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Curso de Comportamento Canino

Sobre a Perfect Dog

Uma empresa de adestramento que começou em 1997 em São José dos campos e já ultrapassamos mais de 5000
cães treinados em todo vale do paraíba onde fazemos toda parte de comportamento, obediência básica show Dog
ataque e defesa, recusa de alimentos e Agility. Onde também damos curso de formação de adestradores com a
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comportamento e obediência básica. o completo: 5 dias de curso o aluno aprende comportamento, obediência
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Conteúdo:

1. História dos cães 28. Necessidades no local correto


2. Origem e finalidade das raças Cão roedor
3. Técnicas de aprendizado básico 29. Coprofagia – Cão que come fezes
4. Reforço positivo/negativo e punição 30. Latido em excesso
positiva/negativa 31. Cão que pula demais
5. Comunicação em duas vias 32. Cão que puxa a guia
6. Sinais e gestos Caninos 33. Cão cavador
7. Aprendizado e repetições 34. Medo do banho
8. Tempo de duração de cada treino 35. Cão que rouba roupa do varal
9. Treinando proprietários 36. Cão que corre atrás de veículos
10. Primeiras Lições 37. Cão briguento
11. Regras e limites 38. Cão que morde
12. Comportamento Natural X Problemas 39. Agressividade, medos e fobias
Comportamentais 40. Agressividade lúdica
13. O que é condicionamento? 41. Agressividade medo / defesa
14. Condicionamento Clássico 42. Agressividade por dominância
15. Condicionamento Operante 43. Agressividade protetora
16. Motivação 44. Agressividade possessiva
17. Tipos de motivação 45. Agressividade maternal
18. Resultado pelo forçamento 46. Agressividade redirecionada
19. Resultado por recompensa 47. Agressividade por punição
20. Objetivos secundários 48. Agressividade territorial
21. Estimular ou controlar impulsos 49. Agressividade predatória
22. Quando utilizar motivação ou disciplina 50. Cão de guarda excessiva
23. Uso correto de equipamentos 51. Cão excessivamente territorialista
24. Brinquedos – como usar 52. Ansiedade de separação
25. Quais os brinquedos corretos 53. Comportamentos aversivos
26. Regras na alimentação 54. Marketing pessoal
27. Dificuldades na alimentação 55. Cliente problemático
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Todo o conteúdo é registrado, proibido a divulgação total ou parcial sem autorização.
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56. Relacionamento com o cliente
57. Tipos de clientes
58. Cão roedor
59. Coprofagia – Cão que come fezes
60. Latido em excesso
61. Cão que pula demais
62. Cão que puxa a guia
63. Cão cavador
64. Medo do banho
65. Cão que rouba roupa do varal
66. Cão que corre atrás de veículos
67. Cão briguento
68. Cão que morde
69. Agressividade, medos e fobias
70. Agressividade lúdica
71. Agressividade medo / defesa
72. Agressividade por dominância
73. Agressividade protetora
74. Agressividade possessiva
75. Agressividade maternal
76. Agressividade redirecionada
77. Agressividade por punição
78. Agressividade territorial
79. Agressividade predatória
80. Cão de guarda excessiva
81. Cão excessivamente territorialista
82. Ansiedade de separação
83. Comportamentos aversivos
84. Marketing pessoal
85. Cliente problemático
86. Relacionamento com o cliente
87. Tipos de clientes

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88. Atendendo um cliente explosivo 91. Marketing pessoal na prática


89. O bom profissional
90. Não ter medo de errar

1- História dos cães


Essa teoria é de compreendimento necessário para nós profissionais, mas irrelevante para ser passada aos
proprietários. Aqui estão dados e informações técnicas que difícil compreendimento para os proprietários
(clientes), mas como mencionei acima, são informações de suma importância para profissionais.
Os canídeos do gênero Canis aparecem no final da era terciária para ganhar a Europa no eoceno superior
pelo estreito de Bering daquela época, mas de onde parecem desaparecer no oligoceno inferior sendo
substituídos pelos ursídeos. O mioceno superior os vê voltar com a imigração, sempre com procedência da
América do Norte, de Canis lepophagus, que já era parecido com o cão atual, se bem que seu tamanho seja
mais próximo do coiote.
Esses canídeos migram então, progressivamente para a Ásia e para a África, no plioceno. Paradoxalmente,
parecem só ter conquistado a América do Sul, mais tarde, no pleistoceno inferior. Enfim, é realmente o
homem que está na origem de sua introdução no continente australiano, há cerca de 500.000 anos, no
pleistoceno superior, mas nada prova que ele esteja na origem dos Dingos, esses cães selvagens que povoam
atualmente esse continente e que foram, há somente de 15.000 a 20.000 anos, importados pelo homem.
O ancestral do lobo, do chacal e do coiote.
Canis Etruscus, o cão etrusco, datando de cerca de 1 a 2 milhões de anos é atualmente considerado, apesar
do seu pequeno tamanho, como o ancestral do lobo na Europa. Enquanto Canis Cypio, que habitava na
região dos Pirineus há cerca de 8 milhões de anos, parece ter sido a origem do chacal e coiote atuais.
O cão tem sua origem no lobo?
Os mais antigos esqueletos de cães descobertos datam cerca de 30.000 anos depois do aparecimento do
homem de Cro-Magnon (Homo Sapiens Sapiens). Eles sempre foram exumados em associação com o resto
de ossadas humanas e é a razão pela qual merecem, em seguida, a denominação de Canis Familiaris (-10.000
anos).
Parece lógico pensar que o cão doméstico descende de um canídeo selvagem pré-existente. Entre estes
ascendentes em potencial figuram o lobo (Canis Lupus), o chacal (Canis Aurus) e o coiote (Canis Patrans).
Do lobo ao cão

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Durante cerca de 100 mil anos de nossa história como espécie, o homem viveu sem habitação fixa. Para
sobreviver, permanecia em constante movimento caçando animais, consumindo frutas e outros recursos
para alimentação. Quando esses recursos se extinguiam, imediatamente o homem migrava para uma nova
região onde iniciava uma nova exploração. Esse tipo de prática é denominado NOMADISMO. No entanto,
cerca de 15 mil anos atrás ocorreu uma grande mudança comportamental que interferiu de forma profunda
nos rumos da humanidade. O homem parou de migrar em busca de recursos e aprendeu a plantar, dando
início ao surgimento da AGRICULTURA, até aquele momento, rudimentar. Com a possibilidade de plantar
seus próprios recursos, os homens passaram então a se agrupar e viver em pequenos vilarejos,
abandonando a condição de nômade, evidentemente mais custosa para sobrevivência (tanto caçar quanto
coletar alimentos era uma atividade muito trabalhosa e perigosa).
Nessas comunidades primitivas, havia produção de uma grande quantidade de lixo que era descartado nas
periferias, tais como restos de comida, frutas podres, ossos, etc. Lixo para os seres humanos, porem comida
grátis para uma série de animais que viviam na natureza ao redor. Entre esses animais estava o lobo, animal
que tem um comportamento anti-social, tendendo a fugir com a aproximação humana. É a partir desse
ponto que entra o conceito de SELEÇÃO NATURAL citado anteriormente. Dentre uma população de lobos,
havia aqueles que eram mais “mansos”, que conseguiam se aproximar desses lixões para se alimentar e,
consequentemente dos humanos. Conseguiam se alimentar e se reproduzir melhor que os lobos com
comportamento mais antissocial, passando adiante os seus genes. Com o passar do tempo já havia dois tipos
de lobos: o original, totalmente selvagem e aqueles mais amigáveis, que conseguiam estabelecer certa
aproximação com os humanos.
Um novo animal estava por surgir, o lobo selvagem (Canis lupus lupus) estava gradativamente dando origem
aos cães (Canis lupus familiaris), que além de apresentarem uma significativa mudança comportamental,
como o fato de se tornarem mais amigáveis e aumentarem a complexidade do latido para comunicação com
o humano, também estavam adquirindo uma aparência bem distinta. Por exemplo, o corpo e o cérebro
estavam se tornando menos avantajados, já que para se alimentar de restos fornecidos pelos humanos era
necessário menos força física e inteligência destinada a estratégias de caça, que por outro lado eram
características essenciais para os lobos predadores.
Como em toda domesticação, o processo de familiarização do lobo se fez acompanhar de várias
modificações morfológicas e comportamentais em função de nossa própria evolução. Assim, as mudanças
observadas nos
esqueletos demonstram um tipo de regressão juvenil denominada “pedomorfose”, como se os animais,
quando se tornavam adultos, tivessem guardado, com o passar das gerações, características e
certos comportamentos imaturos: redução do tamanho, diminuição da cana nasal, pronunciamento do stop,
latidos, gemidos, atitudes lúdicas... que fazem certos arquezoólogos afirmarem que o cão é um animal que
permaneceu no estágio de adolescência, cuja sobrevivência depende estritamente do homem.

2- Origem e finalidade das raças


A origem das raças
Cerca de 9000 anos A.C, surge um novo avanço na humanidade: a PECUÁRIA, para a qual alguns instintos dos
cachorros, herdados dos lobos foram fundamentais. Alguns cachorros eram talentosos para conduzir
rebanhos, proteger ovelhas e bois. Estas habilidades viraram um grande critério de seleção entre os cães,
sendo que os que mais se davam bem entre as pessoas eram os que executavam melhor essas tarefas. O
homem passou a fazer uma SELEÇÃO ARTIFICIAL, provocando cruzamentos entre animais mais eficientes
para execução de tarefas. A partir deste momento, os cães começaram a se diversificar, dando início as
primeiras raças.
Posteriormente, com o desenvolvimento do meio urbano, esse critério de seleção foi se alterando. Os
animais passaram a ser selecionados não somente pela sua função, mas também pela impressão física que
causava aos seus donos humanos, que iniciaram uma busca desenfreada por variedade de aparência e
beleza. Imagine por exemplo uma ninhada onde os filhotes possuem uma orelha um pouco mais comprida
que o convencional. Seu criador, querendo evidenciar cada vez mais essa característica recorria ao INCESTO,
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cruzando indivíduos aparentados por várias gerações até tornar aquela característica bem evidente, de
forma que tivesse uma satisfação pessoal com a aparência do animal que ele idealizou.
Esta pratica era altamente difundida nos canis, onde seus proprietários realizavam constantemente
cruzamentos entre irmãos, entre pais e filhos e até entre avós e netos, tudo a fim de reforçar características
pessoalmente desejáveis. Enquanto isso, animais com aparência "indesejável" eram castrados ou
sacrificados. Surgiram em pouco tempo uma grande variedade de raças com as mais diversas aparências,
porem essa busca desenfreada pela variedade e pela beleza acabaria levando a vários problemas, pois como
todos nós sabemos esse tipo de cruzamento entre indivíduos aparentados pode gerar diversos defeitos
genéticos.
É por todos esses motivos que vemos constantemente casos de doenças genéticas nas mais diversas raças.
Por exemplo, 63% dos Golden Retrievers tem câncer, 47% dos são-bernardos sofrem problemas nos quadris
e 80% dos collies ficam total ou parcialmente cegos. A proximidade genética entre esses animais de raça é
tamanha, que animais de raças iguais em continentes diferentes são quase como se fossem irmãos. Por
outro lado, os chamados SRD ou cães “vira-latas” possuem uma alta variedade genética e, portanto,
apresentam menos defeitos genéticos e podem ser mais resistentes a diversas enfermidades.

3- Técnicas de aprendizado básico


Focando no aspecto comportamental, os cães “vem de fábrica” com apenas 2 opções, liderar ou ser
liderado. Esse é um comportamento natural, existente em todos os cães independente da raça ou sexo.
Todos os comportamentos que o cão apresenta quando adulto, são o resultado do que foi permitido ou não,
no ambiente em que ele foi criado. Ou seja, sendo o cão adulto ou filhote, cabe aos donos regrar e educar o
animal, para que ele haja de acordo com as regras e limites estabelecidos.
O tempo de assimilação de todo cão é de até 5 segundos. Ou seja: temos até 5 segundos para elogiar ou
repreende-lo, e assim criando um condicionamento para que ele compreenda que a correção ou o elogio lhe
foi dado como decorrência de determinado ato ou situação.
A fase de formação de caráter de um cão, dá início do segundo mês de vida e vai até o oitavo ou nono mês. É
nesse período em que ele está apreendendo tudo que irá carregar pelo resto de sua vida.
Outro ponto muito importante é a comunicação entre os cães. Boa parte da comunicação canina se dá
através de expressão corporal, e muito pouco pela verbalização. Estudos afirmam que os cães se baseiam de
80% a 90% pela expressão corporal e 10% a 20% pela vocalização. Enquanto a comunicação humana é
completamente oposta, onde 80% da comunicação se dá através da vocalização e 20% por expressão
corporal.

4- Reforço positivo/ negativo e punição positiva/negativa


Existem quatro tipos de respostas para tudo o que seu cachorro faz: reforço positivo, reforço negativo,
punição positiva e punição negativa. Vou explicar os quatro tipos de consequências que tratam de tirar ou
adicionar alguma coisa, dependendo do comportamento do cachorro.
Reforço positivo: ocorre quando o cachorro recebe algo que eles gostam quando eles se comportam de uma
certa maneira. Isso faz o comportamento se repetir. Por exemplo, um cachorro que recebe carinho e
atenção quando ele senta na frente do dono provavelmente irá repetir esse comportamento mais vezes.
Reforço negativo: ocorre quando algo que traz desconforto ao cachorro é removido quando ele age de uma
certa maneira. Por exemplo, se um cachorro que não gosta de receber carinho boceja e você respeita esse
sinal e para de fazer carinho nele, isso é um reforço negativo pois algo que o trazia desconforto é removido.
Ele provavelmente repetirá esse comportamento mais vezes.
Punição negativa: ocorre quando algo que o cachorro gosta é removido quando ele age de uma certa
maneira. Um cachorro late de animação quando vê os donos e ao latir, os donos vão embora recebe punição
negativa pois algo que ele queria não aconteceu quando ele reagiu dessa forma.
Punição positiva: algo ruim aconteceu quando o cachorro agiu de uma certa maneira então ela
provavelmente não repetirá esse comportamento. Se o cachorro puxa na guia e leva um tranco, esse tranco
é algo ruim que é adicionado ao comportamento e provavelmente reduzirá pois é algo desagradável ao
cachorro.
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5- Comunicação em duas vias
Significa que nos dias de hoje através da humanização, os cães entendem tanto a linguagem humana,
quanto a linguagem canina. Distinguindo com clareza os significados de gestos feitos por cães ou por
humanos. O ponto fundamental no início de qualquer treinamento é, antes de você começar qualquer
trabalho com o cão, que firme laços com esse animal, pois o elo de ligação é a total cumplicidade entre o cão
e seu condutor.
Você deve deixar muito claro que antes de qualquer coisa, que muito antes do cão ser um parceiro de
trabalho, competição ou mesmo um pet obediente, ele deve ser seu melhor amigo e reconhecer em você
um líder forte e digno de confiança, e acima de tudo, um membro da matilha.
Este trabalho deve-se iniciar imediatamente quando esse animal chegar em seu ambiente, com resultados
mais eficazes em filhotes. Quanto mais cedo melhor será o resultado, pois um cachorro que não confia em
seu condutor jamais vai realizar um exercício com perfeição, um exemplo muito claro de falta de ligação são
as fugas quando o animal é solto em um parque ou quando se abre a garagem.

6- Sinais e gestos Caninos


Os cães também usam o corpo para comunicação de assuntos sociais e emocionais. O rabo, os olhos, as
orelhas e a boca do cão nos falam e a postura de todo o corpo agrega informações e modificam a mensagem
dada.
O rabo (Cauda)
A posição do rabo é um indicador
importante de posição social e de
estado mental.
Rabo quase horizontal, longe do
corpo, porém não ereto: é um sinal de
atenção. Mais ou menos se traduz
como: “algo interessante pode estar
ocorrendo aqui! ”
Rabo reto e horizontal, separado do
corpo: faz parte de um desafio inicial
ante um desconhecido ou intruso.
Traduz-se como: vamos ver quem
manda!
Rabo levantado, em posição
intermediária entre horizontal e
vertical: é um sinal de cão dominante
ou de um cão que quer estabelecer
uma posição de dominância. Significa: Quem manda aqui sou eu!
Rabo levantado, levemente curvo: eu sou o líder! É a expressão de um cão seguro e dominante que se sente
dono da situação. Rabo abaixo de a posição horizontal, porém a certa distância das patas: estou tranquilo!
Todo está bem!
Rabo baixo e próximo às patas: pode ter significados diferentes dependendo da postura do cão. Se as patas
estiverem retas e o rabo se move levemente, significa: Não me sinto bem! Ou estou deprimido! Se as patas
estiverem ligeiramente inclinadas para dentro e/ ou numa inclinação leve, significa: Estou muito inseguro!
Rabo metido entre as patas: estou assustado! Ou “não me incomodem! ” Posição comum quando o cão está
ante uma pessoa desconhecida ou outro cão dominante. Aceito minha posição inferior e não tenho a
intenção de desafiá-lo!
As informações transmitidas através do rabo se vêem moderadas por certos fatores:
Pelo eriçado no rabo: Sinal de agressividade e pode modificar a posição do rabo. Se o rabo estiver ereto,
significa animo para lutar; com o rabo apenas levantado significa: Não tenho medo e posso lutar para
vermos quem manda!

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Uma curva no rabo levantado: É mais característico em cães que se parecem mais com os lobos como os PÁS
e significa uma possível agressão.
Balançar o rabo pode ser mais um sinal de excitação e cujo nível de excitação pode ser transmitido pelo vigor
e rapidez do balanço.
O balanço do rabo indica outra informação:
Balanço leve: No geral, isto é uma saudação. Balanço amplo: Gosto disto! Balanço leve com o rabo em altura
média: durante o treinamento pode ser interpretado como: Quero te entender! Quero entender o que você
diz! Quando o cão entende o exercício e resolve o problema o balanço se intensifica. O balanço do rabo é
absolutamente um gesto social. Em certo sentido pode equivaler ao mesmo propósito de um sorriso
humano.

As orelhas
Assim como o rabo, a posição das orelhas
de um cão deve ser medida em relação à
maneira em que o animal as tem quando
está relaxado. Os cães com orelhas
cortadas ou muito compridas dificultam
uma interpretação.
Orelhas eretas ou levemente para frente:
Que é isso? Este é um sinal de atenção em
resposta a um som ou quando o cão
estuda uma nova situação. Acompanhada
pela cabeça ligeiramente inclinada e a
boca entreaberta, o significado muda
para: Isto é verdadeiramente
interessante! Ou não entendo; e está
associado à observação de algo novo.
Quando ao mesmo tempo mostra os
dentes e enruga o nariz, significa uma
ameaça ofensiva.
As orelhas achatadas contra a cabeça:
Estou assustado! Ou estou me
protegendo de um possível ataque! Isto se associa a algum tipo de desafio.
Orelhas fechadas ligeiramente para trás: Em um cão de orelhas aguçadas, como os PAs estas se estendem e
se achatam levemente nesta posição e significa: Não gosto disto! E estou disposto a lutar ou a correr! É
acompanhada de um olhar suspeito e pode demonstrar tanto agressividade como ambivalência*.
*Coexistência de dois sentidos antagônicos, por exemplo, amor e ódio pela mesma pessoa.

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Os olhos
Há sinais oculares importantes e tem a ver
com a dominância ou a falta dela. Olhar
frontal: Quem você crê que é? Te desafio!
Isto é parte de um confronto social e ato
típico de um cão dominante. Olhar lateral
evitando o contato visual direto: Aceito o
fato de que és o líder! Não quero
problemas! Olhar típico de um cão
submisso.

A boca
Os cães podem produzir ampla
quantidade de expressões através da
boca e diferente das pessoas, sem dúvida,
existem muitas expressões importantes.
Boca relaxada e levemente aberta com a
língua apenas visível sobre os dentes
inferiores: Equivalente a um sorriso
humano. Estou contente e relaxado!
Bocejo: Trata-se de um sinal canino
menos compreendido. As pessoas em
geral interpretam como sinal de fadiga ou
tédio. Sem dúvida pode ser interpretado
como: Estou tenso, ansioso ou nervoso!
Lábios curvos, mostrando alguns dentes,
com a boca praticamente fechada: Você
está me irritando! É o primeiro sinal de
ameaça.

Lábios curvos os dentes e rugas visíveis sobre o nariz: Para trás ou do contrário...! Ameaça total que indica que
o cão está disposto a desferir um ataque.
O corpo e as patas
Os cães usam o corpo e as patas para expressar uma variedade de distintas coisas, mais uma vez na esfera
social.
O cão agacha com as patas dianteiras estendidas, as patas posteriores levantadas e a cabeça quase sobre o
solo: Postura clássica de brincadeira.
Postura ereta, com as extremidades tensas ou um lento movimento adiante, sempre com as extremidades
sob tensão. Cão dominante usa esta postura para indicar autoridade e disposição para lutar por isto.
Corpo ligeiramente inclinado para frente e patas preparadas: Aceito o desafio e estou pronto para lutar!
O cão se deita ou mostra a barriga: Não sou uma ameaça! Aceito sua liderança! Resposta submissa para evitar
um conflito.

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O cão coloca a cabeça sobre os ombros de outro cão ou põe as patas sobre o lombo do outro: Quero deixar
claro quem manda aqui! Usado por cães
dominantes a fim de submeter outro cão.
Segurar pela boca: apresenta-se diante de uma
interação com uma pessoa como quando o cão
segura a mãe de seu treinador ou a guia. Isto
pode ser um sinal de que o cão não o aceita a
pessoa como líder.
O cão põe a pata no colo de seu dono/treinador:
Hei, estou aqui! É um sinal típico de cães que
querem atenção.
Pelos eriçados no pescoço e lombo: Sinal de
agressividade antecipada.
Cão se senta com uma pata levantada: Sinal de
tensão. Estou preocupado, inquieto e ansioso!

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7- Aprendizado e repetições

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A habilidade de aprendizagem se define no geral na quantidade de experiências que necessita um indivíduo
para codificar algo em sua memória de forma relativamente permanente.
A inteligência pode ser entendida como a capacidade de um indivíduo de resolver problemas e podemos
classificá-la como:
Inteligência de adaptação.
Inteligência de funcionamento e obediência.
Inteligência instintiva.

Inteligência fluida. (Determinada pela constituição genética)


Inteligência cristalizada. (Refere-se ao processo mental que requerem componentes aprendidos) Inteligência
manifesta. (É a soma da inteligência fluida e cristalizada).
Estudos comprovam que um humano necessita de 3 a 4 repetições para compreender determinado exercício
ou tarefa, enquanto um cão necessita de 40 a 80 repetições.

8- Tempo de duração de cada treino


Todo cão tem um tempo limite de aprendizado quando faz repetições de exercícios. Isso significa que após
um certo tempo de treinamento e repetições, o cão criará fadiga, e ficará completamente desestimulado a
continuar com o treinamento, passando a obedecer apenas por obrigação através de forçamento, não
apresentando mais interesse por recompensas como brinquedos ou petiscos.
O tempo limite antes que o cão se estresse varia entre 15 e 20 minutos fazendo repetições.
Um bom conselho aos proprietários é, treinar o cão de 3 a no máximo 10 minutos, 1 a 2 vezes por dia.
No trabalho comportamental, não é necessário estabelecer um tempo de treinamento. Isso por que todo o
processo de treino e manejo, acontece no decorrer do dia ao ponto que o cão acerta ou erra.

9- Treinando proprietários
Em primeiro lugar é importante deixar claro aos proprietários, qual o papel deles no trabalho
comportamental. É impossível ter resultados sem o empenho e participação dos proprietários,
principalmente nos dias seguintes ao atendimento. Na maioria das vezes que você se deparar com um cão
com problemas, pode ter certeza que o problema é o dono. Muitas pessoas têm pouco tempo para se
dedicar aos seus cães, e o pouco tempo que passam com eles tendem a tratá-los como crianças, trazendo
assim danos que muitas vezes são irreparáveis.
Então mesmo antes de avaliar o cão, é importante avaliar o dono. Muitos problemas de comportamento são
muito semelhantes ao do seu dono, se você conseguir mudar alguns hábitos desses donos você vai conseguir
em torno de 70% de sucesso no seu treinamento.
Existe uma grande chance de você entrar como adestrador e terminar como psicólogo ou terapeuta de casal.
Os casos mais comuns são aqueles em que seus donos são muito permissivos deixando assim seus animais
muito dominantes, outro caso comum é aquele que acha que tudo pode fazer mal ao seu cachorro, em
alguns casos o animal mal pode tocar o chão. Em ambos os casos é preciso muito conhecimento e paciência
para mudar os maus hábitos dos humanos, posso garantir é muito mais fácil treinar só o cão.

10- Primeiras Lições


Estabelecer a hierarquia na casa é fundamental para equilibrar e harmonizar a convivência entre dono e cão.
A maior dificuldade da maioria dos proprietários é justamente estabelecer a liderança. O papel do
especialista em comportamento é colocar as cartas na mesa, e deixar claro qual o papel de cada um
envolvido no um processo de reeducação e correção de desvios de comportamento. As punições são usadas
apenas para cortar o problema que o cão apresenta, o que vai fixar o bom comportamento são os mimos,
elogios e recompensas, que os donos devem dar ao cão, ao premiá-lo pelo bom comportamento. Os
treinamentos devem ocorrer no ambiente onde o cão apresenta os problemas comportamentais, que é na
maioria das vezes dentro da casa onde ele vive, no caso de problemas na hora do passeio ou intolerância
com outros cães e pessoas, o trabalho deverá ser realizado na rua em parques. Basicamente para “treinar
proprietários” e deixá-los preparados para que possam desenvolver, é necessário explicar quais os motivos

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que estão causando os problemas comportamentais no cão, apontar quais os possíveis erros que estão
cometendo no manejo diário com o animal e ensina-los a desenvolver o trabalho para poder colocá-lo em
pratica nos dias seguintes ao atendimento.

11- Regras e limites


Ele ainda não sabe o que é certo ou errado e cabe a nós ensiná-lo com amor e paciência tal como um filho. O
primeiro passo é observar o cãozinho para poder saber o que será necessário ser corrigido. Sempre que
houver um acerto agrade-o com elogios verbais e carinhos, porém seja taxativo quando ele errar
demonstrando insatisfação. Os cães são mestres em expressão corporal e facial. Não o repreenda com um
sorriso no rosto pois com certeza ele perceberá isto.
Tenha em mente que temos apenas, no Máximo, 5 segundos para agradar ou punir o cão.
Obs. Lembre-se que a punição tardia não funciona, pois, o cão associará a bronca ao último ato por ele feito.
Exemplo: desde cedo acostume seu cão a pequenas frustrações e momentos de solidão, pois isso te ajudará
e muito no futuro para evitar a “ansiedade de separação”.

12- Comportamento Natural X Problemas Comportamentais


Na maioria dos casos, os problemas comportamentais são, na verdade, problemas de comunicação.
Se você parar e refletir sobre isso, é imprescindível constatar que homens e cães possam viver juntos. Além
de sermos animais totalmente diferentes, também ouvimos, cheiramos, experimentamos e sentimos o
mundo de maneira bem distinta, processando tudo isso com um cérebro muito diferente.
Voltando à quando os cães eram selvagens, ações como mastigar, marcar território e latir não eram um
problema. Agora que os cães fazem parte das famílias (Humanas) e a maioria vive dentro da casa, essas
ações instintivas podem virar problemas de comportamento. Isso significa que temos que moldar o
comportamento natural do cão para que se encaixe nos padrões de educação da sociedade, ou seja, ensinar
um cachorro a ter boas maneiras, inibindo um comportamento natural.

13- O que é Condicionamento?


O condicionamento é um processo de aprendizagem e modificação de comportamento através de
mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central do indivíduo. Esse processo é vinculado ao
Behaviorismo ou Comportamentalismo, que é o conjunto de ideias presente na Psicologia que vê o
comportamento como único, devendo ser o objeto de estudo da Psicologia. O condicionamento se dá
através de repetições, portanto nota-se a importância da periodicidade dos treinamentos para que
possamos obter 100% de resultado no mais breve período de tempo.

14- Condicionamento Clássico


O Condicionamento Clássico, foi desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov. Pavlov fez uma experiência
envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O fisiologista percebeu que quando o cão via o
pedaço de carne, ele salivava, o que foi chamado de reflexo não condicionado.
Pavlov também começou a tocar a campainha (estímulo neutro) quando ia mostrar o pedaço de carne.
Rapidamente o cão passou a associar a carne com a campainha, salivando também toda vez que ela era
tocada. Essa reação a um estímulo neutro foi chamada de reflexo condicionado. O condicionamento clássico
foi importante no sentido de explicar a associação de um estímulo a outro. Assim, esse tipo de
condicionamento é importante para explicar a associação (positiva ou negativa) que um consumidor faz de
uma marca, por exemplo. O condicionamento clássico também possibilita o entendimento de coisas comuns
do nosso dia a dia, como o barulho de um despertador, que por si só não significa nada, mas nós
relacionamos aquele barulho ao objetivo de acordar em um determinado momento.

15- Condicionamento Operante


O condicionamento operante foi desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner, o
qual estabelece que todo comportamento é influenciado por seus resultados, havendo um estímulo
reforçador, podendo ser positivo, quando fortalece o tipo de comportamento (recompensa); ou negativo,
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quando tende a inibir certo comportamento (punição). A grande questão do condicionamento operante não
é a de fazer a correlação entre um estímulo e outro, como no caso do condicionamento clássico, mas sim de
fazer a associação entre um estímulo e a consequência dele.
Algumas diferenças entre o condicionamento clássico e o operante:
- Enquanto o condicionamento clássico inclui uma resposta já estabelecida através de outro estímulo
anterior, o operante não necessita de nenhuma resposta dada anteriormente.
- No condicionamento clássico, o resultado não depende das ações do sujeito; já no operante certamente irá
depender.
- Enquanto o condicionamento clássico influi na mudança de opiniões, definindo gostos e objetivos, o
condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante um objetivo.

16- Motivação
Para fazer com que um cão se comporte de determinada maneira, ou corresponda a certos exercícios ele
precisa de motivação. Pense nas coisas que mais o atrai (alguns exemplos: sua atenção, comida, passeios,
brincar com outros cães, bolinhas, caça…). Tudo isso pode ser usado como motivação!
Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção, e persistência dos esforços de uma pessoa
para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e
por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por
normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até a automutilação ou à violência caso o seu cérebro
esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.

17- Tipos de motivação


Necessidades orgânicas
O tipo de motivação mais fácil de analisar, ao menos superficialmente, é aquele baseado em necessidades
fisiológicas óbvias. Incluem a fome, sede e escapar da dor. A análise dos processos por trás de tais
motivações pode fazer uso da pesquisa em animais, na etologia, psicologia comparativa e psicologia
fisiológica, e os processos cerebrais e hormonais envolvidos neles parecem ter muito em comum, pelo
menos em todos os mamíferos e provavelmente entre todos os vertebrados. Em humanos, no entanto,
mesmo essas motivações básicas são modificadas e mediadas através de influências sociais e culturais de
vários tipos: por exemplo, nenhuma análise da fome em humanos pode ignorar as desordens de alimentação
como a bulimia e a obesidade, para as quais o paralelo com animais não está claro. Mesmo entre animais,
não está claro se modelos homeostáticos de “depleção-reabastecimento” (sistemas de feedback) ainda são
adequados, já que muitos animais se alimentam mais numa base de precaução do que reativa, mais
obviamente quando se preparam para a hibernação.
Outras motivações biológicas
No próximo nível, estão as motivações que têm uma base biológica óbvia, mas que não são requeridas para
a sobrevivência imediata do organismo. Esse tipo inclui motivações poderosas para o sexo, cuidado com a
prole e agressão: de novo, as bases fisiológicas dessas motivações são similares em humanos e em outros
animais, mas as complexidades sociais são maiores em humanos (ou talvez nós apenas as entendamos
melhor em nossa própria espécie).
Nessas áreas, estudos da ecologia comportamental e zoobiologia ofereceram novas análises tanto do
comportamento animal quanto humano, especialmente nas últimas décadas do século XX. No entanto, a
extensão das análises sociobiológicas em humanos continua sendo um assunto altamente controverso. De
maneira similar, mas talvez em um nível diferente, está a motivação para novos estímulos: frequentemente
chamada de exploração ou curiosidade.
No início do Século XX, acreditava-se que as motivações como desejo por sexo ou agressão tinham um
componente homeostático – isto é, elas se acumulam com o tempo caso não sejam descarregadas. Essa
ideia era crucial para Freud e Konrad Lorenz, e é uma característica da psicologia popular da motivação. No
entanto, as análises biológicas mais bem-informadas das décadas recentes desmentem essa noção, dizendo

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que tais motivações são situacionais, aparecendo quando elas são (ou parecem ser) necessárias, e
desaparecendo sem maiores consequências quando a ocasião para elas passa.

18- Resultado pelo forçamento


Na escola antiga de adestramento muito se usava o forçamento, e sabemos que em dias atuais essa
metodologia ainda é utilizada. Ao pedir para o cão se sentar, ele não obedece e damos aquela famosa
puxadinha na guia, aliviando somente após ele executar o exercício. Ou seja, forçamos o cão a obedecer e o
recompensamos após a execução do exercício. O resultado é rápido, porem se for utilizado somente essa
metodologia o cão irá obedecer por medo. Resumindo, o resultado é consideravelmente rápido, mas sem
nenhum vínculo afetivo entre treinador e cão.

19- Resultado por recompensa


Utilizando a troca (recompensa) é possível garantir um elo firme de afeto com o cão. A troca por algo que
seja extremamente atrativo para o animal, faz com que a repetição dos exercícios fique mais agradável e
assim é possível garantir melhores resultados. O resultado utilizando apenas recompensa (sem broncas e
punições) é de certa forma um pouco demorado, pois irá demandar muito mais tempo, para que o cão
consiga memorizar o ato a recompensa. Porém é sem sobra de dívida muito mais humano, e agradável para
o cão.

20- Objetivos secundários


Ao avaliar qual a melhor recompensa, e qual a metodologia que será utilizada. O próximo passo é passar de
forma simples e objetiva todo o conceito que será utilizado aos proprietários. A importância em realizar uma
boa avaliação comportamental do cão, e também da família que está sendo atendida, é fundamental para a
resposta rápida do trabalho que está sendo proposto que é (resolver os problemas em poucas horas). É
sempre válido relembrar que todas essas informações serão passadas aos proprietários, e após as
explicações e demonstrações, serão eles os responsáveis pela manutenção do trabalho aplicado.

21- Estimular ou controlar impulsos


Em que situações o treinador deve estimular ou controlar e utilizar de forma positiva os impulsos do cão, tais
como latir, morder, perseguir, defender e como reconhecer a utilização correta desses impulsos.
A primeira regra é estabelecermos qual o trabalho que iremos realizar. Se vamos treinar o cão com
comandos de obediência, se vamos treiná-lo para o trabalho de guarda ou se vamos trabalhar os possíveis
problemas comportamentais. Em seguida determinamos qual o reforço positivo que iremos usar.
Como foi passado anteriormente podemos recompensar nossos cães com brinquedos, petiscos ou com
carinho e brincadeiras. Cada proprietário ou treinador sabe o que desperta mais o interesse do seu cão.

22- Quando utilizar motivação ou disciplina


Saber o melhor momento para motivar o cão através de petiscos, carinho e brincadeira para extrair um
melhor desempenho do aluno (cão) e quando é necessário ser mais duro e disciplinador para obter uma
resposta mais rápida e segura sem prejudicar a confiança do cão no condutor.

23- Uso correto de equipamentos


Quando entramos em um Pet Shop pensando em comprar uma guia e coleira para levar nosso cão para
passear, encontramos uma imensa variedade de produtos. São guias, peitorais, enforcadores e coleiras de
vários modelos, tamanhos, cores e estampas. De uma maneira geral, as mulheres preferem aqueles
acessórios com lacinhos, estampas de desenhos e diversos aviamentos pendurados. Já os homens, quase
sempre escolhem enforcadores e acessórios de couro com metais e amortecedores, principalmente se o cão
é de porte grande. Antes de escolher os acessórios para seu cão considere principalmente sua raça, seu
porte e idade, ao invés de se preocupar apenas com a estética do produto. Na verdade, o acessório mais
adequado para seu cão é aquele mais simples, confortável e seguro.
Veja abaixo a descrição de alguns acessórios:

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COLEIRA: É a melhor opção para passear com seu cão. Ela precisa ser confortável, resistente e deve estar
bem ajustada no pescoço do cão. A largura deve ser compatível com o seu porte, ou seja, nem muito fina e
nem muito larga. As mais recomendadas são as coleiras de nylon.

HEADCOLLAR: Se você não consegue conduzir seu cão com uma coleira simples, o headcollar é a sua melhor
escolha, principalmente para cães de porte grande e gigante. O headcollar é uma coleira que envolve a
cabeça e o focinho do cão, o que torna mais fácil sua condução sem machucar e nem enforcar. É uma
espécie de cabresto para cachorro.
A grande vantagem desta coleira é que não há necessidade de grande força física para conduzir o cão,
mesmo que seja um Dogue Alemão ou um São Bernardo. Basta fazer com que o cão acostume com a coleira
e sair para passear. Existem vários fabricantes deste tipo de coleira. Siga corretamente o manual de
instruções de uso dos fabricantes ou procure um adestrador que tenha experiência no uso deste tipo de
acessório.

Guia simples Guia retrátil

GUIAS: As guias de algodão, de corda, de couro ou nylon com mosquetão giratório são as mais indicadas.
O tamanho mais recomendado é 1,5 m. Guias elásticas ou com amortecedores apenas amortecem o impacto
e estimulam seu cão a puxar ainda mais. Guias grossas, pesadas e com metais não são práticas e são
desconfortáveis para ambos.
A guia deve ser leve e resistente, mas compatível com o tamanho do cão. Evite utilizar guia retrátil pois ela
estimula o cão a puxar. Para permitir uma maior movimentação do cão utilize uma guia longa de 10 metros
de nylon, corda ou algodão.

PEITORAL: Pode ser uma boa opção, mas apenas para cães bem pequenos. Como o peitoral estimula o cão a
puxar, quanto maior o cão, maior será a dificuldade para conduzi-lo.

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ENFORCADOR: A função do enforcador durante o passeio é causar um desconforto no cão sempre que ele
puxar a guia. Existem vários modelos de enformadores: O enforcador de elos de metal, de corda, couro e
nylon são os mais comuns. Eles costumam funcionar bastante, mas quando não são utilizados corretamente
podem ferir o cão. Além disso, como na maioria das vezes os enforcadores são utilizados sem orientação
profissional o que acaba ocorrendo é que o cão se acostuma com o desconforto do enforcador e continua
puxando a guia, sendo assim enforcado o tempo todo durante o passeio. Se mesmo assim você pretende
usar enforcadores, utilize os de corda, nylon ou de couro. Estes são mais confortáveis e seguros para seu
cão. O enforcador deve estar bem ajustado no pescoço do cão e a largura deve ser compatível com o seu
porte, ou seja, nem muito fino e nem muito largo.

ENFORCADOR AJUSTÁVEL COM LIMITADOR: Ao contrário dos enforcadores comuns, esses enforcadores
podem ser ajustados para enforcar o cão apenas até um determinado ponto, sendo assim mais seguros para
seu cão. Além do limitador, o enforcamento ocorre em dois pontos diferentes do pescoço do cão, na parte
de cima, reduzindo assim as chances de machucá-lo. Se realmente pretende usar um enforcador para
passear com seu cão tenha certeza que essa é uma opção bem mais segura do que os enforcadores comuns.

GARRAS: São coleiras com grampos que ferem o pescoço do cão. Quanto mais ele puxa, mais se machuca,
podendo até perfurar a traqueia, portanto devem ser evitadas.
Na maioria das vezes, uma simples coleira e uma guia é tudo que você precisa para passear com seu cão.

Guia de contenção Unificada:


Esse é o modelo mais indicado. Por ser um material muito leve, mas extremamente resistente, garante
segurança nos passeios e o pouco peso, passa a falsa impressão ao cão de que ele está andando solto.
Quanto maior o peso do material de passeio, mais o cão tende a puxar e arrastar no passeio.

24- Brinquedos – como usar


Pode ser difícil entender por que comprar aqueles brinquedos tolos é tão importante para o seu cão. Estas
simples bolas de tênis e cordas são mais do que aparentam aos olhos. Podem ensinar ao seu cão como
resolver problemas, ajudá-los a se livrar de energia reprimida, impedi-los de ser destrutivo e até mesmo ser
bom para a sua saúde bucal. Todo cão, dependendo do seu tamanho de mandíbula e sua personalidade irá
desfrutar de diferentes tipos de brinquedos, mas existem algumas regras simples que você deve ter em
mente para garantir que você escolha e use um brinquedo de forma segura e divertido para o seu cão.

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Meu cão não gosta de brinquedos!
Deixar os brinquedos espalhados pela casa e sempre ao alcance do cão é um erro comum dos donos. Os
brinquedos por mais atrativos que sejam acabam perdendo a graça, pois o cão brincou tanto com eles que
acabou ficando entediado.
O correto é fazer um rodizio com os brinquedos, e colocá-los novamente pouco a pouco para o seu cão por
poucos minutos. Dessa forma ele ficará mais curioso e atraído, pois o brinquedo voltou a ser uma novidade.
Coloque os brinquedos para o seu cão, quando você for se ausentar por algum tempo. Assim ele irá ficar
entretido com os brinquedos, e você evita que ele roa objetos da sua casa ou que não fique latindo e
chorando por sentir a sua falta.
25- Quais os brinquedos corretos
Algumas pessoas gostam de colocar garrafas pet para seus cães brincarem, mas além do barulho que em
determinados momentos acaba incomodando, surge em alguns casos um problema decorrente. Lembre-se
que partes do seu carro são plásticas (o mesmo material da garrafa pet), ou seja seu cão começa a roer o
para choque do seu carro pois assimilou a textura do material. Portanto, evite garrafas pet.
Outro problema são os lindos bichinhos de pelúcia, eles são confeccionados de tecido, muito parecido com
as almofadas do seu sofá. Resultado: Ele começa a mastigar seu sofá e as suas almofadas por que também
assimilou a textura e o cheiro.
Recomendo bolinhas, ossinhos e brinquedos de material emborrachado e com uma textura bem dura.

26- Regras na alimentação


Estabelecer regras na alimentação e o primeiro passo para mostrar ao cão quem está na liderança da
matilha. Alguns donos são praticamente empregados de seus cães, pois eles simplesmente ofertam a
alimentação ao cão sem que ele (o cão) faça por merecer.
Através da alimentação conseguimos nos aproximar e subjugar um cão extremamente agressivo, ou passar
mais confiança a um cão medroso. Crie horários específicos para alimentar o cão.
Não deixe a ração a vontade, isso faz com que o cão se torne preguiçoso e assim ele não terá interesse na
hora do treinamento. Faça o cão entender que a sobrevivência dele depende de você, e que quanto mais
obediente ele for e que principalmente, quanto mais respeito ele tiver mais rápido ele vai se alimentar.
Ofereça alimento de boa qualidade nutritiva, em caso de dúvida consulte um veterinário. As rações são as
mais indicadas por conter aquilo que o animal precisa para manter uma boa saúde.
Tenha horários regrados, locais limpos e fixos para alimentar seu cão.

27- Dificuldades na alimentação


É bastante comum a reclamação de alguns donos como: “O meu cão só come determinada marca de ração”,
ou “ ele só como se tiver carne ou alguma coisa misturada na ração”. Quem determina qual o alimento que
será ofertado ao cão são os donos.
A maneira correta para resolver esse problema é: oferecer a alimentação (ração) 2 ou 3 vezes ao dia (manhã,
tarde e noite). Coloque a ração para que o cão se alimente, e saia de perto. Deixe por um período de 20 a 30
minutos volto e retire a ração. Repita esse procedimento todas as vezes que for alimentar o cão. Em 2 ou 3
dias ele compreenderá que tem horário para se alimentar, e essa “manha” na hora de alimentar logo é
retirada.

28- Necessidades no local correto


Assim como as pessoas, os animais devem eliminar o excesso ou porções inúteis de materiais após a
digestão, além de remover toxinas e subprodutos. Todo animal faz isso. Mas agora vem o interessante: você
sabia que há várias razões para os animais fazerem suas necessidades? Entre elas, estão à comunicação, a
proteção ou a criação de laços com outros indivíduos e também para chamar a sua atenção, stress, marcar
território e o principal, por simplesmente por não saber qual é o local correto.
Como e quando os animais devem fazer suas necessidades depende muito de seus nichos ecológicos.

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Existem diversos motivos que fazem com que seu cãozinho faça as necessidades em locais que você não
deseja. Chamar a sua atenção, estresse, marcar território e o principal, por simplesmente por não saber qual
é o local correto.
A facilidade que um filhote tem nesse aprendizado é bem maior comparado a um cão adulto. Mas ao
contrário do que muitos dizem, um cão mais velho pode sim aprender novos truques. Escolha um local que
você deseja que seja o banheirinho. Coloque algumas folhas de jornal ou tapete higiênico.
Como os cães tem o olfato muito apurado, use como atrativo um pouco da própria urina dele (a).
Umedeça uma das folhas de jornal ou o tapete higiênico com um pouco da urina. Isso fará com que ele
assimile que ali é o banheirinho dele.
Limpar bem o piso da casa com desinfetante é muito importante para eliminar adores que podem confundir
seu cão. Porém produtos de limpeza como desinfetantes comuns, não são capazes de eliminar
completamente o cheio da urina. Usar óleo de citronela, é a opção mais eficaz! A citronela é capaz de
quebrar a partícula da ureia, ou seja: elimina 100% o cheiro da urina. Grande parte dos produtos comprados
em PetShop para eliminar o cheiro de urina, desmarcar território ou repelir o cão, são desenvolvidos a base
de citronela
O próximo passo é monitorar seu cão nas horas em que ele vá se aliviar, normalmente após beber água ou
se alimentar.
Fique observando a distância!
Caso ele faça no lugar certo, elogie dizendo muito bem e faça aquela festa (petiscos ajudam no reforço e
deixam a experiência ainda mais prazerosa e positiva).
No entanto se ele fizer no local errado, o repreenda! De uma boa bronca, diga não e faça algum tipo de
barulho (garrafas pet ou latinhas com moedas auxiliam muito no barulho).
Experiências negativas ou frustrantes desestimulam os cães.
Experiências neutras ou positivas os estimulam.
Esse é um trabalho psicológico (experiências positivas e negativas).
Tanto as broncas quanto os elogios só podem ser dados na hora exata do ato (acerto ou erro).
Minutos depois ele (a) não irá saber o porquê está levando à bronca.
Quanto mais oportunidades surgirem para elogiar ou repreender seu pet mais rápido você obterá o
resultado.

29- Cão roedor


A mania que o cão tem de mastigar as coisas pode ser normal. Talvez ele apenas não saiba a diferença entre
o que pode e não pode morder. Se ele destrói sapatos, talvez tenha sido encorajado a brincar com os pés
das pessoas ou com sapatos velhos quando era filhote. A ideia é ensinar a seu cão o que ele pode ou não
mastigar. Entretanto, até que ele aprenda a diferença, tente deixar a sua casa à prova de cães: não deixe
acessíveis objetos que ele goste de mastigar. Em substituição, dê a ele um brinquedo apropriado para
morder e sempre o agrade por estar fazendo a coisa certa. É também muito normal que seu cão mastigue
coisas enquanto está em processo de dentição - normalmente entre quatro meses ou até dez meses de
idade. Se este é o caso, ele provavelmente morderá algo para reduzir o desconforto. Observe seu filhote
cuidadosamente durante esse período. Muitas vezes a melhor coisa a fazer é deixá-lo em uma área cercada
ou em um canil dentro de casa. Caso seu cão esteja entediado, mastigará coisas por não estar recebendo
estímulo físico ou mental suficiente.
Não importa se você estiver em casa ou não, ele mastigará de qualquer forma. Cães muito inteligentes ficam
entediados com facilidade e muitas vezes precisam de mais do que uma caminhada pelo parque todos os
dias. A qualidade do tempo, mais do que a quantidade de tempo, é o mais importante aqui. Caso o
comportamento destrutivo de seu fiel amigo seja devido à falta de atenção, isso sempre ocorrerá enquanto
você estiver em casa. Muitos cães acham que se estragarem ou roubarem algo, receberão atenção
instantaneamente. Um cão que precisa de atenção também latirá, pulará em cima dos móveis, lhe seguirá
ou irá interferir enquanto estiver com outras pessoas. Se isso soa familiar, pergunte-se se ele tem estímulo
físico e mental suficientes. Dê a ele pequenas e intensas quantidades de atenção durante o dia e quando

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você não estiver brincando, treinando, cuidando ou alimentando seu cão, tente fazer com que se acostume
com o fato de ser ignorado.
Você deve iniciar qualquer contato com seu cão - tente ensiná-lo que quando ele tenta fazer com que você
lhe dê atenção, será ignorado. Recompense o bom comportamento dele discretamente, dando algo gostoso
para mastigar, é claro! Se o seu cão fica ansioso quando deixado sozinho, isso pode resultar em
consideráveis danos à sua casa. Para corrigir esse problema, coloque novos brinquedos (enriquecimento
ambiental), e faça o rodizio, a cada dia novos brinquedos para que ele não enjoe. Brinquedos interativos
como bolas com ração dentro são bem interessantes também. Você pode também usar o truque da
pimenta, misturando vaselina em pasta, com pimenta moída e passar em alguns objetos que o cão já
começou a roer.

30- Coprofagia – Cão que come fezes


Alguns cães são gulosos e comem absolutamente qualquer coisa que encontram pelo caminho, e em
determinados casos isso inclui suas próprias fezes ou de outros animais.
Pode ser um ato nojento, mas é comum e infelizmente alguns cães carregam esse mau hábito de seus
ancestrais (os lobos selvagens) que comiam as fezes dos humanos como forma de subsistência, pois na
natureza nada se desperdiça.
Isso é comum o suficiente para ter um nome médico: Coprofagia do grego kopros (estrume) fagos (aquele
que come).
Esse é um assunto bem desagradável, mas você tem que saber que a Coprofagia em alguns casos é natural e
normal.
Filhotes recém-nascidos ainda não sabem evacuar sozinhos, então a mãe os lambe para estimular e
eliminação de urina, fezes e para fazer a higiene.
Em outras circunstâncias, por instinto natural ele vai tentar evitar que todo esse lixo seja desperdiçado. Os
gatos precisam de uma dieta muito mais rica em gordura do que os cães. Isso significa muito mais gordura
em suas fezes, e qualquer um que tenha cães e gatos juntos sabe que o cachorro adora fuçar a caixa dos
gatos à procura dessa sobra de nutrientes em suas fezes.
A coisa começa a mudar quando cães adultos comem suas próprias fezes. Pode ser um sinal de solidão ou
tédio, apesar de que por erros de adestramento, às vezes eles associam a presença de fezes com a punição e
as comem para evitar broncas.
Embora seja bem constrangedor ter um cão que come fezes, a Coprofagia não representa risco para o
cachorro, a não ser no caso da presença de ovos de parasitas.
Você pode quebrar o hábito reduzindo a solidão e o tédio do cachorro, dando a ele mais atenção, exercícios
e alternando seus brinquedos. Outra dica é dar comida mais de uma vez ao dia, de maneira que ele fique
com a barriguinha o mais cheio possível.
Previna: recolha as fezes imediatamente ou use uma focinheira quando for com o seu cão em locais
públicos. Caso você tenha gatos, coloque a caixa dos gatos em locais onde ele não consiga alcançar a sujeira
deles.
Talvez um veterinário possa te ajudar!
Logo que você constatar esse comportamento, leve seu cão para uma consulta com o veterinário, pois pode
haver uma causa física para a Coprofagia.
Ele pode estar com a barriga cheia de vermes ou outros parasitas que podem roubar vitaminas e nutrientes
vitais do organismo do seu amigão, fazendo com que ele coma qualquer coisa na intenção de encontrá-los.
Fique de olho, pois pode haver também uma deficiência nutricional em sua dieta. Adicione levedura de
cerveja em sua comida para aumentar o consumo das vitaminas B. Abóbora ou cenoura crua acrescentam
fibras à dieta e ajudam a dar saciedade.
Em alguns casos, o problema pode ser resolvido simplesmente trocando a ração por uma com maior
quantidade de gordura, fibra ou proteína.
Seu veterinário pode recomendar uma marca de ração mais apropriada às necessidades nutricionais do seu
cachorro.

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Dica – Resumo dos pontos a serem investigados
Ração com muita proteína ou vitamina, ou petiscos em excesso – mesmo após a digestão o cheiro da ração
atrai o cão a comer as próprias fezes
Broncas erradas dos donos - por medo o cão passa a comer as próprias fezes para esconder o que fez.
Carência alimentar
Vermifugação atrasada
Desmarcar território - Podem comer fezes de outros cães para impedir que marquem território
Falta de enzima digestiva - ocorre muito com Shitzus.
Imitação – Crescem vendo a mãe comendo suas fezes e acaba adquirindo o mesmo habito.
Dica para resolver – Usar pimenta moída, colocando sobre as fezes do cão por alguns dias.

31- Latido em excesso


O latido é o meio de comunicação dos cães, aonde demonstram que estão com fome, sede, com medo ou
querendo atenção.
O grande problema começa quando os latidos são excessivos.
As pessoas da casa ficam irritadas, os vizinhos começam a reclamar e os cães também sofrem com todo esse
estresse por acabar não recebendo mais tanto carinho.
Cães que latem sem parar certamente estão com algum problema, de origem física ou comportamental.
Descobrir a origem do problema é muito importante, para que se possa fazer um trabalho especializado e
controlar tantos latidos. Inibir os latidos apenas, sem dar à devida atenção as causas pode trazer outros
problemas. O cão pode ficar ansioso e estressado, passando a apresentar comportamentos compulsivos,
como lamber as patas, ficar rodopiando, perseguir sombras e luzes dentre outros.
O cão que recebe algum tipo de atenção ao latir, passará a latir ainda mais quando quiser algo. E sem
perceber muitos donos acabam recompensando ou de alguma forma dando a atenção que o cão quer!
Por um tempo as pessoas acham engraçado, quando o cão late nas horas em que ele está acostumado a se
alimentar, quando quer brincar ou quando está só, ele quer a sua companhia e você vai lá e o atende.
O que ele aprendeu?
Resp. Que basta latir para conseguir o que deseja!
Cães que latem para tudo e todos que se movimentam e passam em frente ao seu portão:
O que acontece é, que na cabeça dele essas pessoas são intrusos, que devem ser espantados.
É só latir e todos vão embora!!!
Ele aprendeu que latir afasta todos esses “invasores”.
Nesse caso a melhor maneira de corrigir esse problema é mudar o cão de local para que ele não tenha mais
visão para a rua, e esse comportamento passe a não ocorrer mais.
Todas as situações que descrevemos, são exemplos de cães que de alguma forma são recompensados ao
latir.
Deve-se tomar muito cuidado com os cães que sofrem de ansiedade de separação, aqueles que latem de
mais quando o dono não está em casa, pois dependendo da punição eles podem ficar com um medo ainda
maior piorando ainda mais o problema.
Procure recompensar o seu cão quando ele estiver tranquilo e não estiver latindo, usando petiscos e fazendo
afagos.
Com isso ele assimila melhor que irá ganhar atenção, carinhos e guloseimas quando ele estiver comportado
e em silencio.
Procure caminhar bastante com o seu cão e praticar exercícios físicos, assim ele ficará mais cansado e menos
estressado.
Usando a nossa metodologia para um resultado rápido e eficaz, seria com a bronca, postura corporal e
bronca, punir o cão todas as vezes que ele latir. O medo fará com que ele não mais queira latir. Os carinhos e
elogios no memento correto, irão manter e fixar o bom comportamento.

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32- Cão que pula demais
O primeiro passo é estabelecer a sua liderança!
O cão deve entender que a ação de ficar pulando é errado.
Assim que o cão pular em você, segure firmemente as duas patas e comece a andar para frente e para os
lados. Faça com que essa brincadeira de pular fique extremamente chata para ele. Solte quando ele estiver
bem incomodado. Dessa forma ele irá ficar desestimulado a pular em você e nas visitas.
O importante é fazer o cão entender o que é certo e o que é errado.
Sempre recompense o comportamento desejado.
Problemas de comportamento canino não cessam de uma hora para outra, portanto não fique irritado se ele
não parar de pular. Continue praticando até ele entender.
Outro truque é corrigir esse problema usando coleira e guia. Coloque a coleira e a guia no seu cão, e brinque
com ele ou provoque para que ele pule em você. Quando ele pular ou ameaçar pular, diga “NÃO” e de um
leve tranco na guia. Repita isso algumas vezes e por alguns dias.
Monitore-se! Procure não confundir a cabeça do seu cão dando carinho quando ele pular e depois “se
lembrar” que está fazendo a coisa errada.
Obviamente temos um truque para correção que é bem mais eficaz! Se usar a Garrafa Pet corretamente, o
resultado surgirá em poucos minutos!

33- Cão que puxa a guia


33.1- Não consigo colocar a coleira no meu cão
Alguns cães ficam tão agitados quando percebem que vão passear que são incapazes de ficarem quietos
para colocar a coleira. O que é preciso fazer neste caso é treinar o cão a ficar quieto. Se seu cão fica agitado
só de ver a coleira em sua mão, espere até que ele se acalme para se aproximar dele. Quando ele estiver
calmo, chegue perto dele para colocar a coleira. Nesse momento muito começam a ficar agitados. Então
imediatamente você deve simplesmente se afastar dele, e se possível até virar de costas. Não tente segurar
o cão, nem mesmo brigar com ele. A ideia é que ele entenda que o que está fazendo com que você se afaste
é a agitação dele. Portanto, logo que ele começar a se mexer você já deve se afastar.
Quando ele se acalmar novamente, faça outra tentativa. Logicamente se ele está acostumado a pular nesta
hora, ele irá repetir o comportamento, e você também deverá repetir a sua reação: simplesmente afaste-se
dele como se tivesse desistido. Certamente ele virá atrás de você, pois ele adora passear. Então faça tudo
de novo falando calmamente com ele, de forma que ele fique calmo. Não tenha pressa! Se forem
necessárias várias tentativas, faça! O importante é que ele aprenda.
Pode ser que nas primeiras vezes ele não fique completamente estático, mesmo assim ao conseguir colocar
a coleira você deve elogiá-lo, e até dar um petisco. É possível, e até provável, que você passe por esta cena
alguns dias, mas o importante é você não perder de vista o objetivo de ensiná-lo a ficar quieto.
33.2- O cão morde a guia
Alguns cães fazem isso por que querem mandar no passeio, outros por puro hábito. De um jeito, ou de
outro, este comportamento pode ser evitado simplesmente dando um tranco na guia, tirando-a da boca
dele, e diga “NÃO! ”. Como qualquer outro comportamento, ele não irá acabar de uma hora para a outra,
então é fundamental que você dê o tranco sempre que ele a morder, ou mesmo que tente mordê-la!
33.3- O cão se joga no chão e não sai do lugar
Isso acontece em duas situações: ou o cão faz isso antes mesmo do passeio começar, ou ele faz isso no meio
do passeio. De uma forma ou de outra, o cão faz isso para comandar o passeio, e nas duas situações, o que o
dono deve fazer é continuar andando forçando-o a se mexer. Ao fazer isso, o dono mostra claramente a cão
que é ele o líder, quem decide quando o passeio se inicia e quando termina.
É claro que o dono sempre deve adequar a velocidade do passeio às possibilidades do cão. O cão que para o
passeio no meio não é um cão medroso, e sim um cão dominante. Neste caso fica claro que este cão está
simplesmente medindo forças com seu dono, e isso não deve ser permitido!
33.4- O cão late/rosna/quer avançar em todos os cães (e/ou pessoas) que cruzamos na rua
Este é o típico caso de um cão que, por não ter sido socializado, e não está acostumado a ter contato com
outros cães. Com isso, ele vê nesses cães da rua sempre uma situação potencialmente perigosa, por isso age
agressivamente. A solução aqui é trabalhar melhor esta socialização, colocando este cão em contato com
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outros cães de forma gradual e controlada. O ideal aqui também é começar a colocá-lo em contato com
cães mais dóceis, para que ele gradativamente vá se acostumando com este contato. Também não se pode
esquecer que o papel do proprietário aqui também é fundamental! Se o proprietário fica tenso ao ver outro
cão na rua, já prevendo o comportamento de seu cão, o cão entende com isso que tal contato é de fato
perigoso. O que só piora a situação. O ideal é que este dono seja muito firme, e não permita este tipo de
reação do cão. Assim que o cão se mostrar mais aflito, este dono deve dar um tranco na guia e dizer NÃO!
33.5- O cão puxa demais a guia/corre demais / anda muito devagar/ anda de um lado para o outro na
calçada
Estes são comportamentos bastante comuns. Muitas vezes o cão age assim por simplesmente não ter sido
ensinado a andar de outro jeito; outras vezes, porém é uma simples questão de disputa de liderança, o cão
acreditando ser o líder manda no passeio. A solução aqui é uma questão de o dono ensinar ao cão a andar
JUNTO. Este comando se destina exatamente a ensinar ao cão como ele deve se comportar durante o
passeio. Se este cão, no entanto está sendo adestrado, ou já foi, e anda direitinho com o adestrador, a
questão é um pouco mais trabalhosa e exigirá uma postura mais firme deste dono com relação à sua
liderança sobre o cão.
Um cão que não aceita seu dono como líder durante o passeio, também não irá obedecê-lo em outras
ordens, e isso pode ser bastante complicado, e até perigoso. Portanto este tipo de comportamento merece
bastante atenção.
33.6- O cão cheira todos os postes, e adora comer porcaria pela rua
Ao cheirar os postes, o cão fica sabendo todas as informações dos cães que fizeram necessidades lá. Eu sei
que pode parecer muito lúdico, mas isto pode transformar seu passeio num inferno. Se o seu bairro tem
muitos postes você poderá demorar 15 minutos para andar um único quarteirão.
O problema todo aqui é novamente a disputa da liderança! O cão quer mandar na velocidade do passeio e
para o tempo todo. A solução: continue andando, e não deixe que seu cão se aproxime do poste. Se for
preciso, encurte a guia, e quando seu cão ameaçar ir em direção ao poste dê um tranco na guia e diga “Não!
”. A questão do comer bobagens pode ser bastante complicada. Não são poucos os relatos de cães que
comem chicletes, balas e outros doces pela rua que podem fazer muito mal ao organismo de seu cão. Além
disso nunca podemos nos esquecer que existem pessoas que detestam cães e que deixam comida
envenenada pelas calçadas especificamente para que eles as comam. Muitas vezes não dá nem tempo de
perceber, portanto, não deixe seu cão fuçando a calçada. Além de desconfortável para você pode ser
bastante perigoso.
Mais uma vez é uma questão de você impor a sua vontade! Continue andando não permitindo que ele pare,
e se preciso encurte a guia. SE você não permitir que este comportamento se torne um hábito, tudo será
mais fácil.
33.7- Cão vai atrás de todas as crianças e cães que vê pela rua
Mais uma vez! Dê um tranco na guia, e puxe o cão para o seu lado. É importante lembrar que muitas
crianças têm medo de cães e não percebem que esta aproximação é amistosa. E quando a criança não tem
medo, muitas vezes o medroso é o pai, portanto, aguarde sempre para ver qual a reação deles antes de
deixar que seu cão se aproxime. E neste caso, sempre tome o cuidado de não deixar que seu cão pule na
criança! Se precisar segure a guia bem curta, ou mesmo pise na guia para impedi-lo de pular.
33.8- O cão não faz necessidades durante o passeio
Ao fazer necessidades na rua os cães deixam junto várias informações a seu respeito, que os demais cães
percebem só pelo cheiro. Muitos cães não fazem necessidades na rua por se sentirem muito vulneráveis.
Normalmente estes cães não foram socializados, e têm medo de deixar seu cheiro lá.
33.9- Ele engasga com o enforcador (ou coleira)
Este é o cão esperto que percebeu que é só ele fingir que se sente sufocado, que seu dono deixa a guia mais
solta, e o segue durante o passeio. Pura cena! SE este cão de fato não estivesse conseguindo respirar, como
ele simula, ele simplesmente pararia de puxar! Ele pode ter aquela carinha de anjo, mas burro ele não é!
No momento em que ele perceber que você não dá bola para isso ele irá parar de fingir o engasgo!
33.10- Ele morre de medo de moto ou outro motor

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Barulhos podem assustar muito os cães, e não foi à toa que coloquei nos cuidados preliminares que
devemos evitar lugares muito barulhentos nos primeiros passeios. Se seu cão simplesmente fica tenso ao
ouvir um motor mais barulhento, um bom afago e uma conversinha suave pode ajudar muito. Mas lembre-
se tudo no momento certo.
O problema aparece quando este cão sai correndo em direção oposta ao barulho! Este cão não só é muito
medroso como também não confia no poder de discernimento de seu dono/líder. O cão medroso que
confia em seu líder sempre olha para ele (líder), ao se ver, numa situação que lhe causa medo. Se este líder
age normalmente o cão entende que a situação é segura, e se acalma.
O cão cujo dono não tem uma liderança clara não confia na decisão dele, e sai correndo tomando suas
próprias decisões, na maioria das vezes muito exageradas. Este cão é capaz de correr para o meio da rua,
sem se preocupar com outros carros, só para fugir de um barulho que o assusta.
Se este dono não reforçar sua liderança, seu cão jamais se sentirá seguro ao lado dele. Além disso, este
dono pode fazer o seguinte exercício com o cão:
Vá a um local onde você saiba que passam muitos ônibus, caminhões e motos, mas onde o barulho não seja
alto demais. Leve muitos petiscos que seu cão gosta, espere até que esses veículos passem por lá, e dê um
petisco para o cão sempre que você ouvir o barulho. Como se o barulho do motor anunciasse a chegada do
petisco. Não demorará muito para ele associar o barulho ao petisco, e, portanto, deixará de ter tanto medo
do barulho, passando a associá-lo a uma satisfação que virá.
33.11- Ele quer correr atrás de todas as motos que passam ao nosso lado
Isso é somente o instinto dele de caçador agindo! Os cães costumam ter o ato reflexo de correr atrás de
tudo o que passa em velocidade na sua frente, e em muitas situações quando o que ele persegue para
repentinamente, ele também para.
Logicamente isso também pode ser uma reação agressiva a algo que o assusta.
De um jeito, ou de outro a solução é a mesma: dar o tranco na guia; dizer NÃO, e colocá-lo novamente ao
seu lado. Assim que ele se acalmar deve ser elogiado e acariciado.
33.12- Ele fica olhando o tempo inteiro para quem está atrás de mim na calçada
Isso é comum em cães de guarda, que gosta de ter sempre uma visão ampla do lugar onde estão. Se o cão
só olha, sem atrapalhar o passeio ou mostra qualquer reação à presença de estranhos, não há com que se
preocupar.
Se, no entanto, o cão rosna ou não continua a andar, então é hora de seu dono se impor mais uma vez. Este
comportamento mostra mais uma vez um cão que não confia no discernimento de seu dono, e se coloca na
posição do líder. Quanto mais firme seu dono for melhor. Continue andando, e repreenda o cão sempre
que ele ameaçar rosnar, ou coisa no gênero.
Dica: mantenha o seu braço sempre colado ao corpo, e não espere que seu cão se afaste demais para dar o
tranco na guia. Segurar um cão com o braço esticado é muito mais difícil do que se ele estiver colado ao
corpo. A forma mais fácil de segurá-lo é forçando seu braço contra o corpo, como se você estivesse
segurando algo debaixo do braço com os cotovelos dobrados. Não precisa fazer força o tempo todo, mas
quanto mais atento você ficar às coisas que podem chamar a atenção de seu cão, mas rapidamente será a
sua reação para segurá-lo e ele rapidamente perceberá que não é fácil disputar com você!
É muito comum que as pessoas acreditem que corrigir estes comportamentos citados acima é um ato tirano
e que tira a espontaneidade do cão e seu divertimento durante o passeio. Muito pelo contrário! Deixar o
cão fazer o que quer não faz de seu dono um líder legal, e sim um líder fraco! Um líder fraco dificilmente
consegue um cão equilibrado e seguro. Ou ele é muito ansioso; ou muito dominante. Raríssimos são os
cães que têm temperamento para suportar um líder fraco, e não é à toa que vemos tantos cães hiperativos e
mal-educados por aí. Quanto mais clara for a sua liderança, mais facilmente seu cão entenderá como deve
se comportar.

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34- Cão cavador
Um dos motivos mais comuns é fazer buracos para esconder aquilo que gostam, seja uma comida diferente,
seja por estar de barriga cheia e querer guardar algum alimento para depois, ou mesmo cavam para guardar
brinquedos ou ossos. Muitos cãezinhos também cavam na busca por aconchego e por um local onde possam
deitar e relaxar, encostando o corpo na terra fresca. Eles também gostam de procurar locais estratégicos de
onde possam ter uma visão privilegiada de tudo que acontece ao seu redor.
Os cães também usam desse subterfúgio para fugir (em busca de uma cadela no cio, por exemplo) e para
caçar, especialmente quando sentem cheiro de presas como gambás, preás ou esquilos. A mania de cavar
também é justificada como forma de gastar energia e ficar longe do tédio ou estresse, uma vez que os cães
precisam gastar suas energias físicas e mentais com alguma atividade, por isso cavam a terra para exercitar-
se, ocupar-se ou fazer a catarse de agressividade, tristeza ou sentimento de abandono. Para chamar a
atenção do dono eles também fazem buracos, principalmente aqueles que não são repreendidos de maneira
firme quando cavam excessivamente podem gostar da atenção que recebem do dono conversando com eles
sobre a atitude negativa e repetir o comportamento.
E como resolver esse problema? Em primeiro lugar é preciso descobrir o motivo. Ele está entediado ou com
calor? Ele é um macho tentando cavar uma saída por baixo da cerca para poder encontrar a fêmea no cio na
outra quadra? Talvez ele esteja enterrando ossos e petiscos para saborear mais tarde?
Se ele cava tentando encontrar um local mais fresco para deitar, providencie mais sombra nessa área ou
coloque-o em um local onde possa ficar mais confortável, embaixo de uma árvore, por exemplo. Um
cachorro tentando escapar pode ser mais difícil de controlar. Algumas pessoas chegam a colocar concreto ou
arames embaixo do muro para evitar que o cachorro fuja. A castração dos machos e das fêmeas acaba com o
maior motivo para a fuga. Outros cães ficam ansiosos ou assustados se mantidos em local aberto por longos
períodos. Apenas fornecer um abrigo, como um acesso a garagem, é o suficiente para acabar com as fugas.
Mas, se seu cachorro foi criado para cavar, você tem um “osso duro de roer”. Na verdade, você nunca vai
conseguir fazê-lo parar. Então, o ideal é achar um lugar onde ele possa cavar sem problemas.
Tente disponibilizar um pedaço de terra ou caixa de areia para ele cavar. Encoraje o cachorro a cavar lá e
faça festa quando ele assim o fizer. Mantenha a área atraente, com vários brinquedos e petiscos. Mais uma
vez use técnicas de distração ao pegar seu cachorro cavando onde não deve. Assim que ele parar faça uma
festa, elogie, brinque com ele, jogue seu brinquedo preferido ou leve ele para a área onde pode cavar.
Nunca corrija um cachorro por cavar depois de o fato ter acontecido. Isso só serve para confundi-lo.
Outro truque que funciona muito bem, é colocar um pouco das próprias fezes do cão nos buracos que ele faz
no jardim ou em vasos. Nenhum cão vai cavoucar nas próprias fezes. Sendo assim você vai desestimular que
ele continue repetindo esse ato.

35- Medo do banho


Eles têm algumas formas de nos mostrar que não estão curtindo tal situação, como bocejar, lamber os
lábios, virar a carinha, deixar o rabo embaixo das pernas, rosnar e até morder. Na natureza, os peludos não
tomariam banho, mas vivendo em nossas casas, essa limpeza é necessária. Para acostumar o seu pequeno
ao banho em casa ou no pet shop, leve-o algumas vezes ao local do banho, como um passeio, sem dar
realmente o banho, faça brincadeiras e dê um petisco bem gostoso. Peça para o banhista, caso haja, para
que o agrade também. Repita isso até que ele comece a gostar dessa situação.

Algumas vezes, deixe o secador ligado para, assim, fazer com que ele associe o barulho a coisas legais, tudo
isso sempre recompensando! Faça bastante carinho, simulando o esfregar. Muitos cães têm medo de água,
por isso, deixe-a em uma temperatura agradável, de preferência, em um chuveirinho. Vá molhando o peludo
aos poucos, dependendo do medo que esse cão tenha, só molhe as patas, recompense, e em outra situação,
molhe um pouco mais o corpo dele. Tudo isso em um local onde ele se sinta seguro, recompensando
sempre. Esse foi um passo a passo mais tranquilo, para usar com os donos mais “sensíveis”. Para se ter um
resultado rápido e bem objetivo, vamos usar a nossa metodologia! Usar o medo para cortar o problema, e
todo tipo de reforço positivo para fixar o comportamento desejado. Por Exemplo: sempre que o cão tentar
morder durante o banho, ou ao ouvir o secador, corrija usando a garrafa com milho, isso fará com que ele
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não queira mais avançar, e comece a controlar a agressão por conta do medo de ser punido.
Consequentemente é só elogiá-lo sempre que ele se comportar e apresentar o comportamento desejado.

36- Cão que rouba roupa do varal


Geralmente cães que apresentam esse tipo de comportamento, são animais muito agitados e em grande
parte com acumulo de energia. Verifique como está a rotina de passeios diários, analise se os brinquedos
ficam à vontade e se os donos interagem de forma correta com o cão. Fato é, que se o cão apresenta esse
tipo de problema na frente dos donos, a bronca de seus donos tem que ser capaz de resolver esse mau
comportamento. Caso o animal peque as roupas do varal quando os donos não estão presentes, dois
truques podem ajudar a resolver o problema.
Pendure bexigas com agua no varal, para que o cão ao pega-las tome um belo banho, e isso o desestimulará
a repetir a tentativa de pegar as roupas. Uma outra dica é misturar pimenta moída com vaselina em pasta,
passar essa mistura em alguns panos e em seguida deixá-los pendurados no varal.

37- Cão que corre atrás de veículos


Os cães têm um forte instinto de correr atrás de coisas que se movem. Então, quando um cachorro corre
atrás de um carro, isso faz muito sentido para ele. De fato, a visão de qualquer objeto passando em alta
velocidade na frente do cão pode fazê-lo disparar atrás deste objeto. Um cachorro assim pode confundir ou
assustar o motorista, além de colocar ambos em perigo. Essa é uma característica típica de cães com o
instinto de caça muito alto. Todo o aprendizado que o cão recebe dentro de casa, será refletido em seus
passeios na rua. Ao treinar o comando não dentro de casa e estabelecer a liderança, as correções que serão
feitas na rua serão bem mais eficazes. Junto as correções verbais, é interessante também utilizar as
correções com a guia (golpe de guia) todas as vezes que o cão ameaçar correr atrás de qualquer coisa na rua.
É importante relembrar que não precisamos esperar o cão começar a avançar ou correr para cima dos
carros, as correções devem ser feitas no exato instante em que o cão criar o foco no objeto (carro, moto).
Isso fará com que ele não crie foco nem tão pouco expectativas para perseguir carros na rua.

38- Cão briguento


Os cães são muito territorialistas e muito ligados na hierarquia do grupo. A dominância é muito importante
na sociedade canina. Na verdade, a maioria dos problemas comportamentais que você encontrará com os
cachorros podem ser resultado da maneira como o cão entende a estrutura de poder com seu proprietário.
Se o cão acredita que é o líder, o "macho alfa", na sua casa, ele vai tentar mostrar sua dominância. Por isso,
pode ser motivado a brigar. Uma briga de cachorros pode ser bastante assustadora e perigosa para todos os
envolvidos. Mas mesmo não gostando de outros cães ou pessoas, o cão tem que aprender a tolerar a
presença deles por respeito ao seu dono. Geralmente cão se tornam antissociais pela falta de socialização.
Evitar com que o cão tenha contato com outros cães e pessoas, principalmente na fase de filhote, faz com
que ele não saiba como lidar e interagir com outros. Esse é o erro mais corriqueiro dos donos, e o principal
motivo que torna um cão briguento!

39- Cão que morde


As bocas dos cachorros podem ser comparadas com as mãos dos humanos: elas são a maneira pela qual os
cães interagem com o mundo e o analisam. Os cachorros mordem por vários motivos, incluindo raiva, defesa
própria, afeto e brincadeiras. Essas causas são fáceis de confundir porque o resultado final é sempre o
mesmo. Não importa a razão pela qual o cão tenha uma tendência a morder, existem maneiras de evitar que
ele faça isso com as pessoas e com outros cães. Na maioria das vezes o cão começa a criar o hábito de
morder, durante as brincadeiras com seus donos. O ideal para evitar que no futuro o cão se torne um
mordedor é, sempre que ele começar a morder, corrigi-lo para que ele entenda que está errando, parar a
brincadeira e ignora-lo por alguns minutos.

40- Agressividade, medos e fobias


O que determina o tipo de agressividade é o próprio meio em que o cão se encontra no momento do
conflito. Quanto a querer eliminá-la do cão, isto não é possível, pois faz parte da natureza animal, porém a
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agressividade pode ser controlada e melhor direcionada, ou ainda redirecionada, quando conseguimos
entender quais os motivos que o animal possa ter quando age de determinada maneira, portanto para
identificar tal comportamento, veja abaixo os tipos diferentes de agressividade e seus motivos.

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41- Agressividade lúdica
O filhote, durante seu período de crescimento, apresenta muitas vezes comportamentos que, aos olhos de
seu dono, podem parecer agressivos, porém tais comportamentos podem estar, na maioria das vezes,
associados ao ato de brincar de lutar, assim como os humanos, o que prepara o filhote para encontros
futuros (comportamento social que envolve conflitos) que estabelecem sua dominância ou submissão e o
prepara para sua futura vida social. Agressividade lúdica ou agressividade aprendida, é a agressividade que
os donos ensinam ao cão, nas brincadeiras domesticas como, estimular o cão a rosnar, latir e morder,
brincar de cabo de guerra e etc.

42- Agressividade medo / defesa


O cão pode apresentar uma postura medrosa, como se realmente estivesse a defender-se de alguma coisa
(ou de alguém), as orelhas tendem a ficar baixas e inclinadas para trás, o cão fica num constante ir e vir em
direção ao objeto (ou pessoa) que lhe causa medo, evitando encarar fixamente a pessoa ou objeto. Para
tratar cães assim, a última coisa a ser feita é forçar uma aproximação. O ideal é deixar com que o cão
procure contato e se aproxime.

43- Agressividade por dominância


Naturalmente um cão imagina que todos os outros cães da casa e também a família (humana) fazem parte
de sua matilha, e dentro desse contexto a hierarquia forma-se à custa de relações de dominância e
subordinação, o melhor é que seja o proprietário o dominante. Quando esta disputa ocorre entre os
próprios cães, eles mesmos tendem a entender-se quanto à hierarquia, mas quando a família permite que o
cão se sinta no topo da hierarquia desta matilha híbrida, normalmente fica a correr o risco de sofrer este
tipo de agressão.
Este tipo de agressão, prejudicial aos membros da família e ocorre também com pessoas estranhas. Mas isso
pode ser evitado, desde que o dono não permita que o cão faça tudo o que deseja, e sim tudo o que o dono
quer que ele faça.
Ser dominante significa ter atitudes, para algumas pessoas isto não soa bem, porém não é possível manter
uma relação de igualdade com os animais, passamos por processos civilizatórios, dos quais ele não
passaram.
O cão estabelecerá seu lugar de acordo com a atitude de cada um e sua comunicação dar-se através de sua
linguagem corporal. Os cães com tendência dominante, desde filhotes apresentam sinais indicativos.
Deve-se ensinar o NÃO desde cedo e fazer com que o animal cumpra esta ordem, se possível fazer um
treinamento de obediência para que o animal receba e cumpra ordens e, constantemente, se inclua numa
situação hierárquica inferior aos membros da casa.

44- Agressividade protetora


Cães como os Poodles e Akitas, tendem a proteger muito o seu dono, muitas vezes a aproximação de
estranhos pode representar uma ameaça a esta harmonia. Normalmente o cão percebe o mais silencioso
ruído e já fica em sinal de alerta, pronto para defender seu dono, a sua matilha e o seu território.
Quando o animal estiver com uma pessoa estranha, porém bem-vinda na casa, deve ser apresentado a ela
de maneira calma, de preferência que não seja de surpresa. Se o animal demonstrar sinais de agressividade,
normalmente fica tenso, de orelhas e corpo eretos e rabo erguido, geralmente mostrando os dentes e
olhando fixamente a pessoa, encarando nos olhos, neste caso o melhor é que ele não se aproxime da visita e
que a visita evite olhá-lo nos olhos, ou mesmo insinuar alguma brincadeira inocente até que seja feita a
adaptação completa entre os dois.
Esse tipo de problema é decorrente do excesso de liberdade dada pelos donos. O carinho e zelo em excesso,
fazem com que o cão se torne super protetor e ciumento.

45- Agressividade possessiva

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Normalmente este tipo de agressividade ocorre com objetos, pode ser aqueles brinquedos que ele guarda
com tanta dedicação, ossos, ração e o próprio espaço dele. O ideal é que o acostume desde cedo a mexer na
ração dele, tirar a tigela e colocá-la de volta enquanto ele está a comer, mexer nos brinquedos dele, quando
ele esconder vá lá e revele outra vez o brinquedo ou a ração, quando ele estiver a proteger tire dele e
guarde num local onde ele não consiga agarrar, desta forma estará " a dizer-lhe" a que você está acima dele
e é quem manda nos brinquedos e determina qual hora a que deve brincar ou não, deste modo estará
reafirmando o seu papel de superior na hierarquia. Porém, o ideal é fazer isto desde os primeiros meses de
idade, pois alguns cães quando já são adultos não aceitam este tipo de atitude. Para trabalhar esse desvio de
comportamento, o ideal é punir sempre que ele demonstrar possessividade. Ou seja, quando o dono for
pegar o abjeto que está sob posse do cão, se ele tentar morder ou avançar, deve ser corrigido para que
entenda que está fazendo algo que está desagradando seu dono. Naturalmente o medo da bronca fará com
que ele não demonstre mais possessividade, e para fixar o bom comportamento do cão, o ideal é
recompensa-lo sempre que apresentar o comportamento desejado.

46- Agressividade maternal


Como o próprio nome diz, a fêmea tende a defender muito os seus filhotes recém nascidos. O ideal é não
permitir que estranhos e muitas pessoas da casa se aproximem da cria, pelo menos enquanto estiverem
muito pequeninos, pela própria proteção deles, afinal nós carregamos conosco, da rua, trabalho, etc.
bactérias e vírus que não nos causam problemas, porém podem ser fatais para os pequenos recém nascidos.
Evite o contato de muitas pessoas, o ideal é não permitir o contato entre as pessoas e a ninhada, pois, sem
querer e sem saber, uma pessoa pode trazer doenças para esta ninhada ainda desprotegida e comprometê-
la completamente. Caso a fêmea demonstre agressividade com os donos, deve ser corrigida para que
compreenda que não deve agir dessa forma.

47- Agressividade redirecionada


É quando o cão redireciona para outro objeto ou pessoa um sentimento que não foi causado por ela.
Exemplo, numa briga de cães, você começa a gritar com o seu cão para puni-lo por estar brigando com outro
cão, ou mesmo para separá-lo de uma briga e leva uma mordida, proposital, pois não deveria tê-lo
provocado ou segurado naquele momento de conflito. Dependendo do animal, você pode ser mordido
simplesmente por estar por porto no momento errado. Cães nessas condições não foram educados como
deveriam, e geralmente são cães muito agitados e ansiosos.

48- Agressividade por punição


O animal pode agredi-lo por se sentir ameaçado ou por sentir dor, este comportamento pode ser proposital
ou acidental. Os cães, em situação de dor, quando seus donos estão fazendo curativo por exemplo, ou
tratando algum outro problema, tendem a perceber a situação e muitas vezes sentem dor calados e quietos,
de orelhas e rabo baixo. Esses sinais de orelhas e cauda, serão notados apenas, se ele foi ensinado desde
cedo que está abaixo na hierarquia da casa, caso contrário ele pode avançar e morder, e isto vale para
qualquer cão.

49- Agressividade territorial


É a resposta que o cão dá a qualquer coisa que ele possa considerar uma ameaça ao seu território, por
exemplo, um gato de rua ou um estranho resolve entrar no quintal onde vive o cão, provavelmente este
gato ou esta pessoa será vítima de uma ameaça ou mesmo de uma agressão. Nunca se deve invadir o espaço
(território) de um cão. Porém isto serve como regra para qualquer animal que tenha um instinto de guarda
um pouco mais apurado. Talvez um Golden Retriever não tenha o mesmo comportamento, pois não é um
cão de guarda, mas esse é um comportamento que pode ser adquirido independente da raça, ou sexo do
animal.

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50- Agressividade predatória
Os cães, embora domesticados há muitos anos, algumas vezes ainda carregam consigo hábitos de quando
eram selvagens, a agressividade predatória é algo fundamental quando se está em busca da "caça", e pode
ser um desses hábitos. É o instinto de obter alimento através da caça, às vezes matam pássaros, gatos,
pessoas, ou ainda objetos inanimados, como um pneu, ou qualquer outra coisa que ele reconheça como
sendo a sua presa potencial (tudo o que esboçar um certo movimento de fuga). Provavelmente um cão
somente terá este tipo de comportamento caso lhe falte o que comer, em situações de fome, ainda assim
não é muito comum. Em linhas gerais, todo o cão é potencialmente um caçador.

51- Cão de guarda excessiva


É importante que você tenha absoluto controle de tudo que entra na boca dele, principalmente, por
segurança. Se ele pega alguma coisa perigosa ou letal, como veneno de ratos, você precisa conseguir tirar
isso dele sem perder os dedos. Entretanto, o acesso ao alimento também é uma questão de dominância:
quando seu cão responde a um comando comendo ou abrindo a boca para tirar algo dela, ele está
reconhecendo que você é quem manda. Além disso, a guarda da comida é frequentemente motivo de
mordidas. Portanto, quanto antes estabelecer que você e os outros membros da família são as autoridades
no que diz respeito às refeições, melhor para todos. Se ainda é um filhote, ele precisa saber que tudo de que
precisa vem de você: comida, brinquedos e até carinho. Mande seu filhote sentar e deitar antes de ganhar
comida e faça ele esperar pela sua autorização para poder comer. Se ele cutuca você para chamar a atenção,
faça a mesma coisa com ele. O cachorro também deve aprender que você pode tocá-lo enquanto ele come.
Então, dê uma tapinha nele ao entregar o prato de comida e sempre adicione um pouco mais de alimento
enquanto ele está comendo. Dessa maneira, ele sempre vai associar a sua presença perto da comida como
um momento feliz. A localização significa tudo quando você alimenta seu cachorro. Se ele ficar isolado em
um canto vai se sentir mais possessivo do que se estiver comendo em um local espaçoso. Pratique colocar e
retirar a comida. Para fazer isso, dê a comida em porções bem pequenas. Cada vez que ele acabar a porção,
retire o prato e coloque mais um pouco, até acabar. Ao pegar o prato e colocar mais comida sempre elogie o
comportamento. Quando ele estiver respondendo bem à retirada do prato para colocar mais comida, vá ao
próximo passo: coloque o alimento com o prato na frente dele. Deixe-o comer um pouco enquanto você faz
alguma outra coisa. Então, chegue perto e coloque alguma coisa especial no prato, como um pedaço de
salsicha ou fígado. Vamos deixar uma coisa clara: tudo isso é para que você tenha a habilidade de controlar o
que entra na boca do seu cachorro. Pratique essas técnicas de vez em quando para manter uma relação de
dominância sobre ele. A coisa mais importante a ser lembrada é de não incomodar o cachorro enquanto ele
está comendo. Como a maioria das refeições do Totó devem ser tranquilas, ensine a todos da família,
especialmente às crianças, que ele deve ficar em paz na hora da alimentação. Se algum brinquedo em
particular faz aflorar o monstro que existe em seu cachorro, jogue fora. Os ossos são campeões em tornar
até os cachorros mais legais em feras ciumentas e possessivas. Se seu cachorro não sabe lidar com eles ou
com outros brinquedos, não o deixe brincar. Não esqueça de fazer festa toda vez que seu amigo fizer a coisa
certa. Cada vez que ele deixar um brinquedo de lado para responder ao seu comando, não hesite em elogiá-
lo bastante.

52- Cão excessivamente territorialista


A agressão por proteção, territorial e por possessividade são muito parecidas entre si, e envolvem a defesa
de recursos preciosos. A agressividade por territorialismo geralmente é associada com a defesa da
propriedade. Entretanto, o sentido de território do cão pode se prolongar para além dos limites do seu
quintal e jardim. Por exemplo, se o cão sai para passear regularmente pela vizinhança, e o dono deixa que
ele urine por toda parte, para o cão, o seu território pode ser todo o bairro!! A agressividade por proteção
geralmente se refere a uma agressão direcionada a pessoas ou animais que possam ser ameaçadores para a
sua família (ou matilha), na visão canina. Os cães se tornam agressivos por possessividade quando defendem
sua comida, seus brinquedos ou outros objetos de valor, tais como alguma coisa que ele pegou no lixo!

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53- Ansiedade de separação
Cão não é sombra! Há um conjunto de cuidados que ajudam a evitar a intranquilidade canina diante da
solidão. O importante é habituar o cão a não nos seguir o tempo todo. Assim, quando a separação for
necessária, nossa ausência será mais facilmente aceita por ele. Para promover alguma dependência,
evitamos chamar o cão sempre que ele estiver fora de nossa vista e o estimulamos a ficar sozinho. Por
exemplo, anime-o a explorar novidades e não satisfaça os desejos dele o tempo todo. Dar carinho e atenção
sempre que o cão pedir o torna mais sujeito à ansiedade de separação quando for deixado sozinho. É como
acontece com as crianças mimadas. Isso não quer dizer que você não deva dar atenção e carinho ao cão.
Simplesmente ignore alguns pedidos de carinho, e de algumas broncas no momento certo. Acostume-o a
pequenas frustrações. Por exemplo: deixe-o do lado de fora do banheiro enquanto você faz as suas
necessidades ou toma um banho.
Treine o cão. Saia deixando-o sozinho e volte enquanto ele ainda estiver calmo, sem fazê-lo sentir-se
intranquilo. Gradativamente, aumente os períodos de solidão.
Controle emoções e reações ...Grande parte dos cães com ansiedade de separação pertence a pessoas
ansiosas. Ao sair de casa, não se despeça calorosamente do cão se ele for daqueles que ficam aflitos quando
estão sozinhos. Perceber o dono ansioso poderá aumentar a ansiedade do cão e fazê-lo sentir-se mal ou
culpado nesses momentos. Saia calmamente e sem fazer muito alarde.
Se ao chegar em casa você estimular uma recepção calorosa, o cão terá mais um motivo para ficar aflito na
sua ausência. Portanto, nesses momentos, em vez de festejar o cão, o melhor é ignorá-lo, embora nem
sempre seja fácil. Deixe o carinho, as brincadeiras ou o passeio para depois de ele ter se acalmado.
Crie associações relacionadas a você.
O cão associa locais, odores e objetos ligados a nós, à nossa presença. Quando você sair, permita que ele
tenha acesso à sala, ao quarto ou a qualquer outro ambiente onde você costuma passar bastante tempo. Se
essa opção não for viável, faça o cão associar a você o local onde permanecerá enquanto for deixado
sozinho. Para tanto, procure brincar e ficar com ele por pelo menos alguns minutos naquele lugar. Também
ponha lá objetos e panos com seu cheiro.
Amenize a solidão.
Por ser social, o cão precisa de companhia. Se ele é frequentemente deixado sozinho, considere a hipótese
de lhe proporcionar uma companhia permanente. Se for macho, consiga uma parceira fêmea, e vice-versa. O
ideal é formar casal, já que exemplares do mesmo sexo estão mais sujeitos a brigas sérias.
Proporcionar atividades ao cão que fica sozinho é outra maneira de amenizar a solidão. Algumas op-ções de
passatempos são deixar petiscos escondidos pela casa para o cão encontrar, possibilitar o acesso dele a
janelas para observar o movimento externo e dar ossos de couro para ele roer.
Resumo das dicas:
-Evite que o cão o siga o tempo todo
-Ignore alguns pedidos de carinho dele, para acostumá-lo com pequenas frustrações, e se for o caso de
algumas broncas para que ele entenda que esse comportamento não te agrada
-Crie atividades para ele não ficar entediado na sua ausência
-Não faça festa ao chegar em casa e nem se mostre culpado ou preocupado ao sair
-Permita que o cão tenha acesso a pelo menos um local onde você fica, como à sala ou ao quarto. Se não for
possível, passe algum tempo com ele no local onde ele costuma permanecer enquanto você está ausente.

54- Comportamentos aversivos


Os estudiosos consideram como métodos aversivos as atitudes dos donos listadas abaixo. Antes é mostrada
a percentagem de donos que admitiu reagir dessa forma quando os cães tinham comportamentos
indesejados.
COMPORTAMENTOS AVERSIVOS
• 43% dos donos - bateu ou chutou o cão
• 41% dos donos – gritou ou esbravejou com o cão
• 39% dos donos - recorreu à força física para retirar um objeto da boca do cão
• 31% dos donos - impôs o papel de alpha – rolar o cão de barriga para cima e mantê-lo nessa posição
• 30% dos donos - Fixou o olhar do cão
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• 29% dos donos - Forçou fisicamente o cão a abaixar-se
• 26% dos donos - Agarrou o cão pelo dorso e chacoalhou

55- Marketing pessoal


O modelo de sociedade em que vivemos dita padrões de competitividade extremamente elevados em
praticamente todas as áreas. Tanto em aspectos visuais, de comunicação e de conhecimento, quanto em
outros aparentemente secundários, pequenas diferenças podem determinar o sucesso ou o fracasso.
O reconhecimento de competências e habilidades é fundamental para diferenciar e situar um indivíduo no
contexto social em que vive e determina, em grande parte, a maneira como ele estará posicionado para o
sucesso profissional e pessoal.
É fato que nem todos possuem as mesmas competências e habilidades. Porém, muitos as possuem e, por
uma série de fatores, elas não são facilmente reconhecíveis. Habilidades encobertas geram uma grande
desvantagem, especialmente quando a competição é acirrada. Todos já se perguntaram: porque fulano de
tal, sendo menos preparado, menos hábil, menos esforçado e experiente, conquistou sucesso pessoal ou
profissional maior do que o nosso?
O marketing pessoal pode ser definido como uma estratégia individual para atrair e desenvolver contatos e
relacionamentos interessantes do ponto de vista pessoal e profissional, bem como para dar visibilidade a
características, habilidades e competências relevantes na perspectiva da aceitação e do reconhecimento por
parte de outros.
Foi-se o tempo em que marketing pessoal era um instrumento político, falso, visando apenas uma conquista
específica. Hoje, para avançar em meio à verdadeira selva em que vivemos, ele vem se tornando uma
ferramenta cada vez mais necessária para todos, do mais simples ao mais sofisticado.

56- Cliente problemático


O atendimento ao cliente descontente com algum serviço utilizado, produto adquirido ou alguma dúvida mal
esclarecida, requer alguns cuidados especiais para que a situação crítica possa ser devidamente resolvida ou
ao menos amenizada. É importante que o cliente em questão receba a atenção necessária, e sinta-se de
alguma forma bem acolhido pela empresa e pelo profissional que o atende. E para isso, algumas regrinhas
simples podem ajuda-los.
- Deixe que o cliente diga tudo o que está pensando:
Cada pessoa é única e deseja ser atendida com atenção e respeito. Pensando-se dessa forma, deixar com
que o cliente desabafe acerca do que está sentindo pode ser o começo para um bom entendimento entre as
partes envolvidas. Mesmo que se depare com grosseria, é necessário que o profissional que presta o
atendimento mantenha-se calmo e não revide ofensas.
- Acredite no seu potencial resolutivo:
Mesmo que as coisas pareçam desandar, quando se trata de atender clientes descontentes, é fundamental
que se tenha segurança e convicção no que está se falando ou fazendo. O sistema acelerado é uma poderosa
ferramenta que auxiliará de forma significativa nos mais variados momentos, sobretudo nos de maior
tensão, uma vez que agiliza processos de atendimento e pode ser acessado de qualquer local e no momento
desejado.
- Tenha empatia:
Colocar-se no lugar do cliente pode parecer um clichê, mas é uma grande verdade quando se trata de
compreender o comportamento de alguém furioso com alguma situação. No campo do atendimento, não é
diferente. Ao se imaginar na mesma situação, quem presta o atendimento pode começar a compreender
qual o melhor caminho ao tentar solucionar um determinado problema.
- Tente reverter a situação:
Mostre ao cliente a grande importância que ele tem para a empresa. Não deixe que ele se sinta
desamparado, sem nenhuma solução que atenda ao menos em parte suas necessidades. Mesmo que este
projete indevidamente suas frustrações sobre o atendimento recebido, dê a ele toda a atenção necessária.
Muitas pessoas quando estão estressadas agem de forma a se arrependerem depois e acabam pedindo
desculpas e retornando ao serviço oferecido em outra ocasião.

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- Cumpra com o que foi prometido:
Se prometeu retornar em um determinado período de tempo, por exemplo, é recomendado que se dê o
retorno, ainda que seja para dizer que o problema em questão não foi solucionado. Dar satisfação do que se
está fazendo é uma maneira de mostrar que a empresa se esforça para ajudar o usuário. É extremamente
desagradável ao cliente sentir-se negligenciado quando necessita de algo.

57- Relacionamento com o cliente


Para garantir um bom relacionamento com o cliente, uma dica importantíssima é ter FOCO NO CLIENTE,
você deve estar comprometido com o resultado e o sucesso dele, demonstrando que você tem prazer em
levar solução para os problemas dele.
Outra dica importante é conseguir identificar o tipo do seu cliente e buscar a forma mais eficaz de se
comunicar com ele, considerando suas características principais. Cada ser humano é único e gosta de ser
tratado como tal.

58- Tipos de clientes


Emotivo - São aquelas pessoas muito sensíveis, carentes emocionalmente, sentimentais, que tentam
envolver e tomar muito tempo de quem está atendendo. Elas esperam um relacionamento afetivo, com
dose fortalecida de empatia, ser chamada pelo nome repetidas vezes, cruzamento de olhares compreensivos
e a certeza de que o sentimento foi compreendido junto com a garantia da solução para o seu problema.
Racional - São aquelas pessoas que argumentam com critérios fortemente racionais, dados da realidade,
objetividade, apresentam fatos, detalhes. Com essas pessoas é necessário conhecer todos os detalhes
sobres suas necessidades, agilidade, raciocínio rápido e evitar as palavras: eu acho... que... eu acredito, é
possível que..., não tenho certeza..., etc. Todos os argumentos devem ser claros, objetivos, concretos,
rápidos e ao mesmo tempo detalhados, sem deixar sombra de dúvida, passando o máximo de conhecimento
e credibilidade.
Falador - Fala demais e se perde nos assuntos, é prolixo e vai procurar obter o máximo da atenção e do
tempo de quem o atende. Com o falador devemos evitar embarcar nas suas “viagens”, dar toda atenção,
cortesia, e solução, porém administrando o tempo e os argumentos dele. Como se faz com que uma pessoa
que está contando uma história interminável seja interrompida com cortesia e técnica? A resposta é simples,
fazendo uma pergunta fechada, que exige uma resposta curta, mudando a atenção do cliente o que
possibilita a você retomar o controle da relação e encaminhar a solução com objetividade, atenção, cortesia,
etc.
Calado - São pessoas mais introvertidas, com dificuldades de comunicação e expressão verbal, que têm
medo de expor, apenas resmungam e falam monossílabos. Com este estilo, devemos fazer muitas perguntas
abertas, perguntas que obrigam a uma resposta e a expor seu ponto de vista, sempre que possível dando
feedbacks positivos, olhares de atenção e aprovação, passando segurança para que ele se sinta encorajado e
fortalecido na sua argumentação.
Inovador - Este cliente, é aquele que acredita que você tem obrigação de saber tudo e fornecer informações
a respeito de coisas que nada tem a ver com o atendimento que fornece, esperando encontrar sempre uma
fonte de novidades. Com este cliente, dê destaque ao assunto que você domina, sobre serviço e deixe claro
que sobre sua área você pode fornecer muitas informações preciosas, mas, que não é uma fonte para tudo
que ele precisa, outras pessoas poderão ter as novidades que ele busca, sempre com cortesia, solicitude,
empatia.
Formal - São pessoas muitas presas a formalidades, etiquetas, com fortes preconceitos morais. Com essas
pessoas, a atitude mais assertiva é a atenção com a linguagem, tom de voz, velocidade da voz, elegância ao
falar e na gesticulação, escolha de palavras que estão dentro do interesse do cliente, objetividade.

59- Atendendo um cliente explosivo


O melhor procedimento para se atender um cliente explosivo é:
Ser racional;

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Permitir que ele fale bastante até extravasar parte da sua tensão;
Fazer algumas perguntas abertas e ouvir com atenção;
Repetir um resumo do que o cliente disse demonstrando sua total atenção e compromisso na busca da
solução;
Não se alterar com as ofensas e agressividade do cliente;
Compreender que aquele desequilíbrio é do cliente, e você não deve se envolver emocionalmente com o
desequilíbrio dele;
Ter foco na solução e não no problema que ele apresenta. Enquanto o foco do cliente está no problema, o
seu estará em apresentar soluções eficazes!

60- O bom profissional


O bom profissional tem em mente que apesar de seus clientes serem os cães, seu relacionamento é com os
donos destes cães, que são pessoas, seres humanos que como ele próprio, tem razão e emoção, alguns dias
estão mais equilibrados emocionalmente e outros não;
Entende que o relacionamento com o cliente poderá fazer a diferença, melhorando o dia e o bem estar de
cada pessoa;
Reconhece sentimentos e emoções no outro e interage positivamente com esses sentimentos e emoções, de
ser humano para ser humano;
Entende que se colocar no lugar do outro, não é apenas trocar de lugar com ele, mas perceber sob o ponto
de vista, emoções, sentimentos e interesses, percepções e motivações dele, e oferece o serviço que gostaria
de receber se fosse ele e estivesse na situação do cliente.
Tem preocupação constante em melhorar a eficácia na comunicação interpessoal.
Tem respeito pelo ser humano, comportamento ético, imparcialidade e toma muito cuidado com a
contaminação dos preconceitos, pressupostos, rótulos e discriminações na interação com as pessoas.

61- Não ter medo de errar


Independente do perfil do seu cliente, o fundamental é manter o foco nele e reconhecer rapidamente a
forma mais correta de vocês se relacionarem. Seja qual for o perfil de seu cliente, é importante que você:
Esteja sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;
Tenha consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;
Saiba focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de frustração e angústia;
Entenda e acredite em sua própria capacidade de realização e de superação de obstáculos;
Mantenha-se motivado;
Use uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que esta atitude trabalhe como seu
diferencial;
Seja absolutamente pontual;
Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor
importância;
Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode
abrir ou fechar portas;
Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite gírias ou expressões chulas,
controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;
Controle suas emoções, mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou
comprometimento com o tema que está sendo tratado;
Tome cuidado com o uso do celular;
Não fale demais, nem de menos.
Procure conhecer o ser humano todos os dias um pouquinho mais, esta é uma receita infalível. E lembre-se
sempre: Não existe melhor propaganda que um trabalho bem feito.

62- Marketing pessoal na prática

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1. Atitude Mental Correta - mantenha um posicionamento mental adequado. Quase todo mundo sabe o que
isto significa, mas o importante é estabelecer um plano para alimentar esta atitude diariamente num padrão
positivo.
Os canais que alimentam esta atitude são: a informação através de todos os tipos de meios disponíveis, o
ambiente no qual passamos a maior parte de nosso tempo e as pessoas que estão inseridas nele.
Tome cuidado com “os palpiteiros de plantão”, ou seja, aquelas pessoas que sempre estão dispostas a dar
conselhos ou opiniões – em geral pessimistas – sem nenhum embasamento técnico nem de experiências na
área.
Crie um “círculo de apoio”, composto de pessoas altamente qualificadas que tenham opiniões fortemente
sustentadas.
2. Imagem Positiva - É bom tomar consciência da qualidade da impressão que estamos passando aos outros.
Inúmeros detalhes devem ser considerados no sentido de melhorar esta imagem projetada, quanto mais
profissional melhor.
Atente-se na sua forma de vestir, você não precisa estar preparado para um desfile de moda, mas utilize
roupas do tamanho certo, limpas e conservadas. Na maioria das vezes, uma calça jeans, camiseta preta ou
branca e um tênis limpo são a melhor apresentação.
Geralmente somos avaliados inicialmente por este sutil fator – até inconscientemente - e, em decorrência
desta pré-qualificação, podemos ter bons ou maus resultados. Se utilizado de forma correta, este é um fator
de poder, no qual temos todas as possibilidades de trabalhá-lo em benefício direto para nós.
3. Comunicação Agradável - Não é o que você diz e sim, COMO você passa a sua mensagem. Nos mercados
atuais, muitos dos maiores salários pagos no mundo são aqueles destinados aos bons comunicadores.
O fator gestual e o conhecimento do comportamento humano são elementos que certamente irão
potencializar a sua comunicação. Lembre-se que os cães são reflexos de seus donos, portanto, ao entender o
cão você pode assimilar pelo menos 70% do comportamento de seu dono. Utilize isso ao seu favor!
4. Carisma Pessoal - Em seu melhor nível, o carisma é uma combinação de habilidades pessoais em atitudes,
comportamentos, aparência física e qualidade para o convívio social. Como qualquer outra habilidade, pode
ser aperfeiçoada com a prática e dominando os fatores que o compõem.
Podemos treinar para sermos carismáticos tão seguramente quanto aprender a dançar, jogar tênis ou tocar
um instrumento. Embora certas pessoas possam chegar mais facilmente ao seu objetivo, com perseverança,
qualquer um pode aumentar em muito sua habilidade de atrair pessoas e conquistar seu continuado
interesse e estima.
Se você não se sente confortável em participar de conversas polêmicas, ou em fazer amigos naturalmente,
utilize seu conhecimento sobre cães. Sempre pode surgir uma conversa interessante a partir deste tema, e
geralmente este é um assunto de interesse de todos.
5. Direto ao Assunto - Certifique-se de que todos saibam o que você faz profissionalmente. Aqui as
ferramentas são inúmeras, utilize, por exemplo, suas redes de relacionamentos (amigos, parentes, vizinhos,
e etc.) para fazer a divulgação dos seus serviços.
Se você tiver verba disponível, faça panfletos e distribua em sua área de atuação. Portarias de prédios e
condomínios, mercadinhos e açougues são ótimos pontos de distribuição deste material.
6. Divulgação.com.br - Use e abuse de todas as tecnologias disponíveis para realizar seu Marketing. Nunca
em tão pouco espaço de tempo, tivemos acesso a tamanha artilharia pesada como temos neste milênio!
Twitter, Instagram, Facebook, Blogs, WhatsApp, etc. A tecnologia é um poder disponível: use-o
maximamente! De todas as formas e continuamente.
AÇÃO TOTAL! - Pratique estes passos todos os dias, mesmo quando não estiver com disposição, e você ficará
surpreso em ver que todo este esforço logo começará a compensar!

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comunicar com ele, considerando suas características principais. Cada ser humano é único e gosta de ser
tratado como tal.

Espero que todas as informações que passei, sejam utilizadas da melhor forma possível.
Agraço toda a atenção que me foi dada durante o nosso curso!
Conte sempre comigo ok.
Abração gigante
Jean Carlo

Contatos:
www.perfectdog.net.br
perfectdogsjc@gmail.com
São José dos Campos
(12) 12 99728-9045

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