexadas à Pérsia. Foi assim que o povo heleno manteve contato com o
Oriente. Magos, adivinhos, astrólogos se infiltraram na Ásia Menor e lentamente invadiram o
país. Os gregos assimilaram os mitos, os símbolos, os rituais, as práticas adivinhatórias, a
magia, a astrologia que passa a fazer parte do seu sistema de crença.
- Oráculo – prática que veio do Egito. Oráculo significa resposta e consiste num
diálogo entre um deus e um sacerdote, por intermédio de uma pitonisa ou pítia, nome
derivado de Piton que segundo a lenda era um dragão fêmea que fora liquidado neste local,
pelo deus Apolo.
Nada se fazia na Grécia Antiga sem uma prévia consulta ao Oráculo. Dodona era o
mais antigo. Delfos o mais famoso. As perguntas dos consulentes eram transmitidas à Pítia
pelo sacerdote. As Pítias preparavam-se previamente: purificação com água, mascava folhas
de loureiro e espigas de cevada, aspirava os eflúvios que emanavam da fenda da gruta, onde
se instalava a Pítia. Entrava numa espécie de delírio (transe) e entre palavras desconexas dava
seus oráculos. O sacerdote ordenava em verso ou em prosa e então entregava ao consulente.
Geralmente respostas ambíguas.
No frontão do templo de Apolo estavam escritas as palavras “Conhece-te a ti mesmo”.
Sócrates. Tinha desprezo por todos os oráculos da Grécia. Possuía um oráculo interior
– o daimon, gênio que o acompanhava desde a infância e segundo declarava, o instruía sobre
tudo que devia fazer (intuição).
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Mistérios.
A palavra mistério deriva do vocábulo grego myo que significa “fechar os olhos”.
Tratava-se de cultos de mistérios que se desenvolviam em torno de rituais secretos, só
permitido aos iniciados.
Nos mistérios de Elêusis veneravam Demeter (a mãe-terra) deusa das searas e da
agricultura. O mito de Demeter simboliza o lançamento das sementes na terra e o brotar das
novas colheitas. Uma espécie de morte e ressurreição. As cerimônias consistiam de sacrifícios,
procissões, dramatizações, jejum, oferendas, bebidas sagradas. Tudo isso provocava uma
espécie de transe ou auto-hipnose. Acreditavam que na guarda do segredo dos mistérios
estava a garantia da imortalidade.
Os mistérios foram suprimidos pelo Imperador romano Teodósio I no ano 395 A.D.
Na Grécia eram comuns as peregrinações ao templo de ESCULÁPIO, deus da
medicina, e a outros santuários diferentes, onde sacerdotes especializados, invocavam os
santos e afastavam os demônios dos visitantes enfermos, através de passes que os colocavam
em transe hipnótico. Na mesma época, oráculos e profetizas, por auto-indução hipnótica,
consideravam-se capazes de predizer o futuro e fazer vaticínios para os seus clientes.
Epidauro – centro de tratamento para os doentes, Templo dedicado ao deus Asclépio –
deus da saúde (Esculápio para os romanos).
Os gregos acreditavam que os sonhos tinham poder de cura. Os doentes eram
induzidos ao sonho. No sonho o deus recomendava o tratamento.
Em 338 a C. a Grécia foi conquistada por Alexandre O Grande. Uniu a Grécia,
Babilônia, Pérsia e Egito num único e vasto Império. Os quase três séculos que se seguiram à
morte de Alexandre, caracterizou-se por uma fusão da civilização grega e oriental dando
origem a civilização helenística.
No Egito, Alexandre fundou a cidade de Alexandria. Ptolomeu I que se fez Faraó,
fundou uma biblioteca. Presume-se que continha 700 mil voluminas. Além das obras clássicas
gregas (tragédias, dramas, obras de ciência, como matemática, física, astronomia, geografia,
medicina, filosofia) havia obras relativas a magia, alquimia, religião, mitologia e astrologia.
Roma
Culto
O culto público era organizado pelo Estado. No culto familiar veneravam os espíritos
dos antepassados, como protetores da família denominados Lares. Os bens familiares eram
protegidos pelos Penates.
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1.2 - Paranormalidade na Idade Média - Misticismo,
Magia e Bruxaria
Santidade e Paranormalidade
As possessões
Tais epidemias “psíquicas” – a palavra é nova mas a sua inexpressividade é tão antiga
quanto a própria estupidez – levaram à fogueira e ao pelourinho, como bem nos ilustra
VOLGYESI, incontáveis homens e mulheres “nervosos” da idade média. Como ainda hoje os
psiquiatras continuam condenando à “fogueira” do eletrochoque os seus endemoninhados
pacientes.
Reconhece-se hoje que os antigos endemoninhados, agindo ostensivamente por
delegação de belzebu, foras os ancestrais dos atuais psicopatas. A história reúne um
considerável número de exemplos de tais epidemias que assolaram a Europa durante muitas
décadas. Uma de tais epidemias grassou na Alemanha, de 1374 a 1418, disseminando-se a
onda demoníaca a partir da cidade de Aquisgran, e que foi conhecida dos escritores daquela
época como a triste dança de “S. Vito”, algo parecido com o que hoje a patologia rotula de
“corea minor”.
Os “possuímos” davam-se as mãos e dançavam freneticamente pelas ruas até se
deixarem vencer pela fadiga e pela exaustão. Ao fim da orgia maquiavélica, seu aspecto
vultuoso fazia lembrar os atuais ataques epileptiformes.
Em Estrasburgo, a tropa dos “possuídos” do diabo e pelos maus espíritos, gente de
todas as idades, era acompanhada por músicos que, seguindo-os, tentavam fazê-los entrar
num ritmo mais moderado, porfiando por acalmá-los. Mas o que de melhor acontecia, era que
os demônios, mais astutos acabavam por atrair também, não apenas os próprios músicos, mas
todas as pessoas que assistiam a passagem dos “mensageiros do diabo”. Finalmente, resolveu-
se o problema fazendo internar os dançarinos na capela de S. Vito, nas cercanias da cidade,
onde, sabidamente, cantos, salmos, exorcismos e rezas, expulsaram os endiabrados agentes do
mal. Aquela capela tornou-se mais tarde fonte de peregrinações e de jornadas milagrosas.
Tanto foi, porém, o jarro à fonte que um dia, aí por volta de 1620 a epidemia recidivou. E tão
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grande foi o número de hóspedes dos demônios que muitos destes, jogando-se ao Reno, ali os
afogaram...
De 1430 a 1480, foi também a Itália, por solidariedade com a Alemanha, visitada pelo
exército de tinhoso. E desta feita tão maciça arrancada dos maus espíritos que em Taranto, até
os padres capuchinhos entregaram-se vencidos. Por determinação das autoridades católicas o
convento foi suprimido com a finalidade de extinguir a epidemia. Acertada medida, sem
dúvida. Pelo menos naquele convento os demônios não morariam mais!
Tais epidemias, atribuídas por alguns à mordedura de tarântula, continuaram
disseminando-se pela Itália até os primórdios do século XVIII.
Havia, por parte dos emissários do diabo, um marcado interesse em desmoralizar os
espíritos do bem. Tanto que, na mesma época, foram também vítimas da mesma praga, um
convento de beneditinos de Madrid, um outro de madres ursulinas na França. Freiras houve,
desta última casa que, num evidente exagero, deixaram-se possuir, simultaneamente, até por
dez diabos diferentes...
O mesmo ocorreria, em 1642, em Louviers, onde, no convento das “Virgens de Santa
Isabel”, a doença atacou 18 religiosas. E ali, como em Taranto, foram as possuídas isoladas e
o estabelecimento fechado para reformas, desinfecção e exorcismos saneadores.
Havia, naturalmente, aqueles que, favorecidos por um conceito mais lógico e melhor
visão da realidade humana, opuseram-se às interpretações cabalísticas, místicas e míopes dos
dogmáticos. AVICENNA, que viveu no século X, verdadeiro precursores da doutrina
reflexológica, foi um deles. Acreditava que a imaginação (e não os duendes) era capaz de
enfermar e de curar pessoas. Assim acreditavam também PAMPONATO DE MANTUA,
PARACELSO, AMBROISE PARÉ e KIRSCHER, cujas opiniões tiveram a grande virtude de
irritar e provocar o ódio da igreja, o que, evidentemente, bastante os aproximou da verdade
científica. O segundo deles, PARACELSO, por acreditar que a imaginação e a fé (esta última
como estado de indução mental) eram capazes de modificar estados patológicos atuando sobre
o todo físico, foi violentamente perseguido e obrigado a errar de cidade em cidade como um
proscrito e excomungado. Tal perseguição não demoveu homens que se lhe seguiram, de
continuarem aceitando a existência, dentro de nós mesmos e nunca de origem externa, de uma
“força interior” capaz de agir substancialmente em nosso própria organismo.
Por bitolagem mental imposta pelo clero, a grande maioria opunha-se aos conceitos
heréticos de PARACELSO defendendo a idéia de que só pelo exorcismo se conseguiria livrar
os enfermos das possessões demoníacas responsáveis pelas enfermidades. Tal exorcismo era
muitas vezes praticado por soberanos, chefes temporais das igrejas locais, como aconteceu
com EDUARDO, o confessor, introdutor da chamada práticas dos “toques reais”. Os
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sofredores eram trazidos à presença do rei em audiências pré-fixadas, quando o soberano,
tocando-lhes a fonte, acreditava cortar-lhes os padecimentos. Tal processo, aceito
posteriormente pela Igreja da Inglaterra, passou a contar com um sacerdote assistente real.
Sempre que EDUARDO tocava um paciente, aquele citava passagens adequadas da Bíblia.
Tal prática, inspirada evidentemente nas curas realizadas por CRISTO e seus apóstolos,
por imposição das mãos, teve sucesso também com o imperador ADRIANO, com OLAVO, o
santo rei da Noruega, com FELIPE I, rei da França, com CARLOS, imperador do Sacro
Império Romano-germânico, com CARLOS II, da Inglaterra1.
Surge na Irlanda em 1662 um famoso curandeiro, GREATRAKES, que pretendia,
como enviado divino, Ter poderes de cura, exorcismo e sacerdócio. E usando do seu
extraordinário “poder”, realizou milhares de curas. Os pacientes de GREATRAKES, após
receberem uma série de passes, caíam numa espécie de torpor semelhante ao sono, estado
propício aos “desligamentos” dos demônios patológicos que eram então afastados e malditos
para todo o sempre. A mesma prática viria a celebrizar mais tarde o padre GASSNER que,
por volta de 1760 tratou a mais de dez mil possuídos em toda a Europa, já que por essa época,
uma nova convulsão demoníaca disseminava-se a partir de Saint Médard, onde, junto ao
túmulo do diácono FRANÇOIS, de Paris milhares de fanáticos marcavam encontro com os
demônios e deixavam-se alegremente possuir.
Como se pode facilmente perceber, os diabos responderam na justa medida à invasão
dos “santos”, santos esses que assumiram papel de relevo na história da histerologia humana,
ambos, demônios e santos, meros partícipes inculpáveis de um estado de auto-inibição
cerebral desordenada, o mesmo estado de indução inibitória que, sob controle e medida a sua
profundidade, reproduz os fenômenos hipnóticos de todos tão conhecidos.
Tais práticas místicas são evidentes ainda hoje, muito embora, gradualmente,
demônios e santos estejam perdendo terreno em face a um melhor esclarecimento popular.
Certas massas ainda incultas e involuídas continuam reproduzindo hoje fenômenos de auto-
indução hipnótica, sem conhecimento de causa e as atribuindo a manifestações cabalísticas,
místicas, religiosas, etc.
Os curandeiros esquimaus, por exemplo, usam em estado de auto-indução, e num
ambiente preparado à base de tambores, semi-obscuridade e cânticos, praticar passes
curativos. No Japão e em Bali, inebriados pelo fogo e pelas invocações dos antepassados,
praticam-se as “posessões” terapêuticas, o mesmo acontecendo com os índios do pólo Ártico
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N.A. – Aos leitores que acreditam estar este assunto um tanto deslocado num compêndio sobre parapsicologia,
queremos lembrar que os toques, passes, magnetismo e efeitos sugestivos, incluem-se todos, provavelmente,
numa mesma dinâmica de atividade mental.
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e com determinadas tribos dos Estados Unidos, onde são eleitos sacerdotes, justamente
aquelas pessoas que conseguem atingir com facilidade estados de “possessão”.
Contra a estupidez humana – dizia SHILLER – até os deuses lutam em vão. Não é,
pois, de admirar que o homem não se consiga liberar tão cedo, ele próprio, dos deuses que
criou e o subjugam impiedosamente.
As Bruxas
MISTICISMO
Doutrina religiosa ou filosófica segundo a qual a perfeição consiste numa espécie de
contemplação que chega até o êxtase e une misteriosamente o homem à divindade.
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As religiões em geral procuram intensificar o impulso místico. As práticas do silêncio
e recolhimento, do jejum e abstinência, da castidade total ou periódica, visam a levar o crente
àquilo que se pode chamar de “experiência mística” ou “do divino”.
MANIFESTAÇÕES PARANORMAIS
Na Antiguidade surgiu uma nova religião – o Cristianismo, fundado por Jesus de
Nazaré, na Palestina. Nesse mundo antigo dominado pela violência e superstição o
Cristianismo trouxe uma mensagem de amor, de esperança e de promessa na Vida eterna.
Combateu os cultos pagãos, a arte divinatória, a magia, a astrologia e também os
cultos de mistério porque não era mais necessário ser um “iniciado” nesses cultos para entrar
na vida eterna. Um novo misticismo se desenvolveu então a partir do Cristianismo
predominando em toda Idade Média.
Podemos observar que o advento, o nascimento e vida de Jesus, a difusão de seus
ensinamentos foram acompanhados por fenômenos místicos e paranormais, tais como:
aparições, avisos, inspirações, profecias, milagres, curas milagrosas, possessões, tentações e
outros.
“Eis que conceberás e darás a luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus:. Lc.
1,31.
2 – A profecia de Simeão – “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de
queda e soerguimento para muitos em Israel e a ser um sinal que provocará contradição”.
Lc.2,34.
3 – Aviso em sonho a José – um anjo apareceu em sonho a José e disse: ‘Levanta-te,
toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai
procurar o menino para o matar”. Mt. 2,13.
4 – Visão de Estevão – “Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o filho do Homem
de pé, à direita de Deus”. Atos. 7,54.
5 – Visão de Paulo - próximo a Damasco uma luz resplandecente vinha do céu.
Caindo por terra ouviu uma voz que lhe dizia “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atos.
9,3.
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OS MÁRTIRES
Os judeus foram os primeiros a perseguir os Cristãos – judeus convertidos.
Acreditavam serem inspirados pelo Espírito Santo e que suas visões e profecias provinham
de Deus. Tais crenças escandalizaram os sacerdotes.
Alguns meses após a morte de Jesus um grupo de judeus anticristão condenou a morte
por crime de blasfêmia um cristão de nome Estevão. Este fazia grandes milagres e prodígios
entre o povo e falava de suas visões. “Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedreja-
lo”At. 7,58.
A Visão de Constantino
As perseguições aos cristãos só tiveram fim quando Constantino, Imperador Romano,
teve uma visão. Marchava com seus exércitos sobre Roma a fim de libertá-la do domínio de
Maxêncio, imperador rival, quando viu no céu uma cruz com a seguinte frase: “Por este sinal
vencerás”. Constantino providenciou um estandarte com a cruz de Cristo à frente de suas
tropas e assim venceu o inimigo. Era o ano 312. Constantino deu liberdade de culto aos
cristãos em 313. Teodósio, em 380 oficializou o Cristianismo no Império Romano.
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Ascetismo e Eremitas
Muitos cristãos procuraram outra forma de conseguir a união de sua alma com DEUS
mesmo enquanto ainda a viver na terra, bem como de preparar-se para estar união após a
morte.
Isso significa ascetismo, renúncia completa de todas as tentações do mundo material,
aceitação voluntária do sofrimento e privações. Para alcançar esse desapego do mundo devia
ele viver na solidão e isolamento.
Antão do Egito é o exemplo típico desse ascetismo. É considerado o pai do
Cristianismo Contemplativo. Embora nascido na riqueza, preferiu dar sua fortuna aos pobres
e partiu para o deserto onde ano após ano lutou contra as tentações vivendo na pobreza e
oração. Alimentava-se de pão e água, fazia freqüentes jejuns, muitos seguiram seu exemplo.
Esse tipo de ascetismo passou a ser visto como excesso de individualismo pois muitos
deles não desejavam contato com ninguém. Assim, aqueles que desejavam uma vida de
ascetismo preferiram se agrupar em comunidades.
Monasticismo – Monges
No Oriente teve início com São Pacômio quando este reuniu às margens do Nilo uma
comunidade cristã baseada na comunhão de oração, de trabalho e de refeição.
No Ocidente teve início com São Bento de Núrsia no século VI. Fundou doze
mosteiros e em 529 fundou o famoso mosteiro de Monte Cassino, ao Sul de Roma que foi a
casa matriz da Ordem Beneditina. Para os mosteiros que fundou, São Bento estabeleceu uma
Regra ou conjunto de regulamentos regendo a conduta dos seus membros. Exigia que os
monges fizessem voto de pobreza, castidade e obediência e seguissem a rotina de oração,
meditação e trabalho. Disciplina de vida que contribuiu para o desenvolvimento das
faculdades paranormais.
Sua Irmã Escolástica, que desde cedo se consagrou a Igreja Católica, patrocinou a
fundação de vários conventos.
Dos conventos e mosteiros saíram mulheres e homens santos os quais foram muito
importantes para época.
Os reinos Bárbaros
As invasões de povos bárbaros foram uma das causas da queda do Império Romano,
em 476. Os três séculos seguintes constituíram o período conhecido como Idade das Trevas.
A economia estava arruinada, a estrutura social desmoronava e na política o Império Romano
foi sendo substituído por pequenos reinos bárbaros: os visigodos na Espanha, que por volta
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do ano 700 foram denominados pelos árabes, lombardos na Itália; francos e borgúndios na
Gália; anglos e saxões na Inglaterra.
SANTIDADE E PARANORMALIDADE
“Na Idade Média os paranormais, cujo potencial foi direcionado positivamente e
colocando a serviço da religião foram levados aos altares. Isto não significa que a
parapsicologia independente duvide da nobreza de caráter nem da santidade destes homens
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e mulheres. Apenas isto, que a capacidade paranormal foi direcionada positivamente e não
pode ser negada nem reduzida a um simples privilégio dado como dom especial e particular
por Deus”. Grisa pg 22.
A meditação e oração fez desabrochar a paranormalidade que foi direcionada
positivamente e assim passaram a manifestar fenômenos paranormais positivos.
Exemplos:
Milagres, Prodígios
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São Gastão – 540. Bispo, França.
*Curou um cego.
São Gastão – observada uma nuvem luminosa sobre o quarto onde se encontrava, na
noite da sua morte.
Santa Rita de Cássia – Uma luz resplandecente invadiu sua cela pouco antes da sua
morte. Verificou-se também intenso perfume do paraíso – Osmogênese.
Santa Walburga – Luz sobrenatural envolveu sua cela e iluminou o dormitório das
irmãs.
Santo Antônio de Pádua – testemunhado pelo Conde Tiso. “uma luz forte inunda
toda a cela entre os braços de Antônio, o menino Jesus sorria para ele”.
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São Martinho de Porres – 1579-Peru
Bilocava para o México. Levava consigo rosários que distribuía entre os nativos.
1774 – estava meditando em sua cela num convento em Arezzo e foi visto em Roma
ao lado do Papa moribundo Clemente XIV.
Bilocava para o México. Levava consigo rosários que distribuía entre os nativos.
São Filipe Néri – 1515 a 1595, presbítero Itália, Estando em Roma apareceu a Sta
Catarina de Ricci que se encontrava no Prato.
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Levitação – pode ser definida como a suspensão do corpo do paranormal no ar.
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MAGIA E BRUXARIA
MAGIA:
Magia Negra – a que tem como objetivo produzir efeitos contrários às leis da
natureza
Tendências Opostas
A mistura de vários povos, culturas, crenças e costumes favoreceu o aparecimento de
tendência totalmente opostas.
De um lado surgem as ordens monásticas os mosteiros: Beneditinos no século VI e do
século X em diante as ordens dos Dominicanos, Franciscanos.
De outro surge a Satanás, a demonolatria e as práticas de magia. São Jerônimo, Santo
Irineu, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, cada qual na sua época, tomaram posição
autorizada contra os oráculos, magia, enquanto ditadas por satanás e contra a Astrologia
porque admitia leis e princípios que pressupunham uma harmonia diversa da fixada por Deus.
O Cristianismo ultrapassará as fronteiras do Império Romano convertendo os bárbaros em
especial celtas a gauleses, que ainda viviam num clima mágico sobrenatural, sob a orientação
dos Druidas – sacerdotes que eram videntes, profetas, curandeiros, que tinham o poder de se
comunicar com os espíritos. Existiam as Druidas, mulheres, cujos poderes se equiparam as
pitonisas de Delfos ou as Sibilas de Roma.
Apesar de magia estar condenada pela Igreja, não era essencialmente má pelos
homens e mulheres comuns. Os bruxos eram temidos porque podiam fazer o mal. A magia
branca era considerada o escudo mais seguro contra as desgraças e o encantamento era
livremente utilizado. O feitiço, os vínculos mágicos, as assembléias noturnas de bruxas, os
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talismãs, as ervas mágicas, os venenos, os benzimentos, subsistia nas classes inferiores, por
meio de numerosos costumes pagãos.
Por volta do século XIII as forças invisíveis das antigas religiões mágicas,
reaparecem no mundo ocidental originando uma das formas mais aberrantes que a magia
assumiu no decorrer da história e uma das perseguições mais calamitosas.
Fatores
1- As religiões antigas concebiam o mal como pertencente ao divino. O mal é uma
necessidade no mundo antigo.
2- As invasões bárbaras, as guerras, a peste, a miséria do mundo medieval. O deus do
bem não pode ser o deus deste mundo dividido. Este é o reino das trevas. Seu senhor é
Satanás.
3- O espírito essencialmente místico da época. Ateísmo não. Outro deus, sim, e
quanto mais oposto, melhor.
4- A sociedade medieval estava denominada pela consciência do pecado e pelo terror
ante o fim próximo. Reinava o pânico e o homem procurava escapar de sua miséria a
qualquer custo. Aceitava tanto a verdade quanto a lenda, o real como irreal, o lógico como o
emotivo, a razão como o instinto, Deus como Diabo.
5- Pregação da Igreja: o mundo é desprezível. O que importa é salvar a alma. Satanás,
com sua rebelião dividiu o universo, dando origem ao mundo material. Se é assim,
concluiria o bruxo, este mundo lhe pertence e é a Satanás que devemos recorrer.
6- A religião dos celtas – o culto druida impregnado de magia e rituais de adoração às
forças da natureza.
7- A Igreja afirma a existência do inferno e dos demônios. O diabo era oficialmente
admitido para afirmar a existência de Deus.
O DIABO tornou-se responsável pelas desgraças do mundo. Sua maldade era o
contrapeso da bondade divina e por conseguinte, reforçou o lado positivo de Deus.
O demônio provoca obsessões, possessões e tentações. Para combatê-las surgiu o
exorcismo (representa a luta da Igreja contra o mal).
Possessões diabólicas, delírios, obsessões, aparições satânicas, exorcismo e sabates
dominaram as consciências populares.
Demonologia
Diabo – gr. dabolos que significa literalmente aquele se põe de través, e portanto,
obstáculo, adversário, caluniador.
Satanás – “shaitan” do árabe, significa perseguidor. “O anjo decaído transforma-se
em Satanás”.
Possível origem do Sabat - assembléia noturnas de bruxas, teve origem nos ritos de
fertilidade com banquetes, danças e alegrias carnais (celtas). O deus de chifres é
transformando (pela Igreja) no Diabo – figura monstruosa, cascos, cauda pontuda, inspirador
de todos os males.
A teologia medieval estabeleceu que os poderes do Diabo eram limitado pelo fato de
ele só poder atuar neste mundo com o consentimento divino.
Santos ou Bruxos
[...] os paranormais, vistos como enviados de Deus, eram levados às honras dos
altares, os caídos na desgraça dos julgamentos sumários eram condenados aos milhares,
como bruxos emissários do diabo, embora muitas vezes não passassem de paranormais de
efeitos físicos que, estando muitas vezes perturbados por problemas emocionais,
desencadeavam fenômenos de Psicocinesia. Outras vezes eram paranormais que pressentiam
ou previam fatos negativos e depois eram acusados como se fossem por eles responsáveis,
como se fossem os executores de tais fenômenos ou acontecimentos (Grisa, 1995. p. 22).
Se dizia inspirada por Deus para expulsar os ingleses que ocupavam a maior parte do
território francês. Dizia receber as mensagens através do Arcanjo Miguel, de Santa Catarina e
de Santa Margarida.
- Clarividência – visões;
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- Controle psíquico do tempo – mudou a direção dos ventos.
- Imunidade ao fogo;
- Fez nascer uma pena de galinha no rosto da acusadora do roubo de uma galinha.
Por estas histórias de bruxaria Rosa jamais foi canonizada pela Igreja.
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Ervas que produzem sensação alucinatória de voar ou distorcem a realidade:
Beladona, estramônio, acônito, Maria-preta, cicuta, nenúfar.
Ervas para encantamento: Papoula, pervinca, heléboro-negro, mandrágora, escarola,
meimendro negro, rosa.
A caça as bruxas – A perseguição á bruxaria durou 300 anos: do século XIV ao
século XVI. Em 1320 o papa João XXII resolveu mandar investigar e perseguir a feitiçaria.
Em 1484, o papa Inocêncio VIII editou uma bula investindo os dominicanos Jacobs Sprenger
e Heinrich Kremer de poderes inquisitóriais (perseguição, julgamento e execução).
Publicaram o “Maleus Maleficarum”, espécie de código de procedimento nos processos de
bruxaria. Ficou conhecido como o “O Martelo das Bruxas”. Foi publicado 14 vezes em 30
anos.
A situação só se amenizou nos fins do século XVII, quando Luis XIV baixou um
édito (1682) determinando que estava proibida a pena de morte por prática de magia. O
último julgamento ocorreu em 1717. Na América britânica ficou famosa a caça às bruxas de
Salém em 1692.
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1.3 A Paranormalidade na Atualidade
Em 1953 foi realizados na cidade de Utrech, Holanda, o “I Congresso Internacional de
Parapsicologia” e dois estudiosos Ingleses chamados Thoules e Weisner propuseram que os fenômenos
psi fossem chamados de fenômenos "Psi-Gama" (Para ESP) e fenômenos "Psi-Kappa" (Para PK).
Embora a sugestão não tenha sido adotada em nível internacional, ela se tornou muito popular no Brasil.
Um outro termo bastante conhecido é: Fenômenos "Psi-Theta", introduzido pelo parapsicólogo
americano Willian G. Roll para se referir aos possíveis fenômenos sobrenaturais, como a sobrevivência
da mente após a morte, a reencarnação etc.
A pesquisa experimental com as cartas ESP conseguiu isolar em laboratório alguns fenômenos
parapsicológicos específicos:
1) CLARIVIDÊNCIA
É uma fonte de obtenção de informações por vias anômalas em que o psiquismo de alguma forma
liga-se diretamente à fonte de informação, sem que haja possibilidades da telepatia para explicar o
fenômeno.
2) PRECOGNIÇÃO
Seria a possibilidade da previsão do futuro por meios outros que não aqueles conhecidos pelos
quais calculamos possibilidades tomando como base informações conscientes ou inconscientes que já
possuímos.
Alguns devem estar se perguntando: "E a famosa telepatia?”.
Pois é. Para testar a telepatia com cartas ESP seria necessária a existência de um transmissor
olhando para cada carta aleatória e transmitindo o que estava vendo para o sujeito. No entanto, dada às
circunstâncias, seria extremamente difícil diferenciar o que veio no padrão “-mente” (telepatia) do que
poderia ter vindo direto das cartas (clarividência).
Indícios fortes da existência da telepatia podem ser encontrados nas pesquisas dos casos
espontâneos e nos experimentos de Remote Viewing.
Em Remote Viewing (Visualização remota), um transmissor segue para um lugar escolhido
aleatoriamente e lá, observando coisas, pessoas e situações, tenta transmiti-los para o sujeito, incluindo
seus próprios julgamentos, reações afetivas etc.
Outros nomes foram dados para designar formas mais complexas através das quais os fenômenos
citados acima parecem se manifestar, contudo realmente penso que é algo confuso e desnecessário. Tudo
fica muito mais simples quando compreendemos os processos através dos quais estes citados fenômenos
são desencadeados. No entanto vamos dar alguns exemplos, uma vez que inevitavelmente encontrarão
livros que abusam de termos, mas carecem de explicações:
Após a apreensão da suposta informação paranormal em nível inconsciente (telepatia,
clarividência e precognição), a mente pode escolher vários caminhos para que possamos nos dar conta da
mesma.
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Alguns ouvem "uma voz" lhes dizendo a respeito do assunto, fenômeno este que foi batizado de
"clareaudiência".
Quando o percipiente passa a sentir sintomas físicos da outra pessoa com quem ele esta em sintonia
ESP, diz-se que se trata de uma telestesia.
Em outras situações, alguns sensitivos se sentem mais aptos aos fenômenos ESP segurando objetos
e coisas de uma terceira pessoa sobre a qual necessita obter informações. Tal modalidade de ocorrência
chama-se psicometria. Outros gostam de usar pêndulo e varinhas, prática essa que se chama radiestesia.
O mesmo ocorre em psicocinesia. Quando esta "energia" move objetos, ela é chamada telecinesia.
Quando parece provocar combustão, chama-se parapirogenia. Quando transporta um objeto de um lugar
para outro, parecendo inclusive ter atravessado paredes fechadas, chama-se aporte. Quando o próprio
sensitivo levita, e chamado autolevitação, quando produz odores inesperados, chama-se osmogênesis e
assim por diante.
EMOÇÃO E ESP
Richard Broughton, que foi diretor do "Rhine Research Center", nos relata em seu livro
"Parapsychology - The Controversial Science" um exemplo daquilo o que ficou conhecido como "sessões
quase - terapêuticas".
Um grupo de pessoas se reúne com freqüência para falar livremente de assuntos profundos e
emocionais. Nada é programado. A discussão pode levá-los a mudanças profundas e insights em suas
vidas, exatamente como poderia acontecer em uma terapia de grupo convencional. Com a diferença de
que um pesquisador neutro, ao final de cada sessão, vai a um computador e seleciona aleatoriamente (Via
sistema de gerador de eventos aleatórios de Schmidt) dois números que vão corresponder a um envelope e
a uma entre quatro figuras do mesmo envelope respectivamente. Ao final da sessão, alguém do grupo
apanha o envelope e, junto com o restante das pessoas, analisa a possibilidade dos elementos da imagem
terem se incorporado aos assuntos que emergiram nas sessões.
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Com as quatro figuras em mão, sem ainda saber qual foi à escolhida, fazem uma avaliação que
oscila da mais provável para a menos provável. Pode haver divergências ou unanimidade na escolha.
Depois disso, cada membro do grupo avalia numa escala de 1 a 5 a intensidade da emoção atingida pelo
grupo, que resulta numa média final.
Em seguida, juizes neutros e independentes, tendo em mãos a transcrição das sessões e o envelope
de julgamento, repetem o processo.
James Carpenter, pesquisador e psicoterapeuta americano, foi o idealizador deste intrigante
experimento onde psi parece emergir por entre processos inconscientes dos voluntários de um grupo.
Suas pesquisas de sucesso nos dão mais uma evidência de que "o processo de descobrir e resolver
profundas tensões emocionais é uma rica fonte de evidência anedótica de ESP" (Broughton, 1991 pg.134).
Broughton argumenta que parapsicólogos recriaram em muitos experimentos, de uma forma ou de
outra, o ambiente psicanalítico Freudiano com poltronas ou divãs confortáveis, relaxamento físico,
incentivo da "associação livre" (falar livremente abrindo assim canais para a expressão de materiais
inconscientes).
Outro fator sempre presente em resultados estatisticamente significativos de diversos experimentos,
como por exemplo, o Ganzfeld, foi à correlação entre estes e os ambientes interpessoais de acolhimento,
consideração e encorajamento de alguns laboratórios.
Tudo isso foi observado por Carpenter antes de levar adiante seu processo. Ainda segundo
Broughton, "Para Carpenter, a tentativa do paciente de obter insights pessoais e entendimento em
psicoterapia e a tentativa dos sujeitos de decifrar os alvos escondidos em experimentos ESP são bastante
similares. Informações sobre os alvos ESP poderiam bem estar no Inconsciente dos sujeitos, mas, como
eles poderiam identificar para que servem" e mais adiante "estes são os mesmos desafios que pacientes de
terapia tem que encarar com respeitos a profundas questões emocionais ou outros problemas". Para
Carpenter, os melhores resultados ESP vem de sessões bem semelhantes a boas sessões de terapia.
Estudos subseqüentes mostraram significância estatística entre sessões de alta qualidade terapêutica
e sucesso ESP (Broughton,1991,pg.135 e136).
PSI E PSIQUIATRIA
Vários psiquiatras de renome internacional já se manifestaram sobre possíveis relações entre este
campo da medicina e os fenômenos parapsicológicos.
J. Eisenbud pronunciou-se através de artigos e livros sobre ocorrências paranormais entre ele e seus
pacientes e entre os pacientes, buscando relações entre telepatia e repressão.
Em 1948 a American Society for Psychical Research estabilizou uma junta médica com o interesse
de estudar fenômenos paranormais ou psi e suas manifestações no ambiente psicoterapeutico. Entre os
participantes: Eisenbud, Ehrewald, Meerloo, Booth, Pedersen-Krag, Laidlaw e Montague Ullman. Por
oito anos o grupo se reuniu para discutir incidentes telepáticos que lhes chamaram a atenção sob vários
pontos de vista, com atenção à dinâmica psicológica envolvida etc.
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Várias foram às questões observadas, entre elas, eventos telepáticos entre marido e mulher
(Fodor,Schwartz e Nelson) e Telepatia e suas relações com sintomas psicossomáticos (Eisenbud).
Ehrewald manifestou-se sobre a acomodação de psi nas teorias de personalidade, apontando
necessidades de mudanças das teorias, tal como aconteceu com a física moderna em face da realidade
quântica e da teoria da relatividade. Ele chegou a desenvolver um modelo onde sugeriu a atuação de psi
na simbiótica relação mãe - criança. Em seguida haveria uma submersão desta capacidade como uma
resposta à necessidade do organismo se adaptar às forças externas, podendo, contudo emergir na vida
futura em condições especiais.
Ele formulou ainda um conceito de um gradiente simbiótico, o significado do controle do ego sobre
eventos a serem influenciados, eventos estes que se estenderiam além dos limites físicos e neurológicos
do organismo. Mais tarde, o significado da necessidade do ego de controlar tais eventos será o gradiente
para suas relações com a família e a sociedade como um todo.
Seu modelo abarca possíveis manifestações psi nas seguintes condições:
A - Efeitos psi são vistos como uma extensão compensatória de habilidades sensório-
motoras.
B - O gradiente simbólico originário na relação mãe - criança, normal e funcional
nesta época torna-se gradualmente esporádico.
C - Mudanças existências facilitariam a ocorrência de psi.
D -"Cumplicidade Doutrinária" : Pacientes tendem a ter sonhos e experiências
coerentes com as orientações teóricas de seus terapeutas. Terapeutas "abertos"
ao paranormal poderiam abrir precedentes para manifestações paranormais
genuínas de seus pacientes.
Já Eisenbud sugere que psi poderia ser um aspecto importante e significante de nossa realidade
corrente, agindo inconscientemente e ligando aspectos de nossas vidas. Ele especula relações de psi com
as antigas preocupações com rituais mágicos e onipotência do pensamento, além de desempenhar um
escondido - mas importante - papel em todas as questões humanas, colaborando de forma às vezes
estranha para trocas que mantém o equilíbrio ecológico.
Montague Ullman (1976) sugere que "eventos paranormais são parte de um sistema de respostas de
emergência evocados condições de ameaça ou para sustentar laços afetivos ou garantir a integridade do
organismo”.
Rex Stanford elaborou um interessantíssimo modelo chamado por ele de PMIR (Psi-Mediated
Instrumental Response ou Psi mediador de respostas Instrumentais) mostrando que tal habilidade poderia
nos levar à reações tanto neurofisiológicas quanto psicológicas (Stanford, 1990). Algumas de suas
interessantes colocações:
“... Através de psi o organismo (i.e. o indivíduo comportamental vivente) é capaz de responder a
circunstâncias em seu ambiente com as quais ele não tem contato sensorial, se tais circunstâncias são de
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um tipo das que ele responderia se tivesse conhecimento sensorial. As respostas do organismo mediadas
por psi tendem servir as necessidades ou refletir as inclinações do mesmo com respeito as já mencionadas
circunstancias." (Stanford,1990, pg.62).
"PMIR envolve tais mudanças, como excitação emocional ou motivacional, respostas focalizadas
pela atenção e/ou outras preparações para resposta, como elemento adicional para as respostas que, de
fato, tem valor instrumental" (Stanford,1990,pg.62).
Sempre houve muita controvérsia a respeito da pesquisa de fenômenos parapsicológicos.
Pesquisadores que os conduziam foram perseguidos e sofreram retaliações, governos foram acusados de
usar sensitivos para a obtenção de informações na "guerra fria" etc. Houve muito folclore.
Recentemente, o mundo se surpreendeu quando o próprio governo Americano admitiu
publicamente ter gastado milhões de dólares mantendo sensitivos que foram capazes de, na época da
guerra fria, espionar armamentos e planos Soviéticos. Por outro lado, pesquisadores como Stanley
Krippner dos Estados Unidos, autor de "Possibilidades Humanas" viajaram para países por detrás da
então “Cortina de Ferro” o suficiente para mostrar o interesse que Soviéticos tiveram por esses assuntos, a
ponto de investirem em programas sofisticadíssimos, mas infelizmente os resultados jamais estiveram
disponíveis para a comunidade científica internacional.
A ciência tradicional, no entanto, ainda reluta discutir tais assuntos, embora esteja bem mais
flexível. Mas, por outro lado, em grandes universidades de todo o mundo, multiplicam-se os laboratórios
e cátedras em parapsicologia, assim como os cursos de pós-graduação nesta área, como nas universidades
de Edimburgo (Escócia), Freiburg (Alemanha), Utrech (Holanda), J.F. Kennedy, Princeton (Estados
Unidos) entre outras.
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sabe disso, pois não há ainda a consciência de sua existência, que seria justamente o “estágio II”. Ela
identificou cinco "caminhos" que poderiam nos tornar conscientes da informação previamente apreendida:
1 - Experiências Realísticas
São sonhos que nos fazem perceber exatamente a informação apreendida exatamente como ocorreu.
Exemplo:
"... no meu sonho, tinha acabado de acordar e tomava café com minha família. De repente o
interfone do meu prédio tocou. Era Lúcia, uma antiga e querida secretária que tínhamos, mas
não víamos há mais de três anos. Acordei impressionado, e, como de costume, tomei café com
minha família e aproveitei para contar-lhes o sonho. Quase ao terminarmos, o interfone tocou.
Para o espanto de todos era Lúcia que veio nos fazer uma visita surpresa após dois anos sem
nenhum tipo de comunicação com nossa família."
2 - Experiências “Irrealísticas”
É possível identificar de forma bem clara no sonho o elemento captado extra -sensorialmente, mas
em sua apresentação no sonho, o mesmo vem cercado ou acrescido de outros elementos que fazem parte
da estrutura psicológica do sonhador. A informação sobre a realidade é adaptada ou distorcida. Exemplo:
“... estava viajando no Nordeste do Brasil, isolada, sem telefonar para minha família... aquele
sonho me marcou, sabe, não foi nada agradável ver um de meus filhos, o mais novo, morrer e ser
enterrado. Fiquei chocada. No dia seguinte andei quilômetros na busca de um posto telefônico.
Ao ligar para casa, soube que meu mais novo netinho, do meu filho do meio, havia contraído
meningite, e falecera naquela madrugada...”.
Houve acerto no que tange à "morte na família", mas as circunstâncias foram modificadas.
Exemplo 2:
"Sonhei com um dos porteiros do meu prédio. Ele sorria para mim, e seus dentes iam caindo, um
por um. No dia seguinte ele não foi trabalhar, e soubemos que morreu atropelado por um
caminhão desgovernado que o pegou na calçada."
3 - Experiências Intuitivas
São experiências que se tem em estado de consciência desperta onde há pouquíssima ou mesmo
nenhuma informação sobre o evento, mas sim a presença de um forte pressentimento e/ou angústia que
faz o sujeito ficar de sobre - aviso.
Exemplo:
“... aquele deveria ser o meu nono ou décimo cruzeiro marítimo. Naquele barco, o "Bateaux
Mouche" era a quarta vez, e o segundo reveillon no mar assistindo aos fogos de Copacabana.
Adorava - e continuo adorando barcos... mas naquela manhã de 31 de Dezembro sentia um forte
pressentimento, uma sensação muito esquisita... meus amigos perguntaram se tinha sonhado algo,
mas não, era só uma angústia forte que vinha toda a vez que pensava no cruzeiro à noite. Eu
queria ir, mas aquela coisa me freava de algum jeito.
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Na hora do embarque, entrei no barco sentindo-me péssima, pois meus amigos e marido estavam
felizes. Na última chamada, algo, mas forte que a minha vontade arrastou a mim e eu - a meu
marido - para fora do barco. Ele brigava comigo e dizia que depois do feriado iria me levar a um
psiquiatra. Eu mesma achei que precisava de um por conta daquela reação tão estranha... De
madrugada nossos filhos ligaram aos prantos, pois todos os jornais e televisões noticiavam o
naufrágio do "Bateax - Mouche" e eles pensaram que nós havíamos embarcado. “Todos os
nossos amigos morreram...”.
4 - Experiências alucinatórias
Nesta modalidade, o indivíduo vê, ouve ou sente algo que não está lá para ser percebido que
corresponde à percepção consciente de um elemento extra - sensorial captado inconscientemente. Aqui
não nos referimos à alucinação com sentido tradicional de “distúrbio psicológico”, mas sim como uma
“falsa impressão sensorial”.
Exemplo relatado pela irmã do sujeito:
“... meu irmão tinha somente cinco anos, e jamais esqueceremos o que aconteceu. Ele entrou em
nossa casa puxando mamãe pela saia e dizendo que um velho chamado Cassiano, de chapéu e
barba comprida pediu para ele dizer pro pai dele que ele ia fazer uma longa viagem e que tinha
vindo se despedir. Mamãe achou muito engraçado, pois a descrição e tudo mais a fazia lembrar
de seu sogro na Bahia, que ela não via há oito anos, e meu irmão nem o conhecera. Na manhã
seguinte recebemos um telegrama avisando sobre o falecimento do vovô naquela madrugada...”.
Exemplo 2:
"(...) Foi muito estranho mesmo. Minha casa fica no alto de uma longa ladeira que desemboca
numa movimentada alameda de mão dupla. Eu estava na varanda, quando lá longe, do outro
lado das duas pistas, vi um homem sem camisa me acenando freneticamente. Era o meu filho,
casado, que sorria e me dava adeus. Fiz sinal para que ele viesse até a nossa casa, mas quando
olhei novamente, não o vi mais.
Uma angústia tomou conta de mim, peguei o telefone e liguei para a casa dele. Foi quando soube
que ele havia tido um infarto há mais ou menos quarenta minutos e tinha acabado de falecer.
Mas como? Eu o havia visto há menos de dez minutos. Tenho certeza de que era ele. Quando ele
passava do outro lado da rua, indo e voltando de casa, sempre acenava da mesma forma...".
A Sra. Rhine dá muitos exemplos de "aparições", e "vozes" não só de "mortos", mas de pessoas que
no momento estavam "morrendo" ou de vivos em perigo que não morreram!Interessante, não?
Em meus arquivos tenho registro de "cheiros" peculiares como cheiro da pessoa, cheiro de "rosas"
(associados com a morte na cultura local) etc.
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5 - Experiências de Psicocinesia espontânea (PK)
Como vimos anteriormente, psicocinesia é a aparente ação da mente sobre a matéria. Sra. Rhine
observou muitos casos de eventos físicos que coincidiram com eventos de acidentes e mortes, que fizeram
os sujeitos parar e refletir sobre a possibilidade de "algo anormal” estar acontecendo.
De acordo ainda com seu modelo, haveria uma possibilidade da mente dos sujeitos lançarem mão,
inconscientemente de PK como uma forma de chamar-lhes a atenção para um assunto de extrema
importância já captado extra - sensorialmente.
Exemplo:
"Eu e Carlos éramos muito próximos. Eu, apaixonado, não era correspondido, e tentava me conformar
com sua amizade e com a proximidade cada vez mais forte com sua família, uma vez que minha família
morava bem longe... Naquela noite estava na casa de uma amiga fazendo algumas gravações musicais,
quando me dei conta que meu relógio Rolex, novo, caro que não tinha nenhum tipo de problema,
simplesmente parou de funcionar as 19:30. Já eram mais de 21 horas. Quando voltei para casa
encontrei um recado na minha secretária eletrônica de Carlos, nervoso, dizendo que seu pai havia se
suicidado as 19:30 daquela noite."
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